Categoria: Geral
Quem cobra mais? Parece ser essa a aposta de comerciantes Brasil afora. Os preços perderam o juízo. Um coco custa R$ 10. Uma saladinha vira-lata, R$ 35. Um suquinho básico, R$ 20. Uma romã, R$ 12. Um sanduíche com tomatinho e fritas, R$ 80. Quem aguenta? Valha-nos, Deus! O abuso provocou reação. “Não pago”, disseram os consumidores. E foram além. Criaram moeda pra lá […]
“Beyoncé e o marido são muito próximos dos Obama”, escrevemos na pág. 17. Ops! Esquecemos pormenor pra lá de vira-lata. Nome próprio não goza de privilégios. Flexiona-se como o comum. Eça escreveu Os Maias. Nós escrevemos os Silvas, os Castros, os Marinhos. E, sem discriminação, os Obamas.
Atento policial de textos estranhou quando escrevi gelo baiano. Disse-lhe que o uso do hífen é controverso. Ele bateu pé. Sem chegar a acordo, decidimos consultar a coluna. Afinal, é com tracinho ou sem tracinho? (Tereza Halliday) Vale repetir. Hífen é castigo de Deus. Os mais rigorosos discordam. Dizem que é castigo do demo. A polarização se explica. São tantas as regras, tantas as exceções […]
O caixa? A caixa? A palavra joga em times diferentes. É feminina em duas acepções. Uma: recipiente onde se guarda alguma coisa (caixa de joias, caixa de brinquedos, caixa de sapatos). A outra: seção de banco, loja ou repartição onde se pagam contas ou se recebe dinheiro (caixa do supermercado, caixa da empresa). É masculina ao dar nome ao caixa eletrônico ou caixa dois. A […]
Caixa de… O complemento se escreve sempre no plural: caixa de fósforos, caixa de joias, caixa de bombons, caixa de balas, caixa de cotonetes, caixa de grampos.
Na frase: “…Um beija-flor jamais visitará um esgoto, assim como um abutre não sobrevoa terras límpidas”, o uso da vírgula está correto? (Ricardo) Ricardo, trata-se de oração subordinada adverbial. Ela está no lugarzinho dela — depois da oração principal. Sem deslocamento, a vírgula sobra. Xô! Se a oração subordinada estivesse deslocada (anteposta à principal), aí, sim, a vírgula ganharia banda de música e tapete vermelho: […]
“…o policial civil ganha até R$ 12 mil para trabalhar no ar-condicionado e receber o meliante”, escrevemos na pág. 5. Viu? Trocamos as bolas. Ar-condicionado, com hífen, é o aparelho. O arzinho que refresca o ambiente grafa-se livre e solto, sem o tracinho. Melhor: … o policial civil ganha até R$ 12 mil para trabalhar no ar condicionado e receber o meliante.
Sansão e Dalila Sansão era forte, muito forte. Na guerra, matou mil soldados com uma mandíbula de burro. Ninguém ganhava dele. Os filisteus, vítimas da poderosa criatura, morriam de medo e curiosidade. Queriam porque queriam saber de onde vinha a força extraordinária. Um dia, Sansão conheceu Dalila. Foi amor à primeira vista. Ela, pra lá de linda, pertencia ao povo filisteu. E traiu o herói. […]
Ops! De repente, não mais que de repente, pintou a escuridão. Nove milhões de brasileiros ficaram às escuras. “O que houve?”, perguntaram gregos, troianos e goianos. Desculpas não faltaram. Uma delas: consumo de energia recorde antes do apagão. Será? Enquanto a certeza não vem, vale caprichar na pronúncia. Recorde joga no time de acorde e concorde. A sílaba tônica do trio paroxítono é cor — […]
“Que é um nome? / Se outro nome tivesse a rosa em vez de rosa, / Deixaria de ser por isso perfumosa?”