Autor: Dad Squarisi
Paula fazia uma apresentação na faculdade. Nos slides estava grafado “microorganismo”. Assim, com o o em dose dupla. Depois dela, foi a vez de Gláucio. No texto por ele projetado, aparecia “microrganismo”, com um o solitário. Os presentes estranharam. Um curioso perguntou: — É microorganismo ou microrganismo? A professora, calma, respondeu: — Antes da reforma ortográfica, a palavra tinha as duas grafias. Depois, entrou em […]
Jaime PinskyPaulista de Sorocaba, filho de imigrantes, desde muitocedo convivi com livros: toda noite, antes de dormirmeus pais liam para mim e para minha irmã, Cecília. Eraalgo muito afetivo, mas sem condescendência: a leituraera feita em iídiche, essa língua sonora e complexa, compalavras emprestadas do alemão medieval, do polonêse do hebraico, mas com sonoridade e vida próprias.Originária da Alemanha, levada por imigrantes judeuspara a Polônia, […]
Marcelo Duarte Pão árabe, queijo muçarela coberto por zatar, rosbife e tomate. Nada de presunto, ovo, alface e maionese. O beirute foi criado em São Paulo no ano de 1951 pelo imigrante libanês Fares Sader. Ele era sócio do restaurante Bambi, na Alameda Santos “Ele quis homenagear o Líbano. Por isso, usou pão árabe e batizou o sanduíche com o nome da capital”, diz Nazima […]
Dad Squarisi Monteiro Lobato repetia: “Um país se faz com homens e livros”. E completava: “Os livros não mudam o mundo. Mudam os homens. Os homens é que mudam o mundo”. O criador de Narizinho, Pedrinho, Emília, Jeca Tatu e tantas outras criaturas que povoam nosso universo sonhava inundar o Brasil de livros. Dar opção aos leitores. Sabia que livro não se impõe. Escolhe-se. “Uma […]
“Entidade mineira que é comandada por filiados do PCdoB, e recebeu R$ 9,5 milhões da União, é alvo de operação policial”, escrevemos na pág. 5. Que estrutura torturada! Melhor lhe dar um alívio: É alvo de investigação policial entidade mineira que, comandada por filiados do PCdoB, recebeu R$ 9,5 milhões da União.
O chefe do tráfico na favela da Rocinha só foi preso porque o nome dele é “Nem”. Se fosse “Enem”, teria vazado. (Colaboração de Guido Heleno Dutra)
Li na Folha Dirigida: “A segunda-feira da carreira pública do Rio de Janeiro entrete as pessoas com passatempos”. Nossa! Entrete? (Júlio Reis) Ops! Entreter é filhote de ter. Pai e filho se conjugam do mesmo jeitinho: entretenho, entretém, entretemos, entretêm; entretive, entreteve, entretivemos, entretiveram; entretinha, entretinhas, entretinha, entretínhamos, entretinham; entretiver, entretivermos, entretiverem. Etc. e tal.
Em 1808, a família real chegou ao Brasil. Com ela, veio a corte portuguesa. Onde abrigar tanta gente? O jeito foi desalojar os moradores das casas mais ajeitadas. A forma era simples. Colava-se na porta da residência eleita um papel com a inscrição PR. As duas letrinhas queriam dizer príncipe regente. Os cariocas, gozadores desde então, davam-lhe outra leitura: ponha-se na rua. Os tempos mudaram. […]
Caiu o primeiro, caiu o segundo, caiu o terceiro, caiu o quarto, caiu o quinto, caiu o sexto. Acusados de corrupção, cinco ministros deram adeus à Esplanada dos Ministérios. Um saiu por outra razão. Falou mais do que devia. Quem será o próximo? Apostas circulam em Brasília. A preferência: Carlos Lupi, do Trabalho. “Ele é a bola da vez”, dizem todos. “Só se for […]
Flatônio José da Silva comenta: “Na entrevista com o deputado Reguffe, saiu este texto: `As pessoas aqui na Câmara não entendem porque, às vezes, eu voto contra o governo e, às vezes, voto a favor´. Porque, no caso, quer dizer `por que motivo´. Grafa-se por que quando a palavra motivo estiver clara ou subentendida”. O leitor tem razão. Melhor: As pessoas aqui na Câmara não […]

