Comércio vai abrir 3,8 mil vagas temporárias no DF

Coluna Capital S/A de 05/11

Por SAMANTA SALLUM

O comércio varejista do Distrito Federal se prepara para um final de ano bem aquecido nas vendas. E, neste embalo, vem também a oportunidade de emprego. A coluna adianta a projeção de contratação temporária de 2025, que acaba de sair pelo Instituto Fecomércio-DF. Do total de empresas, 47% pretendem reforçar suas equipes para o período natalino. Esse movimento pode gerar 3,8 mil vagas temporárias, aproximadamente duas contratações por estabelecimento.

A análise da série histórica aponta um crescimento de 6% nas intenções de admissão em relação a 2024, sinalizando um cenário de recuperação e maior otimismo. A expectativa de movimento nas vendas é de R$ 280 milhões.

Contratações já começaram

O início das contratações começa já agora em novembro. Segundo a pesquisa,
54% dos lojistas indicam que há possibilidade de efetivar o colaborador temporário após o período de vendas de Natal. A maior parte das oportunidades está concentrada em lojas de shoppings, mas também há muitas vagas no comércio de rua.

R$ 1.681,00
É o valor do salário inicial no comércio

Chocolates e brinquedos

Lojas de chocolate, de vestuário e moda lideram as vagas disponíveis. Mas é o segmento de alimentos e bebidas que está oferecendo mais vagas por estabelecimento, com cerca de três contratações temporárias por empresa, seguido pelas lojas de brinquedos.

Requisitos

Segundo os lojistas entrevistados, o comportamento proativo é o principal pré-requisito para a seleção. Em seguida, aparecem local de moradia, flexibilidade de horário e disponibilidade em tempo integral. Além disso, pontualidade, responsabilidade, respeito e assiduidade são posturas esperadas para a permanência no trabalho.

Consumo acima da média nacional

“Mesmo em um cenário com juros altos, dificuldade de acesso ao crédito e o atual nível de endividamento das famílias, o comércio do Distrito Federal tem mostrado força. De janeiro a agosto, cresceu 4,1%. Já o setor de serviços acumula 6,4% de aumento, segundo pesquisas do IBGE. Esse desempenho, aliado ao maior nível de empregabilidade da história do DF e à estabilidade do funcionalismo público, que lastreia parte da economia, mantém o consumo local acima da média nacional”, avaliou o presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido da Costa Freire.

Sincofarma/DF em colisão com o presidente da Fecomércio do Ceará

O Sindicato das Farmácias e Drogarias do Distrito Federal (Sincofarma), que faz parte da base da Fecomércio/DF, fez um manifesto de “repúdio” a um posicionamento do presidente da Fecomércio do Ceará: o deputado federal Luiz Gastão (PSD/CE). A divergência é sobre o piso salarial nacional dos farmacêuticos. Ele é o relator na CAF do projeto de lei que cria o piso para a categoria. E deu parecer favorável para que seja de R$ 6,5 mil. No DF, não há piso. Mas a média é de R$ 3,5 mil. As farmácias, por lei, são obrigadas a ter um farmacêutico permanentemente.

Redução de empregos

“Embora reconheçamos a importância da valorização dos profissionais da categoria, não podemos deixar de alertar para as graves consequências. A implementação de um piso elevado pode resultar na redução da oferta de empregos, especialmente para jovens profissionais em início de carreira; e fechamento de pequenas e médias farmácias, incapazes de suportar os custos adicionais”, destaca a nota oficial do Sincofarma/DF.

Negociação coletiva

O sindicato defende que a definição de pisos salariais deve ser resultado da negociação coletiva entre sindicatos laborais e patronais, respeitando as particularidades econômicas e regionais de cada localidade. E conclamou todos os sindicatos patronais do Brasil a se unirem “em defesa da sustentabilidade das pequenas e médias empresas e a buscarem, conjuntamente, alternativas equilibradas que valorizem os profissionais de farmácia sem comprometer a viabilidade do setor”.

Tecnologia híbrida flex será premiada na COP 30

A Toyota é a única empresa do setor automotivo a ser premiada pela CNI na COP 30 em Belém. O projeto tecnológico dos veículos híbridos flex, lançado primeiramente no país pela montadora japonesa, foi apontada pela Confederação Nacional da Indústria como uma das iniciativas que precisam ser estimuladas. Outras empresas começam a se direcionar para a tecnologia híbrida flex. Esta semana, a Volkswagen afirmou que adotará tecnologia semelhante a partir de 2026, a exemplo do que já anunciou a Stellantis. Mas, diferentemente do projeto da Toyota, o motor elétrico não é usado para a propulsão.

Shakespeare com atuação brasiliense

Após uma turnê em Lisboa, um dos maiores clássicos de William Shakespeare, Rei Lear, retornará aos palcos de Brasília. Outro Lear apresenta uma leitura poética do texto original, em formato de monólogo, com o pioneiro do teatro de Brasília, Humberto Pedrancini, 75 anos, no papel de Lear. O monólogo será apresentado em três únicas sessões, em 14, 15 e 16 de novembro: sexta e sábado, às 20h, e domingo, às 19h, no Teatro Sesc Silvio Barbato. A entrada é gratuita no sábado e custa R$ 20 (inteira) nas demais sessões. Ao revisitar a trajetória do velho rei, o espetáculo convida o público a refletir sobre temas como o envelhecimento, a memória e a solidão na velhice.