Categoria: português
Malas prontas, passaporte em mão, Bolsonaro se encaminha para o aeroporto. Está feliz. Israel o espera com banda de música e tapete vermelho. No caminho, pinta a dúvida. Ele deve se referir ao povo israelense ou israelita? As duas formas lhe soam bem. Serão sinônimas? Não. Israelense é o natural ou o habitante daquele país do Oriente Médio. Israelita se refere à religião judaica ou […]
“Separar alhos de bugalhos é longo caminho.”
As orações coordenadas podem ser separadas por vírgula ou por conjunção coordenativa. No primeiro caso, chamam-se assindéticas: Cheguei, / vi, / venci. Acordei, / liguei a máquina, /comecei a escrever. No segundo, sindéticas: Trabalhamos / e estudamos. Não trabalhamos / nem estudamos. Paulo fez campanha durante quatro anos, / mas perdeu a eleição. Não fale alto, / pois estamos em uma biblioteca. Fez competente […]
Coordenado significa colocado com, um ao lado do outro. É como os livros na estante. A gente os organiza um ao lado do outro – e eles mantêm a independência. Um não invade as páginas do outro. O mesmo ocorre com a língua. Termos (sem verbo) e orações (com verbo) podem coordenar-se. Basta ter mais de um: sujeito: Paulo, Luís e Maria foram ao cinema. […]
Guarde isto. O emprego da vírgula independe de respiração ou de preferências. Trata-se de pausa ditada pela sintaxe. Três regras orientam o emprego do sinalzinho. Ele separa: Termos coordenados Termos explicativos Termos deslocados Pré-regras No emprego da vírgula, há dois pecados mortais: Separar o sujeito do verbo. Cair na esparrela é como isolar a cabeça do corpo – mata a frase. Erro grosseiro, revela falta […]
O português tem alergia à repetição. Para evitar a monotonia do mais do mesmo, criou termos vicários. Eles ocupam o lugar de outros citados. É o caso do pronome pessoal da 3ª pessoa (ele, ela, lhe, o, a) e do verbo fazer: Maria tem triplo expediente. Ela trabalha das 8h às 18h. Depois, estuda. Telefonei pra Paulo. Na ocasião, dei-lhe instruções para a prova. Viu […]
“Os assaltantes quebraram vidros do estabelecimento dando marcha ré no carro, detonaram o caixa e ainda roubaram outro veículo na fuga”, escreveu o site do Correio Braziliense. Viu? O jornal tropeçou na grafia. O dicionário registra esta forma: marcha a ré.
Surpreender o outro. O presidente de um banco comunicou ao colega que mudara a sede da agência do centro de São Paulo para Paraty. A resposta: “Que inveja! Quem me dera estar em seu lugar!”
Parece filme de ficção. Quatro homens entraram na garagem de hotel cinco estrelas localizado a 750m do Palácio da Alvorada. Estavam de olho nos caixas eletrônicos. Renderam o segurança e… bummmmmmmmmm! Eles conjugaram o verbo explodir. O trissílabo é pra lá de preguiçoso. Defectivo, só tem as formas em que ao d se segue e ou i: explode, explodia, explodirá. E por aí vai. Modernamente, […]
O presidente Bolsonaro disse que o bate-boca com Rodrigo Maia é chuva de verão. Passa. Pode ser. O que não passa é a chuva em Brasília. Chove sem parar. Daí o verbo chover não sair o noticiário. Chover joga no time de ventar, trovejar, nevar, amanhecer, anoitecer. Por indicarem fenômenos da natureza, eles só se conjugam na 3ª pessoa do singular: Chove sem parar. Ventou […]