Categoria: Leitor pergunta
No Outubro Rosa, os prédios se vestem de rosa. Ficam mágicos. A beleza, porém, não consegue apagar dúvida que me assalta sempre que escrevo a cor considerada feminina. Afinal, cor-de-rosa tem hífen ou não tem? (Claudete Lima) A reforma ortográfica cassou o hífen de palavras compostas com três ou mais vocábulos ligados por preposição, conjunção, pronome. Por isso, caipé de moleque, tomara que caia, mula sem […]
Adoro vasculhar a intimidade das palavras. Na pesquisa, descobri que o léxico português tem palavras de origem tupi, latina, grega, francesa, inglesa, alemã, espanhola, árabe e tantas outras. Minha dúvida: o japonês também frequenta nosso dicionário? (Carlinhos Melo) Claro que sim. Eis contribuições de olhinhos puxados: bonsai, do-in, gaijin, gueixa, haicai, jiu-jítsu, judô, camicase, caraoquê, caratê, carateca, quimono, ninja, saquê, samurai, sashimi, sushi, tatame, zen.
Pré-requisito? Prerrequisito? Ora vejo uma grafia, ora a outra. Com qual fico? (Tarcísio) O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp) registra as duas grafias. O Houaiss também. Você escolhe. É acertar, ou acertar. Eu prefiro pré-requisito.
Nada se compara com o tratamento especial do meu pai? Nada se compara ao tratamento especial do meu pai? Qual a regência correta? (Marcos Aurélio Melo) Relaxe, Marcos. O dicionário de regência verbal dá nota 10 às duas construções. Escolha a que lhe soa melhor. O resultado é um só — acertar ou acertar.
No texto: “Os mais de 2 mil quesitos, bastante variados na apresentação, têm vários graus de dificuldades”, o bastante é plural ou singular? (Regina Lopes) Bastante pode ser substituído por muito (sempre no singular)? Então é advérbio. Invariável: Comi bastante (muito). Fala bastante (muito), mas não convence. Os mais de 2 mil quesitos, bastante (muito) variados na apresentação, têm vários graus de dificuldades. Bastantes acompanha […]
A falta de revisão compromete o texto e a imagem do jornalismo. Às vezes torna o texto até divertido. É o caso de chamada do G1. Ao noticiar o crime que envolveu dois médicos em São Paulo, o portal escreveu: “Paciente surtou após cirurgia, dizem amigos. Ele matou médico e se suicidou depois”. Pergunto intrigado: alguém pode se suicidar e, passado um tempo, se lembrar […]
Ora leio a à beça, ora à bessa. Procurei nos dicionários e só encontrei a primeira. O significado é o mesmo? (Leonardo Campos) Na acepção de muito, dê passagem à forma com ç: Comi à beça. Correu à beça, mas não conseguiu pegar o ônibus. O vendedor falou à beça, mas não convenceu o cliente. Em Brasília, há uma pizzaria muito popular que exibe o nome do […]
A palavra composta vale-tudo tem plural? (Marcos Aurélio) Não. Mantêm-se invariáveis os substantivos compostos por palavras invariáveis ou cujo plural não se forma com o auxílio de s: os vale-tudo, os leva e traz, os diz que diz, os bota-fora, os topa-tudo, os ganha e perde. Também são invariáveis os nomes cujo último elemento já está no plural: os saca-rolhas, os salva-vidas. .
A palavra estória ainda existe? (Clara Naves) Estória e história estão no dicionário. Mas estória caiu em desgraça. Está em desuso. História reina sozinha. Tem a acepção de fato e ficção: História do Brasil, história da Branca de Neve.
Tenho dificuldade com o emprego de expressões construídas com o substantivo nível — ao nível de e em nível de. Pode me ajudar? (Cristina Perez) As locuções são parecidas, mas não se conhecem de elevador: Ao nível de significa à mesma altura: Santos está ao nível do mar. Meu cargo está ao nível do cargo de diretor. Em nível de tem os sentidos de em […]