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PRIMEIRA CARTA
Treze anos separam duas cartas dirigidas ao povo brasileiro . A primeira, escrita em junho de 2002 pelo Partido dos Trabalhadores, nasceu da necessidade pragmática de acalmar o mercado financeiro e desfazer as previsões negativas de caos na economia, caso o programa original da esquerda fosse doravante implantado no país. A chegada, pela primeira vez na história do Brasil, de um partido de esquerda ao poder, disposto, como se dizia à época “ ir contra tudo isto que aí esta” , muito mais do que uma apreensão passageira no mundo das finanças, representou a esperança, para muitos, que o pais iria enfim, experimentar mudanças radicais, quase revolucionárias, em suas estruturas sociais, políticas e econômicas.
“Há em nosso país uma poderosa vontade popular de encerrar o atual ciclo econômico e político”, dizia a carta, acrescentando logo a seguir, “hoje a decepção com os seus resultados é enorme… com as promessas descumpridas e as esperanças frustradas.” Nesta primeira carta o partido dizia que a corrupção continuava alta e portando “o atual modelo esgotou-se”. Para tanto o documento apontava para a necessidade de buscar novos caminhos de modo a evitar “um colapso econômico social e moral”. A treze anos era recomendado também ”o caminho da reforma tributária… previdenciária… e trabalhista.” Naquela carta era pedida ainda “a verdade completa”. A importância de um documento escrito (e registrado em cartório) está em ele poder ser literalmente confrontado com a realidade passada e presente, servindo ainda como “manual” para entender os intrincados caminhos da política em nosso país. (Continua amanhã)
A frase que não foi pronunciada:
“O Reino era encantado só nos bastidores! A plateia ardia em fogo!”
Alguém que se decepcionou com o PT
Perigo iminente
DF 180 em Samambaia o asfalto começa a ceder com o tráfego pesado de caminhões. Mal sabem os motoristas das carretas o perigo que correm quando passam pela ponte do rio Melchior.
Simpatia
A ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Política para as Mulheres fez uma contou que quando os ministros pousaram para algumas fotos oficiais foi necessário um banquinho para o ministro Gilberto de Carvalho e para ela. Explicou bem. Assim todos apareciam com o rosto na foto! Se não fosse a pequena plataforma, de nós dois só apareceria a ponta da cabeça!
Caos
A quem interessar possa o projeto de parcelamento do solo urbano do Paranoá foi aprovado nessa semana elo Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do DF. Oito mil famílias serão beneficiadas por usar uma área de 272,38 hectares que fica perto da Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio São Bartolomeu, e dentro da APA do Paranoá.
Capacitação
Disse o senador Walter Pinheiro que a 6 meses a Coca Cola do Brasil não consegue preencher o quadro de funcionários de alto salário. E isso com a Unicamp ali do lado, arrematou.
Em andamento
Senador Cristovam Buarque conta que as exposições da sociedade sobre o uso recreativo da maconha foram bastante enfáticas. Mães pediam pelo amor de Deus para o senador não aprovar esse tipo de uso. Mas o projeto para o uso medicinal está pronto. Recreativo e industrial ficaram de fora. Por enquanto. Saber recrear sem droga é mais saudável.
Sem fim
Ou excesso de burocracia ou falta de investimento em tecnologia. O fato é que o governo federal parou de enviar verbas para o acabamento de obras que estão 5 % do fim. O prejuízo vai ser bem maior se entregar obra inacabada.
Apertem os cintos
O senador Ataídes de Oliveira quer que o governo informe os dados relativos ao dinheiro arrecadado e destinado às entidades do Sistema S, como Senai, Senac, Sest e Senar. Uma discussão acirrada na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização. Membros da Comissão gostariam de ouvir também líderes sindicais.
Amenidades
Otto Alencar e Lídice da Matta lembram bastante os embates entre o ex-senador Heráclito Fortes e a ex-senadora Ideli Salvati. Discordam de tudo o que se refere ao outro.
Movimento
Deputadas federais discutem parto normal. Chega a impressionar o entusiasmo da deputada Flavia Morais quando debate o assunto. Hoje 56% dos partos realizados no Brasil são cesarianas. 38% no e 88% na rede privada. O ministério da Saúde está bastante empenhado em mudar esse quadro.