A notícia correu o Brasil de norte a sul, de leste a oeste. A manchete: “Reprovação à gestão Bolsonaro estanca”. Mas o que chamou a atenção foi outro assunto — a aprovação do ministro Sérgio Moro. Jornais, rádios e tevês se dividiram. Uns falavam em “mais bem avaliado”. Outros, em “melhor avaliado”. E daí?
Acredite. A confusão vem de longe. Professores, quando ensinam melhor e pior, dizem que as formas mais bem e mais mal não existem. É meia verdade. Mas os mestres se esquecem de falar na outra metade. Trata-se do particípio — os verbos terminados em -ado e –ido: amado, vendido, partido.
Antes dessa forma verbal, mais bem e mais mal pedem passagem: Na pesquisa, Sérgio Moro foi o ministro mais bem avaliado do governo Bolsonaro. As francesas são as mulheres mais bem vestidas da Europa. A redação mais bem escrita tira a nota máxima.
Ricardo Salles, do Meio Ambiente, foi o ministro mais mal avaliado do governo Bolsonaro. A redação mais mal redigida tira a nota mínima.
Melhor e pior
Não se trata de particípio? Relaxe. O melhor e o pior deitam e rolam sem concorrência: Paulo come melhor do que Maria. Saiu-se melhor na prova final do que nos testes parciais. Foi o pior aluno da turma, mas apresentou o melhor trabalho.