Autor: Dad Squarisi
Não sei a diferença entre afim e a fim. Pode me ajudar? (Mateus Esteves Silva) Afim pertence à família de afinidade. Quer dizer que tem afinidade. Adjetivo, tem plural: Literatura é disciplina afim à história. Sogro e nora são parentes afins. A fim de, locução prepositiva, tem dois significados. Quer dizer: 1. para, com a finalidade de: Estudo a fim […]
Como podemos cortar os quês do texto? (Marcela Guimarães Landim) “Escrever é cortar”, definiu Marques Rebelo. Eis sugestões para passar a faca no quê: 1. Substitua a oração adjetiva por adjetivo: animal que se alimenta de carne (animal carnívoro); empresário que planta café (cafeicultor); criança que não presta atenção (criança desatenta). 2. Use aposto nominal em vez de oração: Brasília, que […]
“Em reunião com os dirigentes do Democratas, candidato PSC reclamou da postura de Fraga, que abandonou sua campanha”, escrevemos na pág. 19. Viu? Um período, dois tropeços. O primeiro: falta da preposição (candidato do PSC). O outro: ambiguidade. Sua de quem? Do candidato? De Fraga? Como dizia Chacrinha, o pronome não esclarece. Confunde. Melhor: Em reunião com os dirigentes do Democratas, candidato do PSC reclamou […]
Quando vou me referir ao Brasil, escrevo país com letra maiúscula ou minúscula? (Anna Sophia Mascarenhas) Nada de mania de grandeza, Anna Sophia. Use minúscula: O Brasil continua país do futuro? “Que país é este?”, perguntou Charles de Gaulle. Este é um país que vai frente. *** “Em vez de ” e “ao invés de” têm o mesmo significado? (Pedro Victor Mascarenhas) Não, Pedro. As […]
Como se grafam as indicações de horas e minutos de forma abreviada? Sempre utilizo a abreviatura que aprendi nas aulas de física dos tempos da escola. Mas nem todos concordam. (Felippe Lima) Abreviatura de horas, Fellipe, é sem-sem-sem — sem ponto, sem espaço e sem plural: 2h, 2h30, 2h30min40. *** Ouço, comumente, dizerem “doze é demais; vinte é demais”. O correto não seria “doze […]
“Ela era novinha, trabalhava em outra divisão. Mas não era uma secretária, era muito mais que isso”., escrevemos na pág. 12. Viu? O ponto ficou fora das aspas. Mas deveria estar dentro. A razão: o período começa e termina com as aspas. O ponto o encerra. Faz parte da citação.
O casamento das operadoras de telefonia? Nossa Senhora! Foi um dos maiores negócios do mundo. Por isso recebeu o nome de megaoperação. Com ela, a espanhola entra na onda — pode oferecer pacotes integrados de serviços (acesso à banda larga, TV por assinatura, telefonia fixa e móvel). Com touradas e castanholas, vira empresa multisserviço ou multimídia. Em universo tão poderoso, bobear é proibido. Olho na […]
“Para ter o modelo conversível, paga-se exatos US$ 5 mil a mais”, escrevemos na pág. 3 do suplemento Veículos. Ops! Tropeçamos na passiva. O sujeito (US$ 5 mil) é plural. o verbo vai atrás. Assim: Para ter o modelo conversível, pagam-se exatos US$ 5 mil a mais.
Ops! O negócio movimentou uma montanha de dinheiro. Nada menos que R$ 25 bilhões. A espanhola Telefónica se livrou da sócia Portugal Telecom, que comprou 22,4% da Oi. A transação mereceu manchetes de jornais, colunas econômicas, comentários sem fim de especialistas e curiosos. O prefixo tele- virou vedete. Mega- e multi- pegaram carona no destaque. Com a evidência, pintou a dúvida. Como grafar criaturas tão […]