Criminoso de guerra

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Sabendo que as guerras são todas elas travadas em nome do dinheiro, não é de se estranhar que, nesses jogos da morte, os ricos, que permanecem na retaguarda, ponham, na frente de batalha, apenas a parcela pobre da população, que irá lutar por uma causa que não lhe diz respeito. É isso, em síntese, o leitmotiv de todas as guerras e que mostra bem quem perde e quem ganha com esses conflitos, não sendo diferente, no caso atual envolvendo a Ucrânia e a Rússia. Esse é, de fato, um conflito sangrento, que deveria ser denominado mais apropriadamente como a Guerra de Putin.

Ele é, diretamente, o principal protagonista desse conflito, sua razão e finalidade, sendo também aquele que, permanecendo em segurança, distante a milhares de quilômetros do front, ordena, sem remorsos e por uma pulsão incontrolável de morte, que jovens, de famílias pobres e sem perspectiva, marchem unidos em direção aos campos de morte.

Desde que chegou ao poder naquele país do Leste Europeu em 1999, tem sido essa a estratégia macabra de Putin, um ex-integrante da tenebrosa KGB, um indivíduo claramente paranoico e perturbado pelos anos de treinamento como espião, capaz de suspeitar da própria sombra. Um personagem que vem fazendo história como o mais novo genocida do século XXI.

Em seu currículo, todo ele escrito com as tintas rubras de sangue, já acumula um rastro de mais de cinco guerras oficiais, em suas fronteiras próximas e longe delas, e um número incontável de outras escaramuças, onde tem deixado rastro de centenas de milhares de mortes, de todas as idades, de todos os credos e culturas.

Para tanto, não hesita em movimentar sua numerosa máquina de guerra, toda ela comandada pelos maiores e mais estrelados carniceiros e assassinos de alta patente da atualidade, cuja missão é destruir tudo e matar, indiscriminadamente, todos pela frente. São verdadeiros açougueiros, treinados para matar, todos eles apresentando o peito cheio de medalhas vazias, que nada mais representam do que os números de cadáveres que colecionam em suas missões.

Para dar prosseguimento livre a um governo tão brutal, Putin persegue e manda prender, envenenar e assassinar todos os opositores, reprimindo e censurando a imprensa interna, controlando o parlamento, a justiça e a economia do país, pondo, à frente das empresas do Estado, pessoas ligadas diretamente a ele, num esquema que vem sendo conhecido agora pelo mundo, com a prisão de muitos oligarcas bilionários ligados ao poder. Enquanto a população empobrece, a olhos vistos, privada de tudo, esses oligarcas e o próprio Putin, juntamente com a indústria de armamentos, de petróleo do país, todos eles mancomunados com o ditador eslavo, já não sabem onde esconder e lavar tanto dinheiro desviado dos cofres públicos.

Trata-se aqui de um autêntico criminoso de guerra, a quem o mundo vai conhecendo e tomando medo e ojeriza. Por isso e não apenas por isso, deveria merecer, por parte das autoridades do Brasil, caso tivéssemos ainda algum traço de dignidade e senso de ética, todo o repúdio e condenação, afastando nosso país de todo e qualquer relacionamento com  aquele Estado, enquanto esse ditador não for devidamente afastado do cargo e julgado por seus crimes contra a humanidade.

Envergonha, aos brasileiros de bem, que o atual presidente da República tenha realizado, junto com sua família, uma visita amistosa a esse tirano, em plena guerra, emprestando-lhe solidariedade em nome do povo.

Não pode haver solidariedade com criminosos e, por certo, os cidadãos de bem não endossam esse apoio a alguém que será julgado com toda a severidade pela história. Há ainda, nesse caso, o olhar cúmplice e sempre de paisagem feito pela diplomacia do Itamaraty, alheio a esses fatos sangrentos e a uma relação que nos afronta e amedronta.

Infelizmente, desde o nascer do século XXI, o Ministério das Relações Exteriores não apenas parece ter perdido o respeito do resto do mundo, como perdeu o próprio rumo, andando às voltas, como cachorro doido que corre atrás do próprio rabo.

 

A frase que foi pronunciada:

“Honrando a memória das vítimas do Holocausto, no qual morreram mais de dois milhões de judeus ucranianos, a Ucrânia pede a Israel que também reconheça o Holodomor como um ato de genocídio contra o povo ucraniano.”

Volodymyr Zelensky

Volodymyr Zelensky. Foto: Getty Images

 

Saúde!

Vamos para o terceiro ano de pandemia e até hoje uma campanha muito tímida em termos de divulgação está no portal do Ministério da Saúde. Prepare-se: espirro só na dobra do braço! Na padaria do Lago Norte, senhora com joias expostas pelo corpo não teve dúvida. Baixou a máscara e espirrou com vontade no ambiente fechado. Veja, a seguir, uma pesquisa feita sobre o alcance dos espirros e a melhor forma de espirrar. Veja também as gotículas alçando voo pelo espaço em câmera lenta.

–> Veja mais clicando aqui!

 

Responde com sinceridade

Se faltam funcionários na Secretaria de Saúde, sugerimos uma solução. Estamos na era da informática. As informações no portal da Secretaria de Saúde do GDF estão defasadas. É preciso contratar apenas uma equipe para manter o portal atualizado, já que não há telefone nas Unidades de Saúde.

Foto: TV Globo/Reprodução

 

História de Brasília

Quando a Novacap quer, mesmo, tomar uma decisão jurídica, entrega o assunto ao dr. Bessa. Esta nota vem a propósito da regularização que está sendo feita junto aos comerciantes que ocupam lojas da Novacap. (Publicada em 01.03.1962)

Más companhias

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Representantes dos países que compõem o BRICS. Foto: divulgação

 

       “Diz-me com quem andas e eu te direi para onde vais”. Esse é o único modo correto de empregar esse antigo ditado, qualquer outra variação poderá ficar no limbo das probabilidades e das incertezas. Com isso pode ficar demonstrado, também e de modo explícito, que o agrupamento de países de economia emergente, fundado em 2006, denominado BRICS, representa hoje, para o Brasil, uma incógnita semelhante ou até mais profunda do que a representada pelo Mercosul.

        A política terceiro mundista, defendida pela esquerda, que governou o país por treze anos, trouxe, em sua algibeira suja, parcerias de além-mar que o racionalismo econômico consideraria, na melhor das hipóteses, como uma incógnita a ser analisada com as maiores doses de precaução. Não apenas pelo aspecto geográfico, que colocam essas economias o mais distante das terras brasileiras. Nem tampouco pelas diferenças culturais, também imensas. Mas, sobretudo, pelos anseios diversos e até opostos que essas nações, de governos centralizados e monocráticos, nutrem em relação ao mundo, à democracia, à liberdade econômica e a uma série de outros valores que, queiramos ou não, devem se refletir nas relações econômicas.

        Geografia é destino, afirmam os positivistas. Nesse caso, que caminho seguro poderia existir, de fato, nas relações firmadas, em acordo tácitos, com nações situadas do outro lado do planeta, quando se sabe que, por exemplo, China, Índia e Rússia, por suas características próprias, sequer jamais, em tempo algum, consideraram o Brasil como parceiro estratégico e histórico? É como se firmássemos acordos com seres de outro planeta. O que sabemos, e até vagamente, é que a pretensa estabilidade política de países como a China e Rússia são dadas, exclusivamente, pelo modelo centralizado de governo. São, em outras palavras, ditaduras de partido único, governadas por camarilhas que traçam cada centímetro de política social e econômica, com objetivos claros de trazer o máximo de lucro para dentro de seus Estados, com o mínimo de concessões.

        Se ratam seus próprios cidadãos e nacionais com dureza e mesmo desprezo, que tratamento poderíamos esperar por parte desses governos, se não aquele em que os lucros e outras vantagens estão sempre acima de qualquer noção de dignidade humana ou da ética? Quem compra produto roubado, incorre no crime de receptação. Do mesmo modo, quem compra produtos fabricados por trabalhadores em condições de mão de obra escrava está incorrendo no crime de conluio com essas práticas.

        Nas relações econômicas, não se pode levar em conta essas práticas, tão pouco ignorá-las por completo. Na Europa, muitas redes de supermercados estão boicotando produtos made in Brazil, cuja origem vem de áreas desmatadas ou que foram produzidos em detrimento do meio ambiente.

        A invasão da Ucrânia, por tropas russas, pelos seus desdobramentos desumanos e por suas características de inúmeros flagrantes de crime de guerra, deveria chamar a atenção dos membros do BRICS, ou o comércio regular entre esses países, ou isso seria o anátema aos tratados comerciais? Poderia haver relações econômicas sem as luzes da ética?

        Pode uma guerra que já gerou milhares de mortos e mais de quatro milhões de refugiados não deixar marcas ou traumas nas relações econômicas entre Brasil e Rússia? A China, que há muito vem ensaiando militarmente invadir a quem chama de república rebelde, Taiwan, por certo, seguirá o mesmo caminho que Putin, em sua reafirmação imperialista. Também, nesse caso, as relações econômicas dos BRICS devem seguir seu curso normal? O mesmo pode fazer a Índia com relação ao Paquistão. O Brasil ao escolher, por vontade das esquerdas que governaram o país, prosseguirá suas relações com parceiros dessa natureza, fechando os olhos para o que fazem do outro lado do planeta?

        Ao escolher andar com países com esses níveis de implicações políticas e com essas extensas fichas de atentados contra os direitos humanos, o Brasil mostra, ao mundo civilizado, que é igual a eles e vai seguir o mesmo rumo. Talvez seja até pior que eles. Mas uma coisa é certa: vai em más companhias.

 

A frase que foi pronunciada:

A linguagem simbólica da crucificação é a morte do velho paradigma; ressurreição é um salto para toda uma nova maneira de pensar”.

Deepak Chopra

Deepak Chopra. Foto: PHILIP CHEUNG / NYT

 

De volta

Realmente emocionante a encenação da Paixão de Cristo no Morro da Capelinha. Dessa vez, a celebração da cruz foi presidida pelo arcebispo de Brasília, Dom Paulo César.

Foto: Carlos Vieira/CB

 

Quinto poder

Whatsapp cercear a liberdade de expressão do cidadão com uma nova funcionalidade após as eleições, por meio de acordo que firmou com o Tribunal Superior Eleitoral, vai contra o Estado de Direito. Abrir uma excepcionalidade para o Brasil é inconcebível, inacreditável. Isso é democracia? Em tempo: a partir da próxima segunda-feira, o reencaminhamento de mensagens será limitado a um destinatário ou grupo por vez. A providência será implementada em todo o mundo. A opinião é do nosso leitor Renato Mendes Prestes.

Foto: Dado Ruvic/Reuters

História de Brasília

Pobre hospital, o Distrital. As encrencas nunca deixam de existir, as fofocas nunca param. Agora, inquérito no Pronto Socorro para quem recebeu o dinheiro. A história é longa, mas é mais ou menos assim: antigamente, quando um pobre ia parar no hospital, e não tinha dinheiro para pagar, assinava uma promissória, que ficava na tesouraria do hospital. (Publicada em 21.02.1962)

Imagens e sentimentos da guerra

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Maternidade bombardeada na Ucrânia. Foto: MFA Ucrânia / Twitter

 

Com algumas das milhares de imagens e instantâneos captados da guerra de defesa cruenta que a Ucrânia trava contra a invasora de seu território, a Rússia, é possível fazer um exercício de reflexão, mesmo à distância, do sentimento misto de aflição, tristeza, incapacidade de parar os acontecimentos, medo, incerteza e toda uma gama de maus presságios e maus pensamentos que esses cidadãos estão experienciando ante a possibilidade real da morte que se avizinha.
Como seres humanos que ainda somos, apesar das dúvidas de que, em momentos como estes que nos assaltam, sabemos, de antemão, que possuímos os mesmos mecanismos mentais, disparados por nosso cérebro diante de situações diversas. Somos, neste planeta, irmãos siameses, quando nos vemos diante de sentimentos como o medo, a raiva, a impotência diante de um fato, a aflição e o sentido de defesa de nós e de nossos entes queridos.
A aproximação da guerra e do inimigo, anunciada pelo estrondo, cada vez mais forte, das bombas e crescendo a voz de morte e destruição nas vizinhanças, aciona nos nossos irmãos distantes os mesmos sentimentos que teríamos diante de um fato dessa natureza. Correr e deixar tudo para trás, apagando nossas lembranças e pertences, despidos de tudo e até da dignidade, tão cara a muitos seres humanos, arde por dentro.
Que sentimentos e pesadelos estariam experimentando neste exato momento os idosos, impossibilitados de caminhar, os doentes acamados, as crianças nos leitos dos hospitais e todos que padecem em suas casas, mesmo aqueles que perderam a capacidade de entender direito o que se passa ao redor.
Pensar que todos esses augúrios estão vindo com um inverno rigoroso, quando o céu busca mais cedo a escuridão para se esconder do frio intenso. Por imagens captadas diretamente por trás de uma cortina, instalada num desses apartamentos familiares, é possível presenciar o momento exato em que uma bomba cai na vizinhança defronte. Ou vem-se gritos e choros aflitos. As pessoas cerram as cortinas, como se isso pudesse deter a força e a aproximação dos bombardeios cegos e correm para um outro cômodo da casa para se protegerem. Não sabem para onde se dirigir.
As notícias sobre a existência de corredores humanitários que se transformaram numa verdadeira armadilha para os refugiados, todos eles expostos à artilharia inimiga, correm em toda a parte. Imagens de prédios aparentemente abandonados, em destroços, contra a paisagem árida e inóspita, mostrando um céu escuro e frio ao fundo, iluminado, algumas vezes, pelo estouro das bombas, dizem a todos que é preciso ficar escondido dentro de casa.
O que fazer com o avô e a avó deitados inertes em suas camas, debaixo de grossas cobertas? Abandoná-los e fugir? Para onde? A morte saiu às ruas numa noite gélida e espreita. As luzes da artilharia incessante lembram relâmpagos anunciando a chuva, mas todos sabem: anunciam a chegada da ceifadora de vidas.
E pensar que, protegidos a milhares de quilômetros desse palco de horrores, estão os políticos que apoiam, por medo do carniceiro que preside a Rússia, todo esse massacre. Estão todos eles são e salvos, traçando, em suas estratégias, melhores formas de eliminar pessoas com mais eficiência e rapidez, sem despertar a atenção da imprensa mundial que a tudo observa in loco.
O coração dispara como uma metralhadora. A síndrome de pânico adormecida, desperta e também massacra como uma batalha de vida e morte. A depressão, o inverno, as bombas, a morte dos amigos, vizinhos e parentes dão a certeza de que estamos todos perdidos na mesma batalha, mesmo à distância.
A frase que foi pronunciada:
“Na guerra, os políticos dão munição, os ricos dão comida e os pobres dão os filhos. Quando a guerra acaba, os políticos pegam as munições que sobram e entregam uns aos outros. Os ricos aumentam o preço dos alimentos, enquanto os pobres procuram covas para os filhos.”
Ditado sérvio
Mais cordel
Concorre à cadeira do jornalista João Brígido, na Academia Cearense de Letras, o poeta popular Geraldo Amâncio Pereira, respeitado repentista cearense. Caso seja eleito, será a primeira vez que um cantador de viola terá assento na tradicional academia, cujas cadeiras sempre foram ocupadas por escritores e poetas eruditos. Geraldo Amâncio estudou história na Universidade Vale do Acaraú e é autor de dezenas de livros, entre eles, romances de cordel. Ouça no link: Oliveira de Panelas & Geraldo Amâncio – Galope beira mar.
Geraldo Amâncio. Foto: mapacultural.secult.ce.gov
Dúvidas de Luzia
Será que uma administração com sete milhões de associados é eficaz? A pergunta feita pela leitora traz outras indagações sobre os planos de saúde. Até que ponto a lei permite que a saúde humana seja tratada como negócio? É possível fiscalizar e punir os aumentos abusivos de poderosos lobistas? Até quando os consumidores precisam aceitar tudo?
Charge do Jarbas
História de Brasília
Não se nega que há falta de diversão, e como as pessoas aqui residentes ainda estão ligadas a laços de parentescos em outras terras, estão sujeitas a depressões, que são, também, comuns nas grandes cidades de movimento intenso, ao contrário da nossa portanto. (Publicada em 18/2/1962)

Ou é ele ou somos nós

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Na Ucrânia, maior usina nuclear da Europa é incendiada após ataque russo. Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

           Finalmente, as principais lideranças políticas do Ocidente resolveram tomar providências mais severas contra os oligarcas russos, na tentativa, entre outras medidas, de asfixiar as finanças desse pequeno, mas poderoso, grupo que, há décadas, orbita em torno do presidente da Rússia, Vladimir Putin.

        Há décadas também, os serviços de investigação e combate a crimes econômicos, em vários países, principalmente na Europa, vêm fazendo um levantamento sobre a atividade desses magnatas russos, e há tempos, também, sabem do estreito envolvimento que o autocrata do Kremlin mantém com esse grupo, alguns, inclusive, apontados como testas de ferro de Putin. Dito em outras palavras, já faz tempo que os governantes europeus e americanos sabem das atividades ilícitas envolvendo esses oligarcas e o presidente Putin.

        Para alguns observadores dessas relações escusas, o que o presidente Putin tem feito, desde que assumiu o poder, foi afastar, prender e até eliminar todos aqueles milionários de seu país que não aderiram aos projetos de seu governo. Ao mesmo tempo em que cedia nacos importantes de setores econômicos de seu país, como petróleo, gás, mineração e outros, a grupos de empresários dispostos a tudo, desde que seguissem, à risca, os planos de Putin.

        Com o poder econômico russo, enfeixado, diretamente em suas mãos, Putin passou a controlar, pessoalmente, a circulação de riquezas, obviamente, retirando, desse poderio, parte significativa dos recursos da nação, para si e seu grupo. Com as forças armadas sob seu controle, além dos serviços de inteligência, do qual é oriundo, e de forças especiais de segurança e repressão, Putin passou a controlar, além do Poder Judiciário e Legislativo, a imprensa e toda a mídia do país, submetendo-os a mais estrita censura.

        Para a oposição, recorreu ainda as prisões em massa, tentativas de envenenamento e morte de todos aqueles que ousaram ir contra sua tirania. Em síntese, é bom lembrar que os principais líderes políticos do Ocidente, que passaram pelo poder nos últimos 20 anos, sabiam que Putin, juntamente com a maioria desses oligarcas que agora estão na mira da polícia, vem formando uma verdadeira máfia dentro do Estado Russo, impondo o terror, ameaçando países vizinhos e, agora, ameaçando todo o resto do mundo com suas armas nucleares.

        O que está ocorrendo agora, sob o olhar espantado de alguns governos, é a sequência natural de um longo projeto de dominação, em larga escala, há muito, preparado por Putin e do qual já sabiam as principais lideranças do planeta. A questão aqui é saber por que demoraram tanto a agir para impedir o crescimento e fortalecimento desse tipo de indivíduo. O que vemos aqui é o silêncio cúmplice de muitos presidentes mundo afora. Um silêncio e uma inanição que tem custado muitas vidas ao longo dos últimos vinte anos. Não há uma saída para o mundo que não seja a saída imediata de Putin do poder. A permanência desse tirano no poder pode custar a vida de bilhões de seres humanos. Ou é ele, ou seremos nós.

A frase que foi pronunciada:

Eu era uma garotinha na Segunda Guerra Mundial e estou acostumada a ser libertada pelos americanos.”

Madeleine Albright

Madeleina Albright. Foto: GREG KAHN

Helicóptero

Em Vicente Pires e no Lago Norte, duas crianças sofreram afogamento em piscina. Mais uma vez, a agilidade do Corpo de Bombeiros e o preparo da corporação trouxeram as duas vidas de volta. Não poupem elogios a esses heróis.

Atualizar

Por falar nisso, quem busca a ouvidoria do Corpo de Bombeiros cai em uma página geral do GDF que não é muito amigável. Inclusive, é necessário um pré-cadastro para a manifestação. Mas, indo com paciência, é possível finalizar a operação com sucesso.

Atendimento fake

Aconteceu na loja da Claro da Qi 11 do Lago Sul. Ao pegar a senha, o cliente aguarda a chamada no painel. A curiosidade é que isso não quer dizer que o atendimento vá ser feito naquele momento. Se a empresa controla o tempo de espera do consumidor, é bom que saiba que o resultado nessa loja em Brasília é fake. A espera é longa, apesar do chamado no painel.

Foto: divulgação

 

Notas de R$200

Por enquanto, só 18% das cédulas de R$200 reais estão em circulação. Segundo o Banco Central, os outros 369 milhões de cédulas produzidas e ainda não distribuídas estão guardadas na instituição.

Enfim

Secretário do DF Legal, Cristiano Mangueira, foi incisivo no anúncio pré-carnaval do que seria ou não seria permitido durante as festas de Momo. Dias depois, o governador Ibaneis liberou a máscara em lugares abertos, seguindo os passos de outros países. Estamos perto do fim em relação ao Covid.

Foto: Minervino Júnior/CB/D.A.Press

História de Brasília

Fala que a cidade tem favelas, desconforto, precariedade de transporte, vicissitudes de tôda ordem e é quase inabitável. É preciso muita distância do assunto, para dizer isto. (Publicada em 18.02.1962)

Educação sem competição

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Em tempos de crises profundas, quando a humanidade, por suas escolhas imediatistas, se vê, mais uma vez, em sua história, imersa nos campos áridos da disputa e da luta fratricida, é necessário e vital buscar, nas pausas da reflexão, a luz e a sabedoria daqueles que, por sua experiência e bom senso, podem indicar os caminhos de volta à vida.

É em encruzilhadas e abismos, como agora se anunciam no Leste da Europa, que se precisa convocar a presença dos verdadeiros construtores de pontes, para reestabelecer laços e vínculos perdidos. “Nunca, como agora”, diz um dos mais notáveis construtores de pontes da atualidade, o papa Francisco, “houve a necessidade de unir esforços numa ampla aliança educativa para formar pessoas maduras, capazes de superar fragmentações e contrastes, e reconstruir o tecido das relações em ordem a uma humanidade mais fraterna”.

Refere-se o pontífice precisamente à Campanha da Fraternidade de 2022, cujo lema é “Fraternidade e Educação”, e que, neste momento, parece ganhar uma dimensão toda especial e urgente. Observa-se que, justamente por se afastar de uma educação que induza a fraternidade e a partilha é que, mais uma vez, se ouve falar em guerras e destruições. A educação, nos moldes em que ela é ativamente desenvolvida em vários países do globo, e que estimula, sobremaneira, o espírito de concorrência entre o alunado, para que sobreviva numa sociedade cada vez mais competitiva e excludente, está na raiz da maioria das guerras.

Para a então educadora italiana e também construtora de pontes Maria Montessori (1870-1952), na educação estruturada para a competição, está o princípio da maioria das guerras a que temos assistido ao longo da história humana. A paz, dizia ela, não escraviza o homem, pelo contrário, ela o exalta. Não o humilha, muito ao contrário, ela o torna consciente de seu poder no universo. E porque está baseada na natureza humana, ela é um princípio universal e constante que vale para todo ser humano. É esse princípio que deve ser nosso guia na elaboração de uma ciência da paz e na educação dos homens para a paz.

Tivessem os generais e políticos que hoje estão envolvidos direta e indiretamente nesse conflito envolvendo a Rússia e a Ucrânia recebido, em tempo de escola, uma educação próxima daqueles conceitos montessorianos, por certo não estaríamos assistindo ao espetáculo horrendo da dança da morte nos campos de batalha.

O que os soldados fazem nas frentes de batalha, a mando de seus superiores, é repetir o modelo de competição que recebiam em suas escolas. Com uma diferença: agora, os jogos e as disputas saíram das salas de aula e estão sendo praticados de arma em punho, numa autêntica caçada humana.

A Campanha da Fraternidade deste ano Fraternidade e Edu cação, com o subtítulo “fala com sabedoria e ensina com amor”, foi retirada de Provérbios 31:26-31, e teve início na quarta-feira de cinzas. A proposta dos idealizadores, com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) à frente, é aprofundar o tema educação, incentivando a reflexão pelo Pacto Educativo Global, conforme convocado pelo papa.

Entre os objetivos estão: analisar o contexto da educação na cultura atual e seus desafios potencializados pela pandemia; verificar o impacto das políticas públicas na educação; identificar valores e referências da palavra de Deus e da tradição cristã, em vista de uma educação humanizadora na perspectiva do reino de Deus; pensar o papel da família, da comunidade de fé e da sociedade no processo educativo, com a colaboração dos educadores e das instituições de ensino; incentivar propostas educativas que, enraizadas no Evangelho, promovam a dignidade humana, a experiência do transcendente, a cultura do encontro e o cuidado com a casa comum; estimular a organização do serviço pastoral em escolas, universidades, centros comunitários e em outros espaços educativos, em especial os das instituições católicas de ensino; e promover uma educação comprometida com novas formas de economia, de política e de progresso verdadeiramente a serviço da vida humana, em especial, dos mais pobres.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:
“É necessário que o professor oriente a criança sem que esta sinta muito a sua presença, de modo que possa estar sempre pronto para prestar a assistência necessária, mas nunca sendo um obstáculo entre a criança e a sua experiência.”
Maria Montessori

Maria Montessori. Foto: Wikimedia Commons

 

Expressão
Passeando no site da Embaixada da Alemanha, um internauta perguntou a razão de a instituição defender a Ucrânia e pagar pelo gás da Rússia. Foi bloqueado. Entrou com outra conta e perguntou se isso é saudade da DDR. Foi bloqueado novamente. Quem estava acompanhando viu tudo.

Foto: g7.news

 

Vagas
São raros os alunos do EJA que chegam animados para estudar. Ou o atrativo é o lanche, ou são os colegas que ficam fora da escola em reunião. O diploma é importante, mas como a reprovação é evitada pela direção, esse tipo de aula não tem validade. Basta imaginar uma instituição independente organizar uma prova e aplicar aos alunos que frequentam as aulas à noite. Seria um desastre.

Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília

 

Produção
Apoiados pela Emater, os produtores rurais iniciam as feiras de agricultura familiar, que funcionam em março no DF. Veja a lista de datas e locais a seguir.

Foto: Emater-DF

Feira Rural no Parque
Quando: dias 13 e 27 (domingos)
Horário: 8h às 14h
Local: Estacionamento 10 do Parque da Cidade (antigo pedalinho)

Feira Rural no CABV – Sobradinho
Quando: dias 8, 15, 22 e 29 (terças-feiras)
Horário: 17h às 21h
Local: Área multiúso do Condomínio Alto da Boa Vista

Feira Rural do Palácio do Planalto
Quando: dias 3, 10, 17, 24, 31 (quintas-feiras)
Horário: 10h às 15h
Local: Anexo IV da Presidência da República (próximo aos restaurantes)

Feira Rural de Multiprodutos do Barreiros
Quando: 4, 11, 18 e 25 de (sextas-feiras)
Horário: 16h às 21h
Local: DF-140, km 11, Núcleo Rural Barreiros (Jardim Botânico)

Feira Rural do Produtor da Vargem Bonita
Quando: dias 5, 13, 19 e 26 (sábados)
Horário: 7h às 15h
Local: Em frente ao comércio local, ao lado da quadra de futebol

*Com informações da Emater-DF

*Agência Brasília

 

História de Brasília
O Globo publica um comentário do “Republicain Lorrain”, de Metz, contra Brasília e termina por perguntar se valeu mesmo a pena empreender a construção colossal de Brasília. (Publicada em 18/02/1962)

Não fale em nome da nação

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Presidente Bolsonaro. Foto: Reprodução/redes sociais

 

          Certos comportamentos de autoridades repercutem negativamente em momentos de tragédias. Não cabem exibições em jet ski, enquanto acontece uma guerra. Depois da experiência com a Covid, ao mirar no presidente da República, o que a população espera é que a liturgia do cargo reflita na conduta.

            Com essa postura, pouco exemplar para os cidadãos, o chefe do Executivo vai consolidando, para si, a fama de indivíduo insensível e indiferente aos dramas humanos, sejam eles de outros países ou mesmo seus próprios conterrâneos. Talvez imagine que, agindo dessa forma, demonstrará valentia e coragem. Nada mais falso e mais próximo da covardia do que ignorar seus semelhantes. A imagem que passa é de insensibilidade e pouco caso que faz dos dramas alheios. Claro que o peso da imprensa deve ser considerado, mas, não por outro motivo, o presidente do Brasil achou, por bem, não se manifestar com relação à guerra que vai destruindo, pelas beiradas, a Ucrânia.

        Na visita que fez a Moscou, às vésperas de Putin mandar varrer do mapa a vizinha Ucrânia, o presidente do Brasil chegou a afirmar que o Brasil era solidário com a Rússia. Por certo, o presidente, mesmo a despeito de ser constitucionalmente chefe de Estado, não falou em nome dos milhões de cidadãos brasileiros de bem que condenam, com veemência, essa chacina.

        A posição dúbia e vacilante do representante do Brasil, obviamente orientado pelo Palácio do Planalto, junto à Organização das Nações Unidas, (ONU), pedindo, de modo protocolar e refinado, bem ao estilo Itamaraty, o estabelecimento de um impossível diálogo entre os dois países do Leste, foi posto de lado, dessa vez, de modo nada protocolar, com a resolução, tomada agora, da Assembleia-Geral da ONU, condenando a Rússia pela invasão à Ucrânia.

        Do mesmo modo, o Tribunal de Haia deixou claro que investigará a Rússia por crimes de guerra e por crimes contra a humanidade. Com isso, o colega russo do presidente do Brasil poderá se tornar réu no Tribunal Internacional por crimes de genocídio.

        O chefe do Executivo nacional disse ainda que vai adotar um discurso neutro em relação à guerra entre Rússia e Ucrânia. Na contramão do que pensa o mundo todo, o chefe da Nação brasileira diz atrelar às suas decisões, de caráter personalista e frio, o que querem os brasileiros nesse momento. Nada mais falso.

 

A frase que foi pronunciada:

Não devemos nos permitir esquecer os milhões de cidadãos não judeus da Bielorrússia, Rússia, Ucrânia e outros territórios eslavos que também foram massacrados. Mas, para mim, permanece o fato saliente de que o antissemitismo era o princípio dominante, essencial e organizador de todas as outras teorias raciais nacional-socialistas. Portanto, não deve ser pensado como apenas um preconceito entre muitos”.

Christopher Hitchens

Christopher Hitchens. Foto: Marvin Joseph/The Washington Post

Curiosidade

Começa a ser arrecadado, pelos estados e municípios, o IPVA. Em 1969, o TRU, que era a taxa paga, ia para governo federal: Taxa Rodoviária Única. O destino da verba era delineado pelo ordenamento jurídico brasileiro. Expandir, conservar e financiar novas rodovias no país. Já o IPVA, nasceu de uma Proposta de Emenda Constitucional e, como imposto, é destinado a despesas da administração pública. Não há como acompanhar os investimentos feitos com essa verba.

Foto: Pixabay

Vulneráveis

Em franco andamento, as obras da Escola Técnica do Paranoá. As colunas já subiram. Há muita esperança em formar, profissionalmente, tantos jovens daquela região.

Foto: Francisco Zagari/Divulgação

Adeus papai!… Adeus, filho!…

Há dois ou três dias, na divisa com a Ucrânia, uma mulher assistia a orientação dada aos jovens soldados russos, perfilados, prontos para a ocupação da Ucrânia. Avistando filho no meio da tropa, não resistiu: atropelou oficiais e guardas, invadiu a formação, abraçando-se a ele, chorando. O soldado manteve inicialmente a postura militar ereta, olhando para frente onde estava os superiores mas, de repente, também desabou em lágrimas abraçado à mãe.” Leia a seguir a íntegra do artigo do professor Aylê-Salassié Filgueiras Quintão.

Foto: Sergei Supinsky/AFP/Metsul

–> Adeus papai!…Adeus, filho!…

Aylê-Salassié Filgueiras Quintão*
O início do fim da guerra do Vietnam foi marcado por dois eventos impactantes. A foto da menina vietnamita correndo nua pela estrada, tentando escapar das bombas de napalm que explodiam atrás dela, e o assassinato , com um tiro no ouvido de  um vietcong capturado, no meio da rua de Saigon, em frente as câmeras de televisão,   dado pelo chefe de polícia. A opinião pública mundial foi despertada naquele momento  para a desumanidade, a brutalidade e a insanidade das guerras.  Afinal, o respeito à vida humana e a diplomacia teriam evoluído muito.
Há dois ou três dias, na divisa com a Ucrânia,  uma mulher  assistia  a orientação dada aos jovens  soldados russos, perfilados,   prontos  para a  ocupação da Ucrânia. Avistando  filho no meio da tropa, não resistiu: atropelou oficiais e guardas, invadiu a formação, abraçando-se a ele, chorando. O soldado manteve inicialmente  a postura militar ereta, olhando para frente onde estava os superiores mas,  de repente, também desabou em lágrimas abraçado à mãe.
“Adeus meu filho!…”Adeus papai!…”. Na estação de Kiev, na Ucrânia, suspenso pelos cidadãos, e passado de mão em mão, no meio da multidão que  tentava embarcar para a Romênia, um menino  ia despedindo-se do pai até alcançar a mãe no interior do trem.  Mulheres e crianças foram recomendadas a deixar o território ucraniano . Maridos e  pais com idade entre 18 e 60 anos estavam proibidos de sair do país.
Na Ucrânia ainda, foram gravadas cenas de jovens pais mal saídos da adolescência  despedindo-se das  esposas, que partiam assustadas com bebês  nos braços. Os  homens estavam convocados compulsoriamente para  lutar ou morrer. Mesmo assim, professoras de uma escola pública armaram-se com equipamentos pesados para esperar os russos.
Remete, de fato,  a 1968, ao episódio do   General Nguyen Ngoc Loan  descarregando o  revólver  na cabeça do prisioneiro. O corpo do vietnamita  ficou  ali,   por dias exposto até que os restos mortais fossem recolhidos por uma carrocinha, igual à desses trabalhadores  informais que recolhem lixo nas ruas .
Conhece-se pouco do aparato militar ucraniano, mas se isso vai ocorrer com eles, não se sabe. Os corpos dos ucranianos mortos parece que terão uma solução mais próxima dos vietnamitas. Continuarão abandonados pelas ruas ou coletados coletivamente por carroças para serem enterrados ou incinerados anonimamente.
Os  russos, não. O Exército está levando para a frente de batalha  crematórios volantes para os cadáveres dos soldados. Os mortos  serão  transformados em cinzas, que poderão chegar em uma urna aos familiares.  Esses fornos, de invenção nazista,  intimidam os soldados, induzindo os soldados a lutar pela vida, ao mesmo tempo que alimentam menos esperanças de que  voltarão a ver esposas, filhos e mães .
 A despedida do Pai  daquela criança apoiada nos braços do mãe, em lágrimas de desespero na porta do trem,  prenunciava a possibilidade de ser aquela a última visão família . Ocorreria tanto de um lado quanto do outro. A Rússia bombardeou mais de 270 pontos de resistência dos ucranianos, atingindo porto aeroportos, gasodutos, mas também escolas e prédios residenciais civis e, por cima,  proibiu a imprensa de dar tratamento de “guerra” ao confronto, e tem evitado revelar o número de mortos. Sim, porque os ucranianos estão usando coquetéis molotov e os próprio corpos (como no Tianamen), por todos os lugares, como os estudantes fizeram na invasão de Praga e de Budapeste, no passado contra  esses mesmo russos, para parar os tanques de guerra.
Segundo a versão de Putin, a Ucrânia é o berço étnico da Rússia. A sua criação como país teria sido  um erro de Lênin. Ele, senhor de si,  aparenta  ser mais um sujeito traumatizado . Assistiu in loco a derrocada de Berlim Oriental e, por consequência, destruição da União Soviética, agindo  como  espião dentro da Alemanha.  Considerou o fato mais desastroso do século passado. É possível que tenha guardado aquela  imagem, e venha tentando resgatar a União Soviética (URSS), acreditando  poder  manter a Rússia hegemônica na região,  como na Guerra Fria.
A realidade tem mostrado que, todos os vizinhos que se recusam a dobrar-se à liderança da Rússia, ou de Putin, são colocados no mesmo saco. Já  invadiu o Afeganistão, a Chechênia, a Geórgia, a Mondalvia, Belarus, tomou a Criméia,  e quer  a Ucrânia, parte da qual já ocupou. Para não deixar por menos ameaça a Suécia, a Finlândia e os países bálticos. Sua geopolítica não respeita as etnias, nem os cidadãos civis. Para Putin são pessoas que não pertencem a lugar nenhum (Bjorn Berge, 2021). São todos russos. Pretenderia ele corrigir os caminhos da história,  restaurando a URSS como uma Federação, liderada pelos russos.
Pensando estrategicamente,  Putin pode até ter um pouco de razão, que é alimentada por verdadeiras provocações do Ocidente, em particular os EUA e pela própria imprensa, anunciando guerra todos os dias. São desafios que  não resultam de consultas públicas internas.
A guerra tem um  cenário real fora dos gabinetes dos governantes e estrategistas militares, que parecem desdenhá-lo. É lá onde está a sociedade civil , ignorada em todos os lugares. ´Tem sido ela a maior  vítima dos conflitos bélicos no mundo. Portanto, assim como aconteceu nos Estados Unidos durante a guerra do Vietnam, na Rússia grupos de pessoas estão saindo às ruas para protestar contra a invasão da Ucrânia, considerado um país irmão – e não mais um satélite.
No mundo todo há uma indignação crescente contra a atitude de Putin, que virou meme entre cidadãos.  E, por último, talvez fosse bom lembrar que a guerra como solução, em pleno  século 21, estaria refletindo, provavelmente, o obsoletismo dos modelos  diplomáticos e desvendando, mais uma vez,  os riscos de governantes insanos. Não existe mérito em conseguir a paz pela guerra.
 * Jornalista e professor

História de Brasília

Outro jardim muito bonito, é o do Banco do Brasil. A grama não está sendo cortada a propósito, até que fique o tapete verde. Nas quadras da Fundação, parece que falta alguma coisa. Só o gramado não está dando uma impressão ideal. Parece que faltam flôres, e falta uma área para parque infantil. (Publicada em 18.02.1962)

Putin o novo Kzar

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Jornais, revistas, livros e boa parte da mídia em todo o mundo, de repente, passaram a se interessar pela biografia de Vladimir Putin. Na verdade, o que muitos estão fazendo é buscar conhecer quem é esse personagem e o que tem feito até aqui, para entender até onde ele irá nessa sua nova empreitada, regada a sangue de invasão à vizinha Ucrânia e que possíveis planos prepara, posteriormente, para saciar sua sanha de recriação do antigo poderio da União Soviética.

Ao contrário do que muitos historiadores fazem ao ir pesquisar na fonte os documentos que necessitam para compor seus relatos, no caso de Putin, a metodologia tem que ser outra. De fato, em relação ao russo, fica difícil, se não impossível, nessa altura dos acontecimentos, encontrar qualquer documento oficial que indique quem é esse indivíduo que governa o maior país da Europa com mão de ferro desde 1999.

Até mesmo a ONG Memorial Internacional, fundada em 1989 para apurar fatos e crimes contra os direitos humanos pelos go vernos russos, apesar do trabalho de alto nível que vinha realizando, angariando respeito e admiração mundo afora, foi fecha da por ordem de Putin, acusada de criar uma imagem distorcida da União Soviética, prejudicando a memória “sagrada dos russos” durante a Segunda Grande Guerra.

Os documentos oficiais que traçam uma biografia de Putin foram, todos eles, “maquiados” e suavizados para emprestar ao líder supremo uma imagem de intocabilidade. Para pesquisadores ingleses e alemães que têm ido em busca de decifrar esse personagem, Putin chegou ao comando do país pelas trilhas mal afamadas da KGB, a temida e eficaz organização de serviços secretos da antiga União Soviética, criada em 1954 e extinta, oficialmente, em 1991.

Por sua capacidade em cumprir as mais duras missões, principalmente a eliminação de suspeitos e outros oponentes ao regime, com frieza e precisão, logo ascendeu dentro da organização. Dali para a política, sob a sombra de Boris léltsin, foi um pulo. A crise desencadeada com a invasão da Ucrânia acendeu nos pesquisadores o desejo de escanear a vida desse mandatário, como meio de antever suas pretensões futuras e quiçá, livrar o mundo e a Europa de novas e nefastas surpresas.

O congelamento de recursos da Rússia, dentro das medidas de retaliações contra a invasão da Ucrânia, mira secretamente na verdadeira fortuna estimada pela mídia, por baixo, em U$ 200 bilhões, que Putin e os oligarcas sob sua proteção, ainda segundo notícias, teriam desviados do país.

A oposição russa, pelo menos aquela que ainda não foi envenenada, diz que Putin possui pelo menos US$ 40 bilhões mantidos secretamente fora do país. O fato é que a corrupção, uma praga que conhecemos muito bem, também é um flagelo que acompanha a história da Rússia, sendo mais significativa após a dissolução da União Soviética em setembro de 1991.

Compreender a trajetória do homem e sua história ajuda a assimilar parte significativa de suas ações, facilitando no entendimento geral de toda a conjuntura, principalmente quando esse personagem enfeixa em suas mãos todo o poder, calando a imprensa, mandando prender ou matar opositores, controlando a Justiça e o Legislativo e mantendo sob seu controle total as Forças Armadas do país.

Observadores políticos asseguram que, após a invasão da Ucrânia, outros movimentos expansionistas e de controle das regiões próximas estão na cabeça de Putin, aguardando o tempo certo para serem deflagradas. No Ocidente foi aceso o alerta vermelho, não apenas por paranoia, mas pela certeza de que novos desdobramentos virão. Primeiro, para os países próximos. Depois, para os demais onde conceitos como democracia e respeito pelos direitos humanos ainda estão presentes, sendo que são essas mesmas características, comuns ao Ocidente, que mais parecem ameaçar os planos de Putin.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A mídia ocidental tende a dar muita ênfase às instituições oficiais da Ucrânia, como sua Suprema Corte, a comissão eleitoral central e o parlamento. Na realidade, o povo da Ucrânia agora controla seu destino.”

Bob Schaffer, senador estadunidense

Bob Schaffer. Foto: denverpost.com

 

Mobilidade

É preciso ouvir a população em relação às calçadas. Muitos dos que ajudaram a construir esta cidade não podem se locomover por falta de conservação nos passeios. Um deles é o da 105 Sul. A mensagem é de Inas Valadares, pioneira. Já viu pessoas tropeçando e caindo por causa dos desníveis constantes. Outro local é o corredor da quadra interna para o Pão de Açúcar. Frutas podres e folhas pelo chão escondem as calçadas irregulares. As fotos estão a seguir.

 

Visual

Melhor forma de reconhecer um país subdesenvolvido é olhar para a paisagem. Quanto mais fios e postes, pior a situação do PIB.

Foto: José Carlos Vieira/CB/DA Press

 

Expert

Procurado pelo Citibank de Stamford, em Connecticut, o senador Flavio Arns deve dar uma entrevista para o podcast da instituição. Como autor do PL 3825, que disciplina os serviços referentes a operações realizadas com criptoativos em plataformas eletrônicas de negociação, o senador despertou a atenção da brasileira Ana Figueiredo, responsável pelo assunto no banco internacional.

Senador Flavio Arns. Foto: senado.leg

 

História de Brasília

Quanto ao sr. Ibrahim Sued, também. Mas o colunista social não conhece Brasília. Esteve aqui uma vez, para o lançamento da superquadra da família imperial, que ficou somente no cercado, sem que nenhuma prestação tenha sido paga. (Publicada em 18/02/1962)

Erros históricos

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Foto: Alan Santos/PR/Divulgação

 

         Erros históricos são aqueles que, por suas dimensões e efeitos negativos ao longo do tempo, ficam registrados para sempre, marcando seus personagens em episódios que denigrem não só a imagem de seus autores como do país que representam, prejudicando ambos indistintamente. A história da humanidade está repleta de exemplos, bastando ao interessado consultar os registros do passado.

        No Brasil, alguns dos muitos erros históricos, cometidos no passado, conduziram-nos para o que somos hoje como país e nação. Dos erros históricos mais significativos e que nos levaram a distanciar-nos de países como os Estados Unidos, colonizados no mesmo período, destacam-se a perpetuação do regime da escravidão, a manutenção dos latifúndios e da monocultura de produtos para a exportação e a exploração e depredação da colônia, exaurida e renegada a ser apenas uma economia complementar à metrópole.

        Um erro histórico e contemporâneo imenso, capaz de empurrar todo o país para uma crise institucional que desembocaria na desventura do regime militar, foi a renúncia, até hoje mal explicada, do presidente Jânio Quadros, em 25 de agosto de 1961. Os efeitos deletérios desses cometimentos impensados marcam e afetam o país, o que mostra, com clareza, que nossas autoridades, em todo o tempo e lugar, sempre desprezaram as lições do passado. Não é por outra razão que repetia o filósofo de Mondubim: “Quem não aprende com a história, está condenado a repeti-la.”

         Deixando de lado os muitos e repetidos erros históricos cometidos durante a década petista e que acabariam por nos levar à mais profunda brutal recessão que experienciamos, todas elas decorrentes de um misto entre má gestão e corrupção sistêmica, chama a atenção a recente visita feita pelo atual presidente Bolsonaro à Rússia. Não bastasse a presença do chefe do Executivo ao Kremlin, num momento absolutamente inoportuno, contrariando todas as recomendações de assessores que lidam profissionalmente e no dia a dia com as relações internacionais, o atual presidente, sob o pretexto de ir tratar de assuntos relativos ao fornecimento de insumos agrícolas, ainda cometeu o erro histórico de afirmar, com todas as letras e no plural: “Somos solidários à Rússia.”

        Com isso, falando em nome do Estado que representa, colocou todo o Brasil e sua população ao lado do fratricídio que vem sendo cometido pelo atual Napoleão de hospício, na figura do ditador russo. É não só uma vergonha, para todos nós, que fatos como esse tenham acontecido e sido registrados em vídeo para a posteridade, como continuem a serem confirmados pela tibieza de nossos representantes na Organização das Nações Unidas (ONU).

        Errar historicamente é persistir no erro, quer por voluntarismo, quer por total falta de senso ou razão. Não satisfeito com essa gafe internacional, o chefe do Executivo, em pronunciamento durante essas costumeiras e patéticas lives, condenou o pronunciamento do seu vice-presidente, General Hamilton Mourão, que defendeu reprimenda dura às ações de Putin, posicionando-se ao lado da soberania dos países e da democracia.

         Os Estados Unidos e seus aliados deixaram entender que as nações que agora apoiam as atrocidades desse Napoleão de hospício russo ficarão marcadas como inimigas da democracia. Ir contra a corrente internacional passou a ser, desde 2018, o que nosso país tem feito. Questões como o aquecimento global, a preservação do meio ambiente, da vacinação, entre outras mostram que seguimos à deriva, sem um norte, guiados por um néscio.

 

A frase que foi pronunciada:

A Guerra é um lugar onde jovens, que não se conhecem e não se odeiam, se matam, por decisões de velhos que se conhecem e se odeiam, mas não se matam.”

Erich Hartman

Sina

Tem sido a sina, de todos os grandes ditadores e tiranos, deixarem, atrás de si, um gigantesco cemitério com milhares de vítimas e uma paisagem de escombros e cinzas, que testemunham sua passagem ruinosa entre os humanos.

Foto: Handout / UKRAINE EMERGENCY MINISTRY PRESS SERVICE / AFP

 

Ditadores

Um dos mais antigos e utilizados estratagemas que ditadores de hospício, como o russo e outros ao longo da história humana sempre recorreram para manterem-se em evidência, e com isso desviar a atenção do cidadão comum, é eleger um inimigo externo, debitando a ele todas as causas, agruras e infortúnios experimentados pela população. À esse inimigo da nação, devem ser monopolizados toda a força do país para derrotá-lo, obviamente sob o comando supremo do chefe ou, comumente, como preferem, o “paí da pátria”.

Foto: bbc.com

História de Brasília

A W-4, também, está um encanto. A agressividade do conjunto arquitetônico, com côr única e linhas retas, teve a monotonia quebrada com os jardins, que estão dando mais beleza para a vista. (Publicada em 18.02.1962)

Todos possuem razão nenhuma

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Tropas russas próximas à fronteira com a Ucrânia. Foto: Reuters

 

         Manchetes dos principais jornais nacionais e do mundo amanheceram estampando destaques que alertam para o perigo de uma guerra, de sérias proporções, envolvendo a Rússia e a Ucrânia, no Leste da Europa. Num mundo absolutamente globalizado como temos nesses tempos, possíveis conflitos dessas proporções ameaçam a todos, tanto pelas consequências econômicas, humanitárias e políticas geradas, como pelos efeitos em cadeia que as guerras acabam gerando.

        Caso venha a acontecer, de uma forma ou de outra, sentiremos os efeitos desse embate. Não bastassem os efeitos danosos da pandemia mundial do Covid-19 e dos efeitos, cada vez mais sentidos, das mudanças climáticas e de uma previsível recessão econômica que muitos analistas veem apontando no horizonte, uma guerra de grandes proporções, neste momento, abalando boa parte do Leste europeu, pode, com facilidade, levar-nos a uma situação de grande perigo, com ameaça, inclusive, à sobrevivência da espécie humana.

        Esforços têm sido feitos, por lideranças europeias, para distensionar o ambiente e, ao que parece, não tem dado resultados. É sabido que, em guerras, a primeira vítima sempre é a verdade, o que explica a multiplicação de versões, de lado a lado, sobre o desenrolar dos fatos. Em casos de conflito, a tendência do ser humano é sempre buscar informações que levem não apenas à compreensão dos fatos, mas, sobretudo, a uma tomada de posição contra ou a favor de um dos lados.

        A situação ganha um complicador quando se entende que, nesse caso específico, ambos os lados possuem suas razões, sendo que a nenhum deles é garantida a razão plena. Como dizia o filósofo austríaco Karl Popper (1902-1994), “Se são dois que estão errados. Isso não quer dizer que os dois tenham razão, pois admitir que o outro possa ter razão não nos protege contra um outro perigo: de acreditar que todos talvez tenham razão”.

        O fato aqui é que, mais uma vez, em sua longa história, a Ucrânia vê seu território sendo espremido e invadido por potências estrangeiras. No caso atual, o povo ucraniano está no meio do tiroteio entre a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), com os Estados Unidos à frente, e a belicosa Rússia de outro. Correndo por fora desse conflito estão as grandes indústrias de armamento que fornecem, para esse cenário, os meios materiais para que tudo ocorra.

        A OTAN que deveria deixar de existir, tão logo teve fim o império soviético, vem sobrevivendo ao término do Pacto de Varsóvia, embora tenha perdido sua razão de ser. Há ainda aqui o tal do determinismo geográfico, que faz com que a Ucrânia, por sua proximidade física com a Rússia, seu passado histórico e cultural comum, encontre dificuldades enormes em se libertar de Moscou.

        O razoável, se é que se pode falar em razoabilidade em conflitos armados, seria a transformação da Ucrânia em área neutra, a exemplo do que ocorre com a Suíça, livre da influência das duas grandes potências atômicas. Mas essa é uma medida que parece não interessar nem a Putin, nem aos Estados Unidos, muito menos às indústrias de armamento, que estão na expectativa de grandes lucros com a eclosão dessa guerra.

        No meio desses verdadeiros senhores da guerra, está a sociedade civil ucraniana, constituída por mais 40 milhões de homens, mulheres, crianças e idosos, que terão que partir para outras partes ou morrer debaixo das bombas. Os únicos que parecem possuir razão nesse conflito são aqueles que não desejam esse conflito, mas que, por isso mesmo, não são levados em conta.

 

A frase que foi pronunciada:

Toda a história do mundo pode ser resumida pelo fato de que, quando as nações são fortes, nem sempre são justas, e quando elas querem ser justas já não são mais fortes.”

Winston Churchill

Winston Churchill. Foto: wikipedia.org

 

Sala de aula

Lado a lado, a história do Brasil e dos Correios andam juntas há 359 anos. Nos canais da empresa, mídias sociais, professores podem explorar o assunto em sala de aula com riquíssimos detalhes de como evoluiu a entrega de correspondências. Além de curioso, o assunto certamente despertará o interesse da garotada.

Imagem: correios.com

Haters que matam

Hoje, com ultrassom em 3D, a família pode conhecer o bebê ainda no útero da mãe. Todo formado, reage a estímulos, dorme, soluça, troca de posição, seja menina ou menino. Em 1973, a Suprema Corte Norte-Americana não tinha ferramentas para reconhecer a vida intrauterina com tanta perfeição. Hoje, a mulher tem o direito de mandar no próprio corpo, não no corpo da criança recém-formada, que também é um ser humano. Quem é a favor do aborto deve encarar os vídeos mostrando o que acontece com o embrião, feto ou criança durante o procedimento. Lastimável a decisão da Colômbia que descriminaliza o aborto.

Foto: Luisa Gonzalez/Reuters

História de Brasília

Novas passagens de nível das tesourinhas estão sendo revestidas. Já foram aprovados os esquemas de iluminação, que será dos mais perfeitos. (Publicada em 17.02.1962)