Categoria: português
“Subdesenvolvimento não se improvisa. Cultiva-se.” A frase, repetida com fina ironia por Roberto Campos, se ajusta à educação brasileira. O desempenho no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) mostrou, mais uma vez, que o Brasil não conseguiu quitar a dívida referente à qualidade do ensino. No ranking com 79 países, continua na fila de trás. Aplicado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) […]
A razão é simples como andar pra frente. O acento é dedo-duro. Denuncia a sílaba tônica. Onde aparece, lá está a fortona. Daí por que costumamos brincar com três palavras escritas do mesmo jeitinho. Mas o acento (ou a falta de acento) lhes muda o significado — sabia, sábia, sabiá.
Acredite. Alface e mascote são ilustres senhoras. Femininas, não abrem mão da saia, do batom e do salto alto nem a pedido dos deuses do Olimpo: Gosto muito da alface americana. Soube que a alface acalma. O tatu-bola foi a mascote da Copa do Mundo de 2014. Não deu sorte. Pela primeira vez, o Brasil amargou sete gols na rede. Cruz-credo! Valha-nos, Deus!
A moçada programou um baile funk em Paraisópolis. Amigos convidaram amigos. Havia jovens de outros bairros. A festa corria solta. De repente, a polícia apareceu. E, com ela, pancadas, gás, perseguição. Muitos correram. Não sabiam que a rua era sem saída. Nove morreram pisoteados. E daí? Fica por isso mesmo? É o que todos perguntam. Com a palavra, o governador. Paradoxo O nome da cidade […]
“O segredo de um estilo mais eficiente é simples: converse com o leitor.”
“O Lula prefere o Bolsonaro do que eu”, disse Ciro Gomes em entrevista na GloboNews. O cearense não mede palavras. Fala sem pensar nas consequências. A língua colabora. Diz o que ele quer dizer. Mas ela não leva desaforo pra casa. E Ciro a agrediu. Desrespeitou a regência do verbo preferir. A gente prefere uma coisa a outra, uma pessoa a outra. O homem que […]
E o dólar, hem? O preço disparou. A verdinha criou asas e voa, voa, voa. Onde vai pousar? Ninguém sabe. O céu o limite. Enquanto isso, nós, neste país tropical, botamos a barba de molho, mantemos os ouvidos atentos e os olhos abertos. É aí que a porca torce o rabo. O noticiário não para de falar no assunto. Não raro dá um baita susto […]
A palavra leilão vem do povo que mais sabe negociar. É ele, o árabe. Os primeiros leilões de que se tem notícia foram de escravos. Na Antiguidade, os exércitos vencedores exibiam como troféus os povos vencidos. Homens e mulheres derrotados seriam utilizados como mão de obra gratuita.
Na subida do dólar, o Banco Central interveio. Com os cofres cheios de verdinhas, vendeu a moeda pra quem quis. Resultado: evitou que ela fugisse do controle. Com a medida, trouxe à cena o verbo intervir. E, com ele, a flexão que a moçada teima em complicar. Intervir conjuga-se como vir: venho (intervenho), vem (intervém), vimos (intervimos), vêm (intervêm); vim (intervim), veio (interveio), viemos (interviemos), […]
Quem fala demais dá bom-dia a cavalo. O ministro Paulo Guedes desconhece o dito do povo sabido. Ele estava em Washington. Lá, desandou a falar. Gostou tanto de ouvir a própria voz que a língua perdeu o freio. Não deu outra. Disse que não estava nem aí pro câmbio. As consequências, como frisa o conselheiro Acácio, vêm depois. E vieram. A moeda norte-americana disparou. Bateu […]