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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)
hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Um dos principais requisitos, que deveria ser exigido e cobrado dos candidatos ao governo do Distrito Federal, seria seu comprovado amor pela cidade. Com apenas essa exigência, todos os demais atributos e promessas dos postulantes ao comando da capital seriam desnecessários. Primeiro porque o amor verdadeiro a algo e a alguém já pressupõe, por parte do sujeito, que todas as medidas e ações que vierem a ser adotadas, em prol de seu objeto, serão as mais dignas e elogiáveis possíveis.
Obviamente que, em se tratando de políticos e sua pouca inclinação para as coisas do coração e dos sentimentos de alma, exigir deles dedicação amorosa seria um absurdo sem cabimento. Em face dessa impossibilidade, a segunda melhor exigência seria aquela que vinculasse o candidato à história da cidade e, principalmente, à sua gente, de forma que seriam aqueles candidatos naturais somente os indivíduos que, por sua atuação pretérita, manteriam laços de amizade e de trabalhos com a comunidade. Um cidadão conhecido por todos e por muitos admirado, pelo empenho e dedicação às causas da cidade. Claro que essas seriam exigências muito além da política e muito próximas à ética humana para serem cobradas. Na falta desses critérios, a terceira e melhor opção recairia sobre o candidato que, uma vez escolhido pela população, mostrasse, logo no primeiro momento, a que veio.
Como toda a arrumação, como rezam os manuais, deve ser feita, primeiramente, de dentro para fora, torna-se notório que a administração da capital deveria começar a ser feita tendo o Plano Piloto como ponto de partida. As razões aqui são muitas, sendo, a principal, a importância que essa área tem para os brasileiros e, principalmente, para os brasilienses. É no Plano Piloto que se concentram as principais atividades da capital e onde está a maioria dos empregos e o ganha pão de muitos cidadãos da grande Brasília.
Saber controlar e entrosar as exigências urbanísticas, próprias de uma cidade tombada, com o desenvolvimento da metrópole, é providência primeira em todo e qualquer governo da capital. Nesse caso, incluem os diversos projetos de revitalização de áreas urbanas centrais, a começar pela grande Avenida W3 Norte e Sul.
Sem o retorno desse eixo de comércio e lazer pioneiro, quaisquer outras medidas visando reascender o interesse da população e o soerguimento da economia da capital serão em vão. Somente aqueles que não acompanharam o nascimento de Brasília não percebem o quão importante é a volta de atividades ao longo da W3 para o renascimento da cidade. De forma geral, calçadas padronizadas, largas e iluminadas, unindo essas duas pontas da cidade e criando o que, talvez, possa vir a ser o maior eixo contínuo de comércio e lazer da América do Sul, não deixa dúvidas que irá beneficiar a todos que moram dentro do imenso quadrilátero do Distrito Federal.
A frase que foi pronunciada:
“Dê-lhes qualidade. É o melhor tipo de publicidade.”
Milton Hershey
Iniciativa
Foi muito interessante a alternativa anti ataques de bloquear o sinal de celular na Esplanada dos Ministérios, durante as manifestações de Sete de Setembro. Pena não terem adotado a mesma iniciativa no dia 8 de Janeiro. Os eleitores e pagadores de impostos seriam poupados.
Movimento
Completamente mobilizada a população do Lago Norte para acompanhar as tratativas do GDF com a “criação de unidade imobiliária para o Parque das Garças, e de mais 05 (cinco) lotes para usos comerciais e de serviços, além de áreas destinadas a estacionamento de 325 vagas, bicicletário, vias de circulação, áreas verdes e espaços livres de uso público”.
Ecad
Desaparecido das mídias, o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição passou por uma reformulação. Agora é administrado por sete associações de gestão coletiva. O banco de dados é um dos maiores da América Latina, reunindo 16 milhões de obras musicais, 13 milhões de fonogramas e 305 mil obras audiovisuais.
História de Brasília
O leite, poderia ser entregue na proporção de 2 garrafas por pessoa, o azeite, uma lata por pessoa, e o arroz, um quilo para cada comprador. (Publicada em 18.03.1962)
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Bem faria o próximo governador se empenhasse a dinâmica de sua administração na revitalização das Avenidas W3 Norte e Sul. Trata-se aqui de um eixo de vital importância econômica e social não só para o Plano Piloto, mas para toda a grande Brasília e que tem sido mal direcionado ao longo de décadas.
O renascimento dessas avenidas trará recursos preciosos para a capital, primeiramente irradiando seus benefícios para todas as áreas adjacentes, ajudando a alavancar também outras regiões distantes. Uma primeira providência, e que não custaria quase nada aos cofres públicos, seria deslocar o Eixão do Lazer, fechados aos domingos e feriados para as Avenidas W3 Norte e Sul.
O fechamento dos eixos W3 levaria a população e todos os eventos que ali se realizam para esse novo eixo do lazer, criando oportunidades e incentivando novos negócios, ao mesmo tempo em que despertaria na comunidade uma maior atenção para essa esquecida área.
Todos sabem que o comércio vive sobretudo graças à movimentação da população nesse local. O Eixo Rodoviário, como o próprio nome indica, poderia voltar a ter sua vocação preservada que é a de permitir a livre circulação de automóveis, interligando as pontas extremas do Plano Piloto, conforme idealizado pelos construtores da capital.
Essa Mudança poderia, num primeiro momento, funcionar como um teste piloto, para que as autoridades e a população pudessem avaliar as consequências dessa mudança para o desenvolvimento das W3. Caso essa experiência desse certo, como acreditamos que dará, o passo seguinte seria um investimento pesado para a melhoria de toda a infraestrutura dessas avenidas, a começar por uma repaginação arquitetônica de toda essa via, capaz de trazê-la de volta aos seus dias de glória.
Outra medida, que também pouco custaria aos cofres públicos da cidade, seria a adoção de incentivos, de ordem fiscal e outros, para que os proprietários desses imóveis aderissem ao movimento de renovação geral, através de gestos simples como a uniformização dos reclames nas fachadas de cada loja, a uniformização também dessas fachadas, de modo a preservar o conceito singelo e original da capital, acabando com a poluição visual, que tantos males causam à cidade e à saúde das pessoas.
O poder público entraria nessa empreitada com obras pesadas de infraestrutura necessária interligando essas avenidas, dotando-as de iluminação adequada e segurança constante. Qualquer pesquisa realizada entre os proprietários e aqueles que possuem seus negócios instalados nas Avenidas W3 Norte e Sul tem mostrado que todos eles reclamam do abandono desses locais, da falta de iluminação, de segurança e calçadas uniformes.
Também o replantio de árvores ao longo de todas essas avenidas traria conforto climático e ambiental valorizando, ainda mais esses espaços. Exemplos pelo mundo afora tem ensinado que a revitalização de antigas áreas das cidades gera benefícios incontáveis para a população e para a economia dessas metrópoles.
Medidas desse porte, colocadas na prática em cidades como Nova York e Londres, mostram que, com poucos incentivos dos cofres públicos, é possível fazer renascer pontos essenciais dentro dos espaços urbanos. Os benefícios dessas medidas são incontáveis e se multiplicam pelo planeta.
Aqui mesmo no Brasil, como é o caso do Rio de Janeiro, antigas áreas, como o cais do porto, depois que passaram por uma repaginação e modernização, voltaram a ganhar vida, fazendo com que essa cidade incorporasse, ao seu patrimônio, áreas que antes eram problemáticas e que traziam prejuízos aos moradores da própria metrópole.
A frase que foi pronunciada:
“Sempre foi fácil odiar e destruir. Construir e valorizar é muito mais difícil.”
Rainha Elizabeth II
Manhã da saudade
Aos 37 anos, a escola Visconde de Cabo Frio, na L2 Norte, vai fazer um encontro no sábado entre famílias de alunos, ex-alunos e ex-funcionários. A ideia é reencontrar quem viu a instituição nascer, saber onde estão essas pessoas e o que fazem. Para provocar a memória, uma exposição de fotos será montada. O evento Manhã da Saudade, começa às 10h do dia 10, neste sábado.
Kamikazes
Zebrinhas são o transporte coletivo sobre rodas mais rápido e confortável do Plano Piloto. Mas há alguns problemas. Não há paradas próprias e a velocidade que passam nos balões das entrequadas tira um lado do veículo do chão.
Educação
Plataforma desenvolvida em parceria entre o Itaú Social e a Crossknowledge alcançou a marca de 140 mil usuários e mais de 80 mil certificados dos 50 cursos oferecidos gratuitamente. A iniciativa rendeu a medalha de prata do prêmio Brandon Hall – Excellence Awards 2022, na categoria “Melhor Avanço na Implementação de Tecnologia de Aprendizagem”.
História de Brasília
Na escola pública, a sala da diretoria é uma mesa jogada num corredor infecto, lamacento, caindo aos pedaços. As crianças não usam caderno dia de chuva. Á água molha tudo. (Publicada em 10.03.1962)
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Entra governo e sai governo e a promessa de que o instituto da reeleição será definitivamente enterrado vai ficando de lado, mesmo já tendo demonstrado o quão esse modelo é danoso para nossa democracia, principalmente pela utilização da máquina pública em favor daqueles candidatos que estão no poder. Por outro lado, é preciso notar que não basta a renovação de nomes no governo se as ideias e os projetos persistirem os mesmos. O tempo muda e com eles as prioridades. O que era antes uma inovação, hoje pode ser um estorvo e uma velhacaria.
Desse modo, ao iniciar-se os novos governos que eles venham trazendo mudanças qualitativas, sobretudo na parcimônia e racionalidade com que irão lidar com os recursos públicos. Por isso, antes da implementação de projetos mirabolantes e dispendiosos as regras da boa administração mandam escutar, diretamente daquela população-alvo, que prioridades ou obras ela elege como correta para cada momento.
Nesse início de campanha muitos candidatos ao Governo do Distrito Federal têm apresentado programas e projetos, principalmente grandes obras de infraestrutura como novas pontes sobre o Lago Paranoá e nova extensão da linha do metrô subterrâneo, sem que a população dessas localidades seja, ao menos, consultada sobre essas prioridades e urgência. Trata-se de um crasso erro de estratégia, de marketing , e que pode , facilmente resultar em gastos astronômicos e desnecessários, que, não raro, transformam essas obras ou num esqueleto inacabado e dispendioso ou num chamado elefante branco, pousado estranhamente na paisagem , como um símbolo da gastança e o que é pior, da corrupção.
Grandes obras que no passado recente eram anunciadas como redentoras e de grande visão estratégica e administrativa, hoje estão sem uso e sendo corroídas pelo tempo. Verdadeiros monstrengos a homenagear governos perdulários, muitos, inclusive alvo de processo na Justiça. Exemplos como o Estádio Mané Garrincha, com sua arquitetura paquidérmica e inútil e o Buritinga, complexo de edifícios que serviriam para abrigar o GDF estão aí, de pé, como estátuas gigantescas a celebrar ao mau uso ou o desvio de dinheiro público.
Há ideias e projetos que por sua inventividade e oportunidade nada ou pouco custam ao contribuinte e que muito podem ajudar a melhorar a vida dos brasilienses. Outras iniciativas e projetos devem, por sua urgência, serem continuados e até expandidos, como é o caso da revitalização das avenidas W3 Sul e Norte. Esses dois importantíssimos eixos comerciais e que por décadas foram esquecidos, merecem ser melhor repaginados do ponto de vista arquitetônico e econômico, trazendo de volta o valor que essas avenidas merecem.
Uma ideia, para dar início a essa revitalização econômica e que nada custaria aos cofres da capital, seria deslocar o eixão do lazer do ponto em que ele hoje está, no eixo rodoviário Norte e Sul para a W3, fechando todo aquele corredor ao trânsito nos domingos, de uma ponta a outra, para atrair a população de pedestres e ciclistas para essa área. Outra ideia, que muito ajudaria a população seria o estabelecimento de uma espécie de transporte público náutico ligando as margens do Lago Paranoá, permitindo o deslocamento e lazer da população de uma localidade para outra.
Ideias poderiam ser testadas como projetos pilotos para se saber o resultado dessas experiências e sua viabilidade. É preciso, no entanto, que o governo que virá, volte a implementar o orçamento participativo no qual a população diz em quais projetos devem ser investidos a dinâmica administrativa e o dinheiro dos pagadores de impostos. Lembramos aqui a importância para a vida cultural da cidade como a definitiva reforma dos teatros, a retomada de projetos culturais pela cidade ao estilo do Concerto Cabeças , Cinema Voador, Arte por Toda a Parte entre outros projetos, que tanto bem fizeram a cidade e onde nomes da cultura local foram revelados. Já é um bom começo.
A frase que foi pronunciada:
“Na cidade, a pressão da opinião pública é capaz de fazer o que a lei não consegue.”
Sherlock Holmes
Vulneráveis
Seria bom se o GDF divulgasse o investimento feito para crianças e adolescentes na cidade. O Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente tem dotação mínima de três décimos por cento da receita tributária líquida. Não é pouco dinheiro. E, na lei, é vedado o contingenciamento ou o remanejamento dos recursos destinados desse fundo.
Estúdio Barroco
Ana Cecília Tavares (cravo), André Vidal (canto), Cecília Aprigliano (viola da gamba) e Sueli Helena (flauta doce) vão lançar o CD Damas Virtuosas, na terça-feira (21/08), às 21h, no Clube do Choro de Brasília (Eixo Monumental), e na quinta-feira (23/08), às 21h, no Teatro da Escola de Música de Brasília (602 Sul). O concerto será apresentado dentro da série Concerta EMB. Não recomendado para menores de 14 anos. Os CDs estarão disponíveis para venda nos intervalos das apresentações ao preço de R$ 20.
Convite
Brasil Paralelo convida a todos para a Guerra do Imaginário – A jornada de Chesterton, Lewis e Tolkien, dia 25 de agosto às 20h. Para assistir, busque na Internet pelo título.
História de Brasília
É de descalabro, a situação de Taguatinga com relação a transportes. Quem precisa chegar ao Plano Pilôto às 9 horas, está saindo de casa às seis, porque não sabe o que lhe espera em matéria de imprevistos. (Publicada em 09.03.1962)
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Desde os anos sessenta, que o filósofo de Mondubim dizia que a desordem conduz, obrigatoriamente, à desordem. Esse é um tema conhecido de todos aqueles que observam as interações sociais, sobretudo numa cidade populosa, onde a aglomeração de pessoas tem reflexos diretos na qualidade de vida de todos, indistintamente. Não duvide: as atitudes de seu vizinho, ou o que é feito em bairros limítrofes ao seu, tudo possui o poder de repercutir em ações visíveis ou invisíveis na sua própria rua. E tudo será capaz de alterar, significativamente, a qualidade de vida em sua comunidade. O todo está intrinsecamente conectado, numa rede viva e dependente.
O experimento conhecido como “Teoria das Janelas Quebradas”, desenvolvido pelos pesquisadores da Escola de Chicago, nos Estados Unidos, James Q. Wilson e George Kelling, demonstrou, naquela época, que um carro abandonado, num bairro de classe rica ou pobre, tem maiores possibilidades de ser vandalizado ou mesmo furtado, caso uma de suas janelas esteja quebrada. O mesmo ocorre em edifícios, onde as janelas ou partes dele estejam danificadas por um tempo e não passem por pronta manutenção. Logo, logo esse prédio começa a ser depredado, invadido, passando, em pouco tempo, a se constituir em local de moradia de desocupados, sem tetos ou de usuárias de drogas.
A partir desse ponto, toda uma série de crimes passam a ocorrer, afetando não só a população que por ali circula, mas outros pontos da cidade. Exemplo desse fenômeno pôde ser confirmado no antigo Torre Palace Hotel, próximo à Torre de TV, que, a partir de 2014, gerou uma série de acontecimentos negativos e perigosos, não só para o Setor Hoteleiro Norte, onde se localizava, mas para toda a área adjacente. A situação chegou a um crescendo tal que foi necessária uma verdadeira estratégia de guerra para esvaziar o local, com a utilização de helicópteros e de um conjunto de forças de segurança jamais vistas para desocupar o imóvel. Isso depois de muita reclamação, muitos crimes e muitos prejuízos, para o turismo, já que o local onde está a edificação é no Setor Hoteleiro. A imagem de capital moderna acabava por ali.
O mesmo ocorre hoje na conhecida Cracolândia, fincada bem no centro de São Paulo, gerando problemas que nenhum governo foi capaz de sanar nesses últimos anos. O setor Comercial Sul, também possui a sua Cracolândia, sendo formada bem debaixo dos olhos das autoridades e já representa um enorme prejuízo para toda essa antiga e ainda valorizada área da cidade. Também as W3 Norte e Sul, depois da consolidação do modelo dos shoppings fechados, foi perdendo sua importância ao logo dos anos, com muitas lojas sendo fechadas e abandonadas.
A deterioração paulatina dos edifícios nessa localidade também confirma a Teoria das Janelas Quebradas, demonstrando que a falta de zelo e, principalmente, de fiscalização pelos órgãos encarregados desse serviço serviram para aumentar, além da decadência física do local, um atrativo a mais para moradores de rua, viciados e criminosos de todo o tipo que trafegam nessas áreas de dia e de noite.
Nesse particular, a W3 Norte tem sofrido, sobremaneira, nessas últimas décadas, tanto os efeitos da pouquíssima fiscalização pelos órgãos de segurança e vigilância, como dos serviços de postura e de engenharia, que simplesmente deixaram de olhar para essa importante parte da cidade. Outra ilustração clara e oposta à teoria da Janela Quebradas são as estações de metrô da capital. Todas impecavelmente limpas e organizadas e são mantidas assim pela população que, instintivamente, é levada ao desejo de preservação.
Com o desleixo das autoridades em relação aos imóveis da W3 e entrequadras e seguindo a Teoria das Janelas Quebradas, os proprietários desses imóveis passaram a agir e a construir seus puxadinhos à margem do que mandam os códigos de postura e de padrões urbanos, quer expandindo para as áreas públicas seus estabelecimentos comerciais, quer erguendo horripilantes terraços sobre as antigas edificações, não obedecendo questões de gabarito ou mesmo de sobrecargas.
Como resultado desse descaso, há poucos dias um prédio praticamente inteiro na quadra 713 Norte veio abaixo. Por sorte não deixou mortos. Agiriam corretamente as autoridades, se depois desse sinistro e de outros que vêm ocorrendo com certa frequência, mandassem demolir esses andares extras e todas essas obras ilegais, para o bem da população e para o futuro da cidade.
Apenas seguindo o que orienta o código de postura urbana já seria possível frear a decadência dessas vias de comércio. O que ninguém pode permitir, em nenhuma hipótese, é que sejam os próprios donos dessas edificações, junto à omissão da fiscalização, os responsáveis diretos por esses crimes contra a cidade e o futuro dos brasilienses.
História de Brasília
O governador Leonel Brizola chegou ontem pelo Viscount. No mesmo aparelho, viajou, também, o sr. Ranieri Mazzilli, que era o presidente da República à época da Campanha da Legalidade.(Publicada em 06/02/1962)
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Muito mais do que lazer, as ruas representam um fator de saúde para muitos que vivem fechados em espaços exíguos e com poucos movimentos. Em Brasília, essa necessidade foi amplamente pensada e posta à disposição de seus moradores, principalmente dentro do Plano Piloto que, à época da construção da capital, acreditava-se ser o espaço principal e único da cidade.
Dentro dessa concepção, foram projetadas as avenidas W3 Norte e Sul. Com uma extensão de aproximadamente 13 quilômetros, incluindo o trecho em que corta perpendicularmente o Eixo Monumental, essas duas avenidas, outrora o centro nervoso da capital, formam, reconhecidamente, pela maioria dos urbanistas, o principal e potencial eixo de comércio da cidade.
Com um desenho e uma topografia favorável a todo o tipo de atividade comercial e de lazer, essa, que poderia ser uma das maiores e mais apresentadas avenidas do mundo, continua esquecida e adormecida numa espécie de sono profundo. Com isso, um processo lento e gradual de decadência foi-se instalando nessa vital artéria, propagando seus males para as várias ruas adjacentes.
Não se concebe que numa moderna vitrine do que de melhor se fez em arquitetura e urbanismo nesse país, uma longa avenida como essa, praticamente esperando por uma oportunidade para acontecer e brilhar, não se tenha um projeto racional e belo que possa restituir a vida à essa avenida. Enquanto esse dia não chega, os shoppings, que se aproveitaram dessa leniência de seguidos governos, continuam faturando.
Do estacionamento aos preços de qualquer produto, o custo pela manutenção desses edifícios gigantes é repassado aos consumidores. Um simples cafezinho, que na rua você encontra por até R$ 4, nos shoppings chega a custar R$ 10. Essa majoração de preços assustadora vem por conta dos altos alugueis e de outros custos que esse tipo de mercado gera para os lojistas.
Revitalizar as avenidas W3 Sul e Norte é uma esperança em tempos de pós pandemia. O renascimento das W3 significaria a geração de milhares de empregos, aumento na oferta de produtos, concorrência mais intensa e melhores preços para os consumidores, além de uma excelente opção para os turistas e para os habitantes da cidade, que teriam a oportunidade de fugir dos ambientes monótonos, caros, com iluminação de UTI e sempre iguais dos shoppings.
A frase que não foi pronunciada:
“Se for assim, o STF vai ter que rever os Institutos de Pesquisas. Pelo menos, nas últimas eleições, só publicaram fakenews.”
Dona Dita, botando o preto no branco.
CDC
Leitor que conseguiu chegar à HP, loja de ferramentas no SIA, reclama que nenhum produto tem o preço visível, o que foge da regra do Código elaborado para garantir os direitos do consumidor.
Segredo
Anotem esse nome: Elmar Nascimento. Nos camarins do Congresso, é ele quem está com a estrela na porta como possível sucessor de Rodrigo Maia.
Interessante
Veja, a seguir, as informações sobre o Mia Ajuda, um aplicativo desenvolvido por alunos da UnB para ligar quem pode dar e quem precisa de auxílio nesses tempos de pandemia.
–> Meu nome é Maria Eduarda de Melo e Silva, sou aluna da UnB e, desde o início da pandemia de Covid19 e suspensão do período letivo, estamos trabalhando em propostas para amenizar várias situações desagradáveis decorrentes da necessidade de isolamento social.
Tenho a felicidade de divulgar que, juntamente com uma equipe de alunos voluntários e os professores Milene, Maurício e Fernando, desenvolvemos um App para Android, o qual pode ser obtido gratuitamente na Play Store, chamado “Mia Ajuda”.
O Mia Ajuda é um app de cunho solidário, sem fins lucrativos, criado com o intuito de aproximar pessoas que precisam de ajuda daqueles que desejam contribuir de alguma forma. Quem precisa de ajuda faz um pedido, que aparece no mapa ,e quem pode, e quer ajudar, pode aceitar o pedido de ajuda mais próximo, de acordo com a posição mostrada no mapa.
O objetivo do app é estimular a solidariedade entre vizinhos ou comunidades próximas, de forma descentralizada.
O app é gratuito, não exibe publicidade e não envolve pagamentos de qualquer tipo. Gostaria de saber, se seria possível, de alguma forma, você nos ajudar com a divulgação dessa iniciativa. Segue o link do nosso site: https://miaajuda.netlify.app/
Muito obrigado pela atenção!
Não é legal
Começa no Brasil a prática de transformar jornais em PDF, disseminando notícias que deveriam ser pagas para se ter acesso. Em Portugal, diretores de jornais já se uniram para tomar providencias ao prejuízo causado ao trabalho jornalístico.
Trauma
Depois de um assalto no Lago Norte, o pessoal do 24º Batalhão chegou em poucos minutos. O problema da família assaltada é a perícia que não trabalhou com a mesma rapidez.
Família junta
Já são 10 anos da Lei que rege sobre a alienação parental. Rodrigo da Cunha Pereira, do Instituto Brasileiro do Direito de Família, expressou que “uma das maiores conquistas dessa lei foi dar um nome a esse mal, que antes era invisível, desconsiderado, mas sempre representou uma grave violência contra crianças e adolescentes impedidos de exercer livremente seu direito de amar, confiar e conviver.”
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Outra coisa, seria o melhor aparelhamento do restaurante, que não é dos melhores, e está muito desfalcado. Com a feira em frente, muita gente poderia programar visitas de um dia inteiro, desde que dispusesse de um bom lugar para as refeições. (Publicado em 14/01/1962)
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Em qualquer cidade do mundo, uma das grandes atrações, preferidas por 9 em cada 10 turistas, é poder caminhar com tranquilidade pelas ruas e avenidas, observando as pessoas, as praças, o comércio local e as vitrines das lojas, com suas variedades de produtos e preços. Nesse tipo de esporte, andam-se quilômetros sem perceber. É assim em Nova Iorque, Paris, Londres, e na maioria das grandes cidades, onde as ruas são limpas, iluminadas, seguras e aprazíveis. Sentar em um banco, ver o público se movendo de um lugar para outro, fazer um lanche, tomar um café, repor as energias e seguir desbravando a cidade, a pé, conhecendo seus segredos, sua gente.
Não apenas turistas buscam esse prazer, mas os próprios moradores também buscam as ruas para se distrair. A rua é a extensão natural da casa e uma necessidade do ser humano para interagir, conversar, encontrar amigos, se divertir. Muito mais do que um lazer, as ruas representam um fator de saúde para muitos que vivem fechados em espaços exíguos e com poucos movimentos.
Em Brasília, essa necessidade foi amplamente pensada e posta à disposição de seus moradores, principalmente dentro do Plano Piloto, que, à época da construção da capital, se acreditava ser o espaço principal e único da cidade. Dentro dessa concepção é que foram projetadas as avenidas W3 Norte e Sul.
Com uma extensão de aproximadamente 13 quilômetros, incluindo o trecho em que corta perpendicularmente o Eixo Monumental, essas duas avenidas, outrora o centro nervoso da capital, são reconhecidas, pela maioria dos urbanistas, como o principal e potencial eixo de comércio da cidade. Com um desenho e uma topografia para lá de favoráveis a todo o tipo de atividade comercial e de lazer, essas, que poderiam ser duas das maiores e mais aprazíveis avenidas do mundo, continuam esquecidas e adormecidas numa espécie de sono profundo
Com isso, um processo lento e gradual de decadência foi-se instalando nessa vital artéria, propagando seus males para as várias ruas adjacentes. Os prejuízos econômicos para a capital, ao longo de todos esses anos de abandono, são incalculáveis e, se corrigidos, dariam para construir uma outra capital.
Inconcebível que numa moderna vitrine do que de melhor se fez em arquitetura e urbanismo nesse país, uma longa via como essa, praticamente esperando uma oportunidade para acontecer e brilhar, não se tenha um projeto racional e belo que possa restituir a vida a essa avenida.
Enquanto esse dia não chega, os shoppings, que se aproveitaram dessa leniência de seguidos governos continuam faturando. Do estacionamento aos preços de qualquer produto, o custo pela manutenção desses edifícios gigantes são repassados aos consumidores. Um simples cafezinho, que na rua você encontra por até R$ 4, nos shoppings chegam a custar R$ 10. Essa majoração de preços assustadora vem por conta dos altos alugueis e de outros custos que esse tipo de mercado geram para os lojistas.
Revitalizar as avenidas W3 Sul e Norte é acabar com esse tipo de monopólio de comércio que gera lucro apenas para os donos do empreendimento. O renascimento das W3’s significa a geração de milhares de empregos, aumento na oferta de produtos, concorrência mais intensa e melhores preços para os consumidores, além de uma excelente opção para os turistas e para os habitantes da cidade, que terão a oportunidade de fugir dos ambientes monótonos, caros e sempre iguais dos shoppings.
A frase que foi pronunciada:
“Susana estava mais W3 do que nunca.”
Nicolas Behr, candango construtor de poesias
Dia desses
Alegre e rodeado por amigos, o general Mourão se deliciava num restaurante especializado em carnes, na asa norte.
De olho
Em 19 de outubro de 1961, essa coluna publicava sobre o uso indevido de carros oficiais. Os abusos continuam 57 anos depois.
Cores e perfumes
Sucesso o FestFlor. Produtores como o seu Francisco Araújo puderam trocar cartões com negócios prósperos. O lucro foi satisfatório na mostra. Segundo a Emater, são 139 produtores de flores e plantas ornamentais que recebem capacitação pela instituição. Dados revelam que em Brasília, por consumidor, são gastos R$ 44,23 por ano na compra de flores contra R$ 26,27 da média nacional, movimentando cerca de R$ 200 milhões anuais até o consumo final.
Pega mal
É preciso o pessoal da página do governo do DF ficar mais atento às informações repassadas aos leitores. Há uma aba na página do GDF que chama a atenção pelo nome: “espalhe a verdade”. Ao acessar a url (http://www.brasilia.df.gov.br/category/espalheaverdade/), a notícia mais atualizada é de abril de 2017.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
A cidade livre está se acabando em matéria de comércio, e aumentando demais em miséria. É um horror, a gente ver aquilo que foi o núcleo pioneiro. As fossas estouradas, jogam esgotos na rua e a câmara aprova a “urbanização”. (Publicado em 30/11/1961)