Categoria: Geral
Dizer “os milhares de pessoas, os milhares de crianças, os milhares de declarações”. A razão: milhar é masculino e não abre. Muitos lhe trocam o gênero. A bobeira ocorre quando a criatura é seguida por nome feminino. Ninguém diz, por exemplo, “as milhares de homens”. Mas não falta quem se sinta muito à vontade com “as milhares de mulheres”. Nada feito. Sempre, sempre mesmo, milhar é […]
“A morte de um funcionário de 15 anos da Pegatron Corp obrigou a gigante da área a vir a público prestar satisfação aos consumidores. Esta é a quinta morte súbita…”, escrevemos na pág. 11. Viu? Tropeçamos no pronome demonstrativo. Na indicação de referência anterior, é a vez do essa: Essa é a quinta morte súbita…
Top dos tops O Linkedin tem 259 milhões de usuários. São profissionais que escrevem o próprio perfil pra se apresentarem a outros profissionais. Todos os anos, a rede divulga as 10 palavras mais usadas na rede ao longo dos 365 dias. A campeã de 2013 é responsável. A vice, estratégico. Em seguida, pela ordem, multinacional, dinâmico, organizado, especialista, criativo, eficaz, inovador, competitivo. Só belas qualidades, […]
“O astro brasileiro enfim fez, na competição europeia, o papel que Messi acostumou-se: decidiu a goleada do Barcelona sobre o Celtic por 6 x1”, escrevemos na pág. 5 do SuperEsportes. Viu? Pisamos duas bolas — a colocação do pronome átono e a preposição exigida pelo pronome relativo. Melhor: O astro brasileiro enfim fez, na competição europeia, o papel a que Messi se acostumou…
“O verdadeiro sábio, que trabalha em seu laboratório, não escreve ciência com C maiúsculo.”
Estávamos conversando quando um amigo se levantou e disse: “Vou banhar”. Foi o suficiente para dar início à discussão. Uns diziam que banho era tomado (tomei banho, tomarei banho). Outros, que banhar independe do banho de pessoas (o mar banha a Bahia). Afinal, a gente banha ou toma banho? A discussão durou uma noite inteira e não chegamos a um acordo. Pode nos ajudar?(Kaio da Silva) Há […]
“Basta dá um mote que ele começa a rimar”, escrevemos na pág. 3 de Turismo. Viu? Pisamos o emprego do verbo. Basta deve ser seguido de infinitivo. Com ele, o presente não tem vez. Compare: Basta acabar o trabalho. Basta comer frutas. Basta chegar antes. E, claro, basta dar um mote.
Como usar? Sabia? Perdoar joga no time de pagar e agradecer. O trio exige preposição para pessoas e a dispensam para coisas: Paga-se alguma coisa, mas se paga a alguém: Maria pagou a conta. Eu pago o aluguel todos os meses. A empresa ainda não pagou o décimo terceiro salário. O INSS pagou aos pensionistas. O governo paga aos funcionários sem atrasos. Antes, não lhes […]
A melhor vingança Dizem que Deus só tem um vício. É perdoar. O verbo é tortuoso, mas conjugá-lo compensa. Faz bem. A pessoa que o flexiona obtém o lucro substantivo. Deixa de cultivar no próprio corpo o mal que pensa prejudicar o outro. O ressentimento, que envenena, morre de inanição. Percebeu? Perdoar é a melhor vingança. A reforma ortográfica pegou o trissílabo de carona. Ao […]
A gente se entende Bom negócio? É o que agrada a gregos e troianos. Ninguém perde. Todos ganham. Daí por que negociar é preciso — sentar-se à mesa, ouvir as partes, ponderar argumentos e dar a cada um a fatia segundo o merecimento. Assim: negocio, negocia, negociamos, negociam; negociei, negociou, negociamos, negociaram; que eu negocie, ele negocie, nós negociemos, eles negociem.