Categoria: português
Parecido não é igual. Na dúvida, lembre-se da tomada e do focinho de porco. Ambos são salientes e têm dois buracos. Mas um dá choque. O outro cheira. Confundi-los acarreta problemas. Na língua também há tomadas e focinhos de porco. Trata-se de palavras que, na aparência ou na pronúncia, são quase iguais. Mas uma não conhece a outra nem de elevador. É o caso de […]
Cuidado com o e que. Só se pode empregar a duplinha quando houver o primeiro quê, claro ou subentendido: Ele negou que tivesse interesse no projeto e que o telefonema do deputado tivesse relação com as propostas nele apresentadas. Na falta o primeiro quê, se aparecer e que, o paralelismo chora de dor: As pesquisas revelam grande número de indecisos e que pode haver segundo turno […]
A língua aprende a lição do corpo. No corpo, tudo o que existe aos pares tem harmonia. Temos duas orelhas, dois olhos, duas narinas, dois braços e duas pernas. Uma orelha é igual à outra, um olho igual ao outro, uma perna igual à outra. Eles são iguais porque têm funções iguais. A dos olhos é enxergar; a dos ouvidos, ouvir; a das narinas, cheirar, […]
“O talento é a capacidade de tomar cuidados infinitos.”
No sentido de dar resposta a alguém ou a alguma coisa, use a preposição a (responder à carta, responder ao ofício, responder às acusações, responder ao desafio, responder ao professor). Na acepção de dizer em resposta, dispense a preposição: O diretor respondeu que não aceitaria as acusações. O premiado responderá o que quiser.
Inicial maiúscula no sentido de Brasil ou na data comemorativa: o presidente da República, Dia da República, Proclamação da República. Mas: a república dos estudantes. Curiosidade A palavra república vem do latim res publica (coisa pública). É sistema de governo cujo poder emana do povo, em vez de outra origem como a hereditariedade, os golpes de Estado ou o direito divino, próprios da monarquia, da ditadura […]
Pode ou não ser pleonasmo. Repetir é dizer outra vez. Você repetiu só uma vez? Não use de novo. Mais de uma vez? Ufa! É de novo.
Remir se conjuga-se como falir. Defectivo, só se flexiona nas formas em que não se confunde com remar. Quais? Aquelas em que aparece o i: remimos, remis; remi, remiu, remimos, remiram; remia, remia, remíamos, remiam; remirei, remirá, remiremos, remirão; remiria, remiria, remiríamos remiriam; se eu remir, remir, remirmos, remirem; remisse, remisse, remíssemos, remissem; remindo, remido.
Atenção à regência. Remédio para ajuda o funcionamento de um órgão (remédio para o fígado, o coração, os pulmões). Remédio contra combate uma doença: remédio contra a gripe, contra a bronquite, contra a dor de cabeça. Olho vivo! Trocar as preposições pode custar caro. Dizer “preciso tomar um remédio pra gripe”? Valha-nos, Senhor. A gripe ganha forças.
Rir se flexiona em todas as pessoas, tempos e modos. Veja: eu rio, ele ri, nós rimos, eles riem; ri, riu, rimos, riram; ria, ria, ríamos, riam; rirei, rirá, riremos, rirão; riria, riria, riríamos, ririam; que eu ria, ele ria, nós ríamos, eles riam; se eu rir, ele rir, nós rirmos, eles rirem; se eu risse, ele risse, nós ríssemos, eles rissem.