Categoria: Erramos
“Sobre a Veja, assegurou que a mesma descumpriu liminar judicial”, escrevemos na pág. 6. Viu o tropeço? O pronome mesmo não funciona como núcleo do sujeito ou do objeto. Forçado, ele se torna muleta do texto. Melhor buscar saídas: Sobre a Veja, assegurou que a revista descumpriu liminar judicial. Sobre a Veja, assegurou que ela descumpriu liminar judicial. É isso. Cada macaco no seu galho.
“…sustar a terceirização do poder econômico para Wall Street e da procuração para China e países cúmplices”, escrevemos na pág. 10. Cadê o artigo que deve acompanhar China? Economia é bom, mas tem limite. A cassação do pequenino não se justifica. Melhor: … procuração para a China e países cúmplices.
“Muita gente ficou ferida porque, ao correr, foram pisoteada”, escrevemos na pág. 8. Viu? Tropeçamos na concordância. Gente, singular, exige o verbo no singular: Muita gente ficou ferida porque, ao correr, foi pisoteada.
“Caroline desapareceu em 10 de janeiro por volta das 16h30. A polícia acredita que a menina tenha sido morta neste mesmo dia”, escrevemos na pág. 21. Viu? Bobeamos no emprego do pronome este. O demonstrativo se refere a fato citado anteriormente. É a vez do esse: Caroline desapareceu em 10 de janeiro por volta das 16h30. A polícia acredita que a menina tenha […]
“Manobra espetacular do piloto salva todas as 115 pessoas a bordo”, escrevemos na capa. Desperdício, não? O “todas” sobra. Melhor: Manobra espetacular do piloto salva as 115 pessoas a bordo.
O leitor Flatônio José da Silva escreve: “Na matéria `A vontade de gastar sempre mais´ ( pág. 2), saiu `A solução seria simples: cortaria-se quase pela metade o valor pago aos diretores sem titulação acadêmica´. Ops! Com verbo no futuro do pretérito, a ênclise é proibida. No caso, ou se emprega a mesóclise (cortar-se-ia), ou a passiva analítica (seria cortado). Assim: A solução seria simples: cortar-se-ia […]
“Para reduzir o índice de roubos nos arredores dos colégios e planejar ações preventivas, Secretaria de Segurança pretende implementar um sistema de registro de ocorrências”, escrevemos na pág. 19. Cadê o artigo? Sem o pequenino, dizemos que existem várias secretarias de segurança. Uma delas tomou a medida. Não é o caso. Vem, artigo: Para reduzir o índice de roubos nos arredores dos colégios e planejar […]
Inimigos da concordância? Há muitos. Um deles se chama distância. O verbo ficou longe do sujeito? Não dá outra. A gente o esquece. Vale o exemplo de hoje. Escrevemos na pág. 7: “Segundo relatos, o grupo chegou ao local em 10 carros, renderam o porteiro e alguns moradores”. Viu? O primeiro verbo respeitou o sujeito (grupo). O segundo partiu pra ignorância. Culpa da lonjura.
A reforma ortográfica confundiu a cabeça de gregos, troianos e aparentados. A nossa não escapou. A prova está lá, na capa. Escrevemos “núvens”. Nuvem e nuvens jogam no time de homem e homens. Nunca tiveram acento. As mudanças não atingiram esses vocábulos. Na dúvida, lembre-se. A reforma tirou acentos. Não acrescentou nenhum.
“A triste estatística da morte no trânsito do DF em 2008 marcou 450 vítimas fatais”, escrevemos na capa. Ops! Fatal é o que mata. O acidente mata. É fatal. A doença mata. É fatal. O tirou matou. Foi fatal. A vítima, coitada, morreu. Não matou. Portanto fatal não é. Melhor: A triste estatística do trânsito do DF em 2008 marcou 450 mortos. A triste estatística […]