Aprovação do PDOT dá sinal verde para regularização de 28 regiões

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Coluna Capital S/A de 28 de novembro

Por SAMANTA SALLUM

A aprovação do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) pela Câmara Legislativa confirma o início do processo de regularização de 28 regiões ocupadas por moradias no Distrito Federal, incluindo a que foi a Colônia Agrícola 26 de Setembro. Essa é uma área, antes rural, que passa a ser urbana depois da descaracterização pela ocupação. Uma bandeira defendida pela vice-governadora Celina Leão desde que era deputada federal e foi autora da lei que redefiniu limites da floresta nacional. O PDOT não regulariza automaticamente as áreas, mas autoriza que a Terracap e a Codhab iniciem os processos com planos urbanísticos (veja lista abaixo).

Nova etapa urbanística

O secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), Marcelo Vaz, avalia que o percentual de 5% de áreas rurais que passam a ser urbanas é de baixo impacto. “Nesses últimos 16 anos, a ocupação do território no DF sofreu muitas mudanças, e era preciso atualizar o PDOT. Vencida essa etapa, agora começamos uma nova fase: a de impedir o surgimento de ocupações irregulares; e de passar a ofertar moradias devidamente legalizadas e também de interesse social”, disse à coluna.

Votos da oposição

O projeto de lei conseguiu dois votos favoráveis da oposição: dos deputados petistas Chico Vigilante e Ricardo Vale, que é vice-presidente da Câmara Legislativa.

Análise de emendas

A Seduh aguarda o envio da redação final do projeto de lei aprovado na Câmara Legislativa para emitir um parecer técnico ao governador Ibaneis Rocha. Ele vai avaliar se será necessário vetar alguma emenda. Foram 200 anexadas pelo distritais ao projeto original.

O setor produtivo apoiou a aprovação do PDOT, pois o projeto prevê eixos de desenvolvimento e atividades econômicas ligadas ao comércio e à indústria.

Bares e restaurantes reconquistam otimismo com mais operações em lucro

O setor da economia criativa com bares e restaurantes do Distrito Federal voltou a mostrar resiliência. É o que aponta a nova pesquisa da Abrasel, realizada entre 10 e 19 de novembro, com empresários do segmento de Alimentação Fora do Lar. O levantamento indica um momento de virada: 47% dos estabelecimentos operaram com lucro em outubro, enquanto 40% registraram estabilidade, e apenas 13% tiveram prejuízo.

Mais faturamento
O desempenho ganha ainda mais força quando comparado ao mês anterior. Mais da metade dos negócios (56%) registrou aumento no faturamento, demonstrando que a retomada do consumo segue firme — mesmo diante dos desafios econômicos que ainda pressionam o setor. Para 24% dos entrevistados, o cenário permaneceu estável, e apenas 19% relataram queda nas receitas.

Endividamento ainda preocupa
No entanto, o endividamento ainda é um ponto sensível. Trinta e sete por cento das empresas têm dívidas em atraso, principalmente relacionadas a impostos federais (72%), tributos estaduais (59%) e empréstimos bancários (31%). Apesar disso, o setor demonstra capacidade de reação e planejamento para avançar, mesmo com restrições financeiras.

Nova diretoria
A Associação dos Bares e Restaurantes do Distrito Federal empossou neste mês a nova diretoria para o triênio 2025/2028. Quem assume a liderança da Abrasel-DF é Thales Furtado, do Restaurante Gordeixos. Depois de dois mandatos à frente da Abrasel-DF, o empresário Beto Pinheiro encerrou a gestão sendo homenageado pelos associados. Lembrou que assumiu a entidade há seis anos, com 199 associados. Hoje ela tem 905.

Grupo Almería investe alto em novo espaço

O empresário Guto Jabour, à frente do Grupo Almería, prepara a inauguração do Almería Beira Lago. Quer que o espaço se torne ícone na gastronomia e na hospitalidade de alto padrão em Brasília. O projeto, assinado pelos arquitetos Cuka Lima, Gustavo Góes e Bianca Gregório Jabour, une design mediterrâneo e experiências sensoriais à beira do Lago Paranoá. O investimento foi de R$ 8 milhões. O grupo, que administra cinco unidades de negócio, encerra 2025 com 310 colaboradores diretos. E projeta um faturamento próximo de R$ 100 milhões em 2026 — quase o dobro do deste ano. Muito otimismo.

samantasallum

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