Autor: Dad Squarisi
“Três travestis são acusadas de matar cliente”, escrevemos na pág. 23. Bobeamos. Travesti joga no time de estudante. É substantivo de dois gêneros. Artigo, pronome e adjetivo concordam com o sexo da pessoa. No caso, são homens travestidos de mulher. São, pois, os travestis. Melhor: Três travestis são acusados de matar cliente.
Cela ou sela? Quando usar uma e outra? Cela é aposento, quarto de dormir pequeno, quarto de penitenciária. Sela joga em outro time. Pode ser arreio de cavalo ou forma do verbo selar: selo, sela, selamos, selam.
Habeas corpus, expressão latina, não tem hífen nem acento. A forma reduzida se naturalizou portuguesa — hábeas. História Habeas corpus quer dizer que tenhas o teu corpo. A garantia vem de longe. Em 1215, os nobres a impuseram ao rei da Inglaterra. Exigiram o controle legal da prisão de qualquer cidadão. Naquele tempo, o juiz decidia de forma sumária sobre o legalidade ou não […]
Que coisa! Membros da Igreja Católica fizeram feio em Formosa. Os fiéis contribuíam com o dízimo para ajudar obras sociais. Mas o dinheiro tomava rumo diferente. Engordava a conta bancária do bispo e de padres. O papa tomou providências. A turma esperta está vendo o sol nascer quadrado. As consequências? É esperar pra ver. Enquanto isso, vale a curiosidade. Dízimo vem do latim decimu. Quer […]
O leitor Sebastião Machado Aragão escreveu: “Como é que o GDF manda fazer um banner e não observa um erro de grafia: `Bem vindos à Vila Cidadã´, diz o texto. Cadê o hífen da palavra bem-vindos?” O gato comeu.
Motoristas irresponsáveis? Existem pra dar, vender e emprestar. Além de desrespeitar o limite de velocidade, estacionam como lhes dá na cabeça. Diante das escolas, veem-se carros em filas duplas e triplas. A meninada chama os condutores de “sem noção”. Ao escrever a duplinha, pintou a dúvida. Com hífen? Sem hífen? Sem-noção joga no time de sem-terra, sem-teto, sem-emprego. Eles são sem-sem: sem plural e sem […]
Cabeleireiro é senhora vítima dos engolidores de letras. É que as pessoas tropeçam em um ditongo. Imagine em dois. Que tal treinar? Basta pronunciar a palavra em voz alta. Uma, duas, três, muitas vezes.
A questão pintou na aula da 6ª série. Meio-dia e meio ou meio-dia e meia? A turma se dividiu. Uns ficaram com o masculino. Outros, com o feminino. E daí? A professora entrou na discussão. Fez esta pergunta: — Meio-dia e … metade de hora ou metade do dia? Caiu a ficha. A moçada aprendeu sem risco de esquecer. Meio-dia e meia são 12h30. Portanto, […]
A dúvida não é de uma só pessoa. Na hora de escrever, dezenas de criaturas vacilam. Se têm dicionário por perto, consultam. Se não, perguntam ao vizinho do lado. A resposta nem sempre está na ponta da língua. Muitos chutam, mas têm 50% de possibilidade de errar. Pelo sim, pelo não, vale uma dica para a hora do sufoco. Empecilho é estorvo. Ambas têm um […]
“Com esses dados, podemos ver que, na verdade, aproximadamente metade das escolas privadas atingiram a pontuação que a maioria das escolas públicas não conseguem”. A frase está correta? Metade das escolas atingiram? A maioria das escolas não conseguem? Trata-se do partitivo. No caso, o verbo pode concordar com o núcleo do sujeito (metade, maioria) ou com o complemento (escolas privadas, escolas públicas). É acertar ou […]