Um partido zumbi

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VISTO, LIDO E OUVIDO Criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Charge do Fernandes (caricaturasfernandes.blogspot.com)

Só há uma maneira eficaz para o Partido dos Trabalhadores sobreviver aos novos tempos: desligar a legenda do lulismo. Ou é isso ou será como abraço de afogados. Ainda há tempo para a adoção dessa medida. O problema é que, dentro do partido, a tendência majoritária descarta essa opção por um motivo simples e prosaico: as principais lideranças petistas de expressão nacional ainda são praticamente as mesmas, desde o primeiro Lula e dele obtiveram os maiores benefícios legais e ilegais.

Nesse sentido, livrar o partido de seu fundador, saneando a sigla com um bem estudado mea-culpa, o que parece impossível, ainda são possibilidades distantes. Com isso, pouco importa à legenda possuir ainda um número expressivo de deputados eleitos. Fora das quatro paredes do Congresso, interessa aos políticos que vieram na onda da renovação, mostrar para os eleitores que não irão decepcioná-los, aliando-se aos adversários das urnas.

Na verdade, quem não é do PT ainda não sabe disso. Quem alçou Bolsonaro ao poder foi justamente o Partido dos Trabalhadores, ou, mais precisamente, a rejeição tremenda a essa legenda e ao seu programa, sobretudo, a sua maior liderança, hoje condenado e preso por crime comum. Com isso, restam poucas possibilidades ao partido de voltar a emergir por conta própria, mantendo o mesmo modus operandi e atado à figura de Lula. É certo que a figura de Lula encolheu muito, sobretudo nos anos finais do governo Dilma.

Sobre esse ponto, vale salientar que Dilma, foi, entre todos, a principal coveira de Lula, por seu governo pífio e surreal. Obviamente que o maior responsável pela derrocada de Lula, não foi outra pessoa se não ele mesmo, esmagado pelo peso do próprio ego. De outra forma, é preciso meditar sobre uma possível sobrevida dessa legenda, com uma pergunta básica: a quem interessa a sobrevivência do PT?

Alguns argumentarão que isso interessa à democracia. Outros encontrarão, nessa resposta, uma contradição básica. Pelo desempenho ao longo de mais de treze anos, esse partido demonstrou total desprezo pela democracia e pelos seus ritos, guiando sua conduta unicamente pela ideia de perpetuação da legenda no poder.

Democracia popular é um outro nome para a ditadura de esquerda que usa do pretexto de governar com a população para usurpar do poder. Os apoios irrestritos dados por essa legenda a ditaduras como Venezuela, Cuba e outras exemplificam bem essa postura. Quando a inteligência é substituída por fanatismo, nada de racional se pode esperar pela frente. Ao colocar Lula, Marx e outras figuras do comunismo lado a lado no altar da adoração ateia, o que as atuais lideranças dessa legenda vêm conseguindo é atrair a ira santa dos brasileiros.

Em uma das suas últimas peregrinadas pelo Sul do país, a bordo de uma caravana improvisada que visava alavancar sua candidatura, Lula pode testemunhar, ao vivo e in loco, a tremenda rejeição da população, fato que, por pouco não acabou em maiores incidentes. Dessa forma, atar o destino de uma legenda que, até pouco tempo, era uma das maiores do país, à figura de um condenado por crime comum é suicídio.

Lula é hoje a maior liderança apenas para sua própria claque. Reconhecer esse fato triste para história política do Brasil é um modo de libertar o partido de um passado recente repleto de malfeitorias. O mais difícil é convencer essas velhas lideranças que ainda aí estão de que o antigo partido morreu. Querer ressuscitá-lo de qualquer forma e sem uma visão clara por novos caminhos é transformá-lo numa legenda zumbi a arrastar correntes pelos corredores do Congresso, amedrontando as pessoas.

 

A frase que não foi pronunciada:

Ópera Fantasma – Nada tenho. Nada me pode ser tirado. Eu sou o ex-estranho, o que veio sem ser chamado e, gato se foi sem fazer nenhum ruído

Paulo Leminski

 

Educação

Aos poucos, cidadãos do país se beneficiam da educação à distância promovida pelo Poder Legislativo. Milhares de pessoas foram formadas por essa modalidade de curso.

Foto: Divulgação/MCTIC

Certo

Disse Lasier Martins, o autor do projeto que acaba com o voto secreto no Senado para a eleição da presidência, vice-presidência, secretários e suplentes da Mesa Diretora e presidentes e vices das comissões da Casa:

“Nunca deve ser esquecido que os parlamentares são meros representantes do povo e, quando votam, estão exercendo a delegação popular que o voto lhes concede. É injustificável que haja deliberações secretas no Congresso Nacional, na medida que isso significa ocultar do representado aquilo que o representante está fazendo em seu nome. Trata-se de agressão contra o cidadão, que o impede de exercer o seu inalienável direito de fiscalização da atuação de seu representante”.

Charge do Mário, reprodução da Tribuna de Minas

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O governo preste atenção para uma coisa: inicia-se, hoje, em Fortaleza, o primeiro Congresso de Lavradores e Trabalhadores Agrícolas do Ceará. (Publicado em 08.11.1961)

Levar vantagem virou cultura

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Charge do Duke (dukechargista.com.br)

Uma checagem na lista dos maiores incentivadores (pessoa jurídica) dá conta de que a Lei Rouanet tem por detrás empresas públicas como BNDES, Banco do Brasil, Correios, Petrobrás e outras grandes estatais que se utilizam do dinheiro público para incentivar núcleos privilegiados e, em muitos casos, de renome nacional.

O mesmo se sucede com a distribuição desigual desses recursos, contados aos bilhões de reais, por regiões. Em 2015 os recursos aprovados em mecenato por região mostram o Sudeste com o quádruplo desses financiamentos em relação ao restante do país. Essa concentração regional é alvo de muitas críticas e de discussões entre os próprios artistas que criticam o apoio da Lei a projetos meramente lucrativos e a artistas de renome.

Muitos entendidos no assunto costumam afirmar que, pelo formato atual da Lei Rouanet, em que é estabelecida uma parceria público-privada, o dinheiro é público, mas a decisão em apoiar e selecionar os projetos ficam no âmbito particular, ao alvitre das empresas dentro de uma estratégia de lucro imediato. Diante dessa degeneração da Lei, sobretudo durante os governos petistas, a Lei Rouanet perdeu seu espírito original, transmutando-se numa porta escancarada para desvios e para a corrupção.

 

A frase que foi pronunciada:

“O planejamento é essencial, mas o plano é inútil.”

Einsehower

 

Mãos à obra

Se 3,3 milhões de pessoas morrem todos os anos por consequência do uso do álcool no mundo, como averiguou a OMS, está na hora de o Brasil tomar medidas similares ao tabaco como forma de proteger principalmente os jovens. Por aqui, o consumo do álcool por pessoa em 2016 foi de 8,9 litros, maior do que a média internacional, que chegou a 6,4 litros.

Foto: portaldoholanda.com.br

Mudanças

Não é só a imprensa que passa por uma transformação depois do advento da Internet. As próprias notícias postadas na Internet sofrem modificações de acordo com interesses, de forma parcial e irresponsável.

Tirinha da Nani (nanihumor.com)

Imbróglio da intolerância

O recente caso do Fernando Silva Bispo, mais conhecido como Fernando Holiday, é um exemplo. Para quem não o conhece, trata-se de um político brasileiro, novo, filiado ao Democratas e vereador da cidade de São Paulo. Foi eleito com 48.055 votos nas eleições de 2016, sendo o primeiro homossexual assumido a ocupar tal cargo.

 

Tristeza

Holiday é bem incisivo em seus discursos e incomoda bastante os partidos de “esquerda”. Onde há incoerências do PT, Holiday as aponta tirando todas as máscaras, mostrando que aqueles rostos nunca ficam vermelhos.

Foto: facebook.com/fernandoholiday.mbl

Movimentos

Na última audiência pública na Câmara de Vereadores de SP para tratar da reforma da Previdência, depois de uma reunião conturbada, com muita briga, empurrões, discussões acirradas, o pior aconteceu. Dia 26, no encerramento das atividades, manifestantes petistas tentaram derrubar o portão para invadir a câmara municipal. Foi preciso a polícia dispersar os manifestantes com água e bala de borracha.

 

Atentado

Acabada a votação da Reforma da Presidência, o relator Holiday apareceu na janela para ver os manifestantes, que o reconheceram de imediato, e gritavam palavras de baixo calão. Logo depois, um projétil atingiu a janela do gabinete. Feito o boletim de ocorrência, baseado no perigo de vida experimentado pelo parlamentar paulista e pela característica da perfuração feito por arma de fogo.

 

Troca

Interessante o aplicativo que une duas realidades. Dos mais abastados em doar e dos mais necessitados em receber. Trata-se do Cataki. Depois de fazer um breve cadastro há possibilidade de chamar uma equipe para recolher as doações que podem ser vidros, plásticos, eletrônicos, entulhos, móveis, baterias, óleos entre outros. O que está em desuso pode ser muito importante para alguém.

Foto: cataki.org

Curiosidade

Uma pesquisa interessante feita por curiosidade mostrou que nenhuma escola de inglês em Brasília tem uma telefonista que atenda o telefone e seja capaz de compreender o interlocutor norte-americano. Em compensação, todas tinham alguém por perto para socorrer a funcionária.

 

Necessidade

Antenado nas mídias sociais, o GDF de Rollemberg tem vários canais para manter contato com a população. Resta saber se o novo governador tem uma equipe para cuidar do assunto, que é fundamental se tiver interesse em interagir com os brasilienses.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Este, doutor Sette, é um pequeno balanço. Não mostro o mapa da mina, como fez o senhor, porque não sei onde ele está. (Publicado em 07.11.1961)

 

Maquiagem especial

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Foto: reprodução/Veja

Há uma sinistra conexão onde conclui-se que quanto mais ineficiente e inescrupuloso um governo, maiores os gastos com publicidade. Durante o primeiro governo da presidente “impichada” Dilma Rousseff, os gastos com propaganda para louvar as estatais e a gestão petista consumiram, oficialmente, mais de R$ 6 bilhões, em parte, carreados para as agências de marketing dos mesmos gurus que comandaram as campanhas eleitorais.

À medida que a crise batia à porta dos brasileiros, aumentavam, para o gáudio das agências de publicidade e na mesma proporção, os gastos com propaganda oficial. Apenas no primeiro ano do segundo e breve mandato de Dilma, os gastos, segundo a Secretaria de Comunicação do Planalto, foram de R$ 238 milhões. Naquele período, maiores prejuízos tiveram o Banco do Brasil e a Petrobras, que torraram, respectivamente, R$1,4 bilhão e R$ 1,35 bilhão apenas para “maquiar” as performances dessas empresas, exauridas pela corrupção e por desvios de recursos de toda a natureza.

De lá para cá pouca coisa mudou. Por conta das duas denúncias que sofreu, o governo Temer teve que gastar quase R$ 800 milhões em publicidade. Nessa ação perdulária com o dinheiro dos contribuintes, Temer distribuiu também fartos recursos para os principais veículos de comunicação do país, para que produzissem matérias positivas sobre seu governo ou que suavizassem outras notícias negativas.

Mesmo antes de assumir a presidência, Jair Bolsonaro se declarou surpreso com o contrato firmado pela Caixa Econômica Federal de R$ 2,5 bilhões em publicidade, prometendo rever esse e outros gastos que sempre tiveram como objetivo manter devidamente maquiada e apresentável a múmia do governo.

 

A frase que foi pronunciada:

“A soberania e o poder devem estar submetidos ao constrangimento da lei impessoal e abstrata.”

Herbert Marcuse, sociólogo e filósofo alemão naturalizado norte-americano, pertencente à Escola de Frankfurt.

 

Sabedoria

Bem que dona Lourdes Oliveira avisou à amiga da 305 Sul. “Minha filha, não vá ao João de Deus. Procure o Deus de João!” Ela estava certa. Agora até o FBI pede informação sobre o famoso médium. Já nos decepcionamos, com os políticos, os jogadores de futebol, os sambistas do Rio, com guias espirituais. Quem serão os próximos?

Foto: liberal.com

Última hora

Na despedida para as férias, o ministro Marco Aurélio de Mello determinou. Os votos para a presidência do Senado serão abertos. Quanto menos segredos melhor. Essa legislatura promete.

Foto: veja.abril.com (Ueslei Marcelino/Reuters)

Serra

Justiça seja feita. A população brasileira deve muito à coragem de José Serra. Enfrentou os tabagistas em favor da população. Até hoje ninguém teve a mesma autoridade para reduzir o açúcar nos alimentos, que aos poucos mata a população. Reuniões, acordos e muita conversa, mas nada prático.

Foto: pragmatismopolitico.com.br

Pausa

Está no livro de Alencar Furtado Um pouco de muitos. Em 1996, Costa e Silva, Ministro do Exército, embarcou para a Europa e Japão. Em Paris, pediu que a Embaixada providenciasse dois ingressos para uma ópera. A funcionária perguntou: O senhor quer para “Tristão e Isolda”? –“Não”, respondeu Costa e Silva, “é mesmo para Arthur e Iolanda”.

Foto: davidarioch.com

Mão leve

No Pão de Açúcar do Lago Sul, onde muitos idosos fazem compras, uma super oferta chama a atenção. A deliciosa Castanha Portuguesa é disponibilizada em abundância com o preço estampado em um cartaz onde destaca em vermelho a “Oferta”. O preço é chamativo: R$6,99. Mais barato que o tomate, exclamou a senhora de cabelos brancos. Ao pagar no caixa, a surpresa. O preço do grama e não do quilo fez com que o produto fosse devolvido. Induzir ao engano é coisa de quem não considera o consumidor.

Wifi

No desembarque doméstico do aeroporto de Brasília não há sinal para os celulares. Justamente no local onde a comunicação é fundamental.

Foto: bsb.aero

Que pena

Janaina Paschoal declarou sobre governo Bolsonaro: “Se andar bem, sou aliada, se andar mal, sou inimiga.” Parece que lavou as mãos.

Foto: odia.ig.com

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Os dentistas do Hospital Distrital, têm que levar para o trabalho o seu próprio equipamento, porque até hoje a Fundação não comprou o material necessário. (Publicado em 07.11.1961)

Prisioneiros das próprias contradições

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Charge: psdb.org.br

Em encontro do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, que acontece nesse fim de semana em Brasília, lideranças de todo o país discutirão novos rumos para a legenda após a derrota sofrida nas últimas eleições.  É com base na análise detida da performance do partido em outubro passado que sua cúpula pretende traçar novas estratégias para esses próximos anos e para as eleições de 2022. Pelo menos é o que está previsto para acontecer.

No entanto, para aqueles que conheceram o partido por dentro e que hoje adotaram uma postura de distanciamento e de crítica, o encontro em Brasília é uma tentativa desesperada da legenda para não naufragar nesses próximos quatro anos, diante não apenas dos significativos 11 milhões de votos a mais colhidos pela direita, mas, sobretudo, pela grande rejeição demonstrada pela população em relação a legenda.

De fato, o que motiva esse encontro, mais do que táticas políticas na formação de frentes amplas de partidos da esquerda, é o temor de que o crescente antipetismo, expressado pela sociedade e verificado em todos os patamares da pirâmide social, acabe empurrando o Partido ladeira abaixo, transformando-o numa legenda significativa apenas nos grotões mais miseráveis do país. A tentativa de atrair nesse encontro a simpatia de partidos como o PDT, PCdoB e PSB para a formação de uma força conjunta contra o governo Bolsonaro, é, no presente momento, a única estratégia para dar uma sobrevida ao partido.

É claro que, nessa altura dos acontecimentos, os partidos de oposição que sempre tiveram um protagonismo periférico nos governos petistas desconfiam que temas como frente ampla e outros discursos do gênero escondam ainda a pretensão hegemônica do PT de soerguer-se individualmente e de maneira isolada e mesquinha. Nesse caso não seria surpresa se, mais uma vez, o lulopetismo utilizasse essas legendas apenas como tábua de salvação para não submergir a maré crescente do conservadorismo.

Uma observação pertinente que cabe não só aos petistas, mas sobremaneira a todos os partidos de esquerda é que todos eles ainda não compreenderam que o Brasil, por sua formação histórica e por diversos outros fatores, é um país conservador. Se isso é bom ou ruim, pouco importa. O importante é saber que nenhum partido possui o condão de mudar essa realidade factual. Analisado por esse viés, até mesmo o próprio Partido dos Trabalhadores é, por sua insistência em ser dirigido, desde sempre, pelo mesmo grupo, uma legenda conservadora.

É preciso notar aí, que a rigor, se fossem utilizados os dispositivos previstos não só na Constituição, como na legislação eleitoral, há muito essa legenda teria o seu registro cassado.

São evidentes e fartas as provas, em mãos da justiça, que atestam que, por anos, esse partido recebeu grandes somas de dinheiro oriundas de desvios nas estatais, via empreiteiras interessadas nesse nicho criminoso. A inutilidade de encontros e de discussões como essa torna-se patente quando se verificam que, por detrás de pregações de renovação, o partido não consegue ocultar o desejo de ver sua maior liderança, hoje condenado e preso, subir novamente a rampa do Planalto.

A insistência em manter, no controle da legenda, lideranças publicamente desgastadas e até mesmo repudiadas pela população é uma prova de que o PT, assim como seu fundador, estão todos juntos trancafiados numa cela da Polícia Federal em Curitiba. Vítima de suas próprias contradições, o petismo não consegue se libertar de seu passado recente e do fato de que é propriedade daquele que jura nada possuir em seu nome!

 

A frase que foi pronunciada:

“Bicudo combateu a ditadura militar e a do PT.”

Reale Jr, advogado

Foto: exame.abril.com.br

Valorização

Deputado federal Augusto Carvalho quer alterar um parágrafo de lei com uma proposta interessante. Um Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério.

Foto: solidariedade.org.br

Sem nexo

É incompreensível que para a seleção de estagiários seja exigida experiência profissional.

Imagem: clubedebolsas.com.br

Dúvida

Ninguém estranhou que um general assessorasse o ministro Dias Toffoli? Mais que isso. Que um general fosse substituído por outro general para continuar a assessoria? Mais um pouquinho. Que o primeiro general que o assessorava viesse a ser nomeado Ministro da Defesa?  Devo estar vendo muitos filmes.

 

Novidade

Pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação será obrigatório que as escolas e universidades divulguem os resultados obtidos em sistemas oficiais de avaliação.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Nunca foi tão alto o número de títulos protestados em Brasília. Em alguns casos, são aventureiros, mas em outros são comerciantes honestos e trabalhadores, que estão sufocados pela suspensão das obras da cidade. (Publicado em 07.11.1961)

A inutilidade crescente dos partidos políticos

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ARI CUNHA – In memoriam

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Foto: g1.globo.com/jornal-nacional

Ainda está a carecer de análises sérias e desapaixonadas sobre os fenômenos que propiciaram a eleição acachapante de Jair Bolsonaro para presidente da República. Pelo menos para que os ditos analistas possam entender o ocorrido à luz da ciência política.

Do ponto de vista da população em geral, não há essa necessidade. Ali, os fenômenos dessa magnitude são encarados como decorrentes de forças naturais que simplesmente ocasionam desgaste de pessoas e ideias ao longo do tempo, o que acabam por favorecer candidatos fora do espectro tradicional. Contudo, para o cidadão mais escolarizado e ligado na intensa movimentação política que tem sacudido o país desde 2005, quando estourou o escândalo do mensalão, esses novos fenômenos, de caráter social e global, necessitam ser melhor entendidos.

De saída sabe-se que muitas foram as causas que concorreram para a vitória de Bolsonaro, muitas, inclusive, já examinadas e reviradas por muitos analistas. Colocados sobre a mesa, os principais fatores que concorreram para a vitória de Bolsonaro podem ser reconhecidos a partir do grau de importância nessas eleições. Para surpresa geral, essa disputa eleitoral mostrou que grande soma de dinheiro, seja em malas, cuecas, apartamentos, caixa dois e outras modalidades ilícitas não tem o condão de se sobrepor à vontade livre das urnas. Outra constatação imediata advinda dessas eleições é que as televisões e os institutos de pesquisa de opinião perderam a antiga força de persuasão. Não se sabe ao certo ainda, mas, ao que parece, os bruxos do marketing político, que até aqui ganhavam fábulas de dinheiro fabricado em seus caldeirões políticos sob medida, estarão desempregados doravante.

De fato, o desencanto da população com os partidos e com a classe política atingiu níveis nunca antes experimentados, levando muitos brasileiros a optar por alternativas fora desses nichos tradicionais.

O que não resta dúvida é que foram justamente os partidos políticos, as instituições que mais perderam prestígio e poder nessas eleições. O motivo salta aos olhos. Transformadas, desde a redemocratização, em verdadeiras empresas do tipo “Tabajara”, os partidos políticos, nem de longe, conseguem atender hoje as demandas democráticas de uma sociedade que evolui muito mais veloz do que esses organismos monolíticos.

 

A frase que foi pronunciada:

“A ideologia instaura uma cisão entre a realidade e os conceitos, arranca as ideias de seu enraizamento orgânico na realidade, e assim petrifica o pensamento para controlar as pessoas.”

Ernesto Araújo, futuro ministro das Relações Exteriores

Charge: ouniversitario.saojeronimo.org

 

No mínimo

Ibram continua em silêncio em relação ao lixo do Paranoá Parque levado pelas águas da chuva até uma nascente no Setor de Mansões do Lago Norte. É preciso que o SLU amplie o projeto papa entulho naquela região para que os moradores descartem material em desuso em local apropriado.

 

Bem representado

Marcos Linhares, reconduzido na presidência do Sindicato dos Escritores de Brasília, vai criar o Instituto Distrital do Livro. Outra iniciativa é que escritores regionais sejam citados nas provas de vestibular. Há também a ideia de uma criação literária colaborativa na Biblioteca Maria da Conceição Moreira Salles. Veja as fotos da nova diretoria no blog do Ari Cunha.

 

Deu certo

Vale conhecer a simpática loja Bananika, na 205 Norte, bloco C, da arquiteta Priscila Martins Costa. Brinquedos inteligentes, ambiente agradável. O local abriga peças de diversos parceiros com venda colaborativa.

Fotos: facebook.com/lojabananika

 

Para inglês ver

Depois da urna eletrônica, o mais difícil de acreditar nas últimas eleições foi a cota para mulheres. Vale uma pesquisa acadêmica sobre a realidade do assunto. Os conchavos da base dos partidos e a vontade dos chefões das siglas se sobrepõem à qualidade dos candidatos.

 

De graça

Nessa sexta-feira, dia 23, por volta das 18h30, Oliveira das Panelas fará um show com entrada franqueada ao público na antiga Ascade, 610 Sul. A programação é do Sindilegis. O compositor, poeta, cantor e repentista será antecedido no palco por Nonato de Freitas, que fará um breve histórico sobre a cantoria: da Grécia à Serra do Teixeira, na Paraíba. Veja um pouquinho de Oliveira das Panelas no blog do Ari Cunha.

 

Greve

Alimentação dos alunos e limpeza das escolas comprometidas com a falta de pagamento. O GDF garante que o repasse foi feito e que o salário dos funcionários é de responsabilidade das empresas contratadas pelo governo.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Brasília tem tudo para possuir um serviço exemplar de Correios. Basta que o DCT compreenda isto, aumente o número de agências, humanize o trabalho, higienize o ambiente, e modernize a compreensão que os funcionários têm sobre suas atividades. (Publicado em 05.11.1961)

Ídolo de barro

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Foto: veja.abril.com.br

 

Desastre. Essa, talvez seja a palavra que melhor defina e resuma o depoimento prestado pelo ex-presidente Lula à Justiça Federal em Curitiba. Durante quase três horas, coube ao ex-presidente exercer sua defesa de forma autônoma, sob o olhar congelado de seu advogado de defesa, acuado com a tática imposta pelo seu cliente parlapatão.

Aos limites intelectuais conhecidos, Lula, como sempre, buscou interpor sua retórica de palanque, na tentativa de enredar a jovem juíza no seu raciocínio circular. Não deu certo. Ao assumir a própria defesa, desde o primeiro depoimento, Lula imaginara, do alto de sua arrogância, que com sua diatribe poderia facilmente dar um nó no processo, inviabilizando o prosseguimento de toda a acusação contra ele, sob o argumento de perseguição política.

Ocorre que uma coisa é a narrativa criada para dar dinâmica à vida política. Outra, é a narrativa que se busca para contornar as penalidades da lei. Nas ruas, a narrativa é feita de imaginação. Nos tribunais, a imaginação fica por conta do veredito do juiz.

Os antigos diziam que não basta ter dignidade para viver. É preciso dignidade também para morrer. Quando lá atrás, reconheceu que “quem conta uma mentira passa a vida inteira mentindo”, Lula não sabia que essa seria exatamente sua sina, diante das muitas evidências reunidas pelas investigações do Ministério Público contra ele.

Com isso, o ex-presidente segue sua ladainha, emendando narrativas por cima de narrativas e, pior, envolvendo um número sempre crescente de outras pessoas, esticando um roteiro, que, a princípio, era só seu. Mal assessorado, mal aconselhado e cercado de fanáticos, Lula não enxerga sua própria existência e as ruínas que vai deixando para trás de si.

Praticamente todos aqueles que cruzaram seu caminho foram arrastados para o seu labirinto. Como um fauno ou um minotauro, Lula tem aprisionado em seu mundo sua família, seus amigos, seu partido, o país e a própria vida. Trata-se de um personagem complexo. Talvez o mais complexo a passar pela presidência da República. De fato, Lula e seu governo simbolizam hoje exatamente o oposto do que a população almeja.

Liberta do labirinto bolivariano, o que a sociedade busca agora é se distanciar desse pesadelo mitológico. Após os episódios do mensalão, os deuses do Olimpo deram uma segunda oportunidade ao ex-presidente de renascer das cinzas. Recomposto, Lula ascendeu ao ponto mais alto da fama e da gloria. O mundo lhe rendeu homenagens. Os pés de barro do grande ídolo não resistiram ao peso das muitas culpas. Lula é hoje apenas uma sombra melancólica de si mesmo.

 

A frase que foi pronunciada:

“O PT é como uma galinha que cacareja para a esquerda, mas põe os ovos para a direita.”

Brizola

 

Mudanças

Tanto os bancos públicos quanto privados poderão deixar de conceder empréstimos ou financiamentos a pessoas jurídicas em débitos com o FGTS. A CCJ da Câmara dos Deputados, sob relatoria do deputado Fausto Pinato, aprovou o Projeto de Lei sobre o assunto. A ideia é balizar instituições públicas e privadas na concessão desse tipo de crédito.

 

Lixo

Veja as fotos no blog do Ari Cunha do estrago que o sistema de drenagem do Paranoá Parque está causando ao lago. O Ibram já foi notificado sobre o assunto, mas o lixo ainda está no local.

 

Linha férrea

Trem para cargas, pessoas, menos acidentes nas estradas, mais mobilidade pelo país. Apesar das verbas bilionárias já aplicadas no setor ferroviário, trechos em obras são abandonados dando prejuízo aos contribuintes. Agora é acompanhar o Fundo de Desenvolvimento Ferroviário que foi aprovado em comissão mista e segue para a Câmara dos Deputados.

 

Cobrança

Até hoje a água utilizada pelos agricultores que plantam às margens dos rios Corumbá, Preto e Maranhão não é cobrada. De olho no nicho, a Adasa planeja acabar com a festa em três anos. Um estudo feito pela UnB indica os caminhos para a cobrança.

Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

A prefeitura não tomou nenhuma providência, para embargar as obras de alvenaria, que estão sendo construídas no canteiro de obras do IAPFESP. (Publicado em 05.11.1961)

Liberdade sem limites ou com responsabilidade?

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Não é segredo para ninguém, e faz bastante tempo, que o alunado da Universidade de Brasília, como de outras escolas espalhadas pelo país, deixou a produção acadêmica e científica de lado, bancada pelos pobres contribuintes, e enveredou, de vez, pelas tortuosas sendas de uma esquerda ultrarradical e raivosa, que pune, com todo o tipo de agressão, qualquer um que ouse comungar outros credos.

Mesmo o enorme prédio do Minhocão, que abriga a maioria dos cursos ali oferecidos, é alvo da depredação impiedosa dessa matilha ensandecida que se apossou da universidade, como se ali fora um reduto inexpugnável dos partidos de esquerda, derrotados nessas últimas eleições. Pichações e assolações desse patrimônio estão por toda parte. A revolta pelos resultados saídos das urnas enfureceu ainda mais esses vândalos que passaram a dominar praticamente toda a instituição.

De alunos, se transformaram em bonecos de ventríloquos, repetindo em coro slogans ensaiados, que visam unicamente amedrontar oponentes, fazendo de um edifício público, satélite de partidos radicais. Também já não se pode esconder de ninguém que há muito a direção da UnB perdeu todo o tipo de controle sobre o alunado, não apenas por medo de contrariá-lo, mas, sobretudo porque endossam essas manifestações corriqueiras.

Nessa balbúrdia em que se transformou a Universidade da capital, muitos professores também têm responsabilidade direta, alimentando a fúria dos alunos com o catecismo caduco dessas ideologias, conforme orientação pedagógica do niilista Antonio Gramsci (1881-1937). Os docentes que prezam pela pesquisa científica são violentamente alijados do grupo profissional.

Dessa forma, vai se concretizando a ideia desse “pai dos comunistas” italianos que dizia que “a autoridades dos partidos que conduzissem o processo, seriam onipresentes e invisíveis como um decreto divino”. Não é pouca coisa, trata-se do autor mais citado em teses no Brasil. Sem exagero, é correto considerar que nossas instituições de ensino superior se transformaram hoje num templo devotado de culto à Antonio Gramsci. Pelo menos essa é a afirmação de analistas que estudam o processo de abdução das universidades brasileiras,

Com a ausência das autoridades dentro e fora da UnB, os alunos, com o apoio camuflado de muitos professores, tomaram o leme da universidade e fazem o que querem, como querem e no momento que lhes convier.

Veja alguns vídeos no Blog do Ari Cunha. Eles circulam agora nas redes sociais e mostram hordas de estudantes ameaçando pequenos grupos que não aceitam se submeter a doutrina dessa massa violenta. Foi preciso escoltar os alunos pensantes para que não fossem linchados vivos.

A UnB está fora de controle, sob o comando de arruaceiros que não têm nada a perder. Não chega a ser surpresa que no vácuo de autoridade que vive o país, nossas universidades estejam literalmente entregues nas mãos de uma elite sem compromissos com o futuro ou com quem quer que seja, até mesmo consigo próprias.

A frase que não foi pronunciada:

“O objetivo mais elevado da educação é desaprender o que antes tínhamos por certo, substituir a certeza pela sutileza, o preconceito pela compaixão e o destino pela possibilidade.” 

Neel Burton

Convite

Pioneiros da Candangolândia são homenageados no 62º aniversário da cidade. A festa será no dia 3 de novembro, às 10h, no Salão Comunitário da Candangolândia. “Será um momento muito especial. Queremos prestar uma homenagem por todo o trabalho que os pioneiros desenvolveram pela capital brasileira e pela população”, disse Jean Costa, Administrador Regional da cidade.

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Psycho – leitor

Usar o CCBB, que foi quartel general da transição do PT, é muita coragem. Pode ser bobagem. Mas não é. Pergunta que não quer calar: as salas serão examinadas antes de as equipes iniciarem os trabalhos? Arapongas são conhecidos como pássaros ferreiros.

Foto: gpslifetime.com.br (Agência Brasil)

É justo e direito

Por volta de R$ 4 bilhões serão destinados aos hospitais filantrópicos e santas casas que atendem pelo SUS. Caixa, Banco do Brasil e BNDES serão os operadores. Verba dos contribuintes para os contribuintes.

 

Imperdível

Hoje é dia de visitar o Salão Nobre do Congresso Nacional. Às 18h os coros do TCU, Câmara dos Deputados e Senado Federal farão uma apresentação para celebrar os 30 anos do Sindilegis, presidido por Petrus Elesbão. Na batuta, Antonio Sarazate, Deivison Miranda e Glicínia Mendes. Todos são bem-vindos.

Foto: camara.leg.br

 

E o Natal se aproxima…

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

A lei que regula o assunto tem o número 1.046, de 2 de janeiro de 1950, e não está sendo seguida em seu texto. (Publicado em 04.11.1961)

PT veste verde e amarelo para cobrir o vermelho

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ARI CUNHA – In memoriam

Visto, lido e ouvido

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         Um dos maiores problemas dos partidos políticos no Brasil é que a grande maioria deles possui um ou mais donos ou proprietários, que fazem o que bem desejam sem que os filiados possam se rebelar ou protestar, nem mesmo quem mais teria a obrigação legal de intervir nesse disparate, que é a justiça eleitoral.

       Transformados em propriedades particulares, as legendas políticas, desde a redemocratização, se transformaram em clubes exclusivos que captam milhões em recursos públicos, que são usados de forma a garantir a sobrevivência dessas siglas e por tabela de seus maiores beneficiários.

          Não é por outra razão que as megamanifestações de rua, ocorridas em todo o país, exibiram cartazes onde se liam “eles não nos representam”. O controle, com mão de ferro dessas legendas por espertalhões de todas as matizes ideológicas, está na base do enorme descrédito que experimentam hoje junto à sociedade. Esse fenômeno foi confirmado agora também com os resultados das urnas de 7 de outubro. Com a concentração de poder e o controle pessoal dos partidos pela cúpula, essas siglas perderam muito de seu apelo democrático, afastaram parcela significativa da base e se distanciaram, anos luz, dos eleitores. Curiosamente, tomaram distancia de candidatos que reclamaram a distribuição desequilibrada de verbas de campanha. Principalmente as mulheres concorrentes.

           Mais indecoroso do que essa realidade é o fato de a Justiça Eleitoral, uma dispensável singularidade nacional, como a jabuticaba, em momento algum tem trabalhado para acabar com essa excrescência que distorce a função básica dos partidos, com reflexos negativos para a própria democracia.

        Com base nessa excentricidade, qualquer ação partidária acaba se tornando inócua, mesmo a prestação de contas, distorcidas pelas possibilidades infinitas de apresentação de notas frias e outras malandragens. Uma simples fiscalização na variação de riqueza e bens desses felizes proprietários de muitos partidos, serviria para constatar essa situação surreal. A bem da verdade, tudo no Brasil tende a degeneração e ao abastardamento. ONGs são desvirtuadas de suas funções. Sindicatos são transformados em braços alongados de partidos políticos e passam a beneficiar também uma nomenclatura de parasitas.

         Até mesmo a proliferação de igrejas, mostra o quão desnaturadas se encontram as instituições no Brasil. O resultado disso é que a população, mais e mais, vai se afastando dessas organizações, transformadas em caixa forte de sabichões de todo o tipo.

         Um caso típico desse abastardamento dos partidos, pela imposição irracional de seus mandachuvas, é visto agora com o Partido dos Trabalhadores. Como pode um dos mais bem organizados partidos do país, com uma militância aguerrida e supostamente esclarecida, ser literalmente enterrada na vala dos indigentes, por vontade única de seu líder?

             Preso como delinquente comum, Lula arrastou a antiga e gloriosa legenda da estrela vermelha para detrás das grades. Ao juntar no mesmo baú de quinquilharias seu destino pessoal e a do seu partido, Lula, outrora a grande liderança nacional, respeitada até no exterior, condenou a legenda, que controla como coisa sua, à pena de reclusão e o que é pior, reacendeu, na maioria dos brasileiros, o sentimento antipetista, capaz de fazer de qualquer opositor um oponente confiável e viável. O vermelho foi substituído pelo verde e amarelo apenas por questão de Marketing. Não seria exagero afirmar que Lula e a elite que controla hoje o PT contribuíram, ao seu modo, para corromper o sentido da própria democracia, devastada pela onipotência subjetiva e maléfica de uma única pessoa.

         Pudessem recorrer a razão, o dístico certo a ser estampado nas camisetas seria: o PT livre de Lula. De certa forma, e até de modo meta ficcional, coube a um dos seus principais fundadores o papel, também, de coveiro dessa legenda.

A frase que foi pronunciada:

“Tentar matar um candidato à presidência da República é um crime comum? As eleições continuariam se o candidato esfaqueado tivesse vindo a óbito? A Justiça impediu a entrevista com o esfaqueador? Tudo vai ficar por isso mesmo?”

Perguntas de estrangeira querendo entender o Brasil

Charge assinada por Myrria
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Visita

Luis Carlos Heinze (PP), candidato que surpreendeu os Institutos de Pesquisa, está aguardando a visita do amigo Bolsonaro. Tudo depende dos médicos.

Informação

Foram muitos os erros de reconhecimento das digitais dos eleitores a saber. A empresa de Campinas Griaule Biometrics é a contratada pelo TSE para a captura das digitais e o Bozorth é o software de código aberto para a verificação nas urnas.

Foto: agenciabrasil.ebc.com.br
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Foi assim

Visita de Haddad no hotel Meliá em Brasília despertou os curiosos. Certo é que, com receio de violência, quando o PT passa, ninguém com pensamento contrário se manifesta.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Encerrou-se a exposição que a Aeronáutica fez no Aeroporto Santos Dumont, no Rio. Foi um trabalho de relações públicas excelente, quando oficiais e soldados mostraram ao povo o funcionamento dos diversos setores da Aviação Militar Brasileira. (Publicado em 31.10.1961)

A República sou eu

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ARI CUNHA

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Imagem: iG São Paulo (ultimosegundo.ig.com.br)
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        Análises políticas podem ser construídas e entendidas de formas distintas. Dependendo do grau de envolvimento com o assunto, é comum observar que boa parte das análises que surgem no noticiário são formadas com o material colhido após interlocuções feitas com lideranças de partidos e outros políticos de destaque no momento.

         Avaliações desse gênero, elaboradas a partir do material exposto por políticos diversos, não raro, são tecidos com os fios de hipóteses futuras e passam a depender do exato movimento previsto para cada uma das peças no enorme tabuleiro desse tipo de jogo. Nesse caso, os fatos insistem quase sempre, em mostrar a direção aleatória da realidade, dando andamento totalmente oposto ao que se vaticinavam com esperteza.

         Conjecturas políticas, num país como o nosso, tendem ao descrédito se não forem elaboradas com o mesmo material usado nas mais inspiradas ficções. Atropeladas por nossa realidade diária, as análises políticas entre nós se aproximam mais e mais de uma bola de cristal e da cartomancia do que das ciências sociais. De fato, não há espaço possível para a lógica onde falta a razão e onde cada um age com instinto próprio e individual.

        Difícil é entender uma república onde cada um cuida de ser uma república particular. Mais difícil ainda, é quando cada um passa a cuidar em desconstruir o outro, erguendo armadilhas e escombros. O encaminhamento final dessas eleições parece caracterizar bem esse estado de coisas. Ao colocar-nos todos de frente para o espelho, o que vemos ao fundo é um caminho que parece nos conduzir, mais uma vez, em rota de colisão com nosso futuro. Nenhuma síntese política anterior foi capaz, sequer, de mencionar o que nos aguardava pela frente, porque trabalhamos com a matéria do acaso.

            Desde o impeachment da ex-presidente Dilma e até muito antes, com o escândalo do mensalão em 2005 e das descobertas que foram vindo à tona posteriormente, tudo parecia demonstrar que andávamos sobre uma corda suspensa num abismo. Com o afastamento de Dilma e com todas as revelações escabrosas que se seguiram, o correto, num país sensato, seria purgar as instituições, não através de eleições, mas por meio do afastamento sumário de todos os envolvidos nesses escândalos, com a convocação de uma comissão de alto nível, composta por brasileiros probos, capacitados e de notório saber para sanar a República.

           No entanto, o que se viu foi o mais do mesmo, com todos esperando e apostando que as novas eleições iriam promover uma espécie de perdão antecipado, criando um ambiente de anistia e de concórdia geral, absolvendo os maus para o bem de todos. Deu no que deu. Dará no que dará.

A frase que foi pronunciada
“A corrupção dos governantes quase sempre começa com a corrupção dos seus princípios.”
Montesquieu

Anac

Em aeroportos por todo o mundo, com grandes distancias a percorrer dentro do embarque, carros próprios circulam dando carona para os idosos ou passageiros jovens. No aeroporto de Brasília, essa prática precisa ser reforçada.

Logo: facebook.com/ANACBra
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Sensacional

Uma pena a imprensa ser arredia com notícias boas que vêm do Senado. A Secretaria De Gestão de Informação e Documentação, coordenada por Dinamar Cristina Pereira Rocha, criou uma dinâmica com funcionários da casa, terceirizados e estagiários, estimulando que conheçam melhor todos os serviços, coordenações e projetos do setor. É uma verdadeira revolução em método de integração do corpo de trabalho.

Realidade

Caso o leitor biométrico não leia a digital do eleitor, a orientação é que o cidadão assine a folha de votação.

Charge do Diogo
Charge do Diogo

Dica

Há vagas para curso de alfabetização de adultos na Igreja N.S. Perpétuo Socorro no Lago Sul, em frente ao Gilberto Salomão. Os horários são às segundas-feiras e às quartas-feiras, das 18h às 20h. É só ligar para 984073396.

Foto: facebook.com/nsperpetuosocorrobrasilia/
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Morosidade

Inventores brasileiros reclamam da falta de agilidade do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual – INPI. Para se ter uma ideia, o Brasil leva em média 10 anos para patentear uma marca. Isso precisa mudar.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Está vivendo grandes dificuldades, com funcionamento precário, quase paralisado, o Centro de Recuperação Sarah Kubitschek. O aparelhamento excelente adquirido para o Centro, está fora de uso, desfrutando as vantagens da valorização, com a queda constante do cruzeiro. (Publicado em 31.10.1961)

Uma proposta para um futuro de atraso (Última parte)

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ARI CUNHA

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Charge: Newton Silva
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   Pelo programa petista, seria necessário “conferir transparência e controle social na administração da Justiça, repensar o papel e a composição do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e instituir ouvidorias externas, ocupadas por pessoas que não integrem as carreiras, ampliando a participação da sociedade para além das corporações do Sistema de Justiça.” Para reformular essa área, os petistas pretendem, segundo diz seu programa, “instituir tempo de mandatos para os membros do STF e das Cortes Superiores de Justiça”.

          Para mudar o atual quadro da justiça brasileira, o Partido dos Trabalhadores propõe que “os acordos de leniência, previstos na Lei Anticorrupção, não devem ser usados para proteger empresários corruptos em prejuízo da empresa e dos trabalhadores.” Entende a legenda que “as delações premiadas, previstas na Lei das Organizações Criminosas, também não podem se prestar a proteger bandidos confessos e a condenar pessoas inocentes.”

        Para alterar esses procedimentos atuais, o PT adianta que “constituirá comissões de alto nível para promover a avaliação de impacto e propor alterações para o aperfeiçoamento de leis apontadas pela comunidade jurídica como violadoras de direitos e garantias constitucionais”.

      O programa repete ainda os erros cometidos nos governos petistas passados, insistindo ainda em um “novo marco regulatório da comunicação social eletrônica, a fim de concretizar os princípios da Constituição Federal para democratizar largamente a comunicação social e impedir que beneficiários das concessões públicas e controladores das novas mídias restrinjam o pluralismo e a diversidade”. A censura, nesse documento, se dará pelo “monitoramento e aplicação dos princípios constitucionais por meio de um órgão regulador com composição plural e supervisão da sociedade para evitar sua captura por qualquer tipo de interesse particular.” Para promover esse novo circo mediático, o programa da sigla prega “retomar o caráter público dos serviços da Empresa Brasil de Comunicação, “garantir seu financiamento adequado e perene com recursos públicos e ampliar seu impacto e seu alcance de audiência, para que tenha capacidade de contribuir efetivamente com a promoção do pluralismo e da diversidade.” Para essa empreitada, diz “será preciso redefinir o papel da Anatel e da Polícia Federal para impedir perseguições.”

    O programa petista considera ainda ser necessária a “refundação democrática liderada por Lula” para implementar “mudanças estruturais do Estado e da sociedade para reestabelecer o equilíbrio entre os Poderes da República.” Para a consecução desse programa, diz ainda o documento, faz-se necessário “um novo Processo Constituinte.” Para tanto, dizem: “construiremos as condições de sustentação social para a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte, livre, democrática, soberana e unicameral, eleita para este fim, nos moldes da reforma política que preconizamos. ”

         O documento enumera e aponta aquilo que parece ser um programa com vistas à um futuro de atraso.

A frase que foi pronunciada:

“A sopa é para a infância o que o comunismo é para a democracia!”

Mafalda

clubedamafalda.blogspot.com
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ALERTA

Estão espalhando que se o eleitor votar apenas para presidente o voto será parcial, portanto anulado. Trata-se de notícia maliciosa. Não é verdade! O TSE garante que se o eleitor pode votar em um candidato, em branco ou nulo para o cargo que quiser, não há nenhuma restrição para isso. Não existe a figura do “voto parcial”.

Imagem: istoe.com.br
Imagem: istoe.com.br

Rastreamento

Aos poucos, o labirinto por onde a verba pública passou, quando desviada para contas particulares, está sendo desvendado. Sabia-se que a estratégia era confundir a busca, passando por várias instituições financeiras. Se a Polícia Federal amenizar nas buscas, há organismos internacionais que acompanham o rastro, uma vez que foi firmada parceria.

Ônibus

Ninguém pode trabalhar em paz numa cidade onde mais de 2 mil ocorrências foram registradas com assaltos dentro de ônibus. É importante que todos os cidadãos registrem ocorrências de furtos ou roubos. Daí há esperanças de nascerem novas políticas públicas.

IMP

Por falar nisso, o IMP, cursinho para concursos, resolveu colocar vigilância no estacionamento. Melhorou muito. Justiça seja feita.

Foto: impconcursos.com.br
Foto: impconcursos.com.br

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Está vivendo grandes dificuldades, o abastecimento de energia elétrica a Brasília. A linha de Cachoeira Dourada apresentou defeito no trecho antes de Goiânia, e os geradores têm capacidade reduzida demais para o grande consumo. (Publicado em 31.10.1961)