VISTO, LIDO E OUVIDO

Publicado em Íntegra

circecunha@gmail.com; arigcunha@ig.com.br

Quem precisa de leniência? Cada crise que chega, traz consigo, além dos malefícios característicos de cada um desses eventos, um elenco de novas palavras que passam a integrar o cotidiano das pessoas. No caso das mudanças climáticas, advindas, em parte do efeito estufa, apareceram juntas as expressões resiliência e mitigação. Com a crise republicana, provocada pelos desdobramentos da Operação Lava Jato, emergiram também as expressões como delação premiada e leniência. Dentre as muitas definições para a palavra leniência, estão os sinônimos lentidão, suavidade e excessiva tolerância. A grande repercussão provocada pelos escândalos na Petrobrás, levando, pela primeira vez a prisão, os maiores empreiteiros do país, provocou um imenso mal estar não só no governo federal, mas sobretudo nas principais lideranças políticas da base coligada. A razão são os financiamentos vindos diretamente dos cofres dessas mesmas empreiteiras. Financiamento, que o próprio delator-mor da República, Paulo Roberto Costa já definiu como “empréstimo”, quando disse que não há almoço grátis. No caso da Lava Jato, o que se sabe, até agora é que uma mão lavava a outra e as duas juntas iam diretamente nos cofres da União, de onde surrupiaram bilhões de reais de obras públicas. Encalacrados com a crise, governo e donos de empresas vem, desde do início “costurando”, entre si os chamados acordos de leniência que, em última análise para os procuradores do Ministério Público significariam uma “apologia à impunidade”. Curiosamente, a corrida de algumas dessas empresas para celebrar os acordos de leniência com a Controladoria Geral da União, um órgão do governo, ocorre após os encontros “fechados” que os advogados de defesa tiveram com o Ministro da Justiça e a outros próceres da República. Para os procuradores do MPF esses acordos além “convenientes” significariam “um pequeno e conveniente purgatório por onde as empresas podem escapar do inferno da inidoneidade para regressar felizes ao paraíso da impunidade”. Independentemente dos acordos, o que todos já sabem e sentem é que a conta desse descalabro foi espetada nas costas do cidadão comum , na forma de aumento de tarifas e outras maldades contidas no pacote. A frase que foi pronunciada: “Eu tenho vontade de declarar Leviatã como meu dependente no imposto de renda.” Super amigável Lançado por renomados jornalistas, O fatoonline.com.br traz notícias políticas,econômicas e locais. Andrei Meireles, Orlando Brito, Rudolfo Lago, Sheila d’Amorim, Isabel Sobral são alguns dos intelectuais do jornalismo que lançaram essaproposta arrojada e inovadora. O portal foi desenvolvido pela Baião de Dois. Super amigável. Público – privado Houve flexibilidade na chamada de Thomas Traumann para falar na CCJ do Senado. Depois de muita argumentação, o senador Aloysio Nunes aceitou trocar a convocação do ministro da Secretaria de Comunicação do Planalto por convite. Os senadores querem saber exatamente como será usada a verba de campanhas publicitárias do governo, e que relação terão com o partido. Honra ao mérito Qual é o discurso do PT de hoje? A pergunta é do senador Paulo Paim. Se o partido não reconhece o valor de Paim, a classe trabalhadora o reconhece como autêntico representante. Nesse caso, seria mais inteligente o governo aprender com o senador do que deixá-lo partir. Ele nunca foi do partido dos trabalhadores. Nunca tirou partido disso. Ele é dos trabalhadores inteiramente. Novidade Preço fixo para os livros no Brasil. O projeto já adotado em alguns países chegou ao Brasil quando a senadora Fatima Bezerra se apresentou como porta voz dessa proposta. Veio do Salão do Livro de Paris e de lá trouxe argumentos do presidente da Câmara Brasileira do livro, Luiz Torelli, de Marcos Jardim, do Sindicato Nacional das Editoras e Karine Pansa, diretora da Câmara Brasileira do Livro. Tem todo o apoio do ministro da Cultura Juca Ferreira. Aquecimento A França é o terceiro comprador de livros do Brasil. Com um dos maiores mercados literários, apreciou o estande nacional que levou 43 autores. O salão é uma grande oportunidade para os autores que tiverem intenção de vender títulos e direitos autorais. Aí tem Tudo errado sobre o projeto de novo marco legal da biodiversidade. Sem falar na pressão da indústria farmacêutica que tem um interesse vital no assunto, o senador Aloysio Nunes criticou a forma como a urgência constitucional foi justificada para a apreciação do projeto. O furo está na alegação de que a Convenção de Nagoya poderá aplicar sanções caso o Brasil não cumpra o acordo. Acontece que a dita convenção ainda não foi ratificada pelo Congresso Nacional. Há que se preservar a soberania nacional.

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