O descaso em forma de violência

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

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Charge do Duke

 

Repensar a democracia no Brasil, suas virtudes e vícios, talvez seja o principal desafio a ser enfrentado em nosso tempo por todos aqueles que, de uma forma ou de outra, desejam o bem do país, a pacificação da nação e, sobretudo, um futuro menos distópico para as próximas gerações.

De fato, pelo que temos assistido até aqui, não há, por parte do Estado, nem vontade, nem iniciativas que busquem um verdadeiro projeto para o Brasil. Talvez, por isso, o tão sonhado país do futuro vai, como em outras ocasiões, sendo postergado. Afinal, pensar o país fora da bolha política e em total sintonia, como deseja a maioria da população, virou uma espécie de ultraje aos que desejam a manutenção do status quo. Nem mesmo nas universidades, berços do pensamento, observa-se iniciativas sinceras devotadas a pensar o Brasil. Permanecemos naquele limbo de dúvidas, com a única certeza de que existe um projeto para o país que aponta sempre para o atraso e o descaso.

A perversidade herdada de tantos séculos de escravidão e exploração do homem pelo homem moldou entre nós uma classe dominante e política insensível a questões como as desigualdades. Uma elite incapaz de se situar dentro do Brasil real. Observe, como exemplo desse desdém pelo país, a reunião entre os governadores e o atual presidente para tratar de um plano de segurança, a fim conter, segundo o governo, o avanço contínuo do crime organizado sobre a estrutura do Estado. Se houvesse, de fato, um projeto para o Brasil, esse teria começado lá atrás, quando problemas dessa natureza estavam apenas dando seus primeiros passos.

Há décadas, o educador Darcy Ribeiro alertava para o crescimento desse problema: “Se os governantes não construírem escolas, em 20 anos faltará dinheiro para construir presídios.” De lá para cá, a situação da violência em nosso país foi num crescendo tal que, hoje, o governo busca soluções milagrosas e ainda enviesadas de ideologias para resolver um problema que parece ter crescido para além das possibilidades de o Estado resolver.

Talvez tenhamos, nos últimos anos, mais presos nas celas que existem ou construído mais presídios do que universidades e escolas. Isso é uma anomalia que não tem fim. Estamos fadados a correr eternamente atrás do rabo, como um cão endoidecido, consertando a fechadura depois de ter a porta arrancada. Reuniões como a ocorrida nesta semana no Palácio do Planalto mostram que, além das pantomimas habituais, o cerne do problema escapa das mãos dos políticos, como areia fina.

Ao mesmo tempo em que presídios de segurança máxima são erguidos, o Estado, pelas mãos de seus magistrados, libera o uso das drogas, um dos principais insumos para mover a máquina do crime organizado. Boa parte de nossas metrópoles ostenta hoje periferias que são áreas controladas por uma criminalidade fortemente armada e que não aceita a intromissão do Estado. Nessas periferias onde mandam as quadrilhas, as escolas foram transformadas em zonas de alto risco para os professores, com o tráfico de drogas correndo solto e todo o tipo de violência.

Ciente dessa questão, muitos governadores buscaram, no modelo de escolas militares, uma solução exitosa para fazer com que esses estabelecimentos funcionassem com um mínimo de eficácia. Educação não se faz sem um mínimo de disciplina. Muitas mães de alunos aprovaram o modelo, mas o Estado, por questões ideológicas, achou por bem pôr um fim nessas escolas, sem ouvir os contribuintes, retornando ao modelo antigo no qual os alunos mandam. E pensar que existe país pelo mundo que transforma antigos presídios em escolas ou hospitais, por absoluta falta de meliantes para prender. Acreditar que a maioria dos políticos resolverá o problema de violência em nosso país é persistir na ilusão. O descaso é também uma forma de violência e uma derrota para todos. Diante de uma situação que tomou proporções continentais, o que temos que fazer agora é buscar meios para que, num futuro breve, não tenhamos que negociar diretamente com uma espécie de Estado paralelo governado por facções do crime.

 

 

A frase que foi pronunciada:
“A escola é uma prisão onde se aprende a ser livre”
Quintino Cunha

 

Errei
Na última quinta-feira (31/10), cometi dois erros. O primeiro é referente ao número de mortos no rompimento da barragem do Fundão, em Mariana, que foram 19 no total. O outro é referente a Fundação Renova, que continua ativa, e não extinta como diz no texto. Veja mais detalhes do assunto a seguir.

–> Conforme previsto no acordo de repactuação, a transferência das iniciativas executadas pela Fundação Renova para a Samarco será feita de forma gradual e planejada em até doze meses, com aproveitamento do conhecimento das equipes da Fundação. As ações realizadas pela Fundação Renova, que passam a ser obrigação de fazer da Samarco no âmbito da repactuação, seguirão em andamento.

A Fundação Renova informa que até setembro de 2024 foram destinados R$ 38,2 bilhões às ações de reparação e compensação. Desse valor, R$ 15,05 bilhões foram para o pagamento de indenizações e R$ 2,99 bilhões em Auxílios Financeiros Emergenciais, totalizando R$ 18,04 bilhões em 447,2 mil acordos. Ações integradas de restauração florestal, recuperação de nascentes e saneamento estão acontecendo ao longo da bacia e visam à melhoria da qualidade da água.

Att,

Assessoria de Comunicação
imprensa@fundacaorenova.org
www.fundacaorenova.org

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A Fundação Renova preza pela qualidade de vida e incentiva a realização das atividades dentro do horário de trabalho. Por isso, se você receber mensagens fora do expediente, sinta-se à vontade para responder quando voltar as suas atividades. . AVISO – Esta mensagem contém informação para uso exclusivo do nome endereçado acima. Ela pode ser reservada, confidencial ou altamente confidencial. Se você recebeu esta mensagem por engano, comunicamos que a disseminação, distribuição, cópia, revisão ou outro uso desta mensagem, incluindo anexos, é proibida. Favor avisar-nos retornando este e-mail e destruindo esta mensagem, incluindo anexos. NOTICE – This message is intended only for the use of the addressee(s) named herein. It may be reserved, confidential or highly confidential. Unauthorized review, dissemination, distribution, copying or other use of this message, including all attachments, is prohibited and may be unlawful. If you have received this message in error, please notify us immediately by return e-mail and destroy this message and all copies, including attachments.”
Fundação Renova – Documento Publico

 

Portas abertas
Centenas de pessoas de Goiás e Brasília com o sobrenome Chaves articulam um grande encontro para os próximos meses.

Foto: picapauentalhes.com

 

Inovação
Abertas as inscrições pela Biolab, até 15 de novembro, para startups com soluções inovadoras para a saúde. É uma grande oportunidade para as universidades com pesquisas de ponta que têm a oferecer propostas efetivas desde o papel da IA e novas oportunidades na jornada médica, soluções em softwares para otimização do desenvolvimento. No blog do Ari Cunha, o assunto com detalhes.

 

História de Brasília
“Na Universidade de Brasília, um tapeceiro chegou para cobrir a parede. O mestre de obras disse que a parede não havia sido levantada. Sente aí e espere um pouco.” (Publicada em 21/41962)

Mea Culpa

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Charge do Cazo

 

           Até que ponto o fenômeno da violência em nosso país, uma das mais altas em todo o mundo, pode ser considerado uma questão social, ligada, sobretudo, a fatores como desigualdade econômica existente em nossa sociedade? Essa é, entre muitas outras questões, o ponto de partida para que se compreenda essa que é uma das maiores preocupações de nossa população nos dias de hoje.

          Um outro problema inserido nesse debate, que já se estende sem conclusões por décadas, é o de saber que, tomado sob o ponto de vista eminentemente político, com todos os vieses ideológicos que isso comporta, a violência se multiplica, chegando mesmo a ganhar um preocupante crescimento exponencial, à medida em que decrescem as respostas efetivas ao seu combate. Isso significa que, mais importante até do que entender esse fenômeno de forma acadêmica e sonolenta, é pôr em prática, logo de início, as medidas previstas nos códigos legais, de forma ágil e sem hesitações.

         É da hesitação da justiça, em cumprir seu papel, que se aproveitam os malfeitores para persistirem na criminalidade. A reincidência no cometimento de crimes é, entre nós, o fator que mais tem contribuído para a escalada da violência. Não é por outro motivo que os operadores de justiça, principalmente aqueles que trabalham na ponta, como os policiais, já chegaram a uma conclusão assustadora: os marginais perderam o medo ou respeito pelos agentes da lei. Debocham dos policiais, e até zombam de juízes, sem receio algum de que isso vá resultar em mais penalidades.

         Um outro problema de grande importância, também já constatado, é que o interior das cadeias e presídios nacionais, seu dia a dia, é hoje controlado pelo próprio crime organizado. Isso significa que quem dá as cartas dentro desses estabelecimentos correcionais são os mesmos que cometeram crimes. Dentro desses recintos, existe até mesmo regras e leis próprias, redigidas e cobradas pelos detentos. É nessas prisões que se encontram as mais organizadas, profícuas e bem montadas universidades do crime. É um mundo paralelo que as autoridades fingem desconhecer.

         Há quem afirme inclusive que os presídios ajudam a multiplicar o número de criminosos. Fosse esse um mundo totalmente fechado e blindado do exterior isso não teria maiores problemas. A questão aqui é que de dentro dos presídios, mesmo os de maior segurança, partem, diariamente, ordens e serviços que devem ser cumpridos por aqueles que estão fora de seus muros. Essa intermediação é feita ou por familiares ou mesmo por uma legião de advogados de defesa, que levam e trazem mensagens, tanto de dentro para fora como de fora para dentro. Há uma espécie de status quo antigo que ninguém ousa alterar ou pôr fim. Somente por essa realidade visível, é possível intuir que mais do que um problema social, o crescimento da criminalidade e da violência dela decorrente é sistêmica e estrutural, e está incrustado e enraizado dentro do próprio sistema. Só não vê quem não quer.

         Mais importante até do que identificar o fator social, como causa primeira da criminalidade, é reconhecer que o nutriente dessa máquina infernal, que infelicita hoje os brasileiros, é dado por um elemento que não aparece nos estudos acadêmicos e científicos: a corrupção. É ela que nutre e perpetua o crime. Observem que, em países onde a corrupção é um traço insignificante, os índices de criminalidade praticamente inexistem ou são também insignificantes. Descontadas as proporções, dentro dos presídios, são replicadas e espelhadas as mesmas práticas corruptas que se observam para além de seus muros. É disso que estamos falando. Muito antes de ser um problema social e até político, a violência decorre de um ato de mea culpa, vindo daqueles que possuem responsabilidade sobre essa calamidade.

A frase que foi pronunciada:

“Você está na prisão. Se você deseja sair da prisão, a primeira coisa que deve fazer é perceber que está na prisão. Se você pensa que é livre, não pode escapar.”

G.I. Gurdjieff

G.I. Gurdjieff. Foto: ggurdjieff.com

 

Cuidados

Mais de 7 milhões de brasileiros foram ludibriados por golpes em 2023. As informações foram divulgadas na pesquisa realizada pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), em parceria com a Offerwise Pesquisas. clonagem do cartão de crédito e/ou débito (6%); compra de produtos em anúncios falsos postados em redes sociais clonadas de amigos e/ou conhecidos (4%); transações financeiras na conta bancária sem autorização (3%); emissão de cartões de crédito sem autorização usando documentos falsos, perdidos ou roubados (3%); empréstimo do nome sem autorização usando documentos falsos, perdidos ou roubados (3%).

Foto: Mohamed Hassan / Pixabay

 

História de Brasília

Na pista da última corrida, próximo à chegada, havia um barraco onde estava escrita a cal a palavra ‘perigo’. O dr. Comparator da Consispa, atualmente em São Paulo, contando isso a amigos, foi em todos os buracos de São Paulo, precisaria de uma turma de duzentos homens trabalhando durante cinco anos para consertar. (Publicada 01.04.1962)

Como armar a liberdade

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Foto: correiocentralro.com

 

         Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, já dizia Camões há cinco séculos. Com base nesse aforismo, é possível levar essa ideia para o campo do desarmamento da população. Se, no passado, até pelos impedimentos burocráticos e legais, era difícil o acesso ao porte de arma pelos cidadãos de bem, a população chegava a acreditar que bastavam as ações do aparato de segurança de Estado para conter a violência urbana. Esse mito foi desfeito com o passar dos anos e com o aumento surpreendente da criminalidade. O incremento nos índices de homicídios, na esteira do surgimento espantoso de grupos organizados e bem armados para a prática de crimes de toda a natureza, deixou visível que todo esse florescimento da bandidagem se dava à medida em que as leis e a própria justiça começaram a transferir e a debitar esse problema aos condicionantes sociais do país, transformando o delinquente numa vítima da sociedade e, portanto, digno de todo o tratamento e amparo do Estado.

         A população que ganha o pão de cada dia honestamente a tudo assistia de forma passiva e passou a desacreditar na polícia e mesmo na justiça, quando via que bandidos recém detidos, eram logo postos em liberdade, sob uma variada gama de desculpas. Mesmo aqueles bandidos condenados, que logo estavam de volta às ruas, beneficiados por uma série infindáveis de recursos protelatórios. Certa de que já não poderia mais contar com a onipresença e a eficácia da polícia no combate aos crimes e desgostosa dos rumos tomados pela justiça, que parecia lavar as mãos para esse problema, mandando soltar bandidos até de alta periculosidade, a população teve que recorrer a processos de segurança pessoal, transformando suas residências em verdadeiros bunkers, cercados de câmeras e redes elétricas. Aqueles que podiam arcar com os custos de blindagem dos carros, não perdiam tempo e passaram a andar em carros forrados em aço e com vidros à prova de balas de fuzil. Condomínios fortemente policiados por empresas particulares se espalharam por todo o país. Quem podia, vivia em fortalezas que muito se assemelhavam a presídios de alta segurança.

         Em pouco tempo ficou comprovado que, mesmo essas medidas de segurança, pouco ou nada podiam fazer para deter a onda de assaltos e assassinatos. Descrente nas autoridades e nas estratégias particulares de segurança, muita gente chegou à conclusão de que o preço da liberdade, e mesmo da vida, passava por uma medida extrema: armar-se pessoalmente contra a criminalidade.

         A exemplo do que sempre ocorreu na maior democracia do planeta, os Estados Unidos, a população se convenceu de que era preciso abandonar o modelo passivo e passar a agir de modo proativo para defender-se a si próprio, seus entes queridos e sua propriedade.

         Na verdade, a sociedade brasileira chegou à conclusão de que existe um preço a ser pago pela liberdade e pela preservação da vida. Esse preço, que os americanos sempre souberam, passa pelo porte e uso de armas de fogo. Com isso, surgiram, por todo o país, escolas de tiro e de uso defensivo e a correta utilização das armas de fogo. Diante de uma realidade que coloca o Brasil como um dos países mais violentos do planeta, e pela constatação de que nem a polícia, nem a justiça estão dando conta do recado, assegurando a paz social e provendo a segurança de todos, é que a sociedade aderiu, em peso, a ideia de possuir armas próprias.

         Diante desse fato, qualquer medida de governos futuros que venha a promover políticas de desarmamento da população deve primeiro assegurar que essa medida foi previamente cumprida com o desarmamento do crime organizado e de todos os bandidos que andam soltos e impunes pelas ruas de nossas cidades.

         Por outro lado, a população passou a observar, com mais atenção, os acontecimentos em outros países, nos quais a sociedade foi totalmente desarmada pelo Estado, tornando-se, em pouco tempo, presa fácil para o avanço de ditaduras sanguinárias. Mudaram os tempos, agora, mais do que nunca, é preciso estar alerta e, se possível, de arma em punho. Os inimigos e todos aqueles que querem sua vida e sua liberdade estão em toda a parte, armados até os dentes.

A frase que foi pronunciada:

“Quando todas as armas forem de propriedade do governo, este decidirá de quem são as outras propriedades.”

Benjamin Franklin

Benjamin Franklin. Imagem: Joseph Siffrein Duplessis, en.wikipedia.org

 

É Natal!

Indicativo de informação do Atacadão da Asa Norte: Senhores clientes, pessoas com diferentes tipos de deficiência fazem parte do corpo funcional deste estabelecimento. Pedimos a gentileza de conferir o valor cobrado nas frutas e legumes pesados. Agradecemos a solidariedade!

Atacadão. Print screen: Google Maps

História de Brasília

Fechou o Chez Willy. O primeiro bom restaurante de Brasília, teve toda a promoção gratuita que um homem de negócios poderia desejar. Seu proprietário não entendeu assim, e passou a explorar. Fêz reformas no edifício, sem autorização do dono, e sublocou a sobreloja sem poder, pelo contrato. (Publicada em 14.03.1962)

Desarmados e indefesos

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Foto: Joédson Alves (EFE)

 

         Uma das razões que comumente levam os partidos de esquerda, no Brasil e em todo o mundo, a pregarem, sistematicamente, contra o acesso dos cidadãos a posse de armas, tem suas raízes fincadas muito além de quaisquer princípios ideológicos de paz ou coisa do gênero. Por detrás dessa vedação estratégica, os fatos históricos demonstram que, em todo o mundo, o crescimento da hegemonia dos partidos de esquerda dentro do Estado só foi efetivamente concretizado à medida em que se processava, paralelamente, o desarmamento da população e de toda a quaisquer dissidências, impedindo-as de reagirem em tempo.

         Ao arbítrio da força das armas, imposta por governos com as mesmas características, sejam de esquerda ou direita, somente uma força igual e contrária em intensidade é capaz de reverter a situação. População desarmada é refém e presa fácil da imposição da bandidagem, esteja ela dentro do Estado ou nas ruas.

         Esse é um fato inconteste a provar que, mesmo em democracia evoluídas, as relações sociais necessitam do lastro das armas para sua efetivação. Não por outra razão, a maior democracia do planeta, os EUA, consagram, em sua Carta Magna, o direito dos cidadãos ao porte de armas de fogo. Tanto a segunda como a décima quarta emenda daquele país, protegem o direito dos cidadãos de portarem armas de fogo para defesa pessoal, de sua família e de sua propriedade.

         As esquerdas não conseguem mais esconder que desejam os cidadãos desarmados, pois, dessa maneira, podem, a qualquer tempo, como bem esclareceu recentemente o próprio teórico do partido dos Trabalhadores, José Dirceu, “tomar o poder” mesmo após um processo eleitoral normal. O fato de levantar estatísticas mostrando que o aumento da violência urbana e rural está diretamente ligado ao aumento no número de armas, já não tem surtido os efeitos desejados pelos defensores do desarmamento. O que existe de fato é que o crescimento exponencial da violência, principalmente nos centros urbanos nos últimos anos, e a pouca efetividade da segurança pública têm levado os cidadãos a comprar armas e a investirem, cada vez mais, em segurança pessoal ou condominial, o que tem favorecido a indústria e o mercado legal de armamentos.

         Cursos de defesa pessoal, de tiro e de uso correto e preventivo de armas de fogo têm aumentado também por todo o país. A maior liberação ao acesso às armas, feitas pelo atual governo, inclusive com o incentivo ao uso de armas, tem ajudado a população a se armar como nunca antes. Vídeos mostrando a atuação frustrada de bandidos e a pronta reação dos brasileiros também têm incentivado a compra de armamentos por muitos. A questão do aumento do armamento não está no mercado legal de armas, mas na possibilidade ampla do tráfico de armas, realizado graças à porosidade excessiva de nossas fronteiras terrestres. Os armamentos clandestinos entram no país e têm sua clientela certa junto às organizações do crime, essas sim representam um verdadeiro perigo para todos e estão associadas diretamente aos índices de violência.

          Bairros inteiros, nos quais boa parte da população já possui armas, os bandidos, precavidos desse fato, passam a evitar, por razões óbvias. Com a população devidamente armada e preparada, há que se pensar duas ou mais vezes antes de agir.

 

A frase que foi pronunciada:

“Oligarcas e tiranos desconfiam do povo e, portanto, privam-no de suas armas.”

Aristóteles, 384-322 a.C.

FOTO: CREATIVE COMMONS

 

Terror

Deputado federal Hercílio Diniz (MDB), Dr. Luciano (Patriota), David Barroso (União) e o piloto levaram um susto. O helicóptero fretado para campanha caiu, na tarde de ontem, no Vale do Rio Doce, no município de Engenheiro Caldas. Todos estão vivos, apenas com leves ferimentos.

Foto: Reprodução/redes sociais

 

Participe

Até o dia 30 deste mês, A UnB, em parceria com a Biblioteca Central e Editora UnB, vai reunir livros infantis que serão doados a instituições beneficentes de todo o DF e entorno. São 14 pontos de coletas de doações, um deles na entrada da Biblioteca da universidade.

Foto: crb1.org.br (Felipe Menezes)

 

Mala direta

Está respaldado na Lei 6538/78, o serviço dos Correios a pessoas físicas e jurídicas que contratarem o envio de mensagem publicitária para vender ou divulgar serviços, e até promover eventos, inclusive, a candidatos e partidos políticos. Veja todos os detalhes no link Soluções dos Correios para ações de comunicação nas Eleições 2022.

Imagem: correios.com

 

Falando nisso

Outra forma de presença importante dos Correios durante as eleições é com o suporte aos mesários, com o vale postal eletrônico para a alimentação, além do transporte que, este ano, é de mais de 100 mil urnas.

Foto: bbc.com

História de Brasília

Abriram valetas para colocação de esgotos. Fecharam as valetas. Não fecharam. Jogaran terra. Nenhuma placa indica o perigo, e a todo instante, um carro atola perigosamente. Ponham alguma indicação, por favor. (Publicada em 10.03.1962)

Ao policial o que lhe é devido

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Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

 

          Quem conhece sabe: não é fácil a vida de policial neste país. Principalmente num país que desponta como campeão mundial isolado em violência urbana. Vivemos, à semelhança de outros países que estão em conflito aberto, numa verdadeira guerra civil, com parcelas significativas de nossas metrópoles, ocupadas e dominadas pelas mais diferentes facções do crime organizado, com leis próprias e um estatuto de regras draconianas impostas por esses facínoras, com tribunais do crime, com execuções sumárias e todo um clima de terror, que somente essas comunidades locais submetidas conhecem.

          A lei do silêncio é regra que não pode ser descumprida, sob pena de morte. Aos fins de semana, em suas festas tribais, hordas de traficantes e outros meliantes desfilam pela comunidade portando armamento sofisticado e de grosso calibre, que nem o Exército Brasileiro sonha em possuir. Atirando para o alto, dão proteção às feiras livres das drogas, que são vendidas e consumidas ao ar livre por parte dos jovens nessas comunidades.

         Nesses territórios exclusivos, só é possível entrar com autorização expressa desses criminosos. Para aquela parte da comunidade que, em segredo, não aprova esse estilo de vida e que teme por seus filhos, a solução é se trancar em casa, dormindo debaixo da cama, com medo dos tiroteios ou de outros justiçamentos que podem ocorrer por qualquer motivo e a qualquer hora. Nesse ambiente, onde o valor da vida é menor do que o grama de cocaína, a desconfiança de tudo e de todos é total. Não se confia em bandido, mas também não se acredita em governos, prefeitos ou vereadores e quaisquer outras instituições do Estado.

         É, em ambientes de terror como esse, que milhares de policiais, em todo o país, são obrigados a adentrar, por ordens superiores, portando armas obsoletas e outros equipamentos de proteção ineficazes, ficando expostos à artilharia pesada dos bandidos.

         Uma consulta aos números, sempre crescentes, de policiais que perdem a vida todos os dias neste país em confronto com esses marginais, pode dar uma pequena noção da periculosidade dessa profissão. Para esses profissionais, os riscos de vida são permanentes, dentro e fora da rotina de trabalho. Qualquer um desses profissionais surpreendidos por bandidos são imediatamente executados.

         Centenas ou talvez milhares de policiais que morrem a caminho de casa, depois de um dia de trabalho, dão uma mostra dos riscos que essas atividades trazem para eles e suas famílias. Quantas viúvas, órfãos, pais e mães choram por seus filhos, mortos impiedosamente por criminosos. Quantos profissionais, que por sua atividade de alto risco, tendo que conviver diariamente com a violência, não acabam internados em clínicas de doenças mentais, acometidos dos mesmos traumas que os soldados retornados de uma guerra.

         Do mesmo modo que a esses profissionais não lhes é concedido o direito de matar, também não lhes é concedido o direito de viver. Vivem, por isso, numa corda bamba e corroída pela indiferença do Estado, expostos em manchetes de jornais de forma parcial.

         Ao não darmos o devido valor a esses profissionais, o que estamos induzindo é o fortalecimento do crime e dos criminosos, dentro de uma justiça que, por desvios de conduta, acolhe e até beneficia criminosos com regalias jamais vistas em outros países, como progressão de pena, saídas temporárias, visitas íntimas, conversas particulares com advogados e outros aviões do crime e uma série de outras regalias impensáveis em nações desenvolvidas.

         Dentro desse ambiente de guerra contínua, não pode haver meias medidas. Ou se apoia a polícia ou o bandido. Obviamente que as falhas nessa e outras profissões devem ser corrigidas, pois é sempre bom estar atento que o pior tipo de bandido é aquele que está escondido sob a farda de um policial. Para esse tipo específico de criminoso, as penalidades devem ser exemplares e dobradas. É preciso entender que a noite de sono tranquilo, neste país dilacerado pela violência, só tem sido possível porque a polícia está de prontidão nas ruas, zelando por você e sua família.

A frase que foi pronunciada:

“Entenda, nossos policiais colocam suas vidas em risco por nós todos os dias. Eles têm um trabalho difícil a fazer para manter a segurança pública e responsabilizar aqueles que infringem a lei.”

Barack Obama

Foto: washingtonpost.com

 

Direito assegurado

Apague a luz! Se continuar com os olhos abertos, vai estar perfeitamente situado no ambiente. Com Covid e sem Covid, os hospitais públicos da cidade continuam com pacientes deitados em macas pelos corredores. Não é possível que o volume de impostos cobrados não seja suficiente para dar dignidade às pessoas que usam o serviço do saúde oferecido pelo estado. É hora de acender a luz e cobrar uma realidade diferente.

Foto: EFE/ SEBASTIAO MOREIRA

 

História de Brasília

Para uma elevação de preços tão violenta, cabia às firmas distribuidoras e ao próprio Conselho Nacional do Petróleo uma nota explicativa, pois o gás engarrafado, que custava, por quilo, 45,1 passou a custar 57,75, sofrendo, assim, um aumento de quase dez cruzeiros por quilo. (Publicada em 01.03.1962)

O lado bom da coisa ruim

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Foto: Gov. SP/Divulgação

 

Deixando de lado, apenas por uns momentos, os muitos malefícios trazidos a todos pela pandemia, é possível encontrar, em meio ao caos que se instalou na vida de todos, alguns elementos que, por força das circunstâncias, acabaram gerando pontos benéficos indiscutíveis e que só poderiam existir em condições excepcionais como essa.

Tomando como ponto de partida a questão do trânsito no Brasil, um país reconhecidamente recordista em mortes nas estradas e que, por vários anos, tem ocupado a triste posição de 4º colocado no mundo nessa categoria, superado apenas por China, Índia e Nigéria, é preciso destacar que, durante a pandemia, tem havido uma expressiva redução nesses índices.

Em 2019, algo em torno de 40 mil pessoas perderam a vida em acidentes nas estradas do país. Em 2020, esse número caiu para menos de 35 mil. Uma redução que, embora não sinalize uma mudança de hábitos e, sim, uma diminuição no número de veículos circulando, tem servido para poupar vidas, desafogar leitos hospitalares e poupar recursos econômicos de toda a ordem.

Coisas do confinamento e do esfriamento do comércio, principalmente na área de transporte de mercadorias. Houve, além de uma diminuição do trânsito nas estradas do país, uma nítida diminuição do fluxo de automóveis nas zonas urbanas, aliviando os congestionamentos, reduzindo a poluição do ar, a poluição sonora e o excesso de acidentes em todas as vias de nossas cidades. São milhares de vidas poupadas e bilhões de reais economizados. Basta ver que a cada 10% de redução nos acidentes correspondem à economia de R$ 25 bilhões aos cofres públicos.

Há, também, dados trazidos pelo Índice de Exposição a Crimes Violentos (IECV), elaborado pelo Instituto Sou da Paz, que mostram que os crimes violentos sofreram retração de 11% em 71% dos municípios paulistas em 2020. O isolamento social foi responsável por esses números, na medida que a diminuição de circulação de pessoas nas cidades tem reflexos na dinâmica criminal, reduzindo as oportunidades de crimes.

Também no Mato Grosso do Sul houve redução geral da violência, com destaque para as mortes decorrentes de intervenção policial que foi de (-53%). Contrariamente ao que acreditava o próprio governo, que chegou a traçar cenários de saques e invasões de supermercados, boa parte dos estados brasileiros registrou, em 2020, diminuição no número de crimes diversos.

Diminuíram os indicadores de roubos e furtos nos domicílios em todo o país. Obviamente que são reduções que não alteram o fato de o Brasil ainda ser um dos campeões mundiais em violência, mas dão uma certa perspectiva de que há possibilidades reais em trazer os índices de violência para patamares próximos de países desenvolvidos.

Claro que esses indicadores não possuem a capacidade de esconder que estamos na iminência de atingir a cifra de quase meio milhão de mortes em decorrência da Covid-19 e outras doenças muitas vezes penduradas na conta da pandemia.

Deixando as estatísticas nacionais num canto, é preciso notar, com relação especificamente à capital do país, uma expressiva diminuição de mortes tanto no trânsito quanto nos crimes de forma geral. Em Brasília, em 2020, houve queda de nada menos do que 50% nos crimes de feminicídio. De acordo com levantamento da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) indica que, em 2020, foram registrados 11,4 homicídios por 100 mil habitantes, índice mais baixo desde 1980. Também efeitos trazidos pela pandemia. É o lado bom da coisa ruim.

A frase que foi pronunciada

Todo mundo acha que nós criamos problemas com a China, menos a China.”

Ex-chanceler Ernesto Araújo

Ministro Ernesto Araújo. Foto: Folhapress / Pedro Ladeira

Estacionamento

Enorme área na Granja do Torto com postes de iluminação funcionando bem e iluminando o nada. Veja a seguir.

Sacrifício

Hoje, das 7h às 23h, o fornecimento de água na parte norte da cidade será suspenso. Lago Norte, Taquari e Sobradinho. “Os serviços vão aumentar a capacidade de transferência de água para a região norte e garantir maior confiabilidade na operação do sistema.”

Caesb. Foto: destakjornal.com.br

Lógica científica

Se um governo não tem oposição é porque algo está errado. Durante os governos Lula e Dilma, não houve oposição que engrossasse a voz contra qualquer atitude suspeita, verba desviada, até a inutilidade de uma tomada com padrões novos foi recebida de braços abertos. Havia algo de podre e não era no governo da Dinamarca. É bom ver oposição a um governo que o povo apoia. A urna eletrônica com o voto impresso vai chancelar a vontade do brasileiro. Se deixarem…

Foto: bbc.com

História de Brasília

Mas havia esperança no país. Apenas meia dúzia de pelegos estrebuchava espumante, conta o homem. Forças Armadas, a favor. Povo a favor. Trabalhadores a favor. E veio a notícia bomba: o homem renunciou. (Publicada em 02.02.1962)

Acesso a armas resolve a questão da violência?

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Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

 

Caminhamos, a passos céleres, para nos tornarmos, ao lado dos Estados Unidos, no país com o maior número de armas de fogo nas mãos da população em geral. Nunca se comprou e vendeu tantas armas como nesses dois últimos anos. O pior é que esse aumento na aquisição de armamentos vem sendo acompanhado, também, pelo aumento nos casos de homicídios. Com isso, o antigo Estatuto de Desarmamento, passados pouco mais de 17 anos de promulgação, já é creditado como um documento ultrapassado e, portanto, deixado de lado.

Em 2005, o governo havia promovido um referendo popular sobre a proibição de venda de armas de fogo e munição. Naquela ocasião, 64% das pessoas que votaram foram contra essa proibição. Mesmo assim, o Estatuto entrou em vigor, estabelecendo normas rígidas para a aquisição e porte de armas, dificultando e burocratizando, ao máximo, o acesso. A lógica do Estatuto e seu objetivo central estavam fundados na ideia de que, sem acesso a armas, os crimes violentos tenderiam, naturalmente, a diminuir.

Em 2012, o Brasil já contabilizava mais de 50 mil assassinatos, chegando, poucos anos depois, ao recorde de 60 mil mortes por armas de fogo. Dados daquela época mostram que 30% de todos os assassinatos ocorridos na América Latina e Caribe foram cometidos no Brasil, que já respondia também por 10% de todos os homicídios ocorridos no mundo. Com a eleição de Jair Bolsonaro e, claro, de sua agenda política que incluía a liberação para a posse de armas, o Brasil deu uma nova guinada em sentido contrário.

Se o Estatuto do Desarmamento não foi capaz de comprovar, na prática, que, dificultando o acesso da população a armas de fogo, diminuiria, no mesmo sentido, o número alarmante de assassinatos, o jeito encontrado, pelo atual presidente, foi inverter a lógica, facilitando para a sociedade a aquisição de armamentos diversos, para ela própria agir em sua defesa e contra a criminalidade. Nem uma coisa nem outra. Embora uma parte dos especialistas no assunto acreditem que o menor acesso a armas de fogo induz a uma redução nos crimes violentos, não se pode creditar todas as fichas apenas nessa hipótese.

Para outros entendidos no problema, a questão envolvendo o número assustador de homicídios no Brasil, o maior do mundo, não está centrado na questão da posse e aquisição de armas por parte dos cidadãos de bem, mas na possibilidade real dessas novas armas pararem mais facilmente nas mãos de criminosos. Para esses estudiosos da questão, a aquisição de armas, por parte de criminosos, independe de leis, estatutos e outras normas jurídicas.

Mesmo o aumento na punição para esses crimes parece não ter efeito direto sobre a questão da violência. Na realidade, a dinâmica da violência em nosso país encontra suas origens numa série contínua de questões que perpassam toda a nossa história, resvalando em outras causas políticas, sociais, econômicas e culturais.

O fato de a nação brasileira ter sido constituída dentro de um cenário de colonização, onde a violência, em todas as suas formas, era a norma geral, explica em parte o que somos. Agora, esperar que os índices de violência em nosso país recuem, apenas com base numa maior facilidade de acesso da população às armas, é uma falácia que somente interessa às indústrias de equipamentos bélicos.

Os índices nacionais de homicídios e os fatos atuais apontam para a complexidade da questão da criminalidade em nosso país. Em plena quarentena, quando se esperava uma redução natural dos crimes em todo o país, houve justamente o contrário, um aumento de 8% nos casos de assassinatos. Manchetes dos jornais diários apontam que o número atual de registro de novas armas nunca foi tanto grande como agora.

Tudo isso em meio a crescente criminalidade. Somente o Distrito Federal, outrora uma ilha de tranquilidade em meio à verdadeira guerra civil nacional, registrou um aumento de 1.400% na aquisição de armas pela população. Trata-se de um crescimento alarmante e que terá repercussões futuras, complicando uma questão já em si complexa e difícil de se resolver sem a seriedade necessária que exige o tema.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Se eu gostasse de mi mi mi compraria um gato gago.”

Ricardo Ghirlanda, pelo Whatsapp

 

 

Mais taxas, menos serviços

Hoje é dia de audiência pública, às 10h, no Auditório do DER, com acesso presencial (vagas limitadas) e virtual. O assunto é controverso, pois o transporte individual será taxado antes que o transporte coletivo seja capaz de atender à demanda. Taxar estacionamento público sem oferecer transporte adequado parece injusto. Tudo sobre o assunto, a seguir.

–> COBRANÇA DE ESTACIONAMENTO PÚBLICO
Audiência Pública:j 31/07 10h às 12h
(veja como contribuir e assistir, no final desta mensagem)

Caros/as Prefeitos/as,
Lideranças Comunitárias:

O GDF pretende instituir o Projeto Zona Verde, que consiste na cobrança de R$2,00 a R$5,00 por hora de cada vaga dos estacionamentos públicos, incluindo no interior das Quadras residenciais, onde cada unidade habitacional teria direito a apenas uma vaga gratuita, e pagaria pelas demais vagas que utilizar (R$2,00/h de 9h às 20h nos dias úteis e de 9h às 13 aos sábados, não incluindo as vagas de garagem).

O agravante é que a arrecadação dos estacionamentos não será revertida em programas de mobilidade e na qualidade do transporte público, pois será uma concessão à iniciativa privada, por 30 anos (tempo excessivo de exploração para uma empresa que terá um mínimo investimento inicial), com um pequeno percentual revertido aos cofres públicos, sem destinação específica, podendo o GDF fazer qualquer uso destes recursos.

Com o objetivo de elaboração de um edital neste sentido, a Secretaria de Mobilidade (SEMOB) promoverá uma Audiência Pública no dia 31/07, às 10h, no Auditório do DER, com acesso de forma presencial (vagas limitadas) e virtual, onde já demonstra que o único objetivo é a privatização do estacionamento público e a terceirização dos serviços de fiscalização (hoje, atribuição exclusiva do DETRAN). A empresa a ser escolhida não terá nenhuma contrapartida e não deverá realizar nenhum investimento relevante, pois explorará estacionamentos já existentes, arrecadando as taxas e as multas (deverão existir parquímetros ou talões de pagamento prévio).

A SEMOB está recebendo contribuições para a Audiência Pública (veja formulário a seguir) que, segundo informação inicial, podem ser enviadas desde já e até às 12h do dia 31/07 (próxima sexta-feira). Mas, como há uma informação desencontrada de que as contribuições deverão ser enviadas entre 10h e 12h do dia 31, essas contribuições devem ser repetidas no dia.

As contribuições podem ser encaminhadas com o nome da pessoa e o item a que se refere (veja detalhes no link abaixo e no documento enviado a seguir):

• ao email:
consultazonaverde@semob.df.gov.br
• ao WhatsApp
61-99233-2726 (texto ou áudio)

O CCAS e o CCAN defendem que o GDF estabeleça uma política de mobilidade urbana sustentável, que priorize o transporte público e a adoção de novas matrizes energéticas em substituição aos combustíveis fósseis e consideram que, a exemplo das grandes cidades do mundo, o governo não pode punir o transporte individual sem antes garantir um eficaz e amplo sistema de transporte coletivo, digno da Capital da República.

Portanto, antes de impor esse fardo aos cidadãos, e somente onde for necessário, o GDF precisa:

• Levar o Metrô até a Asa Norte;

• implantar o VLT na W3 e L2, substituindo os Ônibus, que deverão se deslocar para outras vias;

• construir os Terminais de Integração Metrô/VLT/Ônibus/Automóveis nas pontas das Asas Sul e Norte, com amplos estacionamentos gratuitos;

• implantar uma rede transversal de ônibus de vizinhança (cruzando o Plano Piloto no sentido Leste-Oeste) ligando as quadras 800 às quadras 900;

• completar e integrar as ciclovias e ciclofaixas, e construir bicicletários em várias Praças e pontos de ônibus, com o sistema de bicicletas compartilhadas;

• incentivar outras alternativas de transporte, como o sistema de automóveis compartilhados, presentes em algumas cidades do mundo e do Brasil, isentos da cobrança de estacionamentos públicos.

A proposta consiste em estabelecer 4 zonas de cobrança: Ipê Amarelo (R$2,00/h nas áreas residenciais do Plano Piloto e Sudoeste), Ipê Roxo (R$5,00/h na área central do Plano Piloto e setores hospitalares), Ipê Rosa (R$2,00/h no Eixo Monumental) e Ipê Branco (R$2,00/h nos estacionamentos próximos a Metrô, BRT, etc., com isenção aos usuários destes meios de transporte). Motos pagariam a metade destes valores.

Envio, a seguir, o formulário para o envio de contribuições par a audiência pública e o documento da SEMOB que trata de tudo isso.

Mais detalhes sobre o Projeto Zona Verde e a audiência Pública:

http://www.semob.df.gov.br/audiencias-publicas/

Contribuições devem ser enviadas entre 10h e 12h do dia 31/07, próxima sexta-feira (mesmo se já foram enviadas antes):
• ao email:
consultazonaverde@semob.df.gov.br
• ao WhatsApp
61-99233-2726 (texto ou áudio)

Link do canal do YouTube para assistir a Audiência Pública:

https://www.youtube.com/c/SECRETARIADEMOBILIDADEDODF

Grato pela atenção.

José Daldegan
Presidente do CCAS
Conselho Comunitário da Asa Sul

P.S.:
O Gabinete do Deputado Sardinha se prontificou a realizar uma audiência pública na CLDF a ser encampada por outros parlamentares no mês de outubro ou novembro.

Foto: agenciabrasilia.df.gov.br

Golpes
Nunca dê números de conta ou senhas por telefone. Tenha cuidado até pessoalmente.  Se é idoso, respire fundo e tenha a humildade de aceitar a presença de um filho no caixa eletrônico. Pessoas sem escrúpulos escolhem como alvo os idosos, principalmente em tempos de pandemia, quando o isolamento é maior.

Arte: joaoleandrolongo.jusbrasil.com

CNPT

Para quem conhece a Bíblia, sabe que a crise dentro da Igreja já estava prevista. Para quem acredita, assiste de camarote com o terço nas mãos. No link Dividida: a banda podre da CNBB racha com o resto da Conferência e abre fogo contra Bolsonaro, você pode conferir o que corre nas redes sociais sobre o assunto.

Apae
Dia 8 de agosto, no sábado, de 11h às 15h, na Entrequadra 711/911 Norte, comidas típicas do São João no Arraiá do Drive Thru. Pedidos pelo telefone 99678-8536. Por falar nisso, a Apae tem uma lavanderia super elogiada pela qualidade do trabalho.

 

Agenda
Atenção bibliotecários, pessoal do Cedoc e organizadores por natureza. Em agosto, O VI Congresso Internacional em Tecnologia e Organização da Informação (TOI 2020) será online. Acesse a página doity.com e faça já a sua inscrição.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Do comerciante que aceitar esta sugestão gostaríamos de receber comunicação, para que nós possamos, também, ajudar a esses padrinhos. Comuniquem-se, por favor, com o telefone 2-2803. (Publicado em 13/01/1962)

Milícias uma questão a ser enfrentada

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Charge do Nicolielo

 

É sabido que os extremos, por força de uma repulsão, até imaginária, acabam se tocando. Caso conhecido por nós e por muitos desse fenômeno, que pode até não ter uma explicação racional na física quântica, mas encontra seu exemplo mais perfeito no caso das milícias, formadas por policiais e ex-policiais que passam a agir como justiceiros por conta própria, com seu próprio código de conduta, atuando como verdadeiros criminosos.

Escudados por um corporativismo e com o preparo necessário para enfrentar a bala seus oponentes, esses indivíduos têm por característica o não temor à lei, que conhecem de perto. Principalmente o lado complacente da justiça com esses anti-heróis.

Na escola da polícia com o conhecimento adquirido em preparação, e nas ruas, principalmente com o envolvimento que possuem com autoridades de todo o escalão do Estado, suas fraquezas e culpas, fazem dos milicianos uma tropa mais difícil de combates do que as quadrilhas comuns de criminosos. Uma característica desses falsos heróis e que logo salta aos olhos, é que por sua origem no seio no próprio Estado, fazem com que eles se tornem até mais vis e mais criminosos do que os próprios e tradicionais bandidos.

Esse verdadeiro exército de malfeitores em proliferação, não apenas em regiões do Rio de Janeiro e São Paulo, lembra, para alguns que o antigo Esquadrão da Morte, que atuava na fronteira entre o Estado ditatorial do final dos anos sessenta, gerou outros descendentes, só que muito mais letais e prejudiciais às populações.

Trata-se, na opinião de alguns especialistas no assunto, de um potencial grupo paramilitar que se não vier a ser combatido, na raiz, trará sérios problemas ao país, já atolado na questão da criminalidade. As suspeitas que personagens do alto escalão mantém proximidades com esses grupos, fez acender a luz para o problema.

Pena que o Congresso, tão enredado em problemas pessoais de seus membros com a própria justiça, não possa realizar um profundo inquérito de investigação sobre essa questão, à tempo de colocar toda a sociedade a par de um problema que cresce e que se espalha até dentro do próprio Estado.

Bancadas como a da Bala, em defesa disfarçada, fazem desse grupo também é um assunto da maior importância e que não vem sendo tratado com o cuidado que mereceria. A noção de que esses grupos agem apenas para deter quadrilhas de traficantes e outros bandidos tradicionais, é além de enganosa, uma espécie de antipropaganda que visa angariar apoio popular para suas ações.

Comunidades compostas por milhares de famílias que vivem há anos sob o jugo dessas milícias, sabem exatamente do que estamos falando e sentem, na pele, o domínio ameaçador e violento desses grupos. O medo impera nessas comunidades, quem ousa se opor ao controle desses grupos é ameaçado, forçado a sair da própria casa ou simplesmente morto de morte matada, sendo que as investigações, jamais chegam ao seu curso final. Infiltrados no Executivo e no Legislativo, tanto local como federal esses grupos encontram a simpatia de muitos próceres do governo e mesmo do judiciário. Não por outra razão é possível afirmar que esse é mais um ovo da serpente que vem sendo lentamente chocado no seio da sociedade aos olhos de todos.

Muito mais do que um fenômeno puramente brasileiro, a existência das milícias é mais uma prova da leniência dos Três Poderes em enfrentar uma questão que, mais cedo ou mais tarde, poderá estar fincado em definitivo entre nós. Não se deixem iludir: a questão da violência no Brasil, uma das maiores do mundo, jamais irá recuar pela ação de milicianos ou assemelhados. Pelo contrário, trata-se de mais um fator de insegurança a agravar nosso problema.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A invasão de um exército pode ser detida, mas não a invasão das idéias.”

Victor Hugo, romancista, poeta, dramaturgo, ensaísta, artista, estadista e ativista francês

Foto: opiniaoenoticia.com

 

Preferido

Curiosamente, o Guinness Book bateu um recorde. É o livro mais roubado do mundo.

 

Brincadeira

Outra curiosidade que poderia sacudir as feministas é a origem do nome GOLF: Getlemens Only Ladies Forbbiden (Apenas cavalheiros. Damas proibidas.). Seria um escândalo se fosse verdade. Mas não é.

Foto: regrasdoesporte.com

 

Estocolmo

Um verdadeiro absurdo o preço do material escolar. Em colégios particulares, livros custam uma fábula. Em escolas estrangeiras ou bilíngues, alguns itens são cobrados em dólar. A venda casada também é adotada. Há a opção de os pais escolherem outro estabelecimento, mas se submetem a isso porque o ensino é bom. E é aí que mora o perigo.

Charge do Duke

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O Deputado Hugo Borghi pediu, ontem, licença à Câmara dos deputados, para fazer uma viagem ao exterior, sem ônus para o governo. Pediu, entretanto, interferência do Legislativo, para facilitar a aquisição de 10 mil dólares. (Publicado em 14/12/1961)

Contraditoriamente Brasil

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Charge do Adão

 

Nossa imagem e o que pensam da gente aqueles que nos observam de fora e de longe, quase sempre não coincide com aquilo que pensamos de nós próprios. O motivo, dentre vários, é que acreditamos ser o que gostaríamos de ser e quase nunca o que somos de fato. No espelho do ego, nos vemos como nosso ego nos enxerga e não com as diversas fantasias que exibimos para parecermos um personagem aceitável perante a plateia. Assim acontece com o Brasil.

Observado do exterior, ainda é visto como um país tropical, exótico e violento, cheio de contradições, exibindo uma imagem que parece andar na contramão do mundo civilizado. Um país que, desafiando regras e impondo outras que parecem modernas, tenta, desesperadamente, esconder o medo de se mostrar ridículo aos olhos de todos. Também não parece ser exagero, já que muitos reconhecem que possuímos a classe política e dirigente mais cara e corrupta de todo o planeta, ao mesmo tempo em que mantemos os professores mais baratos do mundo e um alunado que dia após dia mantem e confirma sua posição na rabeira dos rankings internacionais que medem a qualidade do ensino público.

Para qualquer setor da vida pública do país que miramos nossa atenção, as contradições e o exotismo estão presentes. Condenamos e prendemos em nossas masmorras indivíduos envolvidos com rinha de animais, mas deixamos à solta criminosos de alta periculosidade. Editamos leis que protegem, dão abrigo e até planos de saúde para cachorros e gatos e desprezamos e condenamos nossos idosos e nossos cidadãos a morrerem nas salas de espera dos hospitais.

Do mesmo modo colocamos na cadeia quem corta uma árvore enquanto deixamos livres conhecidos personagens, madeireiros, garimpeiros e outros profissionais da terra arrasada, ao mesmo tempo em que concedemos a liberdade e o passe livre àqueles que derrubam e incendeiam florestas inteiras, contaminam as águas brasileiras, exterminam nossos rios ou matam nossos indígenas. Nas cidades, multam e prendem quem apresenta carros fora do padrão exigido, enquanto, deixamos de lado quem mata no trânsito. Proibisse fumar em lugar fechado, enquanto o consumo de drogas rola solto em cada esquina. Cracolândias são permitidas, intocadas, onde a cada dia um miserável morre sob os olhos da sociedade, tudo isso em pleno centro de nossas principais cidades. Enquanto isso, quem busca saúde, obrigação constitucional do Estado, morre nas filas e sofre com o mais alto grau de descaso. É justamente nas altas esferas que essas contradições se mostram mais surpreendentes, revelando nosso pendor pelo ridículo, pelo perigoso, pelo incorreto e pelo inusitado.

Os tribunais não se avexam em condenar a anos de prisão quem furta um tubo de pasta de dentes, mas encontra o mesmo argumento jurídico para colocar em liberdade aqueles que desviam bilhões dos cofres públicos. No quesito discriminação, somos imbatíveis.

Aceitamos que se condene ao ridículo, enxovalhe a honra com cusparadas de desprezo, figuras avaliadas como sagradas e veneradas pela maioria dos brasileiros, enquanto repreendemos com falso moralismo, quem ousa fazer pilhérias sobre as ditas minorias. É justamente esse Brasil que é visto e notado do exterior.

Um país em que o comerciante trabalha protegido por grades para não ser assaltado mais uma vez, e em que os criminosos, quando apanhados, passam a receber dos contribuintes um soldo mensal maior do que o salário mínimo. Quem desejar ter uma pálida noção sobre o que os estrangeiros pensam de nós, basta ler a última cartilha distribuída pela Embaixada dos Estados Unidos aos seus cidadãos, alertando para os perigos do Brasil inzoneiro.

Primeiro de tudo, é preciso manter a discrição, permanecer em alerta sobre o entorno, principalmente em locais frequentados por turistas. Para tanto, é preciso que os americanos, que ousem vir para o Brasil, revejam seus planos de segurança. Todo o cuidado é pouco.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Viva o Brasil

Onde o ano inteiro

É primeiro de abril.”

Millôr Fernandes, escritor, jornalista, cartunista, humorista brasileiro.

Foto: Daniela Dacorso/Bravo (exame.abril.com)

 

Sem comunicação

Sobre o inexistente número telefônico do HRAN, nosso assíduo leitor Renato Prestes esclarece que os telefones dos Centros de Saúde de Brasília não recebem ligações há um ano e meio. Verdadeiro descaso e desrespeito com a população.

Foto: sindsaude.org.br

 

Coincidência

Enquanto ouvia a notícia de que havia planos para resgatar Marcola da cadeia em Brasília, e que o PCC comprou várias residências de luxo pelo DF, nosso leitor foi ultrapassado por um carro com a placa PCC0001 em direção aos Jardins Mangueiral, na saída da ponte JK.

Foto: Ed Alves/CB/D.A Press

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Realizou-se a passeata da fome à porta da Câmara dos Deputados. A chuva não atrapalhou. Sabe-se que em Brasília há fome, há desemprego, para os empregados, e há dificuldades para os empreiteiros. (Publicado em 14/12/1961)

Corrupção, a maior das violências

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Ilustração: novaescola.org

 

No Dia Internacional da Não-Violência, comemorado em todo o mundo em 2 de outubro, em homenagem ao pacifista Mahatma Gandhi, a ferocidade da nossa espécie ainda persiste como um dos maiores e mais graves fenômenos a acompanhar a história dos seres humanos sobre o planeta e que, em pleno século XXI, ainda está longe de ser erradicada de forma definitiva ou satisfatória. Matamos desde que existimos.

Os historiadores consideram que boa parte da história humana tem sido escrita com sangue e que esse aspecto bestial de nossa formação está intrinsecamente presente na própria dualidade de nossa personalidade a abrigar, num mesmo espaço, o Eros e o Tânatos, ou seja, os instintos de vida e os instintos de morte.

Mesmo para os mais otimistas sobre a raça humana, não há como compreender e estudar o comportamento dos homens, ao longo da história, simplesmente descartando seu lado violento e os seguidos impulsos de destruição. De fato, vivemos como sobre escombros que são ciclicamente destruídos e reerguidos num processo sem fim. A história de toda e qualquer nação sobre o planeta, mesmo a brasileira, comporta um vasto número de episódios violentos que, à luz da razão, envergonham e mancham o passado de muitos, mesmo dos mais civilizados.

Não é por outra razão que também os mártires pela paz, ou aqueles que lutaram e morreram sonhando com um mundo de concórdia entre os homens, somam-se aos milhares, embora o propósito de suas batalhas ainda ressoe, em todas as partes do planeta e em todos os tempos, como uma possibilidade e uma meta a ser buscada. Ao contrário dos antigos que acreditavam no niilismo ou que para erguer novos mundos era preciso destruir os antigos e recomeçar do zero, hoje essa crença, não totalmente abandonada, perdeu muito de seu vigor original.

Falar em estatísticas e números que comprovam a persistência do fenômeno da violência no mundo, e particularmente no Brasil, servem apenas à guisa de ilustração e de nada adiantam para entender a raiz dessa questão e como debelá-la. Importa muito mais, nesse exíguo espaço, mencionar fatores que seguramente contribuem para minorar o problema da violência e que tem sido testado aqui e em todo o mundo com grande êxito.

O primeiro e talvez mais importante diz respeito ao incentivo de uma educação verdadeiramente voltada pela paz, com respeito aos direitos humanos e às diferenças. Infelizmente não se vê entre nós quaisquer resquícios desse tema nos currículos escolares do básico ao universitário, sendo um assunto pouco abordado e muito menos falado em salas de aula. De concreto, sabe-se que, nos países onde a educação é tratada como prioridade absoluta, os índices de violência são baixos, comparados a outras nações. Dos elementos reconhecidamente necessários a uma educação pela paz, a grande maioria dos pedagogos, das mais diferentes vertentes do ensino, apontam as artes como a ferramenta mais eficaz na diminuição das estatísticas de violência, capaz de aproximar o aluno dos aspectos fundamentais do humanismo.

Também com relação a esse tema, é sabido que na maioria das escolas públicas em nosso país, falar de educação artística é quase uma heresia, dado o pouco valor prático que as autoridades enxergam nessas disciplinas. Se para os pedagogos e didáticos esse é o caminho correto para a diminuição da violência, para os economistas e sociólogos é preciso, antes de tudo, diminuir as desigualdades sociais, dando acesso a toda a população a serviços públicos de qualidade.

Em nosso caso particular, é consenso que ainda não conseguimos resolver nem o problema de uma educação de qualidade, inclusiva e que pregue a não-violência como tema diário, nem tampouco a questão da desigualdade social, o que faz de nosso país um dos campeões mundiais em violência. Ocorre também que o que nos coloca e garante nossa posição no alto desse pódio é o fenômeno da corrupção sistêmica, em si uma das maiores violências, equivalente a crimes como genocídio e que ainda estamos longe de nos ver livres.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A força não provém da capacidade física e sim de uma vontade indomável.”

Mahatma Gandhi, advogado, nacionalista, anticolonialista nascido em Porbandar, na Índia

Foto: Rühe/ullstein bild/Getty Images

 

 

Consumidores

Começou hoje o 9º Encontro Regional dos Produtores de Maracujá no Pipiripau e Fruticultores em Planaltina. Felipe Camargo, engenheiro-agrônomo, declarou que os produtores estão percebendo que as frutas têm o manejo e cultivo mais fáceis e a produção está crescendo. A parceria entre a Emater e Ceasa-DF é uma possibilidade de preços mais baixos, com o custo menor de transporte.

O cultivo do maracujá e de outras frutas vem ganhando espaço no DF | Foto: Tony Winston / Agência Brasília

 

 

Novidade

Estudos sobre o desenvolvimento de uma linha de caminhões movidos a gás chegam ao Brasil. A Cummnins e Agrale se uniram e já estão prontas para mostrar o resultado na maior feira do transporte rodoviário de carga do país, a Fenatran, que vai acontecer em São Paulo.

 

 

Instituto

Ney Ferraz, do Iprev-DF, e assessoria garantiram que identificariam as pessoas que fazem saques usando cartões de servidores públicos que já morreram. Ainda não temos o resultado.

 

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

A torre de televisão, nem se fala. A catedral, também. É melhor mudar de assunto, e passar para o Tribunal de Contas. A obra recomeçou, e serão obedecidos, mesmo, os cálculos do Cardoso. (Publicado em 30/11/1961)