Autor: Dad Squarisi
Surpresa! Três dias depois da eleição, a notícia caiu como o raio de Zeus. O Banco Central aumentou a taxa de juros. O fato ganhou manchetes em Europa, França e Bahia. Pintou, então, uma questão. Juro ou juros? Tanto faz. Singular ou plural, o resultado é o mesmo. Empréstimos e prestações doerão mais no bolso. Mas, como diz Graciliano Ramos, “liberdade completa ninguém desfruta. A […]
Vamos combinar? As prisões brasileiras são fiasco nota 1.000. Pizzolato tirou proveito do descaso que beira a desumanidade. Condenado pelo Supremo Tribunal Federal, o ex-diretor do Banco do Brasil fugiu pra Itália. Lá, alegou que escapou do Brasil pra salvar a vida. As cadeias verde-amarelas matam. A Justiça italiana aceitou o argumento. Libertou-o. “Os presídios são enxovias”, disse o procurador-geral da República. Ops! A palavra […]
“Presidente regional do PSD, o deputado federal eleito Rogério Rosso, já participou de processo semelhante”, escrevemos na pág. 19. Viu? Cometemos frasecídio. A vírgula separou o sujeito do verbo. Melhor ressuscitar o período. Assim: Presidente regional do PSD, o deputado federal eleito Rogério Rosso já participou de processo semelhante.
Sou apreciador da tua coluna, no jornal O Sul. Adoraria que me esclarecesses as dúvidas sobre o substantivo sem-terra: ele tem plural? Escreve-se com hífen? A regra vale para sem-teto? (Eugênio Cechin) A reforma ortográfica, como o nome diz, foi ortográfica. Alterou a grafia de palavras. A mudança abrange letras, acentos, hifens e travessões. Manteve-se distante de pronúncia, morfologia e sintaxe. Assim, o que ficou […]
Flatônio José da SilvaNo título “A bola está com ela, de novo”, saiu este texto: “[Dilma Rousseff] Tem repetido para os seus que a missão se tornará menos tortuosa se reconquistar o empresariado, azeitar a máquina pública, aprofundar as transformações sociais brasileiras e, sobretudo, fazer o que ela não tem a mínima paciência: articulação política com os ‘picaretas de sempre’ para que o Brasil caminhe […]
“Itália liberta Pizzolato e Brasil recorrerá”, escrevemos na pág. 6. Cadê a vírgula? Sem ela, o e dá a impressão de que liga dois objetos — Pizzolato e Brasil. Melhor apostar na facilidade e clareza. Assim: Itália liberta Pizzolato, e Brasil recorrerá.
Tudo muda? Sim, graças aos deuses, nenhum rio passa duas vezes sob a mesma ponte. Movimento é a ordem. Exemplos? O dia dá lugar à noite. A primavera, ao verão; o verão, ao outrono; o outono, ao inverno. A estiagem prepara a chegada da chuva. A água corre. Se ficar parada, apodrece. Esperta, a Lua varia de fases e de cara. Nós, que de poste não temos nada, seguimos […]
Mesmo time Eleger tem companheiros. Entre eles, agir. O verbo que manda pôr a mão na massa impõe a pronúncia gê. Pra chegar lá, só há um jeito — pedir socorro ao j: ajo, age, agimos, agem; que eu aja, ele aja, nós ajamos, eles ajam.
Aparências enganam Moçada, generalizar é proibido. Em eleger e agir, o troca-troca se dá por causa da pronúncia. Não é o caso de viajar. Seguido de qualquer vogal, o j mantém o som. Por isso, viajar se conjuga sempre com j: viajo, viaja, viajamos, viajam; que eu viaje, ele viaje, nós viajemos, eles viajem. Sem violência Apesar da lógica, a forma viajem sofre agressões […]
“Funções iguais, estruturas iguais”, prega o paralelismo. Viu? Desobedecemos ao mandamento. Na enumeração da pág. 3, misturamos estruturas. Ora iniciamos a relação com substantivos (finaciamento, mandato, referendo, perda), ora com verbos (instituir). Nada feito. Melhor descer do muro. Fiquemos com uma ou outra. Uma: finaciamento, mandato, referendo, coligações, perda, sistema. A outra: financiar, fixar, fazer, instituir, perder. Misturar é proibido. Confundem-se alhos e bugalhos.

