Microempreendedor individual é avanço brasileiro em relação à Argentina

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Por Samanta Sallum

Buenos Aires – Nos últimos 10 anos, os índices de empregabilidade na Argentina mostram que, enquanto no setor privado o crescimento foi mínimo (4%), no setor público foi expressivo (30%). O que chama atenção também é o número de pessoas que trabalham na informalidade, quase a metade dos que prestam serviço, no país. O professor Darío Judzik, doutor em Economia Aplicada, da Universidade Torcuato di Tella apontou que a legislação argentina não prevê uma categoria tal como no Brasil, a do MEI – Microempreendedor Individual.

O presidente da Fecomércio/DF, José Aparecido Freire, que participou da apresentação na universidade, destacou o avanço do regime brasileiro.

“Defendemos muito na reforma tributária a manutenção do MEI que é uma autoproteção para que os empreendedores tenham CNPJ e que possam também ser empregadores”, ressaltou.

Projetos para aumentar a empregabilidade

Representantes de setores empresariais de Brasília, por meio do Sesc/DF, estiveram em Buenos Aires, na semana passada, para um intercâmbio de experiências. Além de temas como o Mercosul, o foco da missão foi em projetos sociais que amparam, capacitam e empregam pessoas de famílias de baixa renda.

A delegação brasiliense conheceu o trabalho realizado pela Fundação River Plate, braço social do time de futebol argentino que atua com crianças e adolescentes. Garante educação e incentivo ao esporte. O diretor regional do Sesc-DF, Valcides de Araújo, contou sobre dois projetos importantes da entidade brasileira: o Voar e o Mesa Brasil.

“O trabalho do Sesc é baseado em quatro pilares: saúde, esporte, cultura e lazer. Temos a missão de promover a assistência social, garantindo cidadania aos nossos beneficiários”, destacou Valcides.

Segundo ele, o exemplo do River Plate servirá de inspiração para aprimorar  o projeto Voar do Sesc.

Na foto com Felipe Llorente, secretário-geral da Fundação.

Pescando talentos

A comitiva também visitou a instituição Pescar, fundada em 2003, que já atendeu 75 mil jovens de famílias de baixa renda. Promove capacitação técnica com foco na empregabilidade, e foi idealizada pelo brasileiro Geraldo Tollens Linck. Conta com a parceria de quase 80 empresas, dentre elas Volvo, Google, Coca-Cola, JP Morgan, Disney, L’Oreal e Santander.

Na Argentina, o projeto Pescar atua na Associação Nacional de Polo, esporte que é uma paixão no país. Jovens aprendem diversas atividades relacionadas ao esporte, como a manutenção dos grandes campos de pólo, a lida com os animais, marketing, comunicação e atendimento ao cliente. O índice de empregabilidade é de 82%.

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