Categoria: Geral
“Tem de saber português.”
Caetano faz o que tantos fazem. Contratam profissionais pra cuidar das redes sociais. Twitter, Facebook, Instagram parecem alimentados pela celebridade. Não são. Daí por que surpresas acontecem de vez em quando. Com o baiano não foi diferente. “Homenagem à Bituca” apareceu em post do cantor. Ele subiu nas tamancas. E deu a lição: Bituca, apelido de Milton Nascimento, é nome masculino. Nada de crase. Acertou. […]
“Um dispositivo eletrônico reconhece o passaporte e a entrada é liberada automaticamente”, escrevemos na pág. 5. Viu a falta que a vírgula faz? Sem ela, tem-se a impressão de que o dispositivo reconhece o passaporte e a entrada. O sinalzinho acaba com a ambiguidade. Assim: Um dispositivo eletrônico reconhece o passaporte, e a entrada é liberada automaticamente.
“O governo precisou tomar a medida para acabar com a farra nas administrações regionais, onde se via práticas não republicanas”, escrevemos na pág. 17. Viu? Ignoramos a concordância. O sujeito, práticas não republicanas, exige o verbo no plural. Assim: O governo precisou tomar a medida para acabar com a farra nas administrações regionais, onde se viam práticas não republicanas.
Vi a palavra taxativo escrita com ch. Foi erro? (Tânia) O dicionário só registra taxativo. É quem não admite réplica ou contestação: O deputado foi taxativo na defesa da família.
Claudio ou Cláudio? Ora vejo o nome grafado com acento. Ora sem acento. E daí? (Sandra Drummond) Cláudio joga no time de rádio e áudio. Paroxítona terminada em i tem acento. Mas, como se trata de nome próprio, vale o que está escrito. Se na certidão de nascimento não aparece o agudo, o Claudio será Claudio vida afora.
“Clientes do garçom mais querido da cidade foram ao Beirute agradecê-lo pelos serviços prestados”, escrevemos na capa. Viu? Pisamos a regência. A gente agradece a alguém. O pronome que funciona como objeto indireto é lhe. Melhor: Clientes do garçom mais querido da cidade foram ao Beirute agradecer-lhe pelos serviços prestados.
O verbo ser só tem três letras. Mas dá um senhor trabalho. A razão: é a criatura de cintura mais flexível da língua. Na concordância, nunca toma posição firme. Ora concorda com o sujeito. Ora com o predicativo. Veja: Tudo é flores. Tudo são flores. Qual a forma certinha da silva? Ambas. Com o ser é assim. Quase sempre as duas construções estão corretas. Há […]
Ora leio diabete. Ora, diabetes. Qual é forma nota 10? (Celene Silva) O diabete, a diabete, o diabetes, a diabetes? Tanto faz. Mas o s não é signo de plural. Mesmo com ele, a palavra é singular: o diabetes sacarino, a diabetes sacarina.
Enfarte, enfarto, infarto — o trio merece banda de música e tapete vermelho. Mas fique bem longe de nós. Xô!