Autor: Dad Squarisi
“O governo precisou tomar a medida para acabar com a farra nas administrações regionais, onde se via práticas não republicanas”, escrevemos na pág. 17. Viu? Ignoramos a concordância. O sujeito, práticas não republicanas, exige o verbo no plural. Assim: O governo precisou tomar a medida para acabar com a farra nas administrações regionais, onde se viam práticas não republicanas.
Vi a palavra taxativo escrita com ch. Foi erro? (Tânia) O dicionário só registra taxativo. É quem não admite réplica ou contestação: O deputado foi taxativo na defesa da família.
Claudio ou Cláudio? Ora vejo o nome grafado com acento. Ora sem acento. E daí? (Sandra Drummond) Cláudio joga no time de rádio e áudio. Paroxítona terminada em i tem acento. Mas, como se trata de nome próprio, vale o que está escrito. Se na certidão de nascimento não aparece o agudo, o Claudio será Claudio vida afora.
“Clientes do garçom mais querido da cidade foram ao Beirute agradecê-lo pelos serviços prestados”, escrevemos na capa. Viu? Pisamos a regência. A gente agradece a alguém. O pronome que funciona como objeto indireto é lhe. Melhor: Clientes do garçom mais querido da cidade foram ao Beirute agradecer-lhe pelos serviços prestados.
O verbo ser só tem três letras. Mas dá um senhor trabalho. A razão: é a criatura de cintura mais flexível da língua. Na concordância, nunca toma posição firme. Ora concorda com o sujeito. Ora com o predicativo. Veja: Tudo é flores. Tudo são flores. Qual a forma certinha da silva? Ambas. Com o ser é assim. Quase sempre as duas construções estão corretas. Há […]
Ora leio diabete. Ora, diabetes. Qual é forma nota 10? (Celene Silva) O diabete, a diabete, o diabetes, a diabetes? Tanto faz. Mas o s não é signo de plural. Mesmo com ele, a palavra é singular: o diabetes sacarino, a diabetes sacarina.
Enfarte, enfarto, infarto — o trio merece banda de música e tapete vermelho. Mas fique bem longe de nós. Xô!
Corão ou Alcorão dão nome à Bíblia muçulmana. Corão, Alcorão e Bíblia têm o mesmo significado — o livro. O al que aparece em Alcorão é o mesmo que aparece em algodão e álcool. Trata-se do artigo árabe. Equivale ao o (a) em português: o guia, a vida.
“Quero vencer o deficit habitacional”, disse Dilma. O Vocabulário Ortográfico registra deficit e défice. É só escolher.
“Eu nunca usei ponto e vírgula e nunca me fez falta.” Quem fez o depoimento? Ninguém menos que Luiz Fernando Verissimo. Ele tem razão. Podemos viver muito bem sem a duplinha. Mas, com ela, ganhamos um recurso a mais pra enriquecer o texto. E, de quebra, ficamos pra lá de bem na foto. O verso de Mário Quintana serve de prova: “A Maria Eugênia é […]

