A gangue do MARIO

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      Ninguém acredita. Mas lá está. Na capa do Jornal do Brasil, aparece a chamada “ONU media disputas pelo Ártico”. Os leitores bateram os olhos no texto. Desconfiaram do que viram. Tornaram a ler. Não havia dúvida. O redator desconhece a gangue do MARIO. Se tivesse sido apresentado ao grupo, teria dado passagem à forma medeia.   Ela é composta de cinco verbos. […]

É pleonasmo?

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      “Antes, não tinha dúvida. Mas, de tanto ouvir `há tantos anos atrás´, acabei questionado meus conhecimentos. Afinal, a duplinha há…atrás é pleonasmo?”, pergunta Rafael, intrigado com tantos tropeços na língua.     É. O há indica tempo passado. O atrás também. Usá-los na mesma oração é redundante como entrar pra dentro ou sair pra fora. Manda a norma culta escolher um ou outro: Cheguei […]

Mim não faz nem acontece

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    A conversa rolava solta. Grupinho de estudantes comentava questões do simulado aplicado no fim de semana. Uma delas referia-se ao emprego dos pronomes eu e mim. Apesar de simples, o assunto ainda pega a moçada pelo pé. A prova apresentou duas frases quase iguais. Qual delas merece nota mil?     a. Depois da reunião, fiquei na sala. O professor deixou um texto […]

Quem fala?

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      “Obrigado por permitirem que eu assuma a presidência da universidade”, disse Branca, a louríssima e peruíssima personagem da novela Duas Caras. Os membros do conselho se entreolharam, esboçaram um sorriso irônico e se retiraram. Fora da sala, fizeram a pergunta que não queria calar:   — Dona Branca mudou de time?   A desconfiança procede. “Obrigado” é coisa de homem. Mulher diz […]

Que desperdício!

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    “Professores com doutorado e mestrado e, além de tudo isso, você ainda pode concorrer a uma das 500 bolsas”, diz o anúncio da Faculdade JK veiculado pelas tevês. João Marcelo ouviu. Não acreditou nos ouvidos. Esperou o repeteco. Convenceu-se: o texto tem uma baita redundância. O além de indica adição. O ainda também. Que deperdício! Melhor ficar com um ou outro. Um: Professores com doutorado e mestrado e, […]

Perda de identidade

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  Sabia? Alguns aumentativos e diminutivos perderam a identidade. Em vez de indicar grau, passaram a designar outro ser. É o caso de portão, cartão, caixão (ataúde), florão (ornato de arquitetura). E por aí vai.   Galinho é diminutivo de galo. Dele nasceu o feminino galinha. Quer tratar a senhora do galinheiro com carinho? Chame-a de galinhazinha. Ela adora. Cacareja que só.

Pra lá de chiques

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     A língua é cheia de manhas. Às vezes, adere ao popular. Outras, ao erudito. Vai, então, ao latim em busca de sufixos chiques que só. O -ulo e -culo entram em cartaz. Às vezes aparecem com cara de -áculo, -ículo, -úsculo e -únculo. Mas não enganam. São a mesma criatura. Quer exemplos? Ei-los: Corpo (corpúsculo), febre (febrícula), globo (glóbulo), gota (gotícula), grão (grânulo), […]

O xis da letra

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  O diminutivo de casa é casinha. O aumentativo, casona, casarão. O diminutivo de pai é paizinho. A aumentativo, paizão. Viu? Uns derivados se escrevem com s. Outros, com z. Por quê? Trata-se da velha história de fidelidade à família. Lembre-se: os sufixos são inho, ona, ão. Quando um se junta ao radical da palavra, mantém o s. É o caso de casinha, casebre, casona, […]

Gozadores

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    Aumentativo e diminutivo jogam no time dos zombadores. Eles fingem que indicam tamanho. No fundo, porém, exprimem sentimentos. A mãe chama o filho de 1,90m de filhinho. A avó se dirige ao neto de dois anos de garotão. O apaixonado considera a namoradinha um mulherão. O grau, no caso, exprime afeto.     O advogado se refere ao colega como advogadinho de porta […]