Autor: Dad Squarisi
Ágil como um felino, Bruno se antecipa à bola. Parece maior que o retângulo guarnecido pela rede. As defesas arrojadas o levaram ao time com a maior torcida do Brasil. Muitos apostavam nele como trunfo da Seleção brasileira de 2014. À medida que a fama crescia, o goleiro mudava de noticiário. Passou das páginas esportivas para as policiais. Meteu-se em confusões com […]
Mensagem DAD SQUARISI // dadsquarisi.df@@dabr.com.br A volta pra casa da Seleção coincidiu com o anúncio do resultado do Ideb. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica mostra o retrato do Brasil de corpo inteiro. Melhoramos uns pontinhos no fundamental. Estagnamos no médio. Uma geração nos separa dos índices do Primeiro Mundo. Ficamos na rabeira dos vizinhos sul-americanos. Em suma: continuamos mal na foto. Reação? O […]
“A polícia ainda não está cumprindo mandato de prisão contra um diretor da Volkswagen em São Paulo”, escrevemos na pág. 12. Ops! Uma letra faz a diferença. Mandato é representação; mandado, ordem: O mandato de senador é de oito anos. A polícia cumpre mandado de prisão.
Benfeito se escreve assim. Os filhotes benfazejo, benfazente, benfeitoria vão atrás. Os contrários? Malfeito, malfeitor e malfeitoria se escrevem como unha e carne.
“A decisão feminina de ter menos filhos está derrubando as previsões de um planeta com gente de mais para recursos naturais de menos”, escreveu a Veja na pág. 97. Viva! De mais, assim separadinho, só tem vez quando se opõe a de menos. Nos outros casos, é sinônimo de muito. Vem colado: Comeu demais (muito). Falou demais (muito) antes da prova. Afastou-se demais (muito) dos […]
O agente 007 tem licença para matar. O artista tem licença para voar. Em outras palavras: pra chegar às alturas, ele pode tudo. O escritor cria palavras, pisa a gramática, dá novos sentidos a velhos vocábulos. É a licença poética. A carta branca se explica. Machados, Clarices e Bandeiras são tão grandes que não cabem em camisas de força. O que existe não basta. Eles […]
A Seleção verde-amarela voltou pra casa. Mas a bola continua a rolar na África do Sul. Um verbo sobressai no vocabulário de repórteres e comentaristas. Trata-se de suar. “É preciso suar a camisa”, repetem eles sem cansaço. Muitos tropeçam. Dizem “soar”. Nada feito. Suar e soar se parecem. Mas uma letra faz a diferença. O jogador sua a camisa. O sino soa. A campainha também. […]