Categoria: Erramos
“Os prazos interrompidos durante o recesso recomeçam a ser contados a partir de hoje”, escrevemos na pág. 22. Reparou na redundância? A partir de significa a começar. Bate de frente com recomeçam. Melhor livrar-se de um deles: Os prazos interrompidos durante o recesso recomeçam a ser contados hoje. Os prazos interrompidos durante o recesso serão contados a partir de hoje.
“Na agência que Helena foi atendida, muitos outros trabalhadores aguardavam a vez”, escrevemos na pág. 13. Viu? Um periodo, dois tropeços. O primeiro conjuga o verbo faltar. Falta a preposição antes do pronome relativo (agência em que Helena foi atendida). O segundo flexiona o verbo sobrar. Pra que o “outros”? Xô!
“Diretor do Departamento Penitenciário Nacional defende mudanças na atual legislação penal brasileira”, escrevemos na pág. 7. Reparou? As mudanças só podem ser na atual legislação. Na passada não interessa. A futura não existe. Em suma: o adjetivo sobra. Xô!
“Em 2009, o crescimento deverá ficar entre 15% a 20%”, escrevemos na pág. 8. Ops! Esquecemos o princípio dos casaizinhos. Fiéis, eles não admitem troca de preposição. É o caso de das…às (das 2h às 4h), de…a (de segunda a sexta) e entre…e (entre mim e você). Em respeito a sentimento tão nobre, melhor escrever: Em 2009, o crescimento deverá ficar entre 15% e 20%.
“Para quê tudo isso?”, perguntamos na pág. 17. A resposta só pode ser uma — pra desperdiçar. No interrogativo, o acento só tem vez no fim do período, juntinho do ponto: Tudo isso para quê? Na nossa questão, o chapéu sobra. Xô!
“Até fevereiro, os deputados irão brigar pelo controle das áreas de debates técnicos na casa”, escrevemos na pág. 15. Viu? Inventamos a terceira via do futuro. O português tem duas formas de indicar o porvir. Uma: futuro simples (brigarei). A outra: futuro composto, formada pelo presente do verbo ir + infinitivo do verbo principal (vou brigar). Nós usamos o futuro do ir. Nada feito. Melhor […]
“O arquiteto Oscar Niemeyer completa 101 anos hoje. Neste período, viu duas guerras mundiais e dezenas de revoluções”, escrevemos na pág. 24. O pronome possessivo remete a referência anterior. É a vez do esse: Nesse período, viu duas guerras mundiais e dezenas de revoluções.
“Os dois meninos, de 9 e 6 anos, passam o domingo com a mãe de 31 anos”, escrevemos na pág. 27. Tradução: as crianças têm mais de uma mãe. A de 31 anos é uma delas. Não é isso? Então a vírgula se impõe: Os dois meninos, de 9 e 6 anos, passam o domingo com a mãe, de 31 anos. (A vírgula faz a […]
O leitor Flatônio José da Silva se interessou pela matéria “Ávila segue na direção do TCDF” (pág. 12). Atento, descobriu dois cochilos. Um: “Decisão frusta planos de Rainha de assumir o comando”. É frustra, não? O outro: “O conselheiro disse que participará da sessão marcada para às 10h de hoje”. A crase sobra.
“O rockeiro inglês tinha 40 anos”, escrevemos na pág. 2 do Hora Livre. Descuido, não? Roqueiro tem nacionalidade portuguesa.