O pronome possessivo joga no time dos liberais. Deixa o emprego do artigo à escolha do freguês. Veja:
Sua mãe está aqui. A sua mão está aqui.
Minha casa fica longe do centro. A minha casa fica longe do centro.
Meu carro roda bem e gasta pouco. O meu carro roda bem e gasta pouco.
Se o artigo é facultativo, a crase também é:
Fui à sua cidade. Fui a sua cidade.
Refere-se à nossa escola. Refere-se a nossa escola.
Dirigiu-se à nossa seção. Dirigiu-se a nossa seção.
Duvida? Apele para o troca-troca. Substitua o nome feminino por um masculino. Não precisa ser sinônimo. Se na mudança der ao, sinal de à. Caso contrário, a. Observe o jogo duplo:
Fui ao seu país. (Fui a seu país.)
Refere-se ao nosso clube. (Refere-se a nosso clube.)
Dirigiu-se ao nosso departamento. (Dirigiu-se a nosso departamento.)
Olho vivo
Liberdade não é libertinagem. Tem limite. Qual? Depende da companhia. O possessivo vem acompanhado de substantivo? Se a resposta for sim, o artigo é facultativo. A crase, idem:
Não fui à sua sala. Não fui a sua sala.
O tira-teima não deixa dúvida:
Não fui ao seu quarto. Não fui a seu quarto.
Se o possessivo vem desacompanhado, o artigo se impõe. A crase também. Compare:
Não fui a (à) sua sala, mas à minha.
Vem, troca-troca:
Não fui a (ao) seu quarto, mas ao meu.
Cheguei a (à) nossa rua, não à sua.
Troca-troca: Cheguei a (ao) nosso bairro, não ao seu.
Desejou sorte a (à) sua família e à minha também.
Troca-troca: Desejou sorte a (ao) seu chefe e ao meu também.