A empresária Suely de Paula viu seu negócio virar de ponta-cabeça com a pandemia. Há 30 anos, é referência no setor de floricultura e decoração para eventos. Entre os clientes, multinacionais como Nestlé, Kibon e Ford.
Cativou o mercado com sua criatividade e originalidade ao fazer arranjos com as marcas das empresas. Também tinha como fiel clientela os congressistas que, por assinatura mensal, recebiam em suas residências as flores decorativas.
Suely tem como ponto comercial fixo a Umana Flores no aeroporto. Porém começou com a loja da 302 Norte. Mas, com a pandemia, os parlamentares deixaram de vir a Brasília e os eventos também foram cancelados. A virada veio com as vendas on-line.
Presente mais procurado
Portas se fecharam e outras se abriram. A distância entre familiares, namorados e amigos, no período de isolamento, e o comércio fechado fizeram com o que o presente mais comprado fossem as flores, para entrega em domicílio.
Suely, que tem 7 irmãos, conta ser a única da família que não entrou para o serviço público. “Eu digo para os meus filhos: o importante é fazer o que se gosta. Desde criança, gostava de mexer com flores, era encantada”.
Novas práticas comerciais
Segundo ela, o mercado está reagindo com a retomada das atividades econômicas, mas é inegável o “novo normal”. “Novas práticas comerciais chegaram com a pandemia, como as vendas on-line”, afirma a representante do segmento na Câmara de Mulheres Empreendedoras.
E são as astromélias o carro-chefe da temporada. Beleza e preço (R$ 59) – combinação que se tornou sucesso de vendas.
“Qualquer pessoa pode ser um empreendedor. Temos de mudar a mentalidade do brasileiro. Nos EUA, a meta de quem sai formado de uma universidade é ganhar o seu primeiro milhão de dólares. Aqui no Brasil, é fazer concurso público”
Mauro da Mata, secretário de Empreendedorismo do DF
A Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI), com apoio da Secretaria da Mulher do DF, lançou o Projeto Mulheres Hipercriativas. Empresárias de Brasília serão escolhidas como embaixadoras do projeto. A missão será inspirar outras mulheres a entrar no mundo do empreendedorismo pela economia criativa.
Na disputa dos estados por atrair receitas, o DF está perdendo empregos e renda para outras regiões. Com o aumento das compras on-line, o brasiliense consome produtos de empresas sediadas em São Paulo.
Desde o ano passado, é devido ao estado de destino (onde mora o consumidor final) o ICMS pela diferença entre a alíquota interna e a alíquota interestadual. No caso do DF, que compra mais das regiões Sul e Sudeste, a alíquota interestadual é de 7% e a alíquota interna (DF), de 18%.
Prejuízo…
Assim, os estados de origem ficam com 7% de ICMS, os empregos e a renda gerada na fabricação, na distribuição e na venda ao consumidor final aqui localizado. A economia distrital (importadora) perde a renda e os empregos da fase de distribuição e revenda que ocorreram no estado produtor/exportador.
Silêncio…
As empresas do DF estranham o silêncio do poder público local.
O comércio eletrônico avança a partir das economias produtoras/exportadoras em detrimento das economias consumidoras/importadoras – caso do DF.
Alta renda
Esse cenário exige do poder público e do setor produtivo ações e projetos para reverter os efeitos desta nova realidade econômica, que se intensifica com a pandemia e a alta renda per capita do Distrito Federal.
Centro de distribuição
Uma das soluções do setor produtivo local é, pela localização e logística do DF, transformar a capital num centro de distribuição para o mercado interno (venda a consumidor final e revenda) e num entreposto para abastecimento das regiões Norte e Nordeste.
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