Erramos

Publicado em Deixe um comentárioErramos, Geral

  “Gedel vai ficar pior quando ver as imagens de Lula com Walter Pinheiro no programa eleitoral”, escrevemos na pág. 12. Viu? Caímos na cilada do futuro do subjuntivo. Muita gente pensa que ele é derivado do infinitivo. Engana-se. Ele é filhote do pretérito perfeito. Sai da 3ª pessoa do plural menos o -am final (vi, viu, vimos, VIRam). Respeitada a paternidade do ver, a […]

Machismo lingüístico

Publicado em Deixe um comentárioGeral

    José Sarney lançou a moda. “Brasileiras e brasileiros”, saudava ele. Homens e mulheres acharam a novidade simpática. O SBT aproveitou a onda. Pôs no ar a novela com o mesmo bordão.   A partir daí, distinguir o gênero deixou de ser gesto de simpatia. Virou obrigação. “Meus amigos e minhas amigas”, diz Fernando Henrique. “Senhores deputados e senhoras deputadas”, cumprimenta Aécio Neves. “Caros […]

Os de antes e os de depois

Publicado em Deixe um comentárioGeral

  As pessoas costumam confundir ascendência com descendência. Outro dia, numa roda de amigos, falava-se sobre “a descendência alemã de Jorge Bornhausen”. A moçada, com certeza, se referia à ascendência de Bornhausen (seus pais ou antepassados), já que a descendência é brasileira — filhos e netos nasceram aqui.    Em suma: os ascendentes vêm antes. Os descendentes, depois.

Mariana quer saber

Publicado em Deixe um comentárioGeral

  “Tenho visto a expressão baixa estima em oposição a auto-estima. Como a considero horrorosa, queria saber o que você recomenda quando a gente precisa descrever uma pessoa que não se gosta. Pouca auto-estima dá o recado?”   Auto-estima é amor-próprio. A gente tem auto-estima ou não tem. Tem amor-próprio ou não tem. Quando o bem-querer está em baixa, há várias formas de exprimi-lo: falta […]

Minha língua

Publicado em Deixe um comentárioGeral

  O arquiteto Gustavo Pacheco caminhava por uma rua na Zona Sul quando se deparou com a placa: “Não pize a grama”. Sacou a caneta e estava pronto para trocar o z pelo s quando o segurança do prédio gritou:   — Ei, não pode mexer. A placa não é sua.   Gustavo não deixou por menos:   — A placa não é minha, mas […]