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Eduardo Pedrosa revela o que o motivou a criar a Frente Parlamentar de Valorização da Vida

Publicado em Eixo Capital, Entrevistas, GDF

À queima-roua com Eduardo Pedrosa (União), presidente da Frente Parlamentar de Valorização da Vida

Por Ana Maria Campos

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Por que criar uma frente parlamentar de prevenção à depressão, ao suicídio e valorização da vida?

Esse tem sido um problema que vem crescendo assustadoramente e precisa ser enfrentado e combatido, por meio da informação e atendimento à comunidade. Não dá mais para deixar o governo fechar os olhos para um problema tão grave e muitos estão sofrendo com a ausência por falta de um atendimento adequado do Estado.

Quem participa?

Participam os deputados, entidades da sociedade civil, especialistas da área médica, psicólogos e também membros do governo para que possamos ter a contribuição de cada área e nos unirmos para buscar ações práticas e realmente ajudar a resolver essa questão do atendimento e de outras relacionadas ao assunto.

O senhor tem dados que indiquem um aumento de casos de depressão e suicídio no DF?

Temos observado isso nas ruas, quando estou nas cidades. Com todas as famílias que converso sempre tem um caso de um parente que teve depressão, tem sofrido com ansiedade ou tem algo relacionado a saúde mental. É importante que a gente busque atenção para essas pessoas. E digo isso independentemente dos casos estarem aumentando ou não, pois cada caso é importante.

Como a Câmara Legislativa pode contribuir para a valorização da vida e prevenção ao suicídio?

A Câmara Legislativa pode contribuir por meio da construção desse diálogo, elaboração de projetos, exigindo que o governo cumpra e fiscalize as leis em vigor. E também ajudando a construir com o governo iniciativas que sejam importantes para dar suporte às famílias. Acho que é muito importante levar para as cidades esses atendimentos com psicólogos, psiquiatras, suporte através das unidades de saúde. É um trabalho dentro das escolas, um trabalho envolvendo a Secretaria de Desenvolvimento Social. São muitos agentes que podemos envolver, também podemos levar essas demandas e cobrar que sejam atendidas.

O senhor tem algum projeto voltado a esse tema?

Logo após a pandemia discutimos muito essa questão da saúde mental e aprovamos uma lei de minha autoria que obrigava o governo a dar suporte para as famílias nas cidades satélites. Na prática, não saiu como imaginávamos e por isso é importante esse tipo de projeto. Não adianta apenas fazermos leis, acho que mais do que isso, precisamos ter iniciativas de cobrar do governo ações. Muitas vezes já existe uma política pública que o governo tem a obrigação de executar, mas não está executando como deveria. Como por exemplo, garantir os psicólogos nas escolas da rede pública de ensino. São demandas já previstas em leis, mas não estão sendo cumpridas integralmente.

Esse é um problema de saúde pública. Acha que o governo do DF trata a questão com a prioridade e a forma necessárias?

Esse é um problema de saúde pública e acredito que o governo tem sim uma preocupação com o assunto. Quando decidimos constituir essa frente parlamentar, muitos órgãos pediram para participar e estão se envolvendo. Querem realmente participar da discussão. Às vezes são muitos os problemas e existe uma dificuldade de alinhamento entre as pastas. Estamos exatamente propondo essa frente para que, ouvindo as pessoas, ouvindo todos esses entes, possamos cobrar e de fato levar soluções para essas pessoas, para as essas famílias.