Preferir: regência

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“Prefiro não ganhar do que ficar submetido a constrangimento permanente”, disse o deputado. Não convenceu. A razão: baita pisada na regência do verbo. A gente prefere uma coisa a outra (não do que outra). Melhor: Prefiro não ganhar a ficar submetido a constrangimento permanente. Prefiro cinema a teatro. Ele prefere sair a ficar em casa. E você?

Ter, vir e familiares: olho no plural

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A regra é fácil como andar pra frente. Mas, depois da reforma ortográfica, passou a dar nó nos miolos de estudantes e de profissionais com quilômetros rodados. Trata-se de distinguir o singular e o plural de verbos pra lá de conhecidos. São ter e vir. Vale lembrar que eles têm família. Filhos, irmãos, tios e primos das pequeninas criaturas contribuem para a confusão. Que tal […]

O ato de embalsamar é …

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A prática tem mais de cinco mil anos. Ganhou destaque com os egípcios. O povo de Cleópatra embalsamava como ninguém. Hoje, Deus e o diabo dominam a técnica. Mas tropeçam na língua. Ao falar no assunto, a turma fala em embalsamento. Nem pensar. Por quê? O sufixo -mento forma substantivos de verbos. O danadinho se junta ao radical do infinitivo sem o -r final. Valem […]

Paraninfa ou paraninfo?

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Fim de ano. Fim de cursos. As formaturas entram na ordem do dia. A moçada só fala em togas, becas, missas, bailes, colação de grau, álbuns de fotografias. Antes, define os convites. Na turma da arquitetura, houve sorteio para a escolha do paraninfo. Venceu uma mulher. Não deu outra. Pintou confusão. Alguns disseram que paraninfo só tem a forma masculina. Outros discordaram. Apostaram na feminino. […]

Jeito e jeito de dizer

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Um cego estava sentado na calçada. A seus pés, um boné. Ao lado, um pedaço de madeira. Nela, a súplica escrita em giz branco: “Por favor, ajude-me. Sou cego”. Um publicitário passou por lá. Viu as poucas moedas. Pegou o cartaz, virou-o e escreveu outro anúncio. Recolocou-o no lugar e foi-se embora. À tarde, voltou ao local. Reparou no montão de moedas. O cego, reconhecendo […]

Xô, duplo sentido

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Lia leu esta frase no jornal: “Ele aproveita a ocasião para estrear o telescópio que ganhou de formatura do seu pai no ano passado”. Comentou: “Levei um baita susto. Tenho certeza de que meu pai não lhe tinha dado nenhum presente. Como evitar a ambiguidade?” A resposta: fuja do seu. O pronome é uma praga: Ele aproveita a ocasião para estrear o telescópio que ganhou […]