Categoria: português
O símbolo & tem nome. É e comercial. O criador: Marcus Tulius Tiro, encarregado de transcrever os discursos feitos no Senado de Roma. A criatura, que veio ao mundo 63 anos antes de Cristo, tinha uma função – tornar a escrita mais rápida. O & substituía o et (e em português). Com o tempo, o sinalzinho se especializou. Deixou os políticos pra lá e entrou, […]
“Não há nada pior do que dar longas pernas para pequenas ideias.”
Benedito Valadares chegou ao Palácio do Catete com óculos escuros. “O que é isso, Benedito?”, perguntou Gustavo Capanema, ministro da Educação de Getúlio Vargas. “Conjuntivite nos olhos”, respondeu o governador de Minas. Despediram-se. Ao vê-lo, Getúlio lhe fez a mesma pergunta. E Valadares: “Presidente, o médico lá em Minas disse que era conjuntivite nos olhos. Mas o Capanema, que quer ser mais sabido do que […]
No futebol, há jogadores pra lá de hábeis. São capazes de dar sucessivos toques na bola – com os pés, as coxas, os ombros ou a cabeça – sem que ela tenha contato com o chão. O espetáculo se chama embaixada. Mas o nome não tem nada a ver com representação diplomática, Itamaraty & cia. Tem a ver com a forma como se toca na […]
De onde vem o nome do sanduíche adorado pelos americanos? Vem da Alemanha. Marinheiros de Hamburgo aproveitaram velha receita de povos nômades da Ásia e Europa oriental. Eles comiam carne crua cortada bemmmmmmmmm fininha. Os hamburgueses avançaram um passo — cozinharam a iguaria. Imigrantes que partiam do porto de Hamburgo levaram a delícia para a Terra do Tio Sam. Os americanos gostaram da novidade. Mas, […]
O radialista Airton Medeiros entrevistava ao vivo na Rádio Nacional a presidente de uma associação de cegos. Dizia que ela era cega. Lá pelo meio do programa, recebeu um papelzinho com a recomendação de que a tratasse como “deficiente visual”. Antes de obedecer à ordem, perguntou se devia tratá-la de cega ou deficiente visual. Ela aproximou as mãos do rosto dele até tocar os óculos. […]
Vamos pôr os pontos nos ii? A expressão não deixa dúvida. Refere-se ao esclarecimento rigoroso de determinada situação. Ela nasceu há muito tempo — na época em que só se escrevia à mão. Pra evitar que dois ii fossem confundidos com u, passou-se a acentuar o i. No século 16, pontos substituíram os grampinhos. Daí os pontos nos ii.
Cupido e Psiquê se casaram. Antes, combinaram que ela nunca veria o rosto do deus do amor. Uma noite, a mulher não resistiu. Enquanto ele dormia, ela acendeu uma vela. Ficou tão encantada com a linda figura que deixou cair cera quente no corpo do amado. Ele acordou. E se foi. Até hoje Psiquê chora. Sofre de tristeza, arrependimento e saudade. O jeito é procurar […]
Avós, pais, irmãos, filhos só têm um assunto – o vestibular e o Enem. A coluna entrou na roda. Semana passada, tratou da redação. Esta semana, de erros pra lá de comuns. Perder pontos por causa deles é bobeira. Vale lembrar que o desafio não é apenas sair-se bem. É sair-se melhor que os outros. Vamos lá? São seis diquinhas. Onde e em que O […]
Volta e meia eles mudam de nome. Foram remediados. Viraram pobres. Passaram a miseráveis. Aí apareceram os carentes. Seguiram-se os despossuídos. Depois os descamisados. Hoje os pobres estão em outra. É vez do sem. O desabrigado é sem-teto; o desamparado, sem-justiça; o agricultor que não tem onde plantar, sem-terra. Etc. e tal. O sem deu filhotes. Ocorreu a manifestação dos sem-terrinha, sem-celular, sem-micro-ondas e sem-carro importado. […]