Putin empurra a Rússia a uma posição marginal

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          Do ponto de vista internacional, a Rússia comprou também uma guerra econômica ao decidir invadir a Ucrânia. As sanções contra aquele país não param de crescer, embora tenha quem afirme que Moscou não está nem aí para essas restrições e segue a vida. Do ponto de vista teatral, o governo russo faz o que pode para induzir o Ocidente a acreditar que sanções não irão parar a máquina de guerra de Putin. Na realidade, o que acontece, e pouca gente sabe, é que essa invasão a um país soberano levou as tropas russas e o próprio governo de encontro a um imenso atoleiro, nas traiçoeiras areias movediças da Ucrânia.

         A credibilidade do país foi reduzida à metade. Rússia, hoje, vale-se da ajuda e da intermediação de países periféricos, formado, na sua grande maioria, por Estados não democráticos. Até agora, a saída buscada pelos russos é feita à moda pirata. Na contramão dos tratados, burlando a vigilância do Ocidente, numa posição até certo ponto vexatória para um país com a riqueza histórica e cultural que a Rússia sempre foi. Putin levou seu país para a marginalidade internacional. De quebra, conseguiu para si um mandato internacional onde o acusam de crimes de guerra.

         Mas, longe do que se pode crê, a Rússia ou seu governo está longe da figura apresentada no filme: “O rato que ruge”, de 1959, com Peter Seller no papel do comandante do pequeno Grão-Ducado que declara guerra aos Estados Unidos, na esperança de receber ajuda financeira, após a derrota certa. Putin ruge à frente do arsenal atômico assustador. Por outro lado, o sistema financeiro russo, que poderia servir de ponte entre Moscou e o resto do Ocidente, há muito não goza de boa reputação das mais transparentes.

         O sistema bancário russo, comandado também por Putin e exilado do sistema internacional de bancos, teria servido, segundo diversas investigações, para guardar dinheiro vindo da corrupção praticada por ditadores em várias partes do mundo, além do dinheiro vindo do tráfico de armas, drogas e pessoas. A afirmação de que o sistema bancário russo, sob influência direta de Vladimir Putin, foi utilizado para ocultar dinheiro oriundo de corrupção, tráfico de armas, drogas e pessoas por ditadores de vários países é coerente com dados concretos, investigações internacionais e relatórios financeiros.

         Embora parte dessas operações ocorra no nível de oligarquias e bancos específicos, há fortes evidências de conivência, proteção estatal e utilização do sistema financeiro russo como canal de lavagem de dinheiro em escala global.

         Um panorama factual, dividido em tópicos e com base em fontes diversas garante que documentos como Panama Papers, FinCEN Files, União Europeia, OCCRP (Organized Crime and Corruption Reporting Project) necessitam ainda, além das investigações jornalísticas, esclarecimentos mais profundos. Desde o início dos anos 2000, Putin construiu um sistema bancário centralizado, onde os bancos estatais e aliados passaram a controlar o grosso das transações financeiras. Entre os bancos mais usados para movimentações de origem duvidos estão: VTB Bank, Sberbank, Gazprombank e Rossiya Bank (conhecido como o “banco dos amigos de Putin”). Oligarcas ligados ao Kremlin têm papel-chave no controle indireto de fluxos financeiros e redes de lavagem de dinheiro. Diversos foram os escândalos nesse sistema bancário a começar pelo The Russian Laundromat (OCCRP, 2014); o sistema financeiro russo foi usado para lavar mais de US$ 20 bilhões entre 2010 e 2014. Fundos de origem criminosa eram enviados para bancos moldavos e letões, e, posteriormente, para bancos ocidentais (Deutsche Bank, HSBC, etc.). Nesse caso, o dinheiro vinha de subornos, tráfico de armas e evasão fiscal — com envolvimento de funcionários estatais russos e juízes coniventes.

         Foram descobertos ainda os casos da Troika Laundromat (2019), com o sistema de lavagem de dinheiro operado por Troika Dialog, um banco de investimentos russo ligado a figuras do círculo de Putin. Cerca de US$ 4,8 bilhões foram movimentados por mais de 75.000 transferências ilegais. Esse caso envolvia políticos corruptos da África, Ásia Central e Europa Oriental, além de empresas de fachada registradas em paraísos fiscais.

         Por fim, o caso rumoroso dos Panama Papers / Pandora Papers (ICIJ, 2016–2021), que revelou como aliados de Putin e ditadores estrangeiros usaram bancos russos para criar empresas offshore, movimentar propinas e esconder fortunas. Putin não foi nomeado diretamente, mas associado, como o violoncelista Sergei Roldugin, estavam ligados a contas com centenas de milhões de dólares. Ditadores de todo o mundo correram para depositar fartas somas de dinheiro da corrupção, no sistema bancário russo. A relação é grande. Não por outra o sistema financeiro russo foi isolado do restante do mundo.

         Após a invasão da Ucrânia em 2022, o Ocidente impôs sanções sem precedentes: Desconexão do SWIFT para vários bancos russos; Congelamento de ativos internacionais de oligarcas; Proibição de transações em dólares/euros em grande escala entre outros procedimentos.

 

A frase que foi pronunciada:

“Enviar cabeças vazias para negociações apenas destrói o significado da diplomacia.”

Zelensky à Putin sobre as negociações em Istambul.

Volodymyr Zelensky. Foto: Getty Images

 

História de Brasília

Uma caravana de jornalistas de Brasília irá a Goiânia, nestes próximos dias, buscar a Carta Sindical da Associação Profissional, e o Delegado do Trabalho para que a carta seja assinada pelo Ministro Franco Montoro. (Publicada em 04.05.1962)

A borduna e o tacape

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Foto: Brian Snyder

 

Tempos de crise sugerem, logo de saída, que as armas da diplomacia não estão resolvendo as questões. Há muito se sabe que política e diplomacia devem caminhar de mãos unidas. O que não se pode admitir é que a política, com suas várias faces ideológicas, acabe contaminando os objetivos da diplomacia, fazendo-a agir de modo titubeante e parcial. Pois, a diplomacia induzida por víeis político acaba transformando a virtude em vício e o entendimento em confronto. Hoje, é mais do que necessário que o mundo faça uso das armas inteligentes da diplomacia. Não aquela acordada em bebidas alcoólicas e rega-bofe, mas aquela estabelecida por horas e horas nas mesas de negociações, sem fanatismos e sem covardias.

Ceder para conquistar. Em vista dessas premissas, o que se pode observar acerca dos últimos acontecimentos ocorridos no Brasil e no mundo é que, sem a diplomacia, estamos todos nus e perdidos em selva inóspita. No caso recente do encontro entre o presidente americano, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, o mínimo que se pôde observar da conversa, transmitida ao vivo pelas televisões diretamente do salão Oval da Casa Branca, é que faltou diplomacia ao chefe americano. Não se faz negociação de paz, ainda mais nesse caso de agressão da Rússia contra um país soberano, sob pressão ou intimidações. Aceitar as condições apresentadas por Trump, que aliás coincidem com as condições do ditador russo Putin, equivaleria no caso de Zelensky, a uma capitulação, desonrando seus compatriotas vivos e os que tombaram defendendo seu país.

O big stick policy, ou a diplomacia da força iniciada por Roosevelt no início do século XX, parece estar de volta aos Estados Unidos. Só que os tempos são outros. É certo que os contribuintes americanos não querem mais destinar seus impostos para a continuação de uma guerra que parece que não terá um fim próximo. Mas daí a querer encostar o líder ucraniano contra a parede, exigindo uma paz imediata, mostra que a diplomacia americana está vivendo as mesmas agruras e desprezo que a diplomacia de outras partes do mundo, sobretudo, em nosso caso, a diplomacia brasileira.

Também por aqui se assiste a colocação da diplomacia de nosso país a reboque dos interesses políticos e ideológicos do atual governo. Tanto é assim que o chanceler de fato desse governo é o Celso Amorim e não o oficialmente indicado Mauro Vieira. No caso do chanceler Mauro Vieira, é até um alívio que ele não tenha que suportar o vexame de estabelecer conversações com a maioria dos ditadores do mundo, nem tenha que aparecer em fotos ao lado dos maiores e mais procurados terroristas da atualidade.

Mas ainda assim, a pasta que ele chefia, segue sempre em segundo plano dentro do atual governo, sobrando apenas assuntos de menor interesse ou as batatas quentes difíceis de ser negociadas. É o caso aqui do pedido do Supremo Tribunal Federal para que o Itamaraty entre na questão envolvendo essa Corte e os Estados Unidos com relação à censura imposta às big techs. Outro caso emblemático da falta que a diplomacia faz para aplanar os caminhos da paz e da concórdia é a recente nomeação da deputada petista Gleisi Hoffmann para ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência, no lugar de Alexandre Padilha. Para quem não sabe, essa pasta cuida, essencialmente, das relações entre o Executivo e o Legislativo, para o estabelecimento de pontes de entendimento político. Para quem sabe também, a nomeação de Gleisi tem sido, até agora, criticada por cada nove entre dez políticos, inclusive da própria legenda do atual presidente. O próprio José Dirceu, a eminência parda do PT, afirmou que a colocação de Hoffman na pasta da SRI vai ser um desastre. Disse ele: “ vai dar Dilma”.

Não é de hoje que as relações institucionais entre o Congresso e o Palácio do Planalto deixaram de lado a diplomacia política e passaram a ser feitas na base da liberação ou não das emendas secretas, hoje, manipuladas diretamente pelo Supremo. É o mundo do tacape, da borduna e das malas cheias.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Mesmo na guerra, há regras… Esses caras não têm regras”.

Volodymyr Zelensky, durante uma entrevista referindo-se à Rússia.

Volodymyr Zelensky. Foto: Getty Images

 

Livro

Um deleite correr os olhos pelas linhas do “Lumiar de Lamparina”, um livro de memórias de Luiz Bezerra de Oliveira. Ora sorrindo, ora enxugando as lágrimas, o livro é um exemplo da riqueza de vida de tantas pessoas que atravessaram as maiores privações para alcançar a vitória nos estudos e no trabalho. Sem pé de meia, com os pés no chão.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

História de Brasília

A minha terceira atividade é publicidade, mas quando recebo dinheiro dou recibo, o que nem todos fazem na nossa profissão, infelizmente. (Publicada em 27.04.1962)

O bom combate

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Imagem: Shutterstock.

 

Desde sempre, soubse que tempos difíceis ajudam a forjar homens fortes. O que pouca gente sabe é que, somente em tempos de guerra, é que é possível conhece-los em carne e osso. São heróis do nosso tempo. E é quando o som dos morteiros começa a troar que, no horizonte, o cheiro da morte a se espalhar por todos os cantos que eles surgem.

Enquanto alguns tremem na base, fogem e se escondem, ou ainda procuram se aliar ao inimigo para salvar a própria pele, indivíduos, escolhidos a dedo pelo destino, permanecem de pé. A guerra, e isso já foi dito também, é o caminho do engano, mas é por essas trilhas que as vezes é preciso seguir, mesmo conhecendo a superioridade da máquina de guerra do inimigo.

Desde a Segunda Grande Guerra, há exatos 75 anos, o mundo não ouvia mais falar em heróis.  Pessoas que entregam a vida em defesa de seu povo, da sua terra e da sua cultura, movidos pela noção de que lutavam o justo combate, foram transformadas em lenda. Mas, foi a partir de 24 de fevereiro de 2022, ocasião em que a Rússia deu início a invasão da Ucrânia, pensando que essa atitude de pura agressão a um país soberano, seria como um passeio tranquilo ao redor de suas fronteiras, que o mundo passou a conhecer a figura do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky (1978-), político, ator, roteirista e diretor de teatro e televisão.

O pecado de Zelensky foi o de rejeitar as más influências de Moscou em seu país e seguir, como era o desejo majoritário da população, se integrando ao mundo ocidental e à União Europeia. Quem diria que um ator e comediante, estreante na política de seus país, viria a ser um comandante supremo de seu exército, se transformando numa espécie de marechal de guerra, temido e respeitado até pelos experientes oficiais russos.

Para o autocrata e eterno presidente russo, a modernização proposta por Zelensky para a Ucrânia e seu afastamento da área de influência de Moscou era inaceitável. A sua aproximação do Ocidente e com a Organização do Tratado do Atlântico Norte, deu a Putin as razões que queria para invadir a Ucrânia. Logo, nos primeiros meses da guerra, ficou claro para o exército ucraniano que seu país enfrentava um inimigo para quem os tratados e as convenções de guerra, capaz de dar algum sentido humano ao que não é humano, eram totalmente desprezados por Putin.

Moscou colocou para combater ao, seu lado, um exército de mercenários e criminosos de guerra, conhecido como Grupo Wagner e que já possuía um vasto currículo de sangue pelo mundo. Por diversas vezes o governo de Moscou tentou simplesmente eliminar Zelensky, que escapou de alguns atentados, graças ao seu serviço de informações.

Com a guerra em andamento, diversos líderes mundiais, diante da possibilidade de Moscou usar inclusive armas nucleares, ofereceram abrigo a Zelensky, acreditando que sua saída do país poderia abrir caminho para o fim das hostilidades russas. Em resposta Zelensky teria dito: “A luta é aqui em Kiev; preciso de munição, não de uma carona”.

Com essa atitude corajosa Zelensky ganhou ainda mais apoio interno. Não é por outra razão que a guerra, que para Moscou, deveria durar apenas 96 horas já se estende por 3 longos anos, com os ucranianos defendendo cada palmo de terra.

Para os analistas desse conflito contemporâneo, a guerra entre esses dois países já contabiliza um número superior a um milhão de mortos de ambos os lados. A carnificina prossegue com Moscou contando agora com a ajuda militar da Coreia do Norte. Mesmo em se tratando de uma luta de forças desiguais, a Ucrânia, sob Zelensky segue nos campos de batalha, resistindo à um inimigo traiçoeiro e capaz de qualquer manobra para vencer. Talvez por sua bravura em comandar uma guerra tão prolongada, contra os belicosos e imprevisíveis russos, é que Zelensky tem sido reconhecido por diversos países do Ocidente como um grande e bravo comandante, sendo por diversas vezes condecorado e saudado como herói de guerra. Ao mesmo tempo pesa sobre Putin um mandado de prisão, expedido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) que o acusa de crimes de guerra.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O presidente não pode mudar o país sozinho. Mas o que ele pode fazer? Ele pode dar um exemplo.”

Volodymyr Zelensky

Volodymyr Zelensky. Foto: Getty Images

 

História de Brasília

“Quanto ao fato de o senhor achar humorística esta coluna, é uma alegria para nós. Pena que nem todos concordem.”.  (Publicada em 27.04.1962)

Fim do futuro

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© dilmarousseff/Instagram

 

Para os observadores internacionais que acompanham de perto a evolução do Brics pela avenida do Sul Global, está cada vez mais claro que esse bloco tem apenas uma fachada, ou verniz, de bloco econômico comum e, muito mais, um propósito estratégico, político e militar de médio prazo para cercar as democracias do mundo, sobretudo a sua mais importante personificação dada pelos Estados Unidos da América.

A primeira lição de um mundo desenvolvido é dada pela seguinte sentença: o capitalismo liberal (e não o capitalismo de Estado) é o único parceiro possível para as democracias. Em outras palavras, não existe capitalismo liberal sem democracia, e vice-versa. São justamente esses dois pilares da civilização Ocidental que China, Rússia e agregados buscam superar, ou mais precisamente demolir, erigindo em seu lugar a fantasia do capitalismo de Estado, orientado por ditaduras frontalmente contrárias aos direitos humanos e a tudo que se refere à liberdade.

Nesta terça-feira, na Rússia, começou a 16º Cúpula do Brics. Nessa ocasião, todo o teatro está armado para demonstrar que o presidente daquele país e membro desse bloco não está sozinho em seus propósitos de trazer das cinzas a velha e carcomida União Soviética. Só que esse seu sonho de marechal de hospício tem levado consigo milhões de mortos desde que ele assumiu o controle da Rússia. Apenas nessa sua cruzada atual de 30 meses contra a Ucrânia, os analistas militares contabilizam quase 600 mil soldados russos mortos em combate. No lado ucraniano, as baixas chegam perto de 190 mil soldados.

Para o governo tirânico da Rússia, o Brics tem sido praticamente o único apoio que recebe do mundo, principalmente na forma de ajuda econômica, facilitando a comercialização de seus produtos, driblando, assim, as sanções internacionais. Não fosse esse bloco, a Rússia, possivelmente, já teria capitulado diante do preço absurdo em vidas e do financiamento pesado do Estado nesse esforço de guerra.

Um terço de todo o orçamento do governo russo vai para área militar. Tem sido assim desde que Putin chegou ao poder. A questão aqui é de se perguntar: como pode um único homem, pequeno em estatura e sabedoria, erguer atrás de si um imenso cemitério de milhões de mortos, na sua grande maioria composto por jovens e pessoas no auge da capacidade operativa, arruinando e comprometendo o futuro do próprio país? O bom senso, nos tempos em que essa virtude era cultivada, sempre recomendou o afastamento de pessoas sanguinárias e belicosas, pois desse tipo de companhia o que se colhe é a morte e destruição.

Ao lado desse companheiro pra lá de problemático, o Brasil se junta também à China, outra parceria comprometida seriamente com questões de direitos humanos, com dezenas de milhares de presos políticos e uma soma igual em desaparecidos ou deletados da vista. Não bastasse esse problema interno, a China, seguindo o exemplo da Rússia, prepara-se em ritmo acelerado para invadir Taiwan — possivelmente agora em 2025. Quem dá essa certeza é ninguém menos do que o ministro da Defesa da ilha. Esse conflito regional pode facilmente envolver também os Estados Unidos, levando o mundo a um período de confrontações cujo desfecho pode se dar pelo uso de armas nucleares.

A esse grupo de encrenqueiros se junta agora o Irã, principal cabeça do chamado “eixo do mal”, pelo seu envolvimento e financiamento a grupos terroristas como Hamas, Hezbollah e outros que visam destruir o Ocidente, sua cultura e suas crenças. Com companhias como essas, a pergunta que surge é: como o Brasil, cujas Forças Armadas vivem seu pior momento, com a debandada de praças e suboficiais por conta dos baixos salários, irá se posicionar? O pior, se é que pode haver pior nesse caso, é que o Brasil pretende levar para esse bloco de incendiários, países aqui da América Latina e Caribe, como Nicarágua, Cuba e Venezuela.

A parceria militar entre Coreia do Norte e Rússia, para onde tem enviado milhares de soldados para morrer nos campos da Ucrânia, parece abrir caminho também para, em um futuro próximo, o país comandado pelo lunático Kim Jong-un possa vir a se juntar ao Brics, transformando esse bloco num caso de risco para todo o planeta. Tivesse um governo sério e comprometido com o futuro do Brasil, parceria dessa natureza seria impensável. Pois tudo o que esse bloco almeja é que o planeta esqueça essa coisa de futuro.

 

 

Frase que foi pronunciada:
“Nem estou falando de outros processos relacionados com a construção do Estado da União. Aqui nós, como combinamos, estamos fazendo tudo isso com calma, sem pressa. Estamos a verificar cada passo para que cada passo nos fortaleça, nos fortaleça por dentro e por fora, fortaleça os nossos sistemas políticos, crie condições para o seu desenvolvimento, crie uma base fundamental, boa e sólida para o desenvolvimento econômico”
Vladimir Putin

 

História de Brasília
Se colocássemos tôdas as obras da Novacap num só bloco, daria um edifício de três andares com a extensão de tôda a Avenida Atlântica. (Publicada em 21/4/1962)

“Insanidade das guerras”

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SOPA Images/Getty Images

 

          Em todo o tempo e lugar, ao longo da história da humanidade, temos assistido a repetição de táticas promovidas por Estados colapsados por governos ineptos, que, em lugar de buscarem a correção de rumos internos, optam por comprar brigas além de fronteiras, acreditando que, com isto, não só desviarão a atenção da população para as crises locais como conseguirão obter apoio de seus cidadãos para um guerra despropositada.

         Esse foi o caso da ditadura argentina, que, para esconder o fracasso de décadas de regime autoritário, comprou uma briga desnecessária com a Inglaterra pela posse das Ilhas Malvinas, em 1982. A Argentina massacrada e o governo militar encerrou seu ciclo.

         O mesmo se sucede agora com a Venezuela, um país arrasado pelo socialismo do século XXI e governado por uma ditadura ligada ao narcotráfico internacional. Maduro, como todo ditador maluco, resolveu, com seus generais, todos eles listados por crimes diversos pela Interpol, invadir Essequibo, na Guiana. Os motivos reais são os mesmos, ou seja, desviar a atenção daquela parte da população que ainda não fugiu do país, em razão do inferno interno criado por essa quadrilha no poder.

         Caso essa invasão venha a ocorrer de fato, o que já era ruim para os tiranos da Venezuela, pode render um conflito generalizado naquela região, com repercussões sobre o Brasil e outros vizinhos e até um apoio velado do Palácio do Planalto nessa questão, sendo que o conflito possa atrair a atenção e intervenção dos Estados Unidos, pondo fim ao governo autoritário de Maduro e de seus comparsas.

          Lembrando ainda que, além de armamentos comprados da Rússia, também a Venezuela é assessorada por militares russos e cubanos, doidos por um conflito naquela parte da América. De certo modo, a mesma tática de comprar briga além da fronteira ocorreu no caso envolvendo o Hamas e Israel. A falência generalizada de Gaza, promovida única e exclusivamente pelo controle exercido pelo Hamas contra a população palestina, levou esse grupo a comprar mais uma briga com as forças de defesa de Israel, não só para desviar a atenção interna da crise humanitária que impôs àquele povo, como de quebra buscou obter apoio da população para esse conflito, confiando também que a guerra ganharia em escala e envolveria muitos países daquela região.

         Não conseguiu, até agora, envolver diretamente outros países no conflito, além de ter provocado a destruição quase completa de toda a parte central de Gaza, com milhares de mortos e prejuízos incontáveis. O conflito armado por esse grupo terrorista contra Israel pode também, nesse caso, resultar no fim do controle do Hamas em todo o território de Gaza. O que seria uma boa solução tanto para palestinos como para judeus. O que poderia ser aprendido em todas essas histórias, daqui e de além mar, é que o governo militar, e não argentinos, queriam guerra com a Inglaterra, pois sabiam das consequências. O governo e não os venezuelanos querem invadir Essequibo, pois já vivem no inferno e não querem mais sofrer. Do mesmo modo, os terroristas do Hamas, e não os palestinos, queriam mais guerra contra Israel, pois já conheciam os resultados que viriam.

         Nenhum povo, de posse de sua sanidade, deseja brigar com vizinhos, pois sabem que, nesses casos, onde a briga é sempre arranjada por governos tirânicos, quem irá morrer no campo de batalha é sempre o mesmo e pobre indivíduo que já sofria antes.

A frase que foi pronunciada:

“Em cada guerra há a destruição do espírito humano.”

Henry Muller

Henry Muller. © Henri Martinie / Roger-Viollet

 

Humanizado

Importante trabalho do GDF chega em Planaltina. Sem cobrar dos interessados, uma unidade móvel do projeto Castra DF tem mil vagas disponíveis para gatos e cachorros. Bem melhor que legalizar o aborto para animais. Só para os racionais.

 

Leitura

Com uma leitura fluida, o Cordel chega nas escolas de Taguatinga. Bonito ver a criançada consumindo a cultura brasileira.

Foto: radardigitalbrasilia.com

 

Cerrado

Estranha a construção daquela praça perto do Iate Clube. No meio do nada, com coisa nenhuma, em um lugar com transporte público precário.

Captura de imagem em junho de 2023, no Google Street View.

História de Brasília

Diversos bueiros da avenida W-3 estão sem tampão, o mesmo acontecendo no Eixo Rodoviário. Próximo ao IAPFESP, há um bueiro no ponto de ônibus, e os veículos fazem ginástica para não caírem nele, ou impedem a pista da direita, enquanto recebem passageiros. (Publicada em 24.03.1962)

Política internacional não é para amadores

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Ministério das Relações Exteriores. Foto: EBC

 

          Se dizem que o Brasil, definitivamente, não é um país para amadores, essa máxima não vale para as relações internacionais. Nesse caso, é preciso considerar, logo de saída, que política externa, por sua importância econômica e estratégica para o país, deve ser aquela construída e operada com base unicamente nos interesses do Estado e longe,o máximo possível, de influências político-partidárias, sobretudo aquelas infectadas por ideologias e outras influências malignas.

         É assim que é feito pela maioria dos países desenvolvidos. Entra e sai governo e são mantidas as diretrizes fundamentais da política externa, sempre de olho em oportunidades, voltadas exclusivamente para os interesses perenes do Estado. O Brasil perdeu terreno e espaço no cenário internacional justamente por ter atrelado sua política externa a ditames partidários e ideológicos, tornando-se no que é hoje: um anão político internacional, sem reconhecimento e sem influência concreta frente aos assuntos do mundo. E pior, sem credibilidade para se posicionar e mesmo decidir nos grandes temas internacionais.

          É verdade que a política externa de um país deve ser construída com base em seus interesses nacionais, sem a interferência de interesses político-partidários ou ideológicos que possam distorcer a sua visão estratégica. No entanto, também é importante lembrar que os interesses nacionais são complexos e multifacetados, e podem incluir objetivos de segurança, econômicos, culturais e ideológicos, entre outros. Além disso, é importante notar que a influência de um país no cenário internacional não é medida apenas pelo seu tamanho ou poder econômico ou militar, mas também pela sua capacidade de construir alianças e liderar em temas globais importantes, como o meio ambiente, a paz e a segurança internacional, os direitos humanos e a cooperação para o desenvolvimento. O Brasil tem um papel importante a desempenhar na arena internacional, seja por sua riqueza natural e cultural, sua economia emergente ou sua história de diplomacia ativa e inovadora. No entanto, como em qualquer país, a política externa brasileira enfrenta desafios e tensões entre diferentes grupos e interesses nacionais, e tem sido afetada por mudanças políticas e econômicas internas e externas. A construção de uma política externa eficaz e sustentável deve ser baseada em uma visão estratégica clara e coerente, que leve em consideração os interesses nacionais, os valores e objetivos globais, bem como as dinâmicas internas e externas que moldam o contexto internacional.

         A neutralidade ideológica pode ser importante, mas não pode ser o único critério para avaliar a qualidade e a relevância da política externa de um país. Em nosso caso, as influências políticas indevidas e até opiniões diversas sem estofo intelectual, têm feito que o Brasil passe vergonha nos fóruns internacionais, mudando de opinião e de estratégias de acordo com as más orientações dos governos que chegam.

         Vejam o caso, por exemplo, da guerra envolvendo a Rússia e a Ucrânia. Nesse conflito complexo e cheio de nuances e fatores históricos e estratégicos para esses países, não se pode, como sugeriu a pouco o atual presidente, resolver essa intrincada questão na base de cervejinhas numa mesa de bar, ou com conselhos simplórios do tipo: “quando um não quer, dois não brigam”. Não é com estratégias desse nível primitivo que o Brasil pode pretender interferir em assuntos dessa ou de outra natureza.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O diplomata é um sonhador que acredita poder remediar o que os políticos estragaram.”

Guimarães Rosa

O mineiro Guimarães Rosa. Foto: Reprodução

 

Passeios

Aos 63 anos, Brasília plena, cheia de cachoeiras como madeixas se espalhando pelos ombros, grutas, trilhas e pontos históricos prontos para serem desbravados. Veja, no link Emater lista pontos turísticos e históricos em áreas rurais, a lista de atrativos em áreas paradisíacas, no Gama, Recanto das Emas, Santa Maria, Planaltina, São Sebastião, Paranoá, Vargem Bonita. A pesquisa foi elaborada pela Emater DF.

Cachoeira no Ribeirão Pipiripau, na região em que é desenvolvido projeto de reflorestamento. Foto: emater.df.gov

 

De graça

Queimada, Futmesa ou Alongamento. São várias oportunidades oferecidas pela UnB, até o dia 23 deste mês, no Centro Olímpico. Não é necessário ter vínculo com a universidade. Toda a comunidade é bem-vinda, a partir de 18 anos. Nem matrícula é preciso fazer. Veja os detalhes no link Programação de Verão do Centro Olímpico.

Centro Olímpico da Universidade de Brasília. Print: Reprodução do Google Maps

História de Brasília

Já que a creche Ana Paula não funcionará tão cedo, seria uma bela atitude da Casa do Candango, a sua cessão a essas mestras em dificuldades de espaço. (Publicada em 17.03.1962)

Vida digna pela paz, educação e trabalho

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Maternidade bombardeada na Ucrânia. Foto: MFA Ucrânia / Twitter

 

         Novos tempos se aproximam, enquanto crises se aprofundam de todos os lados. Um mundo mais imediatista, onde guerras se instalam com diferentes tipos de armas. Quando a humanidade, por suas escolhas, vê-se, mais um vez em sua história, imersa nos campos áridos da disputa e da luta fratricida, é sempre necessário e vital buscar, nas pausas da reflexão, a luz e a sabedoria daqueles que, por sua experiência e bom senso, podem indicar os caminhos de volta à vida.

         É em encruzilhadas e abismos, como agora se anunciam no Leste da Europa, que, mais do que nunca, é preciso convocar a presença dos verdadeiros construtores de pontes, a restabelecer laços e vínculos perdidos. “É na viagem que fiz à Romênia e à Eslováquia, quando passava pelas aldeias havia pessoas que me cumprimentavam, rapazes, garotas, jovens casais, homens jovens, mulheres jovens, mas de uma certa idade só havia mulheres; quase não havia homens idosos: a guerra! Tudo isso é muito duro. Acredito que temos que reagir, a guerra é terrível. E temos que fazer algo novo sobre esse fracasso, encontrar uma lição de vida nisso,” disse o papa Francisco à Delegação do Instituto de Estudos Internacionais de Salamanca (Espanha), na quinta-feira, 26 de janeiro de 2023.

         Nesse momento, a Educação parece ganhar uma dimensão toda especial e urgente, uma vez que se observa que, é justamente por se afastar de uma educação que induza à fraternidade e à partilha que, mais uma vez, ouve-se falar em guerras e destruições.

         A educação, nos moldes em que ela é ativamente desenvolvida em vários países do globo, estimula, sobremaneira, o espírito da competição entre o alunado, para que sobreviva numa sociedade cada vez mais competitiva e excludente. Essa é a raiz da maioria das guerras.

         Para a educadora italiana, construtora de pontes, Maria Montessori (1870-1952), na educação estruturada para a competição, está o princípio da maioria das guerras que temos assistido ao longo da história humana. “A paz – dizia ela – não escraviza o homem, pelo contrário, ela o exalta. Não o humilha, muito ao contrário, ela o torna consciente de seu poder no universo. E porque está baseada na natureza humana, ela é um princípio universal e constante que vale para todo ser humano.”

         É esse princípio que deve ser nosso guia na elaboração de uma ciência da paz e na educação dos homens para a paz. Tivessem os generais e políticos que hoje estão envolvidos direta e indiretamente nesse conflito envolvendo a Rússia e a Ucrânia recebido, em tempo de escola, uma educação próxima daqueles conceitos Montessorianos, por certo, não estaríamos assistindo agora ao espetáculo horrendo da dança da morte nos campos de batalha.

         O que os soldados fazem agora nas frentes de batalha, a mando de seus superiores, é repetir o modelo de competição que recebiam em suas escolas. Com uma diferença: agora os jogos e as disputas saíram das salas de aula e estão sendo praticadas de arma em punho, numa autêntica caça humana.

         Sempre que possível, é preciso aprofundar o tema educação, incentivando a reflexão pelo pacto Educativo Global, conforme convocado pelo próprio Papa. Entre os objetivos, estão: Analisar o contexto da educação na cultura atual, e seus desafios potencializados pela pandemia. Verificar o impacto das políticas públicas na educação. Identificar valores e referências em vista de uma educação humanizadora na perspectiva da solidariedade. Pensar o papel da família, da comunidade e da sociedade no processo educativo, com a colaboração dos educadores e das instituições de ensino. Incentivar propostas educativas que promovam a dignidade humana, a cultura do encontro e o cuidado com a casa comum. Promover uma educação comprometida com novas formas de economia, de política e de progresso verdadeiramente a serviço da vida humana, em especial, pelo trabalho.

 

A frase que foi pronunciada:

“Não há necessidade de provar que a educação é o maior bem para o homem. Sem educação, as pessoas são rudes, pobres e infelizes.”

Chernyshevsky

Nikolay Gavrilovich Chernyshevsky. Imagem: domínio público

 

Água

Em tempos de chuva é que se vê a qualidade das obras da cidade. Algumas se destacam pelo serviço bem feito com material consistente. É preciso mais atenção na contratação de empresas de terraplanagem e pavimentação asfáltica. As reclamações estão por todos os lados.

Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

 

Marimbondos e abelhas

Momento de discussão de preservação de flora e fauna merece um tempo de reflexão. O Corpo de Bombeiros não é capacitado pra o tratamento de invasão de abelhas. Por isso, quando é chamado, o protocolo é exterminar. É hora de a Embrapa disponibilizar um ramal para chamados de urgência quando for preciso tratar de marimbondos e abelhas.

Foto: Reprodução/CBMDF

 

História de Brasília

Os fiscais da NOVACAP, aproveitando a expulsão dos que estavam em situação irregular, vivem, agora, pressionando os que ficaram, e o suborno é um fato. É comum um fiscal chegar a um comerciante, insinuar-se o dono de tudo, fazer “compras” e não pagar. (Publicada em 15.03.1962)

Atoleiros pelo caminho

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Tropas russas próximas à fronteira com a Ucrânia. Foto:
Reuters

 

         Em algum momento de nossas vidas, haveremos de nos deparar com atoleiros, que impedirão o avanço em qualquer direção. Do mesmo modo, governos e nações enfrentam essas barreiras e imprevistos. O jeito é parar e refletir tanto sobre os caminhos que nos levaram ao brejo, como nos meios capazes de nos retirar desse impasse que, por um tempo, parece nos tragar como areia movediça.

         Em situações como essa, quanto mais você se move e age de modo irracional, mais afunda. O Brasil e os brasileiros estão, neste momento, imersos nesse tipo de pântano sem fundo. Há uma espécie de inconsciente coletivo, herdado de nossa história colonial comum, que, com sua mão invisível, nos conduz a esses espaços abissais, onde não podemos nos mover sob pena de complicar, ainda mais, nossa situação de momento.

         Às vésperas das eleições gerais, essa é a situação atual da nação. Não há respostas prontas ou soluções fáceis. Um olhar distante sobre nossas fronteiras mostra que outras nações e governos estão, neste momento, mergulhados em seus atoleiros.

         Na Europa, de modo geral, é o que se assiste. Mais à Leste, a Rússia encontrou seu atoleiro. Não por acaso, já que foi em busca dele. A Guerra particular de Putin contra a Ucrânia vai se mostrando um enorme atoleiro para as tropas russas. Curiosamente, a Ucrânia é, por sua configuração geológica, repleta de áreas onde existem essas traiçoeiras areias movediças. O melhor da juventude russa e ucraniana vai sendo dizimado nesse conflito insano. Seguir em frente com essa guerra, que já conta com a ajuda militar e de armas de outros países, de um lado e de outro, é afundar, ainda mais, nesse pântano, conduzindo o mundo para um conflito generalizado e sem vencedores.

         Também a China, a exemplo dos russos, mira seu atoleiro na ilha de Taiwan. Os Estados Unidos também conheceram o seu pântano, quando enviaram suas tropas para o Vietnã. Precisaram sair às pressas, com as calças nas mãos.

         Em nosso continente, muitas são as nações que se encontram agora atoladas e imóveis em seus brejos. Venezuela, Argentina, para ficar apenas nesses dois países, vão afundando aos olhos de todos. Os motivos e as causas são conhecidos e, mesmo assim, não foram evitadas a tempo. Também em nosso caso particular, as causas e motivos que permitiram e nos lançaram nesse atoleiro são conhecidas.

         Num sentido figurado, é como você soltar uma cobra venenosa dentro de uma sala escura, apertada e cheia de gente. Salve-se quem puder! Ou seja, salvam-se apenas aqueles que, por sua força bruta, podem escalar pontos mais altos, usando para isso as costas dos mais fracos. Num ambiente hostil dessa natureza, ficar imóvel, pode representar um verdadeiro movimento para a salvação.

         Assim como a Rússia se deparou com seu atoleiro ao invadir a Ucrânia, encontramos também nossa areia movediça ao adentrarmos, de cabeça, no campo da política sem ética e da disputa pela disputa.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A história nos desafia para grandes serviços, nos consagrará se os fizermos, nos repudiará se desertarmos.”

Ulysses Guimarães

Foto: agenciabrasil.ebc.com.br

 

Cidade

Pessoal queimando folhas no próprio terreno está deixando vizinhos asfixiados. A falta de empatia e chuva está deixando Brasília uma cidade diferente do que era.

Foto: Adriana Bernardes/CB/D.A Press

 

Passeio

Entre 9h e 17h deste domingo, a Força Aérea de Brasília ficará aberta para receber a população com diversas atrações.

Foto: fab.mil.br

 

Reforma

Mais transparência às atividades. Esse é o intuito da Lei 13.709/18, conhecida como Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). A Corregedoria Nacional de Justiça deu 180 dias para que os cartórios tomem as providências para modificar os procedimentos técnicos e adotar as novas medidas estabelecidas.

Foto: Reprodução

 

Sem respostas

Por falar em LGPD, Jusbrasil é um portal destinado à publicidade de atos dos tribunais. A diferença é que a busca nos portais da Justiça é mais detalhada. Já o Jusbrasil rasga a vida do cidadão até com dados mortos, que ficam expostos ao público depois de terem sido resolvidos. No Reclame Aqui, é uma enxurrada de protestos! Retirar as informações do portal? Impossível! E o pior: se quiser ter acesso a mais detalhes do que já estão disponibilizados pelos tribunais, há que se desembolsar por volta de R$30/mensais.

Foto: divulgação

 

História de Brasília

Atrás da escola há um boteco. Os bêbados ficam soltando palavrões, e as professôras procuram superar os nomes feios com os ensinamentos em voz mais alta. (Publicada em 10.03.1962)

Parceiros e cúmplices

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Foto: Carlos Rosillo

 

Ditaduras, em todo o tempo e lugar, seja de matiz esquerdista ou de direita, sempre se alimentaram de carne humana. Não por outro motivo, seus exércitos se somam aos milhões. Um único tirano, com apenas uma boca, dois olhos e dois ouvidos, controla e submete dezenas de milhões de pessoas, apenas porque conta com a submissão de outros milhões de olhos, ouvidos e bocas para denunciar e informá-lo do que se passa.

Embora seja um indivíduo solitário e desconfiado, o ditador sobrevive graças aos aduladores à sua volta. Sem essa rede de intrigas, formada por um colosso de outros indivíduos sem escrúpulos, nada poderia fazer. Para uns tantos que não escapam com vida da brutalidade da repressão interna, restam as guerras açuladas além das fronteiras, contra tudo e contra todos, para onde enviam milhares de soldados na flor da idade, diretamente para a morte certa.

Campos de batalhas, assim como as prisões internas, cuidam diariamente de ceifar vidas, para o gáudio desses novos Césares. Com isso, a economia desses verdadeiros cárceres em forma de Estado possuem, na indústria de armamentos e na construção de uma máquina de guerra fabulosa, sem principal ativo, a empregar mão de obra semiescravizada na produção de bombas, canhões e outros artefatos bélicos.

Ditadores não vivem sem o cheiro de carne fresca e de sangue. Enquanto mobilizam toda a nação num esforço de guerra sem fim, que ele mesmo passa a inventar no dia a dia, talvez para pôr a prova sua virilidade paranoica, cuida ele mesmo de enriquecer, escondendo e camuflando os recursos públicos em paraísos fiscais, usando de empresários sem escrúpulos como laranjas para seus propósitos criminosos.

O mundo civilizado faz cara de paisagem para esses personagens, desde que ele cuide apenas de destruir e reduzir a cinzas países de menor importância. O problema aí é que, cedo ou tarde, a falência interna de suas economias forçam esses facínoras a buscar atritos em territórios de interesse estratégico e econômico para os países civilizados.

Somente nesse momento é que seus crimes passam a ser revelados, começando a ganhar manchetes e a chegar ao conhecimento do público. O mundo dito civilizado sempre foi indiferente aos crimes de guerra, quando cometidos contra populações e minorias sem expressão ou interesse econômico.

Notícias dando conta agora que o ditador russo Putin assinou decreto incorporando quase 150 mil homens e mulheres às Forças Armadas daquele país, dá uma mostra ao mundo do modus operandi desse déspota, que, em pleno século XXI e à vista do planeta, obriga sua nação jovem a ir morrer longe de casa, sem causa ou qualquer efeito para esse senhor da guerra. A biografia desse senhor mostra que, desde que chegou ao poder, há mais de duas décadas, não houve um dia sequer sem que o valoroso povo russo não fosse empurrado para conflitos externos. A lista de mortos debitadas a Putin vai assim caminhando a passos largos, para se equiparar a outros conhecidos facínoras do século XX, um dos quais, Stalin, seu mentor espiritual, que, por acaso, vem a ser também seu conterrâneo.

O que assusta é o silêncio do mundo e, sobretudo, dos países que integram o BRICS, principalmente o Brasil, por fazer parcerias econômicas justamente com aquele governo, que, um dia, terá que prestar contas de seus malfeitos. Aliados, mesmo que na economia, são em casos gravosos como esse mais do que parceiros de comércio, são cúmplices de crimes contra a humanidade.

 

A frase que foi pronunciada:

“A menor minoria é o indivíduo. Quem não respeita os direitos do indivíduo não pode pretender defender os direitos das minorias.”

Ayn Rand

Ayn Rand. Foto: wikipedia.org

 

Antes que seja tarde

Chama a atenção do país, o Dr. Rogério Reis Devisate, sobre o Projeto de Lei 2963/19, que que modifica a legislação brasileira sobre a venda de terras a estrangeiros. Segundo o advogado, o PL é inconstitucional e lesivo à segurança e, por reflexo, atentatório à soberania nacional.

–> Leia o artigo clicando aqui: PL 2963/2019 é inconstitucional e lesivo à segurança nacional.

 

Sensacional

Uma lista completa dos restaurantes de Brasília comandados por cearenses. Trata-se de uma pesquisa minuciosa elaborada pela Casa do Ceará, que traz nome do restaurante, nome dos cearenses, endereço, telefone e e-mail. Só o Coco Bambu não quis que os nomes fossem publicados, o que valeu o registro: “Excluído da relação por estúpida solicitação dos donos, em Brasília. Seja feita sua vontade.”

 

 

Sabedoria

Depois de ouvir a decisão do ministro Alexandre Moraes no radinho da parada de ônibus da Praça dos Três Poderes, seu Manoel saiu-se com essa: “Melhor manter o verde amarelo. Parece que esse pessoal está atrás de sangue!”

 

História de Brasília

Nós havíamos dado uma nota sôbre o conserto de carros particulares na garagem da Prefeitura. Realmente, a aragem fica no bloco 1 dos Ministérios, mas é da TCB, e ontem havia 7 caros, 2 bicicletas e 1 motocicleta aguardando conserto. (Publicada em 09.03.1962)

Motivo de piada

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Ilustração: otambosi.blogspot.com

 

         Exercitar o engenho e as artes da política, ao contrário do que pensam os vivaldinos e outros espertalhões, que transformam esse importante instrumento das boas relações humanas em algo sem valia, não é para qualquer um. Exige, além de expertise nesse mister, talento, bagagem cultural e intelectual e uma boa dose de humanismo e ética. Sem esses atributos, fica-se apenas na pequena política, de olho em posições e vantagens, voltada para satisfação do próprio ego, alheio ao mundo em redor.

         É desse mal que padecemos e que nos torna eternos prisioneiros de um subdesenvolvimento crônico e sem sentido. Quando essa deficiência política se estende para além dos assuntos internos e passa a abarcar também os interesses do país no campo internacional, o que se tem é a ruína completa de todo o edifício do Estado e de seu entorno. Saber que países jamais estabelecem laços de amizade e sim relações de interesses econômicos e estratégicos é uma das primeiras lições a serem aprendidas. Os amigos do Brasil são, em primeiríssimo lugar, para os brasileiros e para os que aqui vieram com suas famílias começarem uma vida nova e estão aqui para somar. De resto, o que se tem são interesses, inclusive os mais inconfessáveis. Acreditar, como fez o atual governo, que o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, era seu amigo particular e de seus filhos foi não só um engano, como um perigo para o Brasil. Do mesmo modo, crer que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, nutre laços de amizade fraternal e de apreço pelo atual governo e pelos brasileiros é de uma ingenuidade sem par.

          Putin tem tanta simpatia e amizade com o atual governo e o Brasil, como teve com a Ucrânia, que invadiu e vem destruindo, tijolo por tijolo, matando civis e riscando aquele país, outrora uma nação independente. Observem que, nesse caso, assim como os russos, os ucranianos possuíam, com o invasor, uma história comum e até laços consanguíneos. Nada disso prevaleceu.

         Encontrar vantagens em preços de fertilizantes NPK, como nitrogenados, fosfatados e potássicos, que o Brasil passou a importar da Rússia ou a compra de diesel, como vem sendo negociado agora, é um passo no escuro, como tem alertado aqueles que realmente entendem do xadrez das relações internacionais.

         Comercializar abertamente com um país que está na mira do mundo por seu procedimento arrivista e bélico e que pode, na sequência, levar toda a Europa e o planeta para um guerra sem precedentes, é outra demonstração de um infantilismo político e perigoso. Burlar as sanções justas contra a Rússia é se colocar ao lado do agressor e contra as demais nações democráticas, assumindo o lado errado da história.

          Com o ex-presidente e agora candidato Lula, ocorriam os mesmos erros na condução da política externa. Também o demiurgo de Garanhuns acreditava ser o rei da cocada preta. Suas amizades com os espertos irmãos Castros, com Evo Morales, Hugo Chaves e outros ditadores da América Latina, a quem chamava de “irmãos”, custou bilhões de reais aos contribuintes brasileiros, que deles só obtiveram o calote, puro e simples. Podemos imaginar aqui as risadas que esses personagens da tirania latina davam, entre baforadas de charuto, zombando da grande trapaça que aplicaram no brasileiro Lula, em nome de um socialismo que nem eles, nem ninguém mais acredita.

         Não fosse pela alternância de poder e outros atropelos, como o impeachment contra Dilma, esses falsos camaradas de chanchadas, metidos em seus uniformes militares de fantasia, teriam levado até as cuecas dos brasileiros, tudo em nome do socialismo do século XXI.

A frase que foi pronunciada:

“Homem livre e escravo, patrício e plebeu, senhor e servo, mestre de corporação e oficial, em uma palavra, opressores e oprimidos, estavam em constante oposição um ao outro, travavam uma luta ininterrupta, ora oculta, ora aberta, que cada vez terminava, ou na reconstituição revolucionária da sociedade em geral, ou na ruína comum das classes em conflito”.

Karl Marx, O Manifesto Comunista

Retrato de Karl Marx (1818–1883). Foto: John Jabez Edwin Mayall – Instituto Internacional de História Social.

 

De graça

Sempre valorizando a arte e a comunidade brasiliense, a Casa Thomas Jefferson apresenta, no programa Sexta Musical, as Obras para Violão de Guerra-Peixe interpretadas pelo violonista Álvaro Henrique, “conhecido por se apropriar da música como forma de comunicação. O concerto será às 20 h, na Thomas da 706/906 Sul.

Violonista Alvaro Henrique toca obras de César Guerra-Peixe no palco do CTJ Hall

Com entrada gratuita, espetáculo será nesta sexta-feira (15), às 20h, na Casa Thomas Jefferson da SEP Sul 706/906

Nesta semana, as Sextas Musicais apresentam ao público o espetáculo Obras para Violão de César Guerra-Peixe. No palco do CTJ Hall, na Casa Thomas Jefferson da SEP Sul 706/906, peças do renomado compositor brasileiro (1914-1993) serão interpretadas pelo versátil violonista Alvaro Henrique, conhecido por se apropriar da música como uma força de comunicação. O espetáculo, nesta sexta (15), às 20h, tem entrada gratuita.

A apresentação terá também transmissão ao vivo pelo YouTube do centro binacional, que conta com o apoio da Embaixada dos EUA na realização de seus eventos culturais. Dessa forma, esse patrimônio de belas apresentações musicais permanecerá disponível online.

Sobre César Guerra-Peixe

César Guerra-Peixe foi o primeiro a se formar como compositor no Conservatório Brasileiro de Música (1944). Em seguida foi estudar com Koellreuter e mesclou serialismo com nacionalismo. Abandonou o serialismo em 1949. Viveu em Recife de  1948 a 1950. Participou do Movimento Armorial.

Guerra-Peixe começou a escrever para violão após retornar ao nacionalismo. Sua primeira peça para o instrumento mistura serialismo com nacionalismo, a Suíte para violão sua Sonata para violão é a primeira sonata para o instrumento feita por um brasileiro. Desenvolvidos a partir de uma trilha sonora que ele escreveu, seus 5 Prelúdios exploram muito cordas soltas com arpejos ao longo do braço do violão. 

A maior parte de sua obra para violão é para iniciantes, como o Caderno de Mariza, as Breves, e as Lúdicas (de Ludos, diversão em Grego). Peixinhos da Guiné é uma composição a partir de uma canção folclórica.

Sobre Alvaro Henrique  

Alvaro Henrique, violonista, percorreu uma longa trajetória para se tornar um intérprete bem incomum. Iniciou seus estudos musicais como um adolescente muito tímido que tinha dificuldade de interagir com outras pessoas. Seu pai pensou que tocar um instrumento ajudaria. Alvaro não estava interessado até ouvir o violão. Alguns dias depois, ele começou a estudar o violão clássico. 

Por sorte, Alvaro entrou numa escola de música que o encorajou bastante a tocar em público. Então, desde o início, notou que a música poderia ser sua forma de se comunicar e se conectar com outras pessoas. Ele podia expressar o que sentia – o que todos sentimos e precisamos dizer – com música em vez de palavras. Portanto, a música é, para Alvaro Henrique, uma linguagem que usa para se comunicar com as pessoas. Todo seu trabalho artístico é baseado nisso, seja pesquisando a expressividade musical (na sua dissertação de mestrado), seja programando recitais que conectam as plateias com um mundo de emoções e histórias que incendeiam ideias, conversas, e significados. Os programas de recital de Alvaro Henrique incluem vários instrumentos de cordas dedilhadas cobrindo uma vasta gama de histórias e culturas. 

Ele toca a antiga vihuela, o violão barroco ateorbado, o violão do século XIX e, claro, o violão moderno. Seu repertório flexível permite apresentações com cinco séculos de música e culturas. 

Alvaro Henrique também estreou obras de vários compositores, como Mario Ferraro e Ernest Mahle. Ele toca obras de Villa-Lobos, Scarlatti,Tárrega e Guerra-Peixe, assim como transcrições surpreendentes de obras de Tchaikovsky e Stravinsky. 

Como solista de orquestra, já se apresentou no Brasil com a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro e com a Orquestra de Cordas da Universidade Federal do Rio de Janeiro, assim como na Finlândia com a Vaasa Sinfonietta. Estreou 5 concertos, e trabalhou com os regentes Julio Medaglia, Ville Mankkinen, Angelo Cavallaro, dentre outros. 

Com um interesse especial em arte que provoca mudanças, os projetos de Alvaro incluem a encomenda de obras sobre temas sociais. São exemplos o Concerto Que Todos os Ditadores Caiam, de Jean Goldenbaum (inspirado na Primavera Árabe), e Brasília 50, de Jorge Antunes (uma obra para violão e sons pré-gravados que descrevem eventos históricos que ocorreram de 1960 a 2010). 

Comprometido a auxiliar a plateia a realizar conexões significativas com a música, Alvaro com frequência realiza concertos didáticos e aulas-espetáculos em escolas, centros comunitários e asilos. 

Conhecido pelo drama e humor de suas performances, além de suas presença de palco com a plateia, Henrique viajou por 15 países e lançou dois álbuns solo e um DVD. 

Alvaro Henrique é bacharel em violão pela Universidade de São Paulo (USP), possui diploma de Kunstliche Ausbildung pela Hochschule für Musik Nürnberg (Alemanha) e é mestre em música pela Universidade de Brasília. Entre seus principais professores, estão Franz Halasz, Alvise Migotto, Bohumil Med e Zilmar Gustavo Costa. Os recitais, concertos, e gravações de Alvaro Henrique mostram a música primeiramente como uma força de comunicação, e cada projeto transmite uma mensagem.

 O programa do espetáculo:

 – Suíte para violão (5 min): serial + nacional.

 – Sonata para violão (13 min): a obra-prima que você ainda não conhece.

 – Prelúdios 4 and 5 (4 min): uma aula de orquestração com cordas soltas

 – Violão a Bordo, do Caderno de Mariza (2 min): fácil pode ser bonito.

 – Breves II (2 min): música para iniciantes com cara de música.

 – Lúdicas 4 (Berimbau) (2 min): a melhor representação no violão.

A Casa Thomas Jefferson e Brasília

A história da Casa Thomas Jefferson se mistura com a de Brasília. O centro binacional, entidade sem fins lucrativos, foi criado na capital federal para contribuir para o desenvolvimento dos habitantes por meio de experiências singulares em cultura e educação. Idealizada desde a inauguração da cidade por um grupo formado por brasileiros e norte-americanos, iniciou as suas atividades em 1963, modestamente, em salas comerciais na Quadra 510 da W3 Sul e segue fiel ao seu estatuto e compromisso com a sociedade.

A série Sextas Musicais destaca-se no cenário de Brasília e do Brasil e pode ser considerada um patrimônio imaterial da capital por sua contribuição à sociedade, às instituições e à comunidade artística. A excelência em todas as áreas em que a Casa Thomas Jefferson adquiriu ao longo de seis décadas e que agora é expandida para outras cidades no Brasil deve ser considerada, com legitimidade, típica e oriunda de Brasília para o Brasil.

Sobre as Sextas Musicais

As Sextas Musicais são um tradicional evento de Brasília. Desde 1987, a Casa Thomas Jefferson realiza esses concertos gratuitos e com classificação indicativa livre, mantendo-se fiel à missão de conectar e transformar vidas através de gerações por meio de experiências singulares.

Desde 2020, com a pandemia do novo coronavírus, a Casa Thomas Jefferson adaptou as apresentações para o formato on live streaming. Com produção requintada, qualidade de captação e transmissão de som e imagem, as Sextas Musicais demonstram o compromisso e o respeito do centro binacional com os artistas profissionais da música que dedicam suas vidas ao estudo e à performance musical e ao público.

Serviço

Evento: Sextas Musicais com público presencial e transmissão ao vivo

Obras para Violão de César Guerra-Peixe

Alvaro Henrique, violonista

Data: 15 de julho de 2022

Horário: 20 horas

Local: CTJ HALL-Casa Thomas Jefferson – SEP-Sul 706/906

Classificação indicativa: Livre

Entrada gratuita

 

Mestrado

Em Harvard e Yale, está dando certo. Também a Universidade de Brasília passou a ministrar a matéria ‘Felicidade’. Como trazer a felicidade para a família, Medicina, Direito ou para qualquer profissão escolhida. Como chegar à felicidade com o compartilhamento. É um assunto novo e, dessa vez, positivo.

 

História de Brasília

Nêstes últimos dias, o gás engarrafado sofreu um aumento de 20,6%, o que constitui um record sôbre todos os aumentos anteriores. (Publicada em 02.03.1962)