Olho na preposição. Não troque as bolas. A locução é ao vivo e em cores (Não: ao vivo e a cores).  

Ops! Ninguém acreditava. Mas aconteceu. O presidente Michel Temer caiu na cilada com a facilidade de quem tira chupeta de bebê. Foi gravado em um senhor malfeito — dar aval à compra do silêncio de Eduardo Cunha. “Foi uma surpresa inesperada”, diziam repórteres de norte a sul do país. Vamos combinar? Trata-se de baita pleonasmo. Toda surpresa é inesperada. Se é esperada, surpresa não é. […]

“A clareza é um respeito pelo próximo, um respeito pelo leitor.”  

“Diferentemente do publicado na reportagem `Jovens talentos da neurociência´ (14.5, pág.9) Isabelle da Silva dos Santos é estudante…”, escrevemos na pág. 10. Viu? Faltou a vírgula que denuncia a anteposição da oração adverbial. Melhor: Diferentemente do publicado na reportagem `Jovens talentos da neurociência´ (14.5, pág.9), Isabelle da Silva dos Santos é estudante…

Época de Lava-Jato é época de perguntas e mais perguntas. Aí, claro, não dá outra. Os pronomes interrogativos fazem a festa. Entre eles, o quê sobressai. E é aí que os miolos se contorcem e formam nós. O monossílabo ora se grafa com chapéu. Ora sem, livre e solto como passarinho na floresta. Como acertar sempre? É moleza. Basta entender as malandragens das três letrinhas. […]

“Durante o carnaval, os limites de emissão sonora mudarão. Até 1h, a folia poderá atingir 95 dc”, escrevemos na pág. 19. Cadê o artigo? Ele é obrigatório na indicação de horas. Assim: Até a 1h, a folia poderá atingir 95 dc.  

A entrega é em domicílio? A domicílio? Que tal apelar para a analogia? A entrega é em casa, em escolas, em hospitais. E, claro, em domicílio.

Carla é linda. Loura, olhos azuis, peso de manequim, pernas longas, andar ondulado como as ondas do mar. Ela tem um sonho. Quer fazer televisão. Qualidades não lhe faltam. Submeteu-se a teste na Globo. Fotogênica, ultrapassou o primeiro obstáculo. Depois, veio a prova de locução. O texto era simples, mas cheio de ciladas. Numa, ela caiu como sereia: — A entrada é gratuita. A bela […]

Acredite. Ele é mau-caráter. E eles? Eles também são maus-caracteres.    

“Circuito de vigilância registrou quando adolescentes tomara a arma do cabo”, escrevemos na pág. 17. Viu? Pisamos a concordância. Sujeito no plural pede verbo no plural. Assim: Circuito de vigilância registrou quando adolescentes tomaram a arma do cabo.