Categoria: Erramos
“Responsável por zelar pelo decoro dos colegas, ele é pressionado a renunciar pelo seu próprio partido”, escrevemos na capa. Desperdício, não? Seu próprio é redundância. Em época de crise, é melhor economizar. Assim: Responsável por zelar pelo decoro dos colegas, ele é pressionado a renunciar pelo próprio partido.
Ampliamos os investimentos da Petrobras e da Eletrobrás e reforçando o caixa do BNDES para garantir investimentos de longo prazo”, escrevemos na pág. 14. Reparou na falta de paralelismo? Ampliamos e reforçando mistura Germano com gênero humano. Há duas saídas de restituir o período aos trilhos. Uma: Ampliamos os investimentos da Petrobras e da Eletrobrás e reforçamos o caixa do BNDES para garantir investimentos […]
“Moreira disse que a medida visa acabar com um ônus que os parlamentares acabam se deparando quando inocentam um par”, escrevemos na pág. 3. Viu? Além de repetições, tropeçamos na regência verbal. Quem se depara se depara com alguma coisa. Melhor: Moreira disse que a medida visa pôr fim ao ônus com que os parlamentares se deparam quando inocentam um par.
“Os deputados tem direito de receber esse salário extra”, escrevemos na pág. 9. Cadê o acento? A reforma ortográfica não atingiu nem as oxítonas nem os monossílabos tônicos. Têm e vêm não têm parentesco com creem, deem leem e veem. Paroxítono, o quarteto perdeu o chapéu. As formas dos verbos ter, vir & derivados continuam como dantes no quartel de Abrantes.
“Muito há que se fazer para nos aliviar das inadequações do Plano Piloto”, escrevemos na pág. 17. Reparou? O se sobra. Com o infinitivo, ele só tem vez na companhia dos verbos pronominais (aposentar-se, banhar-se, formar-se). Melhor: Muito há que fazer para nos aliviar das inadequações do Plano Piloto.
“Eduardo estava triste, mas ontem foi com a mãe e a irmã no canil e voltou a sorrir”, escrevemos na pág. 26. Viu? Tropeçamos outra vez na regência. Quem vai vai a algum lugar. Eduardo foi ao canil. Pt saudações.
“Em uma reunião entre o governador José Roberto Arruda, o grupo Jereissati, responsável pela construção do Shopping Iguatemi, no Lago Norte, anunciou a disposição de investir na Igrejinha”, escrevemos na pág. 26. Você entendeu? O leitor tampouco. A responsável pelo samba da frase doida é a preposição entre. Sem vez no período, ela usurpou o lugar do com: Em reunião com o governador José Roberto […]
“A eleição é em 2010. É natural que haja perguntas e indagações, mas o fato é que esse ano não tem eleição”, escrevemos na pág. 6. A que ano ele se refere? A 2009, ano em curso. O este pede passagem: A eleição é em 2010. É natural que haja perguntas e indagações, mas o fato é que este ano não tem eleição.
“O Gol estava estacionado na frente à casa da sogra dele”, escrevemos na pág. 18. Atropelo, não? Preposições não se entendem. Há formas de devolver o diálogo às palavras. Uma: O Gol estava estacionado na frente da casa da sogra dele. Outra: O Gol estava estacionado diante da casa da sogra dele.
“O presidente tem um BlackBerry que o permite manter contato com os principais funcionários e um pequeno grupo de funcionários”, escrevemos na pág. 16. Viu? Tropeçamos na regência. Permitir é transitivo direto e indireto. Quem permite permite alguma coisa a alguém. O alguém, objeto indireto, é representado pelo pronome lhe. Melhor: O presidente tem um BlackBerry que lhe permite manter contato com os principais funcionários e […]