Autor: Dad Squarisi
“Foi muito rápido. A empregada de um apartamento a viu sendo arrastada pela janela e me avisou”, escrevemos na pág. 20. Olha a colocação, gente! O texto diz que a criatura estava sendo arrastada pela janela. Falso. A empregada viu pela janela. Melhor: Pela janela, a empregada de um apartamento a viu sendo arrastada e me avisou.
Ferro fudido? O que é isso, companheiro? Será ferro fundido? (Colaboração de Lúcia Faria)
Roldão Simas Filho escreve: “Canso de ler `o ônibus quebrou´ quando, na realidade, está inteiro, apenas enguiçou. Os redatores esqueceram esse útimo verbo”.
“O amor é mais precioso que a vida; a honra, mais preciosa que o dinheiro. Mais preciosa que ambos é a palavra dada.”
“Amor é fogo que arde sem se ver; / é ferida que dói e não se sente; / é um contentamento descontente; / é dor que desatina sem doer; / é um não querer mais que bem querer; / é solitário andar por entre a gente; / é nunca contentar-se de contente; / é cuidar que se ganha em se perder.” (Camões) “Um sino não […]
Vênus é a deusa do amor. Marte, o deus da guerra. Ambos eram casados. Ela com Vulcano, o metalúrgico senhor do fogo. Ele, com Belona, a senhora guerreira. Quando os dois se conheceram, foi uma senhora paixão. Resolveram, então, paquerar. Mas não queriam criar problemas em casa. Pensaram. Pensaram. Pensaram. Eureca! Disfarçados, escapavam do lar como quem não quer nada. Iam para um lugar que só […]
O que aférese tem a ver com namorar? Aparentemente nada. O palavrão é tão sofisticado diante de sentimento tão espontâneo… Mas as aparências enganam. A greguinha exerce senhor papel na caminhada rumo ao coração do outro. Ela diminui distâncias. Trata-se de manha comum na língua. O falante, por comodismo, ignorância ou pressa, passa a tesoura em fonemas do início de palavras. Namorar era enamorar — […]
O leitor Luiz Serra escreve: “No país dos `Nois pega pexe´, o dia de hoje, 10 de junho, passará irremediavelmente em branco: é o Dia da Língua Portuguesa. É, também, o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas”.
“Crianças que nem sequer chegaram à pré-escola já manuseiam com desenvoltura impressionante nos equipamentos portáteis transformados em febre no momento”, escrevemos na pág. 16. Reparou? Tropeçamos na regência. A gente manuseia alguma coisa, não em alguma coisa. Melhor: Crianças que nem sequer chegaram à pré-escola já manuseiam com desenvoltura impressionante os equipamentos portáteis transformados em febre no momento.
No post “Adeus, Fenômeno”, escrevi este parágrafo: “Ronaldo se vai. O sorriso de criança e o olhar maroto se despedem dos gramados. Que pena! A intimidade com a bola o tornou o maior artilheiro da Copa do Mundo. Fazer gols era como acariciar a cabeça do filho — gesto carinhoso do criador que amava a criatura desde sempre. A redonda retribuía. Tomava rapidinha a direção […]

