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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)
Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade
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Um fato incomum está ocorrendo agora na Venezuela, às vésperas da eleição para presidente. Para começar, uma grande leva de venezuelanos resolveu cruzar as fronteiras do país, fugindo do que acredita ser o prenúncio de um banho de sangue, conforme ameaças feitas pelo atual mandatário. Pelo sim, pelo não, melhor é ficar longe. O estado de Roraima voltou a ficar lotado de pessoas fugindo de mais essas ameaças.
Nícolas Maduro conta com uma espécie de guarda pretoriana, disposta a tudo para assegurar que ele saia vitorioso das urnas, mesmo que as pesquisas apontem o oposto. A situação interna é tensa. Por outro lado, muitos observadores que iriam acompanhar o pleito de perto foram impedidos de entrar no país. O exército brasileiro montou um acampamento fortificado na região fronteiriça com aquele país. As poucas notícias que chegam de Caracas dão conta de que o país está sob intenso estado de sítio, com as forças de segurança de prontidão para agir a qualquer momento.
Neste instante, as escolhas do ditador Maduro se resumem a comandar um golpe de Estado, sob pretextos quaisquer ou perder as eleições e deixar imediatamente o país, fugindo para algum outro que não possua tratado de extradição para os Estados Unidos. Com relação ao Grande Irmão do Norte, é preciso salientar que, caso Donald Trump vença as próximas eleições, haverá uma caça a Maduro onde quer que ele se encontre.
A questão é tão grave na Venezuela que já se sabe que uma possível vitória da oposição obrigará todo o atual governo, incluindo os principais líderes dos três Poderes e das Forças Armadas, a deixar, imediatamente, o local, buscando refúgio em outro país. Pelo o que se tem ouvido, poucos escolherão pedir asilo em Cuba, mesmo com toda a interação havida entre Havana e Caracas nesses últimos anos. Na verdade, Cuba, que nesses últimos anos tem se beneficiado do governo Maduro, torce para que o governo vire a mesa e cancele as eleições, sob argumentos quaisquer, pois sabe que uma vitória da oposição irá interromper o fluxo de recursos para Havana.
Nesse momento, os serviços secretos venezuelanos estão com toda a estratégia montada para sabotar as eleições. As ameaças aos candidatos da oposição e aos grupos que querem o fim do regime ditatorial são constantes e será um milagre se muitos deles não vierem a perder a vida de maneira suspeita nas próximas horas.
Sabedor dessa situação delicada, o governo brasileiro faz cara de paisagem sobre as eleições, pois pressente que, em quaisquer das hipóteses, a situação é ruim para o Brasil. Em caso de golpe, é previsto que mais algumas centenas de milhares de venezuelanos irão se juntar aos mais de sete milhões de compatriotas que deixaram o país nesses últimos anos. Do ponto de vista político, não há saída honrosa para Maduro, nem para o grupo que o apoia, dentro e fora do país. A questão aqui é saber que importância possuem as eleições na Venezuela para o Brasil. A resposta é que tudo o que se passa nesse momento histórico naquele país, diz respeito diretamente ao Brasil e, sobretudo, ao atual governo. As eleições agora na Venezuela são um retrato político do que vive hoje parte da América do Sul. Querer fingir que esse é um assunto distante e que não diz respeito ao Brasil, não parece ser a melhor estratégia.
Não seria surpresa se, nesse momento, o governo brasileiro não se arrependa de ter estendido o tapete vermelho para Maduro, com todas as honras de Estado e com direito a discursos elogiosos, inclusive a lições sobre a construção de narrativas. Maduro é um companheiro que deveria ser sempre mantido a distância. Seu histórico é ruim. As eleições na Venezuela, caso elas ocorram livremente, deveriam ser acompanhadas da máxima atenção, pois elas encerram todas as contradições de uma democracia de fachada e podem servir de lição para outros países do continente.
A frase que foi pronunciada:
“Eu fiquei assustado (…) Quem perde as eleições toma um banho de voto, não de sangue. Maduro tem que aprender: quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora”.
Lula
Sem cerrado
Quando a chuva chegar e a Asa Norte submergir, pode ser que o cerrado destruído em frente ao Forte Marechal Rondon tenha participação nos estragos. A vista pela Estrada Parque Contorno é devastadora.
História de Brasília
No bloco 62 da Asa Norte aconteceu uma notável. As paredes começaram a rachar, e a família de um oficial do Exército teve que se mudar apavorada. Ontem de madrugada, um português invadiu o referido apartamento, dizendo que tinha ordem do GTB, o que não era verdade. (Publicada em 11.04.1962)
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Aqueles que possuem curiosidade em conhecer a realidade atual vivida por alguns países vizinhos, sobretudo os que, através de eleições livres ou nem tanto, estão sendo governados pela esquerda política, de certo, já possuem, nessa altura dos acontecimentos, uma ideia aproximada do que nos espera a partir de outubro, caso parcela da população brasileira, mal informada ou mal intencionada, resolva, majoritariamente, seguir pelos mesmos caminhos ideológicos.
Um olhar sobre países como a Argentina, a Venezuela e mesmo o Chile, para ficarmos apenas em três dos países do continente que, em poucas décadas, passaram de nações prósperas e com bom Índice de Desenvolvimento Humano para Estados falidos, com suas populações vivendo na miséria e sem perspectivas, pode dar uma ideia do que está por vir.
Infelizmente, a economia real, aquela do livre mercado e da livre iniciativa, em que o mercado regula a oferta e a procura como nenhum outro mecanismo já criado pelo ser humano, não se deixa iludir por ideologias do tipo políticas e segue funcionando a despeito do que possam desejar governos de plantão.
O que ocorre, normalmente, no caso das liberdades econômicas, é a desastrosa interferência dos governos de esquerda, danificando o mecanismo e o fluxo de riqueza. Sem produção e circulação, ou seja, sem crescimento econômico, não é possível para nenhum governo conduzir adequadamente a máquina do Estado. Em outras palavras, não se pode criar riquezas destruindo o mercado e aqueles que atuam nessa área. A esquerda prega a ideia que, no íntimo, nem ela mesmo acredita, de que um Estado forte e centralizado tudo pode. A economia estatal é um engodo se formos verificar que ela necessita do fluxo de riqueza, que os pagadores de impostos e os investidores podem oferecer.
O Estado não cria riqueza. Essa é uma máxima que a esquerda não gosta de ouvir. A junção da esquerda com o populismo fez, em tempo recorde, o que nenhuma guerra seria capaz: aumentar, em mais de quase 70%, o nível de pobreza na Argentina. Tudo isso em menos de dez anos. Com uma inflação que supera os 60% ao ano, a Argentina se transformou num país, que era sinônimo de riqueza para todo mundo, em uma nação hordas de deserdados que perambulam pelas ruas em busca desesperada por alimentos. No Chile, as más notícias se repetem. Somente a inflação de junho está entre as maiores dos últimos 30 anos. A dolarização da economia interna, por conta do descontrole geral, tem levado o peso chileno e argentino a perderem valor.
Hoje, quem busca proteger seu dinheiro da crise crescente compra dólares americanos o mais rápido possível. A incerteza política e a alta dos derivados do petróleo têm feito crescer, a níveis assustadores, a insatisfação popular, com arruaças e greves se sucedendo. A Venezuela que, para alguns líderes da esquerda brasileira, vive hoje um excesso de democracia, é talvez a vitrine da gestão ruinosa das esquerdas na América Latina. Nesse país, o socialismo do século XXI fez o que nem dezenas de bombas atômicas seriam capazes. Quase um quarto da população, ou aproximadamente 5 milhões de pessoas, deixaram a Venezuela, fugindo da fome, dos conflitos internos e da perseguição política. Com isso, se tornaram um dos maiores grupos de populações deslocadas do mundo.
Mesmo sentada em cima de uma das maiores reservas mundiais de petróleo, a Venezuela amarga uma das maiores crises humanitárias do planeta. Parece um cenário surreal, mas falta, inclusive, gasolina e outros derivados nos postos do país. Há, no país, o reconhecimento da existência de um Narco Estado, dominado por criminosos do colarinho branco e de farda militar. Obviamente que o retrato atual desses países é aquele que nos chega por meio da luz imprecisa e embaçada da imprensa.
Ao vivo e a cores, a situação é bem mais complicada e danosa para essas populações que se vêm obrigadas a deixarem seus países em busca de paz e melhores chances. A questão aqui é saber até quando esses ciclos perversos que levam a América Latina a mergulhar de cabeça nos turvos rios da esquerda irão durar. Talvez nunca cessem enquanto houver possibilidade de governos charlatães chegarem ao poder e dessa posição passarem a multiplicar o número de pobres e famintos.
A frase que foi pronunciada:
“Quando a esquerda começa a contar dinheiro, converte-se em direita.”
Carlito Maia
ZFM
Durou pouco tempo a alegria dos ciclistas com a redução de 35% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Não se sabe a razão, o governo anunciou a volta da alíquota de 10% também em outros produtos da Zona Franca de Manaus.
Taxa demais
Agaciel Maia entende de política. Argumentou que serviços públicos e as concessões “devem se adaptar à realidade da população”. E tocou numa ferida: as tarifas de água e esgoto cobradas pela Caesb. Agaciel apresentou um projeto de lei para que os reajustes estabelecidos, desde 2021, sejam cancelados. “Precisamos reduzir as tarifas”.
História de Brasília
Na lista Telefônica de Brasília há um ministério a mais: Ministério Fábio Ernesto. Verifiquem, e verão. (Publicada em 09.03.1962)
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Quem se der ao trabalho de verificar a coloração político e ideológica que tinge o mapa, composto por doze países na América do Sul, poderá constatar que, nesse momento da nossa história, seis nações estão sob governos de esquerda e outras seis estão em mãos de governos de direita.
À primeira vista, não há nada de importante nesse fato, uma vez que governos e ideologias vão e vêm, ao sabor da mudança dos desejos da sociedade ao longo do tempo. Também é preciso atentar para o fato de que, em países do nosso continente, tanto a ilha dos irmãos Castros, como a Venezuela, uma espécie de filha bastarda de Cuba, estão há anos sob o cobertor espinhento do comunismo, não por vontade expressa de suas populações, mas pelo desejo sádico de uma camarilha que comanda essas localidades a ferro e fogo.
O mesmo se pode dizer de países centro americanos como a Nicarágua, transformada numa espécie de megacárcere pelo ditador Daniel Ortega, que não admite o surgimento de opositores, que logo arruma um jeito de mandá-los para a cadeia sob falsas alegações de crime.
Para muitos analistas, a Nicarágua se transformou num verdadeiro “Gulag” da região, com perseguições de políticos, jornalistas, religiosos e organizações civis. Governando desde 1997 aquele país, Ortega é hoje um dos símbolos máximos e exemplo de personalidade política apenas para as esquerdas de outros países, já que, dentro daquele território, é malquisto pela maioria dos políticos nicaraguenses.
Ortega, Maduro, Díaz-Canel e outros longevos ditadores de esquerda da nossa triste América compõem o panteão do que restou de velhas figuras caricatas, que ainda são tomadas como exemplos de governo a ser seguido, em caso de uma nova vitória dos petistas nas próximas eleições de 2022.
É o que há de novo nesse horizonte de escombros. A guinada do Brasil para a direita não possuiu o condão de incentivar outras mudanças no continente e muito menos serviu de exemplo para parcela de nossos irmãos latino-americanos, colocados sob o tacão de ditadores de esquerda. Pelo contrário: a nossa situação política atual parece ter servido de alerta para os perigos que rondam aquelas nações, que, para fugirem das esquerdas, atiram-se nos braços da direita, como num bote salva-vidas.
Pelo menos fica a lição de que não é pela via ideológica, tão somente, que um país pode experimentar sua imersão num ambiente de pleno desenvolvimento social e econômico. A performance do nosso atual governo tem servido como alerta para os muitos inconvenientes obtidos com “saídas fáceis”, que deixam de lado as verdadeiras opções que poderiam fazer a diferença para o bem de todos.
O lulopetismo tem aproveitado, como pode, esse balanço equilibrado entre esquerda e direita no continente para dar início ao que seria um revival, com o retorno do Partido dos Trabalhadores ao comando do país. Tem aproveitado também as muitas falhas do atual governo, na pavimentação de uma via expressa, que poderá levá-los, novamente, a subir a rampa do Palácio do Planalto.
No momento, são apenas possibilidades, mas que contam com o apoio explícito dos companheiros do continente e dos desacertos desse governo, que elegeu, como adversários, não os opositores reais, mas a sombra imensa de seus próprios erros.
Enquanto o país não amadurece politicamente, o perigo de voltarmos ao outro lado do abismo é grande.
A frase que foi pronunciada:
“Cada ideologia tem a inquisição que merece.”
Millôr Fernandes
Sexista
Já em vigor, a nova Lei 14.188/21 teve acrescentado o artigo 147-B no Código Penal: “Causar dano emocional à mulher que a prejudique e perturbe seu pleno desenvolvimento ou que vise a degradar ou a controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, chantagem, ridicularização, limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que cause prejuízo à sua saúde psicológica e autodeterminação”. Pergunta que não quer calar: Contra os homens a tortura psicológica está liberada? Só o artigo 129 basta?
Trânsito
Polícia prepara o trânsito da Esplanada para a manifestação de amanhã. Começa por volta das 11 horas, no Museu da República, que será o ponto de encontro para quem defende voto impresso e eletrônico juntos.
Gastronomia
De volta a nova edição da Restaurant Week, em Brasília, a partir do dia 6 de agosto. “Histórias do Cerrado” será o tema mostrado em gastronomia pelas 40 casas que já confirmaram presença. Mais detalhes no link Brasília Restaurant Week.
História de Brasília
Vamos voltar ao assunto dos mercadinhos da W4. Os estabelecimentos precisam possuir um nível de serviço que compense uma viagem até lá. Os japoneses deixaram os cubículos em estado de devastação. Portas e pisos quebrados e telhas danificadas. (Publicado em 04.02.1962)
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Sejam quais forem os desdobramentos derradeiros que a crise na Venezuela venha a ter nesse momento tão crucial para o futuro de seu povo, um fato é indiscutível: permanecendo ou não o atual governo de Maduro, aquele país está visivelmente cindido, tanto pelas incontáveis vidas perdidas por conta da tirania, pelos milhões de refugiados que provocou, pela fome que obrigou os, outrora orgulhosos, venezuelanos a procurarem comida no lixo e água para beber em escoadouros de esgoto e tantas outras desgraças gestadas por um regime de exceção.
Aliada com regimes igualmente cruéis, restam, ao ditador Maduro, poucas opções. Ou acaba de matar a outra parte dos venezuelanos que se opõe ao regime, para seguir governando literalmente sobre cadáveres, ou bate em retirada levando consigo o que restou do botim e dos saques praticados por anos seguidos. De fato, segundo analistas, o regime de Maduro está, neste momento, apoiado apenas por parte das Forças Armadas daquele país, embora conte ainda com o apoio e a logística de guerra de países como Cuba, Rússia, China e Coreia do Norte, países sabidamente avessos à democracia e à transparência do Estado.
A um leitor normalmente distraído que questione que importância tem esses acontecimentos que ocorrem a milhares de quilômetros daqui em um país estrangeiro, é bom lembrar que muitos dos fatores que moldaram essa trajetória histórica malfadada foram diretamente legados pelos governos petistas, que por aqui também trataram de infelicitar a nação com sua pregação separatista odienta. Foram as dezenas de milhões de dólares, extraídos sorrateiramente dos nossos cofres, que financiaram aquela ditadura, favorecendo a compra de armamentos de guerra sofisticados, muitos dos quais operados por soldados famintos e que viram muitos de seus conterrâneos morrerem ou migrarem.
Com a iminente deposição daquele que governa aquele país, qualquer que seja o seu destino final, um outro fato também é inconteste e, com certeza, estará também nos livros de história do futuro: Maduro é, ao lado de Chaves, seu antecessor, parte da galeria dos amigos do ex-presidente Lula, agora um simples presidiário solto por questões ideológicas avessas à letra da lei, que vão, aos poucos, indo ao encontro do inexorável destino reservado aos tiranos e corruptos deste continente. Com tanto dinheiro não devolvido, acreditam manter-se eternamente no poder.
Poucas semanas antes, o mundo tomou conta também do suicídio do ex-presidente do Peru, Alan Garcia, outro político também contaminado pelo poderio corruptor de nossas empreiteiras e comparsa dessa mesma turma de malfeitores que infestaram o continente. Não bastassem as causas e consequências que levaram aquele país a esse desfecho sangrento, herdamos uma espécie de obrigação moral de continuar ajudando aqueles venezuelanos que acorrem às fronteiras em busca de abrigo, comida , remédios e outras necessidades humanas, principalmente em tempos de pandemia. Até porque a Venezuela hoje é um retrato acabado de um futuro que, por pouco, não nos coube também e que, por sorte do destino ou outro fator, escapamos na undécima hora.
A frase que não foi pronunciada:
“Aqueles 734kg de ouro desaparecidos cinematograficamente do Brasil com destino incerto e não sabido até hoje, têm relação com que parte dos últimos eventos da nossa história?”
Dona Dita, com a memória mais fresca no que nunca.
Novidade
Entre Brasília e Goiânia, o Jerivá já é ponto de parada obrigatória. Pamonhas frescas e iguarias goianas de tirar o chapéu. A novidade é que o trecho Brasília-Goiânia recebe a primeira eletrovia do Centro-Oeste. Com pontos de recarga gratuita, quem viajar com carro elétrico até o Jerivá terá apoio logístico na localidade.
Agenda super positiva
Vídeo do Ministério da Infraestrutura mostra o que acontece no país além do vírus. Veja a seguir.
Honra ao mérito
Com presença marcante no país, a Rádio Nacional está na memória de todos os brasileiros. Programas em regiões longínquas, como o Eu de Cá, Você de Lá, que aproximava familiares que não se viam há anos. A rádio participou do nascimento da nova capital do Brasil e tantos outros momentos importantes. A EBC, antiga Radiobrás, também sobrevive pelo talento e dedicação. Valorizar a competência de cada funcionário dessas rádios é um dever para os mais sensíveis.
Solução
Fecha igreja, abre igreja, fecha restaurante, abre restaurante, fecha escola, abre escola. Na parada do Planalto, a ideia do pessoal era realizar todos os eventos dentro dos ônibus da cidade. Boa percepção.
Observem as autoridades, que premiar o invasor com um lote numa cidade-satélite é prejudicial e inconveniente. Estimula a apropriação indébita. (Publicada em 30.01.1962)
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Mudam-se os tempos, mudam as estratégias e as táticas de proteção e manutenção da integridade territorial do país. Sob esse desígnio é que está em andamento agora uma significativa atualização de toda a Política Nacional de Defesa (PND) do Brasil, frente às novas possibilidades de instabilidades geopolíticas que se anunciam para todo o continente sul americano nos próximos anos.
Em questões dessa magnitude, antecipar soluções para não ser surpreendido num mundo em rápida transformação, parece o caminho mais sensato a ser trilhado daqui para frente. Estrategistas e outros especialistas nesse tema concordam que a América do Sul não pode mais ser considerada uma região totalmente pacífica e livre de conflitos, como se acreditava até pouco tempo.
Com o novo PND, que será encaminhado pelo Executivo à apreciação do Congresso nesses próximos dias, o governo espera modernizar o conjunto de ações de defesa do país, tanto em sua fronteira seca, quanto na região amazônica, estendendo essas medidas de proteção também para toda a plataforma marítima sob a jurisdição do Brasil. Há muitos anos, estudiosos desses problemas geopolíticos vêm alertando para as rápidas transformações que se dariam em todo mundo por conta do aumento da população do planeta, o que foi potencializado, ainda, pelos efeitos devastadores das mudanças climáticas.
Não é segredo para ninguém que a humanidade entrou, inexoravelmente, numa rota de grandes desafios. Talvez os maiores já enfrentados por nossa espécie em todos os tempos. A enormidade das questões, tanto com relação à superpopulação mundial, quanto com relação ao esgotamento dos modelos de consumos tradicionais, induzidos pelo sistema capitalista, está sendo colocada em xeque e agravada pelos efeitos das mudanças climáticas sem precedentes.
No continente sul americano, essas novas realidades também estão presentes e agravadas por esses mesmos fatores, em menor escala, e por outras questões de ordem política. De fato, vivemos imersos num cenário mundial de grande instabilidade e a América Latina não é exceção a essa regra. Por certo, aos militares, diante desse novo panorama global e local, caberão responsabilidades imensas e urgentes.
Nesse novo campo de atuação de defesa que se apresenta, o Brasil terá, forçosamente, que mobilizar um grande conjunto de ações para garantir, de fato, a soberania sobre muitas áreas. É sabido que, em períodos de grandes crises humanitárias, as fronteiras físicas passam a ser invisíveis. Os deslocamentos, em massa, de populações, como os que vêm ocorrendo entre a África e a Europa, têm muito o que ensinar aos estrategistas, sobretudo nas consequências que essas grandes migrações geram para estabilidade de um país.
Aqui, no continente, a preocupação dos militares com relação à política externa centra-se, basicamente, na vizinha Venezuela, por conta da grande instabilidade verificada naquele país nesses últimos anos, agravada ainda pela pandemia do coronavírus, que levou aquela nação a uma situação de total desabastecimento e desespero de milhões de cidadãos. Naquele país, o que se sabe é que o que falta em alimentos, medicamentos e outros insumos básicos, e sobram armamentos.
A frase que foi pronunciada:
“Os homens inúteis e brutais não são pessoas, são trasgos.’
Quinto Cúrcio Rufo, senador e historiador romano.
Cine minha
Alguns consumidores aliviados com a opção do Drive-in. Isso porque há autonomia. Nada de venda casada entre combos de pipoca e refrigerante. A família leva a pipoca se quiser, pão de queijo, um suquinho de morango para a criançada e todos aproveitam o filme sem explorações descabidas.
Opinião
Corre, pelas redes sociais, um texto assinado por Alacoque Lorenzini Erdmann. Parece que é uma adaptação à opinião da professora. Trata das dificuldades sofridas pela classe, durante a pandemia, que não teve oportunidade de receber capacitação para dar aulas online. Além do salário sofrível, os professores foram obrigados a usar o aparato pessoal para cumprir a função. O texto pode ser lido logo abaixo.
–> NÃO HAVERÁ APLAUSOS PARA OS DOCENTES
De um dia para o outro, os professores montaram todo um sistema de educação obrigatória à distância para continuar a sua missão de vida a partir de casa… Com dedicação!!!!
Materiais? Seu computador privado e pessoal.
Sua internet, sua luz? Pagas do próprio bolso.
Espaços? A sala de sua casa, que torna pública a desconhecidos a sua intimidade.
Direitos autorais? Cedidos! Pesquisas, imagem, textos, tarefas…
Exigências? Muitas!!!! Reclamações de todos a todo momento, sem sensibilidade alguma ao esforço súbito a que estamos submetidos!
A escola na sala de casa nunca acaba.
Um milhão de e-mails para atender, grupos pelo WhatsApp, chamadas, atendimento personalizado, aproximando-se da função tutorial. Reuniões a qualquer hora, mensagens de toda ordem…
Gestores, alunos, famílias, sociedade: nós, Professores, estamos trabalhando…
Na verdade, multiplicamos por muito as nossas horas de trabalho, pois agora esclarecemos as dúvidas de um a um, corrigimos as tarefas uma a uma, sem acréscimo salarial ou mero reconhecimento ou agradecimento por isso… nos doamos para além do conteúdo. Sem falar sobre as orientações de ordem psicológica, dentro da compreensão de fazer com que os nossos alunos vejam a transcendência do que estamos vivendo…
NÃO HAVERÁ APLAUSOS PARA OS DOCENTES!
Mas eu aplaudo os professores! Eu aplaudo os meus colegas. Eu aplaudo os professores dos meus filhos/netos!!! Eu aplaudo os professores com todas as minhas forças! Um brinde à educação dos professores, pelo lugar que lhes cabe nesta época de crise…
Fazemos parte da história… Ainda que não sejamos aplaudidos!!!!! Eis aqui um milhão de aplausos para todos nós! 👏👏👏”
(Texto da Prof.ª Alacoque Lorenzini Erdmann. Adaptado)
👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼
Bem assim! Dói ouvir que o professor está de férias ou de má vontade! 😥
Não estou de férias, estou trabalhando igual um louco, mas pelos meus alunos faço o meu melhor sempre.
EAD
Senac oferece vários cursos online gratuitos durante a pandemia. Desde design de interior até inglês. Veja todos os detalhes no link Cursos em destaque.
Tecno
Autoridade em Brasília sobre tecnologia aplicada em coros, o maestro Eldom Soares está com grande demanda durante a pandemia.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Os boatos de convocação do Congresso já passaram. E seria demais, mesmo, convocar um Poder em recesso para eudar um ataque a uma instituição estudantil. O caso é grave, mas a ação do governo poderá ser, bastante para encerrar o assunto. (Publicado em 12/01/1962)
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Imagem que corre nas redes sociais, e que fala mais do que mil palavras, mostra um comerciante venezuelano fotografado atrás do balcão de seu estabelecimento em duas ocasiões diferentes. As fotos, colocadas lado a lado, chamam a atenção pela discrepância entre uma e outra. Na primeira foto, datada de 1998, o comerciante aparenta estar mais saudável. Atrás de si, veem-se algumas prateleiras de seu pequeno comércio, abarrotadas de uma grande variedade de produtos das mais variadas marcas, o que denota que esse pequeno empresário vivia um bom momento no seu negócio e, quem sabe, em sua vida pessoal.
Na segunda imagem, postada ao lado, e captada pelo mesmo ângulo, mas com a data de 2008, esse empreendedor já aparece bem mais magro e visivelmente abatido. Seus olhos já não miram a lente da câmera como antes, mas parecem perdidos muito além, como se ultrapassassem toda aquela cena, indo perder-se em algum lugar, longe de tudo. Nessa nova fotografia, chama a atenção o fato de que seu estabelecimento comercial exibe, agora, prateleiras completamente vazias, com a exceção do que parecem ser uns poucos saquinhos de sal.
O empobrecimento patente desse personagem anônimo retrata, de forma cruel, duas realidades distintas e discrepantes. Seria impossível acreditar que se trata de um mesmo personagem, num mesmo ambiente. Que espécie de tornado ou furacão havia flagelado tão brutalmente aquele local? Os estragos provocados na economia, na sociedade, na política e na vida pessoal de cada um desses nossos vizinhos, que permaneceram naquele país por falta de alternativas, chocam não só pela crueldade a que foram relegados, mas, sobretudo, pela indiferença de um governo nitidamente criminoso, apoiado pelas forças das armas e pela violência de grupos paramilitares.
Essa é uma realidade que está às nossas portas, bem debaixo de nosso nariz, mas que, por questões paralelas, fingimos não perceber. Esse esquecimento, favorecido pelos problemas que também enfrentamos nesse lado da fronteira, nesses tempos de pandemia, só é quebrado quando duas fotografias, navegando displicentes, surgem boiando no oceano sem fim das redes sociais. São imagens que cutucam as pessoas por dentro, lembrando que eles ainda estão do outro lado da fronteira, experimentando um tempo de trevas em sua história recente.
Fotografias como essas têm o poder de, silenciosamente, mostrar a realidade de um país inteiro ferido de morte, pelas mãos de ferro de uma camarilha comunista e corrupta. Dessas fotos, capazes de ilustrar qualquer livro de história sobre o assunto, fica ao menos o alerta de que passamos por um fio de sermos os próximos.
A frase que foi pronunciada:
“Bom não é ser importante. O importante é ser bom..”
Max Weber, intelectual, jurista e economista alemão considerado um dos fundadores da Sociologia.
Vai entender
Acompanhar um paciente que precisa de receita para a retirada de medicamento de alto custo é bastante cansativo. Paciente idosa, com problema crônico de saúde, saiu de Sobradinho, colocando a vida em risco para buscar a receita. O hospital só atende às terças e os casos mais graves às quintas. Ao chegar no HRAN, foi barrada. Sem profissional para aviar a receita, a resposta do hospital foi a seguinte: Estamos sem água.
Ouvidoria
Mas quando se quer achar o lado bom das intempéries, basta ter olhos para ver. André Luis, da ouvidoria do HRAN, é um funcionário com paciência e extrema vontade de resolver os problemas.
Super elogiado
Por falar em HRAN, é preciso registrar o valioso trabalho do Dr. Francisco Aires Correa Lima. Querido por todos os pacientes, é o tipo de médico que todos oram para que sempre tenha saúde e nunca pare de clinicar.
Pela beirada
Perguntaram ao Einstein como seria a Terceira Guerra Mundial. Ele respondeu: A Terceira eu não sei, mas a Quarta, com certeza, seria com machados e pedras. Isso foi mais ou menos na mesma época em que o Sr. Xi Zhongxun estava sonhando em ter um filho que dominasse o mundo.
Hora de mudar
Das 247.232 manifestações registradas na Ouvidoria do GDF, apenas 3.650 cidadãos conseguiram atendimento. É um número vergonhoso para um órgão com uma folha funcional gigantesca e arrecadação monstruosa. Por esse pequeno exemplo, é possível observar que os impostos pagos não trazem a contrapartida em serviços devidos aos contribuintes. Veja no link: Ouvidoria em Números.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Alguns postos de Brasília continuam se negando a vender gasolina azul. Cabe aos usuários selecionar os postos de serviço, preferindo os que prestam, naturalmente, mais atenção ao cliente (Publicado em 11/01/1962)
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Ao caminhar para o encerramento de 2019, o Brasil terá que mostrar ainda mais equilíbrio e bom senso no âmbito político, econômico e institucional caso tenha que se posicionar como mediador confiável das diversas crises que, nessas últimas semanas, se instalaram simultaneamente ao seu redor em todo o continente.
É sabido que, por sua importância geopolítica no Continente Sul Americano, o Brasil possui, quase que como missão estratégica, o intuito de cuidar para que seus vizinhos encontrem o caminho para uma convivência harmoniosa. Os desequilíbrios nessa região acabam por refletir internamente no Brasil, afetando não só parte de sua economia, mas trazendo problemas de outras naturezas.
O caso dramático que vem ocorrendo na Venezuela, com milhões de refugiados que fogem da fome e das perseguições políticas, demonstra a necessidade de um acompanhamento diuturno das condições internas nesses países da vizinhança. Nesses últimos dias, as tensões em vários países do continente aumentaram de forma significativa e acenderam a luz vermelha dentro do governo Bolsonaro, mostrando que boa parte da região parece assistir a um momento de escalada de crises sistêmicas, com turbulências políticas e grande pressão das ruas.
Além da Venezuela, que vive um momento particular de crise humanitária e falência total do Estado, a Argentina, por conta de uma crise financeira que já se arrasta por mais de uma década, corre um sério risco de se ver, mais uma vez, nos braços de um governo do tipo populista, de viés esquerdista, num retorno que parece cíclico e trágico a um passado perdido no tempo. Na Colômbia, o ressurgimento das Farc, possivelmente impulsionado pela Venezuela, promete voltar aos tempos de guerrilha, colocando fogo na região fronteiriça entre Brasil e Venezuela, o que também pode levar a um recuo no tempo, quando esses narcoguerrilheiros detinham parte do território, como um país paralelo. No Equador, os conflitos entre a população e o governo de Lenín Moreno, por conta do decreto que cancela os subsídios aos combustíveis, uma exigência do Fundo Monetário Internacional, tem chamado a atenção do mundo. No Peru, os especialistas apontam a atual crise como sendo uma das maiores de toda a sua história, com a maioria dos ex-presidentes investigados por conta dos casos de corrupção envolvendo a construtora brasileira Odebrecht e como resultado da Operação Lava Jato que se espraiou suas práticas criminosas por nada menos do que 49 países do continente, sob a tutela e orientação do Partido dos Trabalhadores. Houve até fechamento do Congresso que se opunha às investigações.
No Chile, as turbulências têm levado milhares de manifestantes às ruas, em conflitos com as forças armadas e um saldo, até o momento, de 15 mortos. Diversos são os motivos dessa revolta: desigualdade social e econômica, concentração de renda, aposentadoria privada, queda nos preços do cobre, desvalorização do peso chileno, além do aumento nos transportes públicos e outros itens. Na Bolívia a tensão vai aumentando a cada dia, ocasionada pelas fraudes nas eleições para presidente. O atual mandatário, Evo Morales, espera se sagrar vitorioso para seu quarto mandato. Sobre o Tribunal Eleitoral daquele país, pesam sérias suspeitas de fraudes. Observadores internacionais já declararam sua desconfiança de que nessa eleição atual está ocorrendo uma série de irregularidades, acobertadas propositalmente pelas autoridades. Os dois lados nessa eleição estão a um passo de iniciarem um conflito com graves previsões para o futuro. No Uruguai, a crise financeira, a proximidade das eleições e as reiteradas críticas feitas por políticos ao antigo regime militar vêm num crescendo que pode, a qualquer momento, acirrar os ânimos e levar esse país fronteiriço a uma instabilidade institucional, com sérios riscos, inclusive para o Brasil.
Além desses países, outros aqui não mencionados como a Nicarágua e o próprio México, na América Central, também atravessam fases delicadas que ameaçam a estabilidade do continente, com repercussões diretas e indiretas sobre o Brasil.
A frase que foi pronunciada:
“Escrever a própria essência, é contá-la toda, o bem e o mal. Tal faço eu, à medida que me vai lembrando e convindo à construção ou reconstrução de mim mesmo.”
Machado de Assis, escritor brasileiro.
Uber
Mais de uma vez, os assaltos a motoristas de Uber foram com chamadas para igrejas depois das 22h. Essa mentira é um dos sinais de perigo.
Celíacos
Atrasada, ineficiente e ineficaz é a legislação brasileira em relação aos celíacos. Está na hora de aparecer um parlamentar que enfrente a indústria de alimentos. Os rótulos nem sempre correspondem à verdade. A doença celíaca é autoimune. Por enquanto, o único tratamento é a dieta restritiva. O diagnóstico tardio é um perigo para o paciente. Restaurantes, empresas aéreas, indústrias alimentícias, precisam ser responsabilizadas na falha da prestação das informações sobre o assunto. Veja mais informações nos links: FENACELBRA, Mayo Clinic, National Celiac, Deutsche Zoliakie Gesellschaft.
Novidade
Há uma pesquisa em desenvolvimento na Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos, que mostrou que é possível induzir a tolerância ao glúten em pessoas com a doença celíaca (desordem autoimune que provoca inflamação no intestino delgado e outros problemas relacionados a isso). Ontem foi a apresentação da novidade na European Gastroenterology Week, conferência que acontece em Barcelona.
Brasil
No evento, onde Sebastião Salgado recebeu o Prêmio da Paz dos Livreiros Alemães, em Frankfurt houve choro, riso e declarações de amor à Lélia. Sebastião Salgado é o primeiro fotógrafo a receber a honraria que já agraciou Vaclav Havel, Jürgen Habermas, Susan Sontag e Margaret Atwood. Os principais jornais alemães deram bastante destaque ao evento.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Já que estamos no Banco do Nordeste, mais uma: o sr. Alencar Araripe mandou abrir concorrência para a compra de geladeiras para as agências de Recife, Maceió e Aracaju. Para esta concorrência, foram convidadas firmas dessas três capitais, e da cidade de Crato. (Publicado em 03/12/1961)
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Nos idos da década de setenta, havia, na faculdade de Filosofia e História, do então CEUB, um professor romeno que lecionava história econômica, disciplina que mostrava as movimentações e contradições humanas ao longo dos séculos com base nas relações materiais e nos referenciais de riqueza, exploração, trabalho e outros dados e estatísticas matemáticas mensuráveis. Dizia ele, que o homem era o único animal que se movia exclusivamente por interesse e esse era um dos motivos que explicava porque ao longo da história havia tantos conflitos.
Essa visão exclusivamente materialista da história humana excluía, por razões óbvias, outras características da personalidade dos primos dos macacos como inveja, ambição, cobiça e outras facetas. Naquele tempo, ainda era forte o antagonismo entre os jovens contra a intervenção militar de 1964. Por essa razão, era comum entre os alunos o discurso de que somente os partidos de esquerda que pregavam o socialismo e o comunismo, nas suas versões mais extremadas, teriam uma resposta para livrar o País do que consideravam ser uma opressão ditatorial.
Nessa fase, curiosamente, o Brasil vivia, talvez, seu melhor momento econômico, com um crescimento comparável ao da China dos dias de hoje. A adrenalina e os hormônios da juventude em favor da implantação de um regime similar à da então União Soviética, ou mesmo nos moldes em que era praticado em Cuba, dominava a Faculdade. O velho mestre, que viera de um país submetido aos rigores da cortina de ferro, naqueles tempos de polarização do mundo, na sua timidez esboçava um sorriso em que dizia, por detrás dos lábios, “santa ingenuidade desses meninos”.
Um dia, visivelmente incomodado com os protestos que interrompiam suas aulas, achou que era o momento de injetar, nos jovens sonhadores, alguma realidade, colhida pela amarga experiência vivida em seu país natal. Com isso, começou a descrever o que se passava por detrás daquela cortina espessa que dividia o mundo em dois polos. Falou sobre a nomenclatura, em que apenas as pessoas próximas ao poder desfrutavam dos confortos capitalistas. Descreveu seu desânimo ao descobrir que seus esforços para se formar numa universidade, às custas do sofrimento de sua família, de nada garantiram uma posição melhor dentro sociedade, já que teria que disputar um estreito espaço com os indicados pelo partido no poder.
Contou sobre os antepassados de sua família, que viviam confortavelmente, antes da implantação do comunismo. Foram despossuídos de seus bens e hoje se amontoavam entre centenas de outras famílias em edifícios gigantescos, onde as divisórias entre umas e outras casas eram feitos com lençóis e cobertores. Os banheiros eram de uso coletivo, assim como certas cozinhas.
Para comprar os mantimentos do dia a dia, era preciso o uso de carnês, distribuídos pelo partido mensalmente. Naqueles muquifos, os roubos de comida e de outros gêneros de primeira necessidade eram constantes. Eram comuns ainda a vigilância cerrada feitas pelos próprios vizinhos. Inclusive, esse sistema de denunciação generalizada, às vezes, era praticado entre membros consanguíneos, o que garantia simpatia dentro do partido e podia assegurar alguma vantagem como uma cota extra de cigarro, um par de calça jeans do ocidente, entre outros benefícios.
As pessoas, dizia com a voz embargada, sob o domínio do comunismo, haviam se transformado em animais predadores, sem laços afetivos. A repressão da polícia do Estado era constante e injusta, inclusive contra os mais idosos. A imagem dos santos e do próprio Deus haviam desaparecido dos altares, nas muitas igrejas profanadas. Em seu lugar, brilhavam agora os retratos de Marx, Lenin, colocados ao lado dos chefes de partidos locais.
A religião era o comunismo e quem não professasse com os dogmas do novo catecismo era acusado de traidor, o que poderia custar punição severa não apenas ao indivíduo, mas a todos os membros de sua família e de toda a sua geração.
A desconfiança entre todos era generalizada e todo o país vivia uma espécie de pesadelo sem fim. Obviamente que essa pregação, aos ouvidos da juventude, naquela época, soou como algo reacionário e sem sentido. Hoje, olhando, em retrospectiva, aqueles dias de ilusão juvenil e depois da triste experiência que nos proporcionou a chegada do Partido Dos Trabalhadores no comando do nosso país e de outras experiências amargas experimentadas em países vizinhos como Venezuela, é possível entender melhor o sorriso de desalento do velho mestre com nossas ilusões infantis.
A frase que foi pronunciada:
“O sequestrador de Niterói não foi abatido pela polícia. A Polícia, com base na lei, lançou mão da Legítima Defesa de Terceiros e agiu no estrito cumprimento do dever legal! Ou alguém entende que o certo seria deixar explodir os reféns?”
Janaína Pascoal, advogada e deputada
Muito trabalho
Foi decretado que o representante brasileiro em Nova York, Noruega e Jamaica será o professor Rodrigo Fernandes More. Ele participará, em nome do Brasil, da 3ª Conferência Intergovernamental sobre o Direito do Mar, da 74ª Assembleia Geral da ONU, da 6ª Conferência Nosso Oceano em Oslo e da 26ª Sessão do Conselho da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos. É o mais cotado para Juiz do Tribunal Internacional dos Direitos do Mar da ONU.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
No almoço de sábado, na mansão do sr. Sebastião Camargo, o dr. Israel Pinheiro ia se retirando e entrou num JK preto. Quando chegou em casa é que verificou: haviam pregado uma peça, dando-lhe a chave de um carro chapa branca igualzinho ao seu, mas pertencente à Novacap. (Publicado em 28/11/1961)
Uma possível escalada da guerra na Venezuela ajudaria o ditador e seu grupo
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Especialistas em questões estratégicas militares vêm alertando para o perigo de uma escalada do conflito entre as superpotências nucleares. O novo palco de guerra, dessa vez, seria em plena América Latina e teria a Venezuela como pano de fundo, tanto para a exibição do novo poderio bélico da Rússia, China e dos Estados Unidos, como para o reposicionamento tático dessas potências militares no mundo nesse início do século XXI.
Para esses estudiosos das movimentações no imenso tabuleiro mundial das forças de guerra, o novo teatro de operações, representado dessa vez por uma Venezuela decadente e carcomida pela corrupção, garantiria a presença efetiva da China e principalmente da Rússia em nosso continente, mesmo desconsiderando fatores como distância geográfica e de que a América Latina é, por sua posição no mapa, uma área de nítida influência norte americana há séculos.
A transferência de homens e equipamentos de guerra sofisticados, tanto russos como chineses para a Venezuela, demonstraria, na prática, que já estaríamos em pleno período de preparação para os conflitos. Obviamente que, em situações tensas como essa, as poderosas indústrias de armamentos estariam comemorando o incremento nas vendas. De fato, desde os atentados de 2001 contra as Torres Gêmeas, os Estados Unidos vêm intensificando seu poderio militar e, com a eleição de Trump, essa estratégia ganhou ainda mais fôlego.
À essas ações, correspondem reações idênticas da China e da Rússia que também têm investido pesado em equipamentos de guerra. Segundo dados do Instituto Internacional de Estocolmo para a Pesquisa da Paz (SIPRI), Pequim e Washington somam, de forma inédita, mais da metade dos investimentos globais em Defesa. Com isso, a velha doutrina da “América para os americanos”, sintetizada na chamada Doutrina Moroe de 1823, parece que vai perdendo o sentido, pelo menos aparentemente.
Por detrás desse novo polo de tensão, aparece a questão do petróleo, uma vez que estudos têm apontado que a Venezuela possui hoje a maior reserva mundial de petróleo de boa qualidade sob seu território. Na verdade, se é que se pode falar em verdades no caso de guerras, um conflito nessa região interessa não só aos fabricantes de armamentos e ao reposicionamento de forças no globo, mas, principalmente, ao atual presidente da Venezuela e seu grupo imediato de apoio, formado por militares com implicações seríssimas no narcotráfico e outros episódios criminosos.
De fato, o governo Maduro já teria reconhecido ser impossível a sua administração, reverter o caos em que se transformou a Venezuela sob o regime do bolivarianismo. Nesse caso, um conflito em larga escala nesse país serviria como um álibi a esse ditador para escapar desse inferno criado por ele com colaboração dos governos petistas do Brasil. Ao Brasil, nesse conflito de Titãs, cabe apenas receber as consequências nefastas de uma possível guerra, acolhendo refugiados e redobrando a segurança nas fronteiras naquela área.
A frase que foi pronunciada:
“Um povo ignorante é instrumento cego de sua destruição.”
Simón Bolívar
Segredo
Dia 7 de maio, o concerto da Orquestra do Teatro Nacional Claudio Santoro vai abrigar uma raridade feita pelo nosso famoso fagotista e luthier Hary Schweizer. Ele prometeu, em 2018, durante o II Encontro da ABPD, em São Paulo, e cumpriu. O fagote verde está pronto. Veja a foto a seguir.
Golpe
Conhecido como Boa Noite Cinderela, o golpe é o terror dos pais que liberam os filhos e filhas para festas. Paula Ottoni, trabalha na campanha que divulga um projeto com o objetivo de ajudar. Trata-se de um adesivo que pode ser colocado na unha. Se tocar em bebida alterada, muda de cor imediatamente. O adesivo vai ser vendido. É um produto open souce, o que permite que repliquem para vender também.
Cultura
Admitido o projeto do deputado distrital Eduardo Pedrosa que proíbe o descarte de aves nos estabelecimentos avícolas, por meio de trituração, sufocamento ou qualquer outro meio cruel de abate. O texto segue para o plenário da Câmara. Segundo Pedrosa, em abril do ano passado, uma única empresa, a BRF, das marcas Sadia e Perdigão, sacrificou mais de 40 milhões de pintinhos queimados ou triturados. Os filhotes machos são eliminados por não produzirem ovos.
Curiosidade
Parece que nossos abatedouros não atendem as exigências da Arábia Saudita, primeiro comprador de frangos do Brasil. “O meu trabalho é um trabalho religioso. Nós, sangradores islâmicos, matamos o frango e mencionamos o nome de Allah, o nome de Deus. ‘Bismilah, Allaho Akbar’, significa ‘em nome de Deus, Deus é grandioso’”, explica Mourad el Moutaqi, em entrevista ao Globo Rural. Outra exigência é que, na hora da sangria, os frangos estejam com o peito virado para a Meca, na Arábia Saudita, a cidade sagrada dos muçulmanos.
Vale ir
Vai até domingo a feira de artesanatos “A arte do encontro e outras artes”. Já é a 41ª edição. Na QI 14, conj.8, casa 23 no Lago Norte. Arte, artesanato, Design e Gastronomia.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Dois telefones que ninguém consegue ouvir: Hospital distrital e Palácio Planalto. (Publicado em 19.10.1961)
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Sejam quais forem os desdobramentos derradeiros que a crise na Venezuela venham a ter nesse momento tão crucial para o futuro de seu povo, um fato é indiscutível: permanecendo ou não o atual governo de Maduro, aquele país está visivelmente cindido, tanto pelas incontáveis vidas perdidas por conta da tirania, quanto pelos milhões de refugiados que provocou, pela fome que obrigou os outrora orgulhosos venezuelanos, a procurar comida no lixo e água para beber em escoadouros de esgoto e tantas outras desgraças gestadas por um regime de exceção.
Montado na corrupção e, segundo denúncias, no tráfico de drogas e armas, o regime de Maduro agoniza e quer levar junto parte da população para seu final trágico. Aliada com regimes igualmente cruéis, resta ao ditador poucas opções. Ou acaba de matar a outra parte dos venezuelanos que se opõe ao regime, para seguir governando literalmente sobre cadáveres, ou bate em retirada levando consigo o que restou do botim e dos saques praticados por anos seguidos.
De fato, segundo analistas, o regime de Maduro está, nesse momento, apoiado apenas por parte das Forças Armadas daquele país, embora conte ainda com o apoio e a logística de guerra de países como Cuba, Rússia, China e Coreia do Norte, países sabidamente avessos à democracia e à transparência do Estado. A um leitor normalmente distraído que questione que importância tem esses acontecimentos que ocorrem há milhares de quilômetros daqui em um país estrangeiro, é bom lembrar que muitos dos fatores que moldaram essa trajetória histórica malfadada foram diretamente legados dos governos petistas que por aqui também trataram de infelicitar a nação com sua pregação separatista odienta.
Foram as dezenas de milhões de dólares, extraídos sorrateiramente dos nossos cofres, que financiaram aquela ditadura, favorecendo a compra de armamentos de guerra sofisticados, muitos dos quais operados por soldados famintos e que viram muitos de seus conterrâneos morrerem ou migrarem. Com a iminente deposição do facínora que governa aquele país, qualquer que seja o seu destino final, um outro fato também é inconteste e, com certeza, estará também nos livros de história do futuro: Maduro é, ao lado de Chaves, seu antecessor, parte da galeria dos amigos do ex-presidente Lula, agora um simples presidiário, que vai, aos poucos, indo ao encontro do inexorável destino reservado aos tiranos e corruptos desse continente.
Poucas semanas antes, o mundo tomou conta também do suicídio do ex-presidente do Peru, Alan Garcia, outro político também contaminado pelo poderio corruptor de nossas empreiteiras e comparsa dessa mesma turma de malfeitores que infestaram o continente. Não bastassem as causas e consequências que levaram aquele país a esse desfecho sangrento, herdamos uma espécie de obrigação moral de continuar ajudando aqueles venezuelanos que acorrem as fronteiras em busca de abrigo, comida, remédios e outras necessidades humanas. Até porque a Venezuela hoje é um retrato acabado de um futuro que, por pouco, não nos coube também e que, por sorte do destino ou outro fator, escapamos na undécima hora.
A frase que foi pronunciada:
“Quer saber o futuro político do Lula na prisão? Come chiclete e pão.”
Gabriel Silva, 10 anos depois de fazer a experiência química na escola.
Mérito
Foi um final feliz para os brasileiros. Seis instituições do país receberam reconhecimento pelo trabalho apresentado nas finais do ICPC – International Collegiate Programming Contest, concurso mundial de programação informática. O Instituto Militar de Engenharia, Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), a Universidade de S. Paulo- Campus de São Carlos, a Universidade Federal de Campina Grande, A Universidade Federal de Pernambuco e a Universidade de Brasília.
Campeões ICPC
A competição aconteceu em Portugal, na cidade do Porto. Dos 1500 melhores estudantes universitários de informática do mundo, o título foi para a Universidade Estatal de Moscow, da Rússia, que já era a campeã e reprisou assim o resultado.
Conquista
Por falar em campeonato, a Go Cup, maior torneio de futebol da América Latina, aconteceu em Goiânia. Sob o comando dos professores César Teixeira e Evaldo Maciel, os campeões são da categoria SUB7, nascidos entre 2012/2013. Hoje a garotada estará comemorando a partir das 19h no boliche Striker do Pier 21.
Novidade
Medicamento para tratar de atrofia muscular espinhal está chegando ao SUS. O aviso é do Ministério da Saúde.
Quermesse
Nos dias 3 e 4 de maio começa a temporada de festas juninas. A paróquia da Consolata dá início às quermesses da cidade. 19h, na 913 Norte. Entrada R$ 8,00.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA
Um dos primeiros atos do ministro da Justiça, foi recomendar moralidade, no uso dos carros oficiais. É que mesmo com a proibição por parte do Chefe da Casa Militar, ainda tem havido abuso na utilização dos próprios do governo. (Publicado em 19.10.1961)