Autor: Dad Squarisi
A gripe que assusta Europa, França e Bahia é variação da gripe suína. O H1N1, responsável pela infecção, mistura quatro vírus — um humano, um aviário e dois suínos. Os moradores do chiqueiro sofreram mutações. Antes só atacavam porcos. Agora avançam nos humanos. Vale, por isso, saber algo mais sobre eles. A palavra suíno vem do latim. Suinos pode ser o porco ou relativo ao […]
Que coisa! A gripe suína prefere poupar idosos e crianças de até 3 anos. Ataca com fúria pessoas de 4 a 45 anos. Por quê? Ninguém sabe ao certo. Infectologistas dizem que o organismo de criaturas dessa faixa etária reage de forma exagerada. Há, pois, uma super-reação. Viu? O diagnóstico remete à reforma ortográfica. Uma das regras que regem o hífen diz que letras iguais […]
E agora? Os amantes do lombinho assado, da costelinha frita, do torresmo crocante devem abandonar as delícias? Os entendidos dizem que não. Por duas razões. Uma: o vírus da gripe suína só se transmite de pessoa para pessoa. A outra: o vírus não resiste a temperatura superior a 75º. Os cautelosos, que temem comer carne, precisam prestar atenção ao cozimento. Assim, com z, da família de […]
Crase, pra que te quero? Pra indicar o casamento de dois aa. Um é preposição. O outro, em geral, o artigo feminino. Ora, se é feminino, o acento só aparece antes de nomes do antigo sexo frágil. Não é o caso do publicado na capa de Informática: “…acessível à todos os usuários”. O grampinho sobra, não? Xô!
Atchim! Atchim! Atchim! É a gripe suína. A danada tem os sintomas das irmãzinhas dela. A moleza toma conta do corpo. A temperatura explode. A tosse perde o controle. A cabeça dóiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii. Além dos estragos comuns, ela acrescenta outros. Vômito e diarreia entram na jogada. Muita gente não suporta tantos maus-tratos. Dá adeus à vida. O número de mortes se aproxima de 200. Valha-nos, Deus! […]
“A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso. A palavra foi feita para dizer.”
Com x ou ch? S ou z? As dúvidas são muitas. As respostas, escassas. Há poucas regras de grafia. A escrita correta é mais fruto de fixação da forma que da memorização de regras. Escrevemos homem com h não por conhecer a etimologia da palavra ou por termos estudado norma especial. Mas por a vermos grafada dessa maneira. Por isso, quem lê regularmente escreve […]
“Na quinta-feira, o Correio revelou que, nas investigações, descobriu-se o caso de um assessor”, escrevemos na pág. 3. Viu? Ignoramos a força de atração da conjunção que. Mesmo de longe, ela atrai o pronome. Assim: Na quinta-feira, o Correio revelou que, nas investigações, se descobriu o caso de um assessor.
A moçada saíra do vestibular. Mil vozes falavam ao mesmo tempo. Discutiam uma questão que encucou a cabeça de todos. Trata-se do grau do adjetivo. A pergunta exigia conhecimento de forma pra lá de sofisticada. Nada menos que o superlativo de sério e cheio. O nome está dizendo. É super, máximo — intenso como a paixão dos 20 anos. Rapazes e moças lembraram-se […]
“O homem que se cala recusa. A mulher que se cala consente.”