Defesa do Fundo Constitucional do DF promove encontro histórico nesta terça

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Por Ana Maria Campos – Uma reunião histórica está marcada para esta tarde. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), vai receber ex-governadores do Distrito Federal e a bancada de parlamentares da capital do país para tratar do Fundo Constitucional do DF. O encontro foi organizado pela senadora Leila Barros (PDT-DF). Os políticos de Brasília querem mostrar os prejuízos para a qualidade de vida dos moradores do DF caso haja a mudança na correção anual do Fundo Constitucional do DF nos moldes do que foi aprovado na Câmara dos Deputados.

Novos caminhos

O ex-governador José Roberto Arruda esteve ontem na festa de inauguração do Túnel Rei Pelé, em Taguatinga, e estava bem à vontade ao lado do governador Ibaneis Rocha (MDB) e da vice-governadora Celina Leão (PP). Sinal de que mágoas da campanha de 2022 ficaram no passado e o caminho para uma aliança para 2026 se abre. Um dos empecilhos era a relação difícil entre Celina e a ex-deputada federal Flávia Arruda. Mas a separação pode mexer também com projetos eleitorais.

Promessa de Lula

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF), na saída da reunião de líderes do Senado no Palácio do Planalto, disse que o presidente Lula se comprometeu a enviar o PLN com o reajuste de 18% das forças de segurança em parcela única e em retirar o Fundo Constitucional do DF do arcabouço fiscal.

Nome trocado

O presidente do Iphan, Leandro Grass, reclamou, nas redes sociais, de uma placa usada pelo GDF para sinalizar a Ponte Honestino Guimarães. Autor como deputado distrital da lei que alterou o nome, ele reclamou de ainda aparecer como Ponte Costa e Silva. “Essa ponte não existe. O nome do ditador do AI-5 deu lugar ao do jovem estudante desaparecido no período mais nojento e asqueroso da História brasileira. Cumpram a lei e higienizem esse letreiro”, escreveu Grass.

Sem alterações

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), conversou ontem com o relator do arcabouço fiscal no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), e combinou de não alterar as modificações que venham a ser aprovadas pelos senadores. Sinal verde para retirar o Fundo Constitucional do projeto. Dessa forma, o Senado deve restringir as mudanças no texto para não causar polêmicas.

Erro na declaração

O que mais ofendeu os brasilienses nas declarações do ministro chefe da Casa Civil, Rui Costa, não foi o clichê “Brasília é uma ilha da fantasia”, repetido por muita gente. O problema maior foi a frase: “Brasília é difícil porque lá fazer o certo, para muitos, está errado. E fazer o errado, para muitos, é que é o certo na cabeça deles”. Os moradores de Brasília não são assim.

Por que construí Brasília

Na reunião com o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, Anna Christina Kubitschek, presidente do Memorial JK e neta do fundador de Brasília, entregou um presente: o livro Por que construí Brasília. A obra é do ex-presidente que foi muito atacado por

Carlos Lacerda quando tomou a iniciativa de instalar a capital no Planalto Central. Depois da Presidência, elegeu-se senador e teve o mandato cassado pela ditadura militar.

O peso do Nordeste

Passada a indicação do advogado Cristiano Zanin pelo presidente Lula para a vaga de Ricardo Lewandowski, começa uma nova disputa no STF, para a sucessão da ministra Rosa Weber, que vai se aposentar em outubro. Um dos nomes fortes para a vaga é o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas. Há um componente regional em jogo: hoje só há um nordestino no STF: Kássio Nunes Marques, indicado por Jair Bolsonaro.

Mas o presidente Lula teve votação consagradora no Nordeste. A Bahia praticamente decidiu a eleição. Dantas é baiano e mantém relação com vários políticos do Nordeste.

Primeira mulher na presidência da Embrapa

Em 50 anos de existência, a Embrapa tem, pela primeira vez, uma mulher no comando. Na empresa há 33 anos, Silvia Massruhá assumiu a presidência há um mês. É doutora em computação aplicada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), onde apresentou a tese “O modelo de inteligência artificial para diagnóstico de doenças de plantas”.

A pergunta que não quer calar

Se o problema de Brasília é o centro do poder, os políticos que se envolvem em corrupção ou desprezam as necessidades da população, o que mudaria se a capital do país ficasse em Salvador, Rio ou São Paulo?

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