Categoria: Geral
Você ouve discursos de políticos? Se a resposta for sim, deve levar sucessivos sustos. Suas Excelências pisam a pronúncia sem cerimônia. Uma das vítimas é rubrica. Por alguma razão que até Deus ignora, eles a brindam com vistoso acento no u. Uiiiiiiiiiiiiii! Os ouvidos reclamam. Com razão. Rubrica e fabrica são irmãzinhas inseparáveis. A força delas mora na casa do meio — a paroxítona (bri). […]
Luau ou lual? A discussão vem de longe. Há décadas os brasileiros se dividem. Uns grafam a palavra com u porque dizem ser o vocábulo importado do Havaí. A população de lá costuma promover festas ao ar livre, em geral na praia em noites enluaradas. Na ocasião, serve um prato típico chamado luau. Outros apostam na escrita com l. Seria derivada de lua com a […]
Lua ou lua? Sol ou sol? Nome próprio ou comum? Depende. O astro tem pedigree (eclipse do Sol, eclipse da Lua, chegada à Lua). A luz do Sol e a claridade da Lua pertencem ao time dos vira-latas: É bom tomar sol até as 11h. O sol do meio-dia é prejudicial à pele. A claridade da lua entrava pelas frestas da janela.
Casamento está na moda. Depois da tal união estável, tornou-se mais seguro juntar os trapinhos com papel passado. A razão é simples: as regras são claras e objetivas. Não dependem da interpretação do juiz. A indústria dos casórios entra em cartaz. Roupas, festa, presentes, cabelo, maquiagem, cerimonial, álbuns, filmagens… ufa! A lua de mel faz parte do pacote. Além da escolha do local, uma questão […]
Boitatá, a cobra de fogo Ele mora no fundo de rios e lagos. Mas não se afoga. É de fogo, mas não se apaga. Tem chifres, mas não é boi. Tem só um olho no meio da testa. Mas enxerga tudo. Quem é? Quem é? É o Boitatá. O fogo dele é mágico. Não se apaga em contato com a água nem queima as árvores e as […]
Acho curioso o nome da energia que vem do vento. Por que se chama eólica? (Carlos Sampaio) A história vem de longe. Nasceu na mitologia grega. Éolo é o senhor dos ventos. Prende todos eles nas ilhas Eólias. Dois irmãos se destacam entre os prisioneiros. Um deles: Bóreas. Deus do vento norte, ele só ganha a liberdade no inverno. Ao soprar, o mundo vira freezer. […]
“Amigo pessoal dele, o coronel Jair Tedeschi lembra a personalidade do professor”, escrevemos na pág. 20. Ganha um bombom Godiva quem tiver amigo que não seja pessoal. O adjetivo sobra, não? Basta amigo.
“…começo a verificar opiniões descrentes da capacidade do Congresso aprovar uma reforma”, escrevemos na pág. 2. Ops! Juntamos dois inimigos. É briga certa. Sujeito e preposição não se misturam. Melhor separá-los. Assim: … começo a verificar opiniões descrentes da capacidade de o Congresso aprovar uma reforma.
Machinho sim, senhores Quase 5 mil pessoas perderam a vida na tragédia nepalesa. O governo prevê o dobro de mortos. Jornais, rádios e tevês anunciam o número. No calor da emoção, sobra gente que troca o gênero de milhar. É um tal de “as milhares de pessoas pra lá, pra cá e pracolá” que os ouvidos protestam. Com razão. Milhar é substantivo machinho e não […]
Sem confusão Nos templos que convidam pra meditar, impera uma religião. É o hindu. Olho vivo! Muitos chamam de hindus as pessoas que nascem na Índia. Bobeiam. Hindu é o seguidor do hinduísmo. Indiano, o adjetivo relativo à Índia: Você conhece indianos hindus? Além de indianos hindus, conheço indianos budistas e muçulmanos.