Categoria: Geral
“…a falta de planejamento teve papel importante na crise energética, ressaltou o atual presidente da comissão”, escrevemos na pág. 4. Atual sobra, não? Se não é atual, é ex-presidente. Melhor: a falta de planejamento teve papel importante na crise energética, ressaltou o presidente da comissão.
“O ir e vir já não é como algumas decadas atrás”, escrevemos na pág.18. Cadê o acento? O gato roubou. Melhor devolvê-lo: O ir e vir já não é como algumas décadas atrás.
O futuro a Deus pertence? Pode ser. Mas a língua é nossa. Para usá-la, existem regras. A indicação do porvir pode ser feita de duas formas. Uma: o futuro simples (contribuirá). A outra: o futuro composto (vai contribuir). Assim — com o verbo ir no presente. Nunca no futuro como disse o ministro: — O governo federal, no que puder contribuir, irá contribuir. Xô, dose […]
O poeta olha firme para o gato e diz: — Estou sentindo dificuldade para criar. Preciso criar. Entendeu? Criar! Criar! O animal responde com todos os miados: — Que tal periquito? Não dá trabalho algum.
DAD SQUARISI // dadsquarisi.df@dabr.com.br Vamos combinar? O Estado faliu. Não dá conta sequer de cumprir os mandamentos da Constituição. A Carta assegura que a saúde e a educação são direito de todos e dever do Estado. Mas cadê? No país em que há leis que não pegam, o que está escrito é letra morta. A educação pede socorro. A saúde está na UTI. A mobilidade […]
Estava na fila do banco do tribunal. Um senhor com pinta de advogado indignou-se com a moça do caixa: — Minha filha, o que quero é um papel para mim assinar. Você está me entendendo? Ou estou falando grego? Se ele fala grego, não sei. Mas “pra mim assinar” não é português. Ou é? (Sérgio Sampaio) Mim não faz nem acontece. Eu é que faço […]
“É possível assumir o controle e enfrentar de frente qualquer problema de saúde”, escrevemos na pág. 15. Reparou no pleonasmo? Enfrentar é filhote de frente. Quer enfatizar a ação? Que tal com determinação? Ou com firmeza? Ou com coragem? Basta escolher.
O dólar está nas alturas? Está. Muitos não estão nem aí pra subida da verdinha. Não planejam viagens ao exterior nem ambicionam produtos importados. Pensam, por isso, que podem ficar despreocupados. Bobeiam. A disparada da moeda americana é democrática. Bate no bolso de ricos e pobres. Exemplos não faltam. Um deles: o pãozinho nosso de todos os dias. A gostosura que frequenta a mesa acompanhada […]
Mesmo time Time do eu sozinho? Não existe. Outras criaturas formam a equipe. No caso do plural do diminutivo, entram na jogada as palavras terminadas em ão, r, l e m. Todas obedecem à mesma trajetória de pão. Veja: cão (cães — cãezinhos), botão (botões — botõezinhos), cartão (cartões — cartõezinhos), cidadão (cidadãos — cidadãozinhos), mulher (mulheres — mulherezinhas), professor (professores — professorezinhos), papel (papéis […]
Sem bobeira Viu? Papéis e lençóis têm acento. São oxítonas terminadas com os ditongos abertos éi e ói. O diminutivo manda o grampinho bater à porta de outra freguesia. Por quê? Os acentos (agudo e circunflexo) só recaem na sílaba tônica. É o caso. As fortonas de lençoizinhos e papeizinhos é zi. Adeus, agudão!