Categoria: Geral
A 3ª viagem de Simbad, o marujo Simbad não tem sossego. Louco por aventuras, percorre o mar cheio de ilhas. Na primeira viagem, em vez de terra firme, desembarca em cima de uma baleia. Na segunda, desce numa ilha deserta e perde o navio. Agarra-se na pata de um pássaro grandão e voa pelos ares. Volta pra casa, mas não desiste. Sobe em outro barco. […]
“As palavras estão ali, cobertas de poeira, esquecidas, marginalizadas. É preciso limpar o pó, estar aberto à sua beleza e à força da sua sugestão.”
“O que você acha mais fascinante sobre o céu de Brasília?”, escrevemos na pág. 23. A preposição está esquisita, não? Melhor: O que você acha mais fascinante no céu de Brasília?
“A ministra Rosa Weber divulgou a decisão às 22h: governo vai recorrer”. Reparou na ambiguidade? Os dois-pontos introduzem a explicação. Dizem que a decisão da ministra é “o governo vai recorrer”. Falso. Um ponto resolveria a questão. Assim: A ministra Rosa Weber divulgou a decisão às 22h. Governo vai recorrer.
Escrever a palavra como manda o dicionário? Na dúvida, há três jeitos. Uma: consultar o pai de todos nós. Outra: perguntar a quem sabe. A última: recorrer a analogias — recordar-se de onde vem o vocábulo. Metereologia ou meteorologia? Lembre-se de meteoro (meteorologia). Bicarbonato ou bicabornato? Olho em carbono (bicarbonato). Aeroporto ou areoporto. Vem, aéreo (aeroporto). Cabelereiro ou cabeleireiro? A mãezona é cabeleira. Daí cabeleireiro.
Ela diz obrigada. Ele, obrigado. Novidade? Não. A regra é velha como o rascunho da Bíblia. Mas, na Bienal de Brasília, a premiada escritora Ana Miranda disse “Aos presentes meu obrigado”. Ops! Não seria obrigada? Faça a sua aposta. Ela pisou a língua? Não. No caso, a palavra é um substantivo. Duvida? Banque o São Tomé. Substitua obrigado por agradecimento: Aos presentes meu agradecimento.
Atlético e Grêmio estão fora da Libertadores. No mata-mata, não mataram. Morreram. Mas deixaram uma pulga atrás da orelha de torcedores atentos. Qual o plural da duplinha que manda timões pra casa? Há dois. Um: mata-matas. O outro: matas-matas.
“O pedido para se fazer o trabalho veio da primeira-dama”, escrevemos na pág. 26. O se sobra, não? Melhor: O pedido para fazer o trabalho veio da primeira-dama.
“Escrita: arte de destelhar a casa sem que os transeuntes percebam.”
Quem manda neste país tropical? É a Fifa. A poderosa federação fala mais alto que presidentes da República, primeiros-ministros, reis e imperadores. Por isso deita e rola nesta alegre Pindorama. Em junho, o Brasil sedia a Copa do Mundo. Construiu estádios, mudou a sinalização das ruas, deu decência a aeroportos, ampliou o número de leitos. E o time? A Seleção ainda não mostrou firmeza. Talvez […]