Enquanto GDF pede equiparação da PC com a PF, governo federal concedeu neste ano benefício a outros estados. Impasse precisa ser resolvido antes do período eleitoral
Por Samanta Sallum
Policiais civis (agentes e delegados) dos ex-territórios — Acre, Amapá, Roraima e Rondônia — conquistaram a paridade com a Polícia Federal neste ano, por meio da Medida Provisória nº 1.286, de 31 de dezembro de 2024. Já a da capital da República teve o pedido negado pelo governo federal. A instituição no DF sempre teve a equiparação. Os salários historicamente foram iguais até que, no governo Rollemberg (PSB), essa trajetória foi interrompida porque não foi enviada manifestação ao governo federal com o pedido.
No ranking geral, em nove estados do país, a remuneração, por exemplo, de delegados da classe especial da Policia Civil é maior que a do Distrito Federal. Entre eles, Goiás, MT, Santa Catarina e Amapá. Em relação a outros cargos, chega a 14 o número de estados que pagam mais que no DF. Há 15 anos, a polícia da capital federal estava em primeiro lugar, o que mostra como foi aumentando a defasagem salarial.
“É questão de justiça a equiparação entre a PCDF e a Federal. As duas polícias têm os mesmos regimes jurídico e disciplinar. Não faz sentido algum haver a diferença salarial neste momento. Os policiais do então Estado da Guanabara, por ter sido a capital federal, têm a equiparação. Como se explica que a Polícia Civil do DF não tenha?”, afirmou a presidente do Sindicato dos Delegados da Policia Civil do DF, delegada Cláudia Alcântara.
O governo federal negou o pedido de reajuste que promovia a equiparação, encaminhado pelo governador Ibaneis Rocha, mesmo o GDF garantindo ter orçamento do Fundo Constitucional para isso.
As lideranças da Segurança Pública do DF consideram “incompreensível” a decisão do Ministério da Gestão e da Inovação. A oferta do governo federal foi apenas 18%, divididos em duas parcelas de 9%. E, segundo eles, não foi explicado a metodologia para se chegar a esse percentual proposto.
Apelo ao presidente Lula
A presidente do Sindepo acredita que ainda é possível mudar a situação. Pois não houve ainda a resposta para aceitar a proposta colocada nas mesas de negociação com o MGI.
”Acreditamos que o presidente Lula, quando tiver conhecimento desta injustiça, irá reverter a situação. Vamos nos mobilizar para que isso seja corrigido”, disse à coluna a delegada Claudia Alcântara.
Corrida contra o tempo
A situação do Distrito Federal que deveria ser melhor por ser a capital federal , ter recursos do Fundo Constitucional, se tornou mais complexo. Pois é necessário para se reajustar salários dos servidores da área a autorização do governo federal e a aprovação do Congresso Nacional. E o impasse precisa ser resolvido antes do período eleitoral. É vedado pela legislação a concessão de reajustes. O prazo máximo até abril do ano que vem.
Acompanhe a Capital S/A na TV Brasília todas as terças e quintas-feiras, 18h10 no JL ao vivo.
Piloto de uma das aeronaves disse que era um dia para entrar na história da…
Sobre Flávio Bolsonaro, comentou que há espaço para outros nomes da direita, mas que campo…
Coluna Capital S/A de 9 de dezembro Por SAMANTA SALLUM O comércio do DF espera…
Por SAMANTA SALLUM O Sesi Lab inaugurou neste sábado a exposição Palavras que Voam: Acervo…
Alteração no Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis estabelece agora valor de mercado do…
Por SAMANTA SALLUM Lançado em maio de 2024, o Programa Acredita chegará ao fim de…