Categoria: português
Uiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! Que medão. Na Copa, chegou a fase do mata-mata. Quem perde faz as malas e volta pra casa. Valha-nos, Deus! Que a seleção verde-amarela ultrapasse os obstáculos e traga o caneco. Enquanto a bola rola, vale a questão: qual o plural da duplinha mortal? Ela é formada por palavras repetidas. Só o último se flexiona: os mata-matas, os quero-queros, os quebra-quebras.
O vice-presidente dos Estados Unidos fez as malas e veio dar uma voltinha neste país tropical. Pintou, então, uma questão. Em frases em que a potência do norte figura como sujeito, o verbo vai para o singular ou plural? Os Estados Unidos perseguem os imigrantes? Persegue os imigrantes? Nomes próprios no plural constituem verdadeira armadilha. Acompanhados de artigo, concordam com o artigo. Sem o pequenino, […]
“Segundo especialistas, não se tratam de chantagens emocionais”, escrevemos na pág. 12. Viu? Tropeçamos no verbo tratar. Seguido da preposição de, ele se mantém no singular: Segundo especialistas, não se trata de chantagens emocionais.
Sabia? Os olhos funcionam como câmeras. Fotografam tudo que veem. Nada escapa. Nem as palavras. Os ouvidos têm outros interesses. Eles não estão nem aí pras imagens. Só querem saber de sons. Como esponjas, absorvem o que ouvem. Resultado: a gente vê ou ouve mensagens de certas placas, certos avisos, certas propagandas pela primeira vez. Acha-as esquisitas. Mas depois, tantas vezes repetidos, os textos parecem […]
Depende. Repetir é dizer outra vez. Você repetiu só uma vez? Não use de novo. Mais de uma vez? Ufa! É de novo.
“Não há nada pior do que dar longas pernas para pequenas ideias.”
“Ministros derrubam por unanimidade artigo da lei eleitoral que impedia humor com políticos a três meses do pleito”, escrevemos na pág. 3. Viva! Na indicação de tempo futuro, o verbo haver não tem vez. Só a preposição ganha passagem. Compare: Chegou há pouco. Chega daqui a cinco minutos. Estamos a seis meses do Natal.
“Logo, o debate continuará travado e com o não-candidato no papel de favorito”, escrevemos na pág. 3. Ops! Esquecemos a reforma ortográfica. Ela cassou o hífen depois do não. Agora é tudo solto. Melhor: Logo, o debate continuará travado e com o não candidato no papel de favorito.
Palavras inocentes? Nasceram mortas. Emissor neutro? Também. A escolha de vocábulos, estruturas, citações, fontes, sinais de pontuação denunciam o falante. Quer ver? Grupo formado de homens e mulheres recebeu este texto: Se o homem soubesse o valor que tem a mulher andaria de quatro à sua volta. O desafio: pontuá-lo e, com isso, dar sentido ao enunciado. Eis as respostas: Homens: Se o homem soubesse […]
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) completou 100 anos em 2009. Na ocasião, publicou texto em que demonstra o poder do dono da palavra. Não precisou de muito esforço. Um simples deslocar de vírgulas deu o recado. Quer ver? A vírgula A vírgula pode ser uma pausa. Ou não: Não, espere. Não espere. A vírgula pode criar heróis: Isso só, ele resolve. Isso, só ele […]