Categoria: português
Dizem as más línguas que esta história é fato. Será? Se não for, vale a piada. Capanema e Benedito — O que é isso, Benedito, perguntou Gustavo Capanema, ministro de Educação de Getúlio Vargas, ao governador de Minas, que chegava ao palácio presidencial usando óculos escuros. — Conjuntivite nos olhos. Despediram-se. Ao vê-lo, Getúlio lhe fez a mesma pergunta. A resposta: — O médico, lá […]
“Tenho total consciência de que os órgãos ambientais, o MP e o próprio Judiciário vão entender que ali moram algumas milhares de pessoas”, escrevemos na pág. 17. Ops! Tropeçamos no gênero. Milhar é substantivo masculino. O pronome concorda com ele. Assim: Tenho total consciência de que os órgãos ambientais, o MP e o próprio Judiciário vão entender que ali moram alguns milhares de pessoas.
A novela é antiga como o rascunho da Bíblia. A prova está na etimologia da palavra. Pleonasmo vem do grego. Lá e cá mantém o significado. É a redundância de termos, a superabundância. Como sobremesa em excesso, enjoa. É o caso de de subir pra cima, descer para baixo, entrar pra dentro, sair pra fora. Só se entra pra dentro, só se sai pra fora, […]
Sônia Gadelha Dias, de Brasília, pergunta: “Tenho a seguinte dúvida quanto à fonética de siglas, particularmente a Epia (Estrada Parque Indústria e Abastecimento). Escuto pessoas e jornalistas dizendo Épia (como se tivesse acento agudo na letra e) e acho que deveria ser Epia (com a vogal fechada). Poderia me esclarecer ? As siglas, Sônia, ganham vida própria, sem obedecer a regras fonéticas. Veja o caso […]
“Entre todos os homens, o romancista é o que mais se assemelha a Deus: ele copia Deus.”
1. antes de nome masculino. Crase é o casamento de dois aa. Um deles é a preposição. O outro, o artigo. Ora, o pequenino a só tem vez antes de nome feminino. O machinho pede o: Bebê a bordo. Saiu a todo vapor. 2. com palavras repetidas: cara a cara, uma a uma, gota a gota, face a face, semana a semana, frente a frente. […]
A reforma ortográfica matou e enterrou o trema. Nenhuma palavra da língua aparece com o ü. Pinta, então, uma dúvida. Como pronunciar vocábulos pouco conhecidos como quinquenal? A alternativa é consultar o dicionário. Ele diz se o u deve ou não deve soar. No caso de quinquenal, os dois uu se pronunciam. É como se estivesse escrito à moda antiga qüinqüenal.
“A professora ainda lembra que as oficinas do ano passado foram bem-aceitas pelos inscritos, mas esse ano a oferta será ainda melhor”, escrevemos na pág. 19. Viu? Tropeçamos no pronome demonstrativo. Na indicação de tempo presente, é a vez do este. Melhor: A professora ainda lembra que as oficinas do ano passado foram bem-aceitas pelos inscritos, mas este ano a oferta será ainda melhor.
Há três acentos em português. Um: agudo (café). Outro: grave (vou à cidade). O último: circunflexo (lâmpada). Ao se debruçar sobre eles, a reforma ortográfica foi pra lá de tímida. Só atingiu as paroxítonas. As oxítonas, as proparoxítonas e os monossílabos tônicos não sofreram nenhum arranhão. Continuam como dantes no quartel de Abrantes. O que mudou? 1. O circunflexo do ditongo ôo diz adeus. […]
Quem nasce no Brasil é brasileiro. No Iraque, iraquiano. No Egito, egípcio. No México, mexicano. Complicado? Nem tanto. Há piores. É o caso do natural de Mônaco. Quem vem ao mundo naquele país pequenino que fica na Europa é… monegasca. Que palavrão, hein?