Categoria: Geral
“Falta saúde pública no país, mas teremos olimpíadas no ano que vem”, escrevemos na pág. 12. Reparou no descuido? Olimpíadas é nome próprio. Escreve-se com a letra inicial bem exibida.
“A maioria das doenças que as pessoas têm são poemas presos.”
Tenho problemas com a grafia de palavras. Como posso melhorar? (Edercio Bento) Ortografia, Edercio, é fixação. Os olhos funcionam como câmera. Fotografam a palavra e a armazenam. Na hora de escrever, ela está lá, à disposição. Claro que dicionários ajudam na hora da dúvida. Mas nem sempre os temos à mão. Por isso, a receita é ler, ler e ler.
Li frase de um autor desconhecido que achei a mais pura verdade. Só fiquei em dúvida se está correta. Ei-la: “Quer saber quantos amigos você tem? Dá uma festa. Quer saber a qualidade deles? Fica doente”. (Geraldo Adriano Nogueira de Souza) A dúvida procede, Adriano. A frase mistura pessoas. Na pergunta, usa você. Na resposta, tu. Vamos dar a vez ao lé com lé e […]
“… os insatisfeitos de seu partido e de sua base aliada encontrarão poucos motivos para apoiar a seca programada nas verbas que lhes beneficiariam”, escrevemos na pág. 10. Viu? Pisamos a regência. Beneficia-se alguém. O pronome que funciona como objeto direto é o (a): … para apoiar a seca programada nas verbas que os beneficiariam.
Dusdeth Nunes é repórter esportivo do jornal O Dia, de Teresina. Assina a coluna Um Prego na Chuteira. Na de domingo, ele surpreendeu. Teve, como todo mundo tem, dúvida de português. Mas, diferentemente de todo mundo, não foi atrás da resposta. Publicou a encucação. Eis o texto: “A notícia na imprensa esportiva de que o River teria suspenso (ou será suspendido?) o seu treinamento físico […]
Mesmo time A generosidade contagia. Outros verbos jogam na mesma esquipe. Apresentam dois particípios que se empregam do mesmo jeitinho. É o caso de aceitar (tinha ou havia aceitado, é ou está aceito), matar (tinha ou havia matado, é ou está morto), salvar (teria ou havia salvado, é ou está salvo), prender (tinha ou havia prendido, foi ou esteve preso), expulsar (tinha ou havia expulsado, […]
Turma preguiçosa Há verbos generosos. Mas deixam a mão-aberta pra lá e dão passagem à preguiça. Têm duplo particípio, mas preferem o irregular. Por quê? Porque é curtinho. Exige menos tempo na pronúncia e menos espaço na escrita. É o caso de gastar (gastado e gasto), ganhar (ganhado e ganho), pagar (pagado e pago), pegar (pegado e pego). Nestes tempos modernos, o tempo é o maior luxo. Daí […]
A neve cobriu Nova York. Aliada ao vento furioso, transformou a cidade em deserto. Adultos e crianças se trancaram em casa. Voos deixaram de decolar. Trens se negaram a circular. Ônibus e carros pararam de ir e vir. E agora? Só havia um jeito — esperar a nevasca passar. A danada tem um nome especial. É Juno. Quem é ela? Trata-se da primeira-dama do Olimpo. Mulher de Zeus, o […]
“Talvez no futuro nós consigamos medir o tamanho da obra do Dr. Aloysio”, escrevemos na pág. 18. Vamos combinar? Aloysio Campos da Paz merece todas as homenagens. Mas a língua mantém a neutralidade. Cargos e títulos se escrevem com inicial minúscula. É o caso de presidente, ministro, professor etc. e tal. Melhor: Talvez no futuro nós consigamos medir o tamanho da obra do dr. Aloysio. […]