Chegou o ano das eleições municipais. Políticos e imprensa adotaram a contagem regressiva. Recorrem, então, a palavra pra lá de traiçoeira. Trata-se do verbo faltar. Quando o sujeito vem posposto, não dá outra. Desatentos pisam a concordância. Aparecem horrores como “falta três meses, falta cinco, falta quatro” e por aí vai. Vale lembrar: o dissílabo não goza de privilégios. Concorda com o sujeito: faltam três meses (três meses faltam), faltam 10 dias (10 dias faltam), falta menos de uma semana (menos de uma semana falta).