Correios, quem te viu, quem te vê

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Foto: Breno Fortes/CB/D.A Press-13/10/11

 

De todos os quesitos necessários para que uma empresa possa atender com bons serviços e com bons preços um país continental e tão desigual como o nosso, nenhum é mais importante do que qualidade, absolutamente técnica de sua gestão, que deve ser administrada dentro dos princípios da eficiência, da governança corporativa, da gestão de risco, entre outros critérios básicos.

Por um período, até longo, para nossos padrões, os Correios conseguiram atender, com presteza e bom nível de eficiência, a demanda por envio de documentos e de encomendas em todo o país, contando, para tanto, com uma estrutura física e humana de fazer inveja a qualquer empresa privada. Com aproximadamente 100 mil funcionários concursados, sendo 57 mil carteiros, trabalhando com mais de 11 mil agências, espalhadas por todo o país, essa empresa de porte gigantesco chega a fazer mais de um milhão de entregas por dia, conseguindo a façanha de distribuir mais de 25 milhões de objetos a cada dia, cobrindo cerca de 91% de todos os municípios brasileiros.

Trata-se de uma empresa, que pelo seu porte e importância para nosso país, já que controla quase 100% de todas as distribuições postais que transitam pelo Brasil, não pode, simplesmente, ser jogada na bacia das almas das privatizações a todo o custo. Até porque essa foi uma empresa construída, como toda estatal, com os recursos minguados de cada cidadão ao longo de décadas, sendo que sua decadência e pretensa razão para sua venda não podem ser debitadas à sociedade e sim ao governo. Somente ao governo, ou melhor, ao desgoverno é que cabem todas as culpas pelo descaminho dessa que já foi a empresa orgulho da nação, patrocinadora de grandes eventos culturais e esportivos e uma prestadora de serviço da mais alta importância.

As desventuras dos Correios vieram, sobretudo, e todos sabem disso, justamente, do governo que se dizia protetor dos trabalhadores e que subiu a rampa do Planalto em janeiro de 2003 e de lá foi apeado ou enxotado em 2016. Durante esse período, os Correios, assim como outras empresas, mormente a Petrobras, foram depauperadas ao extremo, para dizer o mínimo. Na verdade, assim como aconteceu com a Petrobras, os Correios foram friamente saqueados durante todo o período petista, restando o caminho da recuperação. Durante aquele governo, a corrupção sistemática empurrou os Correios ladeira abaixo, obrigando a empresa a reduzir brutalmente seus investimentos, ao mesmo tempo em que era saqueada de cima a baixo, não poupando nem mesmo o fundo de pensão próprio dos trabalhadores que se viram obrigados a reembolsar os prejuízos deixados a todos.

Com um assalto dessa magnitude, praticado impunemente por aquele governo, a empresa perdeu nada menos do que 90% de seu patrimônio líquido. A corrupção e a má gestão quebraram as pernas dos Correios e essa não é uma afirmação leviana e panfletária, mas sim uma constatação feita por relatórios técnicos da própria Controladoria Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União (TCU) e outros órgãos de fiscalização. Infelizmente, essas constatações só vieram à tona depois que a empresa foi a pique.

Por um longo período, essas análises foram escondidas, a sete chaves, do grande público por razões políticas. Agora o que se sabe é que nem a empresa, nem tampouco o outrora bilionário fundo de pensão dos funcionários (Postalis) têm possibilidade de andar com os próprios pés. Incrível é constatar que o mesmo sindicato (FENTECT), que no passado fechou os olhos para a rapinagem, é o mesmo que, agora, lança os funcionários dessa empresa contra a população, incentivando uma greve extemporânea e com o final já sabido por todos.

Se é o caso de privatizar essa importante empresa, entregando-a a aventureiros endinheirados que, ao menos, estude-se a possibilidade de os Correios serem adquiridos pelos próprios empregados com os recursos que tinham em caixa e que foram surrupiados pelo próprio Estado, sob a complacência da justiça e de outros órgãos da administração federal.

 

 

 

A frase que não foi pronunciada:

“Alguém quer saber o que eu sinto sobre isso tudo?”

Se um feto pudesse falar.

Publicação que circulava nas redes antes da realização do aborto

 

Frieza

Chamando a atenção do ministro Guedes para o comportamento do Banco do Brasil e da Caixa Econômica. Durante a crise, alívio zero para devedores. Mas o pior é manter os juros de cheque especial ao mesmo tempo em que impõem o adiamento de pagamento a credores dos próprios bancos por mais de três meses. Sem juros!

Charge: bancariosirece.com.br

 

Sem legislação

Nova forma de moradia adotada por diversos países não encontra legislação no Brasil para atrair investidores. O Coliving, nasceu na Dinamarca, quando proprietários resolveram compartilhar espaços de convivência e atividades, como refeições e limpeza de ambientes, com o objetivo de estimular o relacionamento entre vizinhos. São Paulo e Rio têm ótimos projetos, mas, por enquanto, a prática não é regulamentada.

Coliving: Threshold Centre Cohousing Community Cohousing nos EUA

 

JusBrasil

No link Delegado Protógenes, da Polícia Federal, denuncia fraude nas urnas eletrônicas, uma coletânea de notícias sobre as fragilidades da urna eletrônica brasileira. E até o que acontece com quem fala sobre o assunto.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O Banco de Brasília fez mais do que aderir simplesmente à campanha dos jardins. Vai financiar os jardins particulares, para que Brasília fique mais alegre. (Publicado em 14/01/1962)

Clique aqui – Quebra a perna e vende a muleta

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Imagem: portal.fgv.br

 

Qualquer aluno de economia, no primeiro ano da faculdade, sabe muito bem que uma economia estatal, ancorada nas diretrizes burocráticas de um Estado de partido único, não guarda similitude alguma com economias liberais, onde a livre concorrência está na base da geração de riqueza desse tipo de mercado. O capitalismo do tipo comunista, é uma teoria que só poderia ter abrigo na mente erma de petistas e outros adeptos da esquerda esquizofrênica.

Nessa empreitada quixotesca entre o PT e o Partido Comunista Chinês, onde aquele país foi reconhecido como economia de mercado, o balanço, depois de dez anos de duração é, como não poderia deixar de ser, nitidamente favorável aos chineses e aos planos estratégicos de longo prazo daquele partido do outro lado do mundo. Como não seria diferente também, as normas de mercado, para que esse acordo “histórico” funcionasse minimamente bem, tiveram que sofrer um processo de reengenharia econômica para serem viabilizadas.

A aplicação das normas do comércio internacional estabelecidas pela Organização Mundial do Comércio (OMC) sofreu alguns “ajustes”, como no caso das medidas antidumping e de salvaguardas comerciais. Na prática, as regras da OMC não são e nunca foram plenamente acatadas pela China, sendo, tanto esse país quanto a Rússia, submetidos a um regime especial ou, em outras palavras, a um “jeitinho” pela OMC.

Já naquela época, não foram poucos os brasileiros, principalmente os empresários, que passaram a alardear e a implorar para que o governo tomasse sérias medidas para proteger o parque industrial nacional, claramente vulnerável às investidas brutais daquele novo parceiro arranjado pelo PT. Tomando apenas o aspecto para a formação de preços dos produtos fabricados por aquele país do Leste, o Brasil já saiu desse acordo no prejuízo. Questões simples como o valor da mão de obra, dos direitos trabalhistas entre outros componentes dessa matemática, como é o caso do respeito à propriedade intelectual, que na China são tratados como desprezíveis, o Brasil jamais poderia se situar em pé de igualdade comercial com o novo parceiro.

Naquele distante ano de 2011, as federações das indústrias de todo o País passaram a alertar, em vão, para o perigo desses acordos a um governo totalmente surdo e inebriado pelas possibilidades “estratégicas”, que vislumbrava com a nova parceria. Os empresários eram uníssonos em afirmar que esses acordos eram, notoriamente, uma decisão de cunho político e bem distante dos liames da economia nacional. Esse fato era também reconhecido publicamente pelo próprio presidente como uma vitória sua e de seu partido no poder.

Toda aquela história, de que o Brasil seria tratado pela China como país amigo e prioritário em destinos de investimentos, foi sendo modificada à medida em que aquele país avançava sobre a economia brasileira. Dentre as vantagens prometidas pela China para atrair o Brasil petista à sua área de atuação, figurava um possível apoio para que nosso país passasse a ocupar, definitivamente, um assento como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, uma obsessão do então presidente Lula, que sonhava também vir a ser o futuro secretário-geral daquela organização.

Tudo sonho de uma noite de verão. Um olhar rápido para o que se sucedeu, dez anos depois após esses acordos, dá uma noção do que ocorreu de fato com mais essa herança nefasta legada por Lula e seus asseclas. As previsões dos produtores nacionais se confirmaram com a rápida desindustrialização do parque nacional, com o fechamento de milhares de fábricas e a demissão de milhões de empregados. Em qualquer área da produção industrial que se mire, o fechamento de empresas e falências são fatos que não se discutem.

A inundação de produtos chineses de baixíssima qualidade e a preços irrisórios destruiu vários segmentos, não só na indústria como no comércio. Com o avanço das importações chinesas, a economia nacional poderá ter sofrido um recuo de décadas, tornando-se dependente de produtos que, no passado, fabricava com muita eficiência e qualidade. Empresas calçadistas, ramo no qual o Brasil era destaque mundial pela qualidade e originalidade, simplesmente desapareceram quase que por completo. O mesmo ocorreu com a indústria têxtil. Nesse sentido, vale o que dizem a respeito dessa parceria: primeiro, dizem os chineses, nós quebramos suas pernas, depois enviamos as muletas a preços módicos.

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O perigo do socialismo nivelador e de todas as teorias simplistas resulta especialmente de que, sendo tais teorias deveras acessíveis à alma das multidões, estas se orientam facilmente as forças cegas e devastadoras do número.”

Gustave Le Bon, polímata francês

Gustave Le Bon (wikipedia.org)

 

Lembranças

Maria do Barro foi a secretária de Ação Social trazida pelo governador Roriz. Uma mulher que marcou a vida de muita gente pela forma com que trabalhava. Quem precisava de tijolos ajudava a fazer as telhas. Se pedisse telhas a ela, era convidado a ajudar na horta comunitária. Todos se sentiam úteis, necessários e capazes. Descobrimos um vídeo simples, feito pelos que conviveram com essa mulher extraordinária. Veja o vídeo a seguir.

 

Desespero

Luta que não para. A Atorvastatina Cálcica desapareceu das farmácias deixando pacientes com doença cardiovascular e níveis elevados de colesterol completamente desamparados. Nenhum laboratório oferece o medicamento. Morbidades são de alto risco e extremamente vulneráveis ao Covid-19. E agora?

Foto: reprodução da internet

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Quando o governo fizer pulso forte, e se decidir a meter na cadeia quem deve estar preso, proibir atos de terrorismo, punir, enfim, severamente, esses perturbadores da madrugada deixarão de existir, ou, pelo menos, acovardar-se-ão dentro de sua insignificância. (Publicado em 08/01/1962)

Clique aqui – Estratégias

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Foto de Pool / Getty Images AsiaPac

 

Na primeira quinzena de novembro de 2004, o governo Lula anunciava, com grande pompa e para a alegria das esquerdas, reconhecimento oficial do status de economia de mercado para a China. Na ocasião, o então presidente, inebriado com o que parecia ser uma grande conquista de seu governo e uma diretriz básica de seu partido para reunificar as esquerdas de todo o mundo, declarou que, com aquele gesto, o Brasil dava uma demonstração de que essa relação estratégica era para valer. Demonstrava a prioridade que seu governo, leia-se seu partido, devotava às relações entre China e Brasil. No mesmo tom, o então chefe máximo do Partido Comunista Chinês, Hu Jintao, que viera para o Brasil especialmente para se certificar, de perto, de que esse reconhecimento seria de fato selado, depois de forte pressão, respondeu, ao discurso de seu colega de ideologia, que essa postura do Brasil iria criar as condições para uma relação estratégica e muito mais rica e que iria também favorecer a cooperação econômica e comercial entre esses dois países.

Note-se que, em ambos discursos, tanto o governo Lula quanto seu colega chinês usam a expressão “estratégica” para definir a avaliação que cada um dos mandatários fazia desse acordo. Pelo lado brasileiro, a expressão “estratégica”, contida no discurso de euforia de Lula, possuía um significado que unia elementos de uma ideologia utópica e orientada a reerguer o Muro de Berlim, derrubado alguns anos antes, juntamente com uma vitória do própria partido, que, com esse gesto, fortalecia sua presença no mundo das esquerdas, abrindo, simultaneamente, espaço para a entrada massiva de um regime dessa orientação nos negócios brasileiros.

Não se sabe ainda com exatidão que benefícios diretos, do tipo utilitarista e argentário, o Partido dos Trabalhadores colheu desse acordo exótico, já que, em todos os “negócios” envolvendo o Estado brasileiro, essa sigla encontrou meios de obter altos lucros indevidos e enviesados. Pelo lado chinês, a expressão “estratégia”, contida no discurso do chefe do PCC, tinha o significado próprio dado por aquele governo a todos os outros acordos e negócios feitos com o resto do planeta, sobretudo com os países do terceiro mundo, onde o lucro máximo com riscos mínimos é sempre a fórmula acordada.

Ambos os mandatários não escondiam sua satisfação de que esse acordo, em especial, iria se expandir rapidamente, conforme foi confirmado pouco tempo depois. Pela diferença no tamanho dessas duas economias e pelo fato de se conhecerem, em outros cantos do planeta, como funciona na prática esse tipo de acordo com os chineses, o ministro do desenvolvimento naquela época, Luiz Furlan, apressou-se em garantir que essa atitude do Brasil, reconhecendo um país onde claramente os mecanismos da economia de livre mercado simplesmente inexistem, não traria prejuízos ao país, pelo contrário, seria um verdadeiro “negócio da China”.

Realmente, o balanço depois de uma década desse reconhecimento da China como uma economia de mercado, com todos os encargos que isso, na teoria, poderia representar, foi um “negócio da China”. Só que para os chineses, que fisgaram, com um único lançamento de anzol n’água, dois peixes graúdos. Um representado pelo Partido dos Trabalhadores, notoriamente uma sigla gananciosa e, ao mesmo tempo, infantilizada, crente de que os comunistas, conforme reza a cartilha dessa religião pagã, são, acima de tudo, solidários com seus companheiros em todo o mundo.

Nas comemorações que se seguiram após esse acordo, dá para imaginar o sorriso secreto de cada um dos lados. No íntimo, as autoridades chinesas devem ter festejado com a certeza de que haviam vendido, a alto preço, um pirulito chupado a uma criança faminta. Esse reconhecimento foi uma decisão pessoal e política do próprio presidente Lula, conforme afirmou o ministro Furlan naquela ocasião, ressaltando, ainda, que o Brasil era o primeiro grande país a dar tal privilégio à China. Os chineses não perderam tempo e miraram seus investimentos em áreas estratégicas, como ferrovias, portos, geração e transmissão de energia. Nesse caso, não investiram à moda dos capitalistas Ocidentais, aportando capital e tecnologia, mas simplesmente comprando esses setores e transferindo imediatamente esses lucros para a matriz, no caso o Partido Comunista Chinês, que é, de fato, o único patrão naquele país.

 

 

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A condição própria dos homens soberbos e vis é mostrarem-se insolentes na prosperidade e abjetos e humildes na adversidade .”

Maquiavel, filósofo, historiador, poeta, diplomata e músico de origem florentina do Renascimento. (1469-1527)

Maquiavel (wikipedia.org)

 

Choro

Funcionários da empresa Apecê, terceirizada que atendia à creche de filhos de funcionários do Tribunal Superior do Trabalho, foram realocados ou estão de férias coletivas. O TST encerrou o contrato por não haver mais crianças no berçário. A suspensão dos trabalhos se deu durante a pandemia.

Foto: reprodução da internet

 

Etanol & gasolina

Usineiros estão mais sossegados. Com a queda de até 52% do preço da gasolina, que é vendida nas refinarias, o etanol está com o preço mais competitivo.

Charge: institutoparacleto.org

 

DataSenado

Publicado o relatório do Instituto de Pesquisa DataSenado, ligado à Secretaria de Transparência sobre o Coronavírus. Veja a íntegra no link Brasileiros acreditam que número de contaminados é maior que o noticiado.

 

Mobilidade

Alguns lojistas da W3 conseguiram transformar as calçadas em passagem uniforme e transitável. Mas continua um risco enorme para idosos andarem por ali. Desníveis constantes, buracos sem tampa, degraus.

Foto: mobilize.org.br

 

Por dentro

Veja, no link MP 966 quer livrar da cadeia os operadores do golpe de trilhões?, a explicação do Monitor Mercantil sobre a MP 966. É coisa séria.

 

Aqui não!

Bancos são implacáveis. Juros de cheque especial, juros sobre juros em cartões de crédito, juros sobre empréstimo, tudo corre, lado a lado, em tempos de pandemia. Nada de perdão. Se houver sacrifícios, que sejam dos clientes. Ao final do ano, todos se orgulham em anunciar, aos quatro ventos, os bilhões de lucros.

Charge: bancariosirece.com.br

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Foi determinada a revisão no plantio de árvores na W3. Não ficarão mais árvores junto aos postes. Foi corrigido o erro e será obedecida a modulação dos pontos de luz. (Publicado em 07/01/1962)

Clique aqui – Atenção ao que se ouve e, sobretudo, ao que se fala.

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Charge compartilhada no perfil oficial do deputado federal Kim Kataguiri no Instagram

 

Fôssemos qualificar os homens públicos brasileiros, numa escala de valores que incluíssem, além dos atributos éticos da temperança, o respeito devido a todos os cidadãos, tomando como parâmetro apenas o que dissessem em determinadas oportunidades, o quadro seria desolador, para dizer o mínimo. Frases e outras afirmações, feitas ao acaso, utilizando, para isso, apenas os músculos que movem a língua, sem o uso do cérebro ou de outros mecanismos do juízo, denotam não só a ausência de uma boa formação moral na maioria de nossos homens públicos, mas, sobretudo, de uma tendência que certifica que a nossa classe política tem sido normalmente recrutada entre aqueles brasileiros refratários aos mais elementares princípios éticos.

Esses chamados “deslizes verbais”, tão recorrentes hoje em dia, muito mais do que aparentemente frases lançadas a ermo contra o bom senso, traduzem um jeitinho muito próprio com que esses personagens agem no dia a dia no desempenho de suas funções. Na verdade, essas diatribes, destrambelhadas e repletas de abobrinhas, acabam revelando a verdadeira essência de seus emissores. São o que são e expõem isso, mesmo que não percebam, em suas falas toscas.

A lista contendo essas parvoíces, oficiais ou não, é imensa e daria para preencher bibliotecas volumosas. Fossem esses maldizeres apenas elementos para compor o imenso anedotário da política nacional, ainda assim seria um sinal de que os brasileiros têm sido, por séculos, regidos por mãos erradas, acionadas por cérebros vadios. Ocorre que, por detrás dessa pretensa inocência que deixa escapar frases ao léu, a revelar um conteúdo de poucas letras e de rudeza espiritual, escondem-se as figuras que não passam de maus gestores, alçados ao poder nas muitas encruzilhadas históricas que o Brasil encontra pela frente e que, não raro, infelicitam a nação.

Tomando como exemplo alguns desses deslizes verborrágicos mais recentes, e à guisa de comprovação do que foi dito acima, duas lideranças, uma do passado e outra do presente, ganharam, mais uma vez, nesta semana, as manchetes dos noticiários de todo o país com suas pérolas falsas. Lula, o ex-presidente presidiário, numa eterna luta entre uma língua rápida e um cérebro capenga, afirmou, com todas as letras que: “Ainda bem que a natureza criou o monstro do Coronavírus”. Sobre essa fala, e conhecendo como os brasileiros conhecem seu autor, não vale nem a pena analisar, apenas serve como ilustração de que esse deslize vocal revela bem quem proferiu tamanha sandice.

Outra frase, das muitas que têm sido ditas de modo dissociado entre cérebro e língua pelo atual presidente Jair Bolsonaro, na mais recente, ele voltou a brincar com a coisa séria que é a pandemia, dizendo que o pessoal de direita deve tomar a Cloroquina e o de esquerda, Tubaína. Nesse caso também e dada a recorrência com que frases do tipo “E daí?” são proferidas em momentos de grande agonia mundial.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Muitas vezes, nos arrependemos de ter falado, mas nenhuma de ter calado.”

Simónides de Ceos, foi um poeta grego, o maior autor de epigramas do período arcaico. (556 a.C. — 468 a.C.)

 

Dengue

Aumentam, assustadoramente, os casos em diversas regiões do DF. O governo do Distrito Federal iniciou uma força tarefa e já inspecionou mais de 34 mil imóveis e 72 mil depósitos no combate à dengue. Os agentes retiraram entulhos, verificaram focos e trataram 4.480 imóveis em 8.501.

Foto: agenciabrasilia.df.gov

 

Motos

Moradores do CA no Lago Norte e de outras regiões, com restaurantes com entrega em domicílio, reclamam das motos com escapamento manipulado. O barulho é ensurdecedor e constante. Hora de o Detran agir novamente.

Foto: Divulgação / Detran-DF

 

BRA-SIL separado

Oposição e entidades entram com pedido coletivo de impeachment do presidente Bolsonaro. “O Brasil é o único barco do mundo que enfrenta o maremoto do Coronavírus com os tripulantes brigando entre eles. Não é hora de pensar no que o Brasil pode fazer por você.” Foi mais ou menos isso o que disse o ministro Paulo Guedes, em uma entrevista, com toda propriedade.

Representantes dos partidos entregaram o pedido na Câmara dos Deputados
Foto: Agência Câmara de Notícias

 

Máscaras

Distribuição de máscaras hoje em todos os terminais rodoviários e em todas as estações do Metrô. Ainda, de forma itinerante, nas regiões e proximidades de Ceilândia, Taguatinga, Cruzeiro, Sudoeste, Octogonal, Sobradinho, Fercal, Planaltina, Samambaia, Águas Claras, Vicente Pires, Recanto das Emas, Riacho Fundo I, Riacho Fundo II.

Foto: Semob

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O posto policial nas áreas verdes das superquadras trouxe um mal que vai se agravar na época da poeira: é o trânsito de carros em local não permitido. A W-1 é interrompida, mesmo, de acordo com o Plano da Cidade. (Publicado em 07/01/1962)

Clique aqui – Conselho do passado

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Charge: Elias / Agência RBS / Agência RBS

 

Embora a devida dimensão de um cargo político nem sempre é assimilada pelos escolhidos, a verdade é que poucos dias antes do término do mandato é que reconhecem o pleno desempenho do ofício. O mesmo fenômeno acontece com governadores e prefeitos, todos só começam a assimilar os segredos e nuances da função quando já é hora de dizer adeus. O instituto da reeleição talvez tenha vindo justamente com o propósito de dar uma segunda chance imediata ao eleito.

Mesmo assim, essa nova oportunidade tem, entre nós, sido utilizada de forma a prolongar erros do passado ou mesmo aumentá-los em gravidade. O problema com as democracias do Ocidente tem sido esse modelo, que faz com que atores de filme B e torneiros semialfabetizados se tornem, de uma hora para outra, chefes da nação. Aos partidos, que controlam todo esse esquema, interessa, tão somente, apoiar indivíduos com visibilidade e chances de vitória, pouco se importando se eles são os elemento certos para determinadas missões.

De todo o jeito, o que interessa aos partidos é ter, nessa posição, um correligionário. Com isso, a legenda ganha espaço e poder e, principalmente, o mapa que leva aos cofres do Tesouro. Obviamente que um esquema dessa natureza está fadado ao fracasso, com o agravante de prejudicar milhões de cidadãos. De toda a forma, era o que melhor se apresentava para se contrapor à volta de uma esquerda pré-histórica, que arrastou o país para a maior crise de toda a sua história.

Para tanto, a primeira lição, já por demais conhecida desde o início da civilização e que ainda é válida, é livrar-se dos bajuladores e dos chamados puxa-sacos. Já repetia o filósofo de Mondubim que quem puxa-saco também é capaz de puxar tapetes. Segunda e também importante lição é colocar parentes problemáticos em seus devidos lugares. Terceira lição é estudar os problemas do país, discuti-los com pessoas experientes no assunto e tomar decisões embasadas, sem se preocupar com o horizonte político.

Todas essas lições básicas não surtirão efeito algum se o mandatário não aprender com as lições do passado, sobretudo aquelas que marcaram os governos de seus predecessores. À guisa de facilitar qualquer mal-entendido posterior, recomenda-se, ao neófito na presidência, que nunca receba políticos, empresários e outros próceres da República em segredo. Grave tudo e disponibilize todas as conversas em tempo real. Segredos e República são antípodas e destroem a democracia. Faça chegar ao povo todo e qualquer movimento das peças no tabuleiro. Por último, não confie em ninguém, nem na própria intuição.

 

 

A frase que foi pronunciada:   

 “Eu não sou teimoso. Teimoso é quem teima comigo.”

Antônio Carlos Magalhães, político brasileiro.

Antonio Carlos Magalhães
Foto: Agência Senado

 

Realidade

Depois de pegar ônibus e metrô, um bom banho seria o adequado, principalmente para trabalhadores domésticos, de condomínios residenciais e comerciais, de restaurantes com entrega em domicílio. A aglomeração nos transportes é uma grande chance de contato com o vírus. A sugestão é do leitor Renato Prestes. Veja a seguir o perigo invisível.

 

Entretenimento

Trata-se de um vídeo de Lysia Condé interpretando Corta Jaca. Mencionando o discurso do senador Rui Barbosa, que condenou veementemente a música de Chiquinha Gonzaga, arrasando a música da brasileira que já fazia sucesso pela Europa. Costumes mais reservados e maneiras mais distintas não eram o que trazia o Corta Jaca de Chiquinha. Veja os dois vídeos no blog do Ari Cunha.

 

Essa não!

Presidente Bolsonaro recebeu líderes do Flamengo e do Vasco com a proposta de trazer a equipe para treinar em Brasília, já que o governo carioca não permite. Esse é um momento impróprio para atender uma demanda que em nada vai contribuir com a população da cidade.

Flávio Bolsonaro, Alexandre Campello, Jair Bolsonaro, Rodolfo Landim e o diretor de marketing do Flamengo, Alexsander Santos. Foto: Reproduçãom (globoesporte.globo.com)

 

História

Coisa que pouca gente sabe é que a Biblioteca Nacional tem uma outra via original do decreto da abolição da escravatura, além do documento exposto pela Biblioteca do Senado. Por falar nisso, a biblioteca do Senado completou 194 anos carregada de história. Confira as informações no perfil oficial da Fundação Biblioteca Nacional no Facebook e no perfil oficial da Biblioteca do Senado no Instagram.

Foto: facebook.com/fundaçãobibliotecanacional

 

Fala sério

Wadih Damous, ex-deputado federal carioca pelo PT, questionou quando os colunistas farão o mea-culpa pelo apoio à saída de Dilma Rousseff, “o que permitiu a ascensão de Bolsonaro”. A matéria foi publicada no Brasil 247 e a palavra que significa mover de baixo para cima está grafada com erro. Essa é uma boa razão para iniciar a lista de razões para manter a opinião de sempre.

Wadih Damous. Foto: camara.leg

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O asfalto da Asa Norte, na pista leste do Eixo Rodoviário sofreu uma depressão muito grande, e está constituindo um sério perigo. É à altura da primeira tesourinha. (Publicado em 12/01/1962)

Clique aqui – Radicais sem cérebro dispensáveis ao país

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Charge do Renato Peters, repórter de esporte da TV Globo

Para os que buscam o bom senso e o equilíbrio entre opostos e as vicissitudes da vida, o melhor caminho a seguir é aquele situado no meio, onde se pode observar, com mais justeza e equidistância, as nuances de cada lado da estrada. O filósofo de Mondubim costumava ressaltar essa posição com o ditado: “Nem tanta fome ao pão, nem tanta sede ao vinho.” Sintetizado numa palavra, seria a tal da temperança, qualidade difícil de ser encontrada hoje em dia nos homens públicos desse país.

Através dessa virtude, que muitos consideram inata, é possível ao indivíduo manter-se tranquilamente sempre dentro de seus limites éticos, o que o torna naturalmente protegido contra todos os tipos de tentações desse mundo. Fora dessa qualidade, o que se tem é o vício do radicalismo, que reduz no indivíduo a capacidade de enxergar o mundo em volta de si, conduzindo a uma posição de miopia, obrigando a perceber somente o que deseja, da maneira como quer.

O Brasil, que já experimentou nessas últimas décadas o sabor amargo do radicalismo de esquerda, com todas as suas consequências ainda bem visíveis, passa agora a ter que conviver e aturar com o outro lado da moeda, onde pululam, com mesmo ardor irracional, os radicais de direita. Invasões de terra, facadas, mortes mal explicadas, cuecas cheias de dinheiro, apartamentos para abrigar notas de R$100, fugas ensandecidas, apoio à doação para governos antidemocráticos, autoridades que ao discursar para outros países deixavam os tradutores de cabelo em pé e radicais em êxtase. De nada adiantaria qualificar esses radicais, de um lado e de outro, de insanos ou de massa de manobra, ou qualquer outro epíteto negativo. São o que são e vivem dessa ilusão, como um leitmotiv de suas existências vazias. É o que sempre se soube: quem não constrói seu porto seguro interno, vai buscar em outrem onde lançar as âncoras de seu barco.

Com isso, novamente as cenas se repetem, mesmas pregações, com sinais trocados, os mesmos insultos e agressões, tudo placidamente ignorado pelo governo de turno e seu grupo de apoio ideológico, como era feito no passado. O vermelho cedeu lugar ao verde e amarelo, sequestrado inescrupulosamente da bandeira nacional. As recentes agressões ao pessoal da saúde, que fazia um movimento silencioso na Esplanada dos Ministérios, seguidos da carreata pregando o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo e pela volta dos militares ao poder deu a deixa para que jornalistas fossem também agredidos. O acampamento formado por simpatizantes do atual governo, armado em frente ao Congresso Nacional e pregando abertamente o extermínio da esquerda é apenas o mais do mesmo. Um déjà-vu.

Travestidos de paramilitares, esses arruaceiros pretendem arregimentar um grande número de “novos insurgentes” para treiná-los em técnicas de revolução não violenta e desobediência civil, técnicas de estratégia, inteligência e investigação, organização e logística de movimentos contrarrevolucionários, entre outras táticas de agitação. Trata-se, a exemplo do antigo exército de Stédile, de um grupelho do tipo Brancaleone, onde, além das trapalhadas de praxe, podem provocar ainda mais ruídos e desentendimentos nesse governo já, por si só, instável e belicoso.

 

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Nós deveremos ser lembrados na história como a mais cruel, e, portanto, a menos sábia, geração de homens que jamais agitou a Terra: a mais cruel em proporção à sua sensibilidade, a menos sábia em proporção à sua ciência. Nenhum povo, entendendo a dor, tanto a infligiu; nenhum povo, entendendo os fatos, tão pouco agiu com base neles.”

John Ruskin, escritor e desenhista.

Foto: wikipedia.org

 

Mãos pelos pés

Faz tempo que essa coluna insiste na peçaneta. Felizmente começaram a trocar as mãos pelos pés. Veja a seguir projetos populares de PVC para que ninguém toque no recipiente de álcool em gel quando for usá-lo. Veja também o que a Associação Nacional dos Inventores criou para aumentar a higiene em hospitais.

 

Só de maldade

Sistema automatizado do Ministério da Saúde liga para as residências de todo o país com questionário sobre o Coronavírus. Bandidos gravaram a ligação e, no final, avisam que estão enviando um código para validar as perguntas. Caso os desavisados digitem esse código no celular, o WhatsApp deixa de funcionar. Veja no link Golpe no WhatsApp convence vítimas o que aconteceu com um jornalista.

Imagem: tecnologia.ig.com

 

Criatividade

Como o brasileiro, não tem igual. Para poder andar livremente de bicicleta pelas calçadas da cidade sem ser importunado, os criativos usam uma mochila de entrega de comida mesmo sem ter nada dentro.

Foto: entregador.ifood.com

 

Solidariedade

Contribuintes têm até o dia 30 de junho para entregar a declaração do Imposto de Renda. Uma oportunidade de praticar a solidariedade em comunidades afetadas pela pandemia. Veja a seguir como fazer.

–> Imposto Solidário: doações contribuem com comunidades afetadas pela pandemia

Menos de 3% das pessoas destinam o imposto a instituições sociais. Site ensina passo a passo de como destinar o imposto para instituições sociais

O período para entrega da declaração do Imposto de Renda (IR) foi estendido até o dia 30 de junho no Brasil, devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O compromisso, que pode ser visto por muitos brasileiros como burocracia, também é uma oportunidade de praticar a solidariedade. Por meio da declaração, os contribuintes podem destinar até 3% do imposto para instituições e projetos de alto impacto social. Até o momento a Receita Federal recebeu apenas 35% das declarações.

Segundo dados da Receita Federal, menos de 3% dos contribuintes fazem doações com o Imposto de Renda. Como a grande maioria da população não conhece os benefícios de destinar, esse ano as instituições temem que esse número seja ainda menor. “O dinheiro do contribuinte já seria pago ao governo de qualquer maneira, e o imposto solidário abre portas para que ele possa destinar para um projeto que conhece e ainda acompanhar como o valor é aplicado. O mais interessante é que o valor retorna ou é abatido para a pessoa na restituição em 2020 ou no próximo ano”, explica o gerente de Parcerias e Marketing do Marista Escolas Sociais, Rodolfo Schneider.

Segundo o especialista, se a pessoa tiver imposto a restituir, o valor doado é acrescentado ao montante (calculado já no sistema da Receita) e ele o recebe no período de restituição. Se o contribuinte tiver imposto a pagar, o valor doado é descontado do débito.

Site ensina passo a passo de como doar

Com a intenção de explicar o passo a passo para efetuar uma doação via imposto de renda, o Marista Escolas Sociais, que atende mais de 7 mil crianças, adolescentes e jovens em 20 Escolas e Unidades Sociais nos Estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, preparou um site detalhando todas as etapas. Ao acessar impostosolidario.org.br, o contribuinte pode entender todos os processos e conhecer instituições que poderão ser beneficiadas.

Educação é uma das áreas impactadas

Um dos projetos disponíveis para receber os recursos via Imposto de Renda é o “Educação – O futuro é para todos”, que beneficia mais de 2 mil crianças, adolescentes e jovens de 0 a 17 anos. A iniciativa oferece educação gratuita em cinco escolas sociais localizadas em áreas de vulnerabilidade social na Zona Leste de São Paulo, Santos e Ribeirão Preto.

As doações podem promover a expansão de laboratórios, projetos de educomunicação, capacitação de educadores, revitalização de espaços e melhorias no acervo das bibliotecas. Mais de 40% das famílias atendidas nos locais estão abaixo da linha da pobreza e vivem do trabalho informal, sendo fortemente atingidas pela pandemia do coronavírus.

Durante o período de isolamento social, as Escolas Sociais têm promovido atividades para todos os alunos, de acordo com a realidade de cada família, sendo disponibilizadas de forma impressa e retiradas na escola ou enviadas via redes sociais e whatsapp.  Para o aluno Gustavo Henrique do Nascimento Santos, de 14 anos, estudante do Marista Escola Social Irmão Lourenço,  na Zona Leste de São Paulo, as atividades têm ajudado a manter a rotina. “Tem sido muito bom. O plantão dos professores tem ajudado bastante, é muito importante termos essa oportunidade”, revela.

Marista Escolas Sociais

Marista Escolas Sociais atende gratuitamente 7700 crianças, adolescentes e jovens por meio de 20 Escolas Sociais, localizadas em cidades de Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Os alunos atendidos nas Escolas Sociais têm acesso a uma educação de qualidade e gratuita que vai desde a educação infantil até o ensino médio, além de projetos educacionais e pedagógicos que acontecem no período contrário às aulas. https://maristaescolassociais.org.br/

 

Estranho

Desde a manhã até o último jornal, em vários canais de TV, por streaming ou rádio, jornais,  Covid-19 é imbatível na primeira colocação como assunto ou destaque. Estranho mesmo é que a palavra que designa o país responsável por essa revolução mundial não é citada em nenhuma matéria.

Charge do Alex

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Mas Brasília vive, Brasília continua, nos seus 600 mil metros quadrados de construção já realizados, nos seus 240 quilômetros de esgotos já plantados, nos seus 90 milhões de litro d’água de reserva, no seu milhão e meio de metros quadrados de asfalto de primeira. (Publicado em 06/01/1962).

Uma dura lição

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Foto: Sérgio Andrade/Governo do Estado de São Paulo (agenciabrasil.ebc.com)

 

Das muitas lições que serão deixadas pelo isolamento social compulsório, por conta da pandemia do Covid-19, a milhões de brasileiros, nenhuma outra será mais importante do que a certeza de que o fenômeno da corrupção tem seus efeitos nefastos prolongados por tempo indefinido, atingindo indiscriminadamente gerações e gerações. Ainda mais quando esse fenômeno atinge patamares de uma endemia, como tem sido no nosso caso.  Por mais defeitos que tenha o presidente Bolsonaro, ainda há o mérito de lutar incessantemente contra o vírus da corrupção. Esse sim, sempre foi nefasto ao país, mantendo a fome, ignorância e paternalismo.

Vale recordar a fala recente do ministro Luís Roberto Barroso do Supremo Tribunal Federal, quando afirmou que: “É um equívoco supor que a corrupção não seja um crime violento. Corrupção mata. Mata na fila do SUS, na falta de leitos, na falta de medicamentos. Mata nas estradas que não têm manutenção adequada. O fato de o corrupto não ver nos olhos as vítimas que provoca, não o torna menos perigoso.”

Por isso mesmo, causa espécie a todos os brasileiros de bem que políticos, notoriamente apontados pela justiça como culpados por esses crimes hediondos, aproveitem desse momento de angústia para, de modo cínico, proporem soluções que, nem de longe, adotaram quando tiveram oportunidade e poder para tanto. Esse é o caso específico do ex-presidente Lula que, de forma absolutamente desavergonhada, tem aparecido em vídeos fazendo críticas e sugestionando ações contra a crise, como se não fosse ele e seu desgoverno um dos responsáveis pela fragilidade de nosso sistema de saúde e pelo saldo de milhões de desempregados.

Não se pode, de modo algum, desprezar esses fatos do nosso passado recente e que hoje pesam sobremaneira nessa crise de saúde pública. Talvez uma das mais emblemáticas cenas desse passado triste, ainda não totalmente solucionado por nossa justiça parcial e suspeita, seja justamente a utilização dos muitos e gigantescos estádios de futebol construídos para a fatídica Copa do Mundo de 2014, em que praticamente todos os envolvidos nesse esquema odioso foram acusados de corrupção, dentro e fora do país.

Esses verdadeiros elefantes brancos, monumentos obsoletos, erguidos para propiciar a manutenção contínua de um propinoduto bilionário, são retirados agora de seu estado letárgico profundo para servirem de hospitais de campanhas. Essa improvisação de finalidade totalmente diversa demonstra de forma cabal a distância entre o que necessita uma população carente e aquilo que os políticos sem ética almejam para si mesmos.

Nada mais emblemático para ensinar uma população em pânico e cerrada dentro de casa do que a conversão de estádios em hospitais de emergência para fazer entender, de uma vez por todas, o potencial deletério do fenômeno da corrupção. A corrupção mata. Essa é a lição aprendida agora da pior maneira possível.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Quando você perceber que para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.”

Da filósofa russo-americana, Ayn Rand (judia fugitiva da Revolução Russa, quando chegou aos Estados Unidos, em meados da década de 20).

Foto: britannica.com/biography

 

Juntos e fortes

Pessoal da Motoluc está confeccionando máscaras Face Shield para doar aos hospitais da cidade. Por enquanto, a capacidade é de 1500 máscaras por dia. Além da convocação de voluntários, eles estão recebendo doações de chapas de acrílico de 3mm. Leia logo abaixo mais detalhes para quem quiser ajudar.

 

Capes

Na hora que a coisa aperta, a coisa muda. O sistema da Capes foi liberado para implementação de bolsas de mestrado e doutorado. Um pesquisador nos enviou a missiva com a seguinte conclusão: a terra pode até ser plana na concepção dos fanáticos, mas ninguém pode negar que ela continua dando voltas.

 

Reconhecimento

Nossas homenagens a todos que trabalham na Polícia Federal, instituição que completa 76 anos.

Cartaz publicado no perfil oficial da Polícia Federal no Instagram

 

Sempre a verdade

Morreu ou não morreu? O GDF corrigiu a informação sobre a primeira morte causada pelo coronavírus. A Secretaria de Saúde do DF justificou que houve um desencontro de informações.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Todas as autarquias estão com novos presidentes. É bom ler todos os discursos de posse, para que a gente possa, depois, cobrar as promessas. (Publicado em 04/01/1962)

Uma nova rotina em construção

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Charge: Nani (portaldaslicitacoes.blogspot.com)

Para Getúlio Vargas e posteriormente para os militares, o que era um modo de tornar o Brasil um país industrializado e independente dos países desenvolvidos, tornou-se, nas mãos de políticos do passado, um ativo de outra ordem, tratado com todo o cuidado dentro das mais puras práticas patrimonialistas.

Das muitas e preciosas lições que ficarão para sempre como um norte a seguir, advindas da Operação Lava Jato, o uso político das empresas do Estado e o corporativismo exacerbado estão por detrás tanto da sequência de crimes como dos prejuízos bilionários gerados para os contribuintes.

Com a instalação do Partido dos Trabalhadores no comando do país, a pauta estatal ganhou um viés ou uma fantasia ideológica, adequando o estatismo dentro das pretensões do partido de ampliar o poder da legenda e de seus acólitos. O uso de estatais como a Petrobras e o BNDES, apenas para ficar nessas duas empresas, só teve seus propósitos e fins devidamente esclarecidos após as investigações feitas pelos procuradores da Lava Jato. O que foi revelado, principalmente no caso da Petrobras, já que as investigações no BNDES prosseguem, mostrou que, por trás do afã protecionista, diversas vezes manifestado, estava em curso um estratagema criminoso para carrear o máximo de vantagens dessa empresa para o partido e seus membros e demais envolvidos.

Praticada por todos os governos desde o fim do regime militar, a conta dessa incúria, tem sido subtraída da poupança pública, ficando o passivo com os pagadores de impostos e os ativos com essas empresas, cumprindo-se assim a sina que reza que uma estatal, por sua cobertura majestosa, jamais entra em processo de falência. Dessa forma, os efeitos nefastos gerados pela gestão delituosa nas empresas do Estado e que precisam de socorro público urgente, são repassadas para a população na forma do sucateamento dos sistemas de saúde, educação, segurança e de infraestrutura.

De nada adiantaram os seguidos alertas, feitos por brasileiros conscientes de que o estatismo, na forma como foi concebido, acabaria arruinando o povo e elevando políticos e empresários astutos aos píncaros da riqueza. Foi graças às diversas operações, levadas a cabo pelo Ministério Público e pela Polícia Federal, que foi posto a nu esse esquema perverso. Colocados numa balança onde seriam aferidas as vantagens e desvantagens do modelo estatal, duas conclusões opostas indicariam que esse modelo foi vantajoso no início, com o processo de industrialização do país.

Passado esse período e principalmente com o retorno da chamada normalidade política nos anos oitenta, esse modelo foi totalmente abduzido pela classe política que fez dele uma espécie de tesouro particular, tanto para a instalação de correligionários cúmplices em postos chaves e altamente lucrativos nessas empresas, como para barganhar vantagens, agindo como verdadeiros donos ocultos dessas companhias.

Não é necessário ser economista para se chegar à conclusão de que o sistema capitalista, principalmente aquele praticado pelo Estado, ganharia uma nova versão mais light ao adentrar o Brasil, amalgamando-se ao jeitinho nacional, onde adquiriu doses de patrimonialismo e de outros aspectos do chamado homem cordial. Isso obviamente tem se refletido na condução das empresas públicas. Num sistema desses, aos políticos vencedores nas eleições, são repartidas espécies de ações que os tornam donos de parte dessas empresas.

A formação de blocos dentro do Congresso acelerou esse processo e aumentou sua ingerência nos destinos das estatais. Nem mesmo as Agências Reguladoras escaparam desse destino, sendo, logo após sua criação, aparelhadas por prepostos políticos, mas interessados em obter vantagens do que fiscalizar e regular o funcionamento dessas companhias. Nessa altura dos acontecimentos, o público, sabe muito bem que as Agências reguladoras funcionam na contramão dos interesses da população. Se fossem reunidas apenas no Código de Defesa do Consumidor todas as leis e funções desses órgãos reguladores, o sistema de proteção ao cidadão seria muito mais eficaz e imediato. De uma forma dou de outra deve-se reconhecer que nomear técnicos para assumir a direção do país foi o pêndulo encontrado pelo governo Bolsonaro para exterminar parte da corrupção. O que agradou o povo não agradou os representantes do povo.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Sem munição não se atira, sem moral não se governa.”

Presidente Jair Bolsonaro

Foto: Marcos Corrêa/PR (veja.abril.com.br)

 

Perigo à vista

Leia a seguir toda a celeuma em torno do concurso da SEDES, de 27 de novembro de 2018. A defasagem de profissionais é absurda. E agora, por diferentes entendimentos no caso de questões anuladas, a insegurança jurídica nos concursos públicos realizados em Brasília está prestes a acontecer.

Concurso SEDES: imbróglio sem fim

Em 27 de novembro de 2018, a Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal – SEDES (antiga SEDESTMIDH) publicava o edital normativo nº 1, concurso público para provimento de vagas e formação de cadastro reserva em diversos cargos da área da assistência social, organizado pela banca IBRAE (Instituto Brasil de Educação). A SEDES já não realizava concurso há 10 anos e a defasagem de profissionais tem sido sentida pela população mais necessitada do DF.

Acontece que no dia 19 de dezembro de 2018, em menos de 1 mês da publicação do edital, a banca IBRAE publicou uma retificação (Edital nº 3 – Edital Normativo – Retificação – DODF Nº 240), que trouxe a seguinte alteração:

“1.1.3. No subitem 14.8, onde se lê: Se, do exame dos recursos, resultar anulação de questões das provas objetiva e de verificação de aprendizagem (PVA), serão atribuídos os respectivos pontos a todos os candidatos, independentemente de o candidato ter recorrido. Se houver alteração do gabarito oficial preliminar, por força de impugnações, a prova será corrigida de acordo com o gabarito oficial definitivo; leia-se: Se, do exame dos recursos, resultar anulação de questões das provas objetiva e de verificação de aprendizagem, será realizado o ajuste proporcional ao sistema de pontuação previsto no edital do concurso público. Se houver alteração do gabarito oficial preliminar, por força de impugnações, a prova será corrigida de acordo com o gabarito oficial definitivo”.

A retificação realizada pela banca teve como finalidade fazer cumprir a Lei Distrital n° 4.949, de 15 de outubro de 2012, apelidada de Lei dos Concursos Públicos no Distrito Federal, que em seu Art. 59 determina: “A anulação de questão objetiva implica ajuste proporcional ao sistema de pontuação previsto no edital do concurso público”. Ou seja, em caso de anulação de questão, é necessária a utilização do ajuste proporcional nas demais questões válidas. Além disso, o não cumprimento ao Art. 59 também infringe o Art. 54: “É lícito deduzir pontos em virtude de questões erradas e atribuir pontuação zero ao não preenchimento da questão”.

Para entender melhor o ajuste proporcional, segue uma situação hipotética: se em uma prova de 10 questões, cada uma valendo 1 ponto, 2 questões forem anuladas, as outras 8 questões válidas passarão a valer 1,25 pontos, ao invés de distribuir os 2 pontos das questões anuladas para todos os candidatos (ajuste universal). Sendo assim, a Lei Distrital n° 4.949 é mais justa ao não conceder pontos de graça para os candidatos, incluindo aqueles que erraram as questões. Infelizmente, desde que foi publicada, a lei não tem sido seguida à risca.

Acontece que, mesmo incluindo ao edital o ajuste proporcional, a banca, não se sabe por qual motivo, se intencionalmente, falta de atenção ou amadorismo, publicou, no dia 02 de julho de 2019, os resultados do concurso com base no ajuste universal, cujos pontos das questões anuladas foram distribuídos para todos os candidatos, desrespeitando assim não só o próprio edital, que se trata de um instrumento de caráter vinculante, mas à própria Lei dos Concursos Públicos no DF.

Certos de que haviam sido prejudicados, ao perceberem o erro grotesco da banca, alguns candidatos recorreram ao Tribunal de Contas do Distrito Federal – TCDF para que se fizesse cumprir a lei, pedindo pela retificação do resultado, para que uma nova classificação fosse feita com base no ajuste proporcional. E assim, prezando pela legalidade no concurso, o TCDF, no dia 26 de novembro de 2019, publicou a Decisão nº 4145/2019, determinando à SEDES e ao IBRAE que as notas da prova objetiva fossem recalculadas com base no ajuste proporcional, considerando a seguinte fórmula:

VCQ = TPP ÷ (NQP – NQA)

VCQ = Valor de Cada Questão


TPP = Total de Pontos da prova


NQP = Números de Questões da Prova

NQA = Números de Questões Anuladas

Acontece que, com a decisão, muitos candidatos que não obtiveram o mínimo de pontuação exigido no edital, com a aplicação do ajuste proporcional, foram eliminados. Em contrapartida, vários candidatos que possuíam os requisitos mínimos para serem considerados aprovados, conforme o edital, subiram posições com essas eliminações, assumindo suas classificações originais por direito. O concurso da SEDES, promovido pela banca IBRAE, transformou-se em uma arena, um verdadeiro cabo-de-guerra. Os candidatos que foram eliminados com a aplicação do ajuste proporcional recorreram ao Ministério Público junto ao TCDF – MPjTCDF para que a Decisão nº 4145/2019 fosse suspensa, o que foi concedido no dia 12 de dezembro de 2019.

Acontece que, desde a suspensão da decisão, esse processo tem sido analisado pelas partes interessadas: TCDF e MPjTCDF. No último dia 10, ao acompanhar o processo em questão no site do Tribunal de Contas do DF, subentende-se que a unidade técnica do TCDF permaneceu com seu parecer favorável à manutenção do ajuste proporcional ao concurso da SEDES, mas que o MPjTCDF emitiu um parecer desfavorável, deixando a briga ainda mais acirrada: 1×1. Tudo indica que o processo irá a plenário no dia 26 de março para ser votado pelo colegiado de conselheiros do TCDF, cujo relator é o conselheiro Paulo Tadeu.

Votar pela retirada da Decisão nº 4145/2019 seria um tiro no pé do próprio TCDF, visto que o órgão, no dia 05 de março de 2020, abriu concurso público para provimento de vagas e formação de cadastro reserva no cargo de auditor de controle externo trazendo, expressamente em seu edital, o ajuste proporcional. Além disso, considerando o imbróglio no concurso da SEDES, a PCDF e a PGDF retificaram seus editais incluindo o ajuste proporcional, a fim de se fazer cumprir a Lei Distrital n° 4.949 e de evitar o mesmo problema ocorrido com o IBRAE, trazendo mais segurança jurídica para seus candidatos.

 

 

Juntando força

Com o apoio da Caixa Seguradora, Promundo e Ascap, começa o curso de produção cultural: uma estratégia pela cultura da paz. Ouça alguns podcasts mediados por Tania Capel sobre o assunto nos links abaixo.

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Saindo o resultado da sindicância no IAPM, e com estes escândalos, imaginem o que será a sindicância do IAPFESP, quando forem estudadas as razões da paralisação das obras das superquadras 104 e 304. (Publicado em 17/12/1961)

Cantando e andando para o provo brasileiro

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Foto: Reprodução/Twitter Instituto Lula

 

Ninguém, em sã e ética consciência, e de posse de toda a capacidade de se indignar, pode aceitar, de forma serena, que o ex-presidente Lula, depois de devidamente investigado, processado e condenado a trinta anos de prisão, segundo as leis brasileira, deixe a cadeia de luxo, onde passou a residir há pouco mais de um ano, e saia pelo mundo afora pregando livremente contra o Brasil e suas instituições, tudo às custas dos pobres contribuintes, deixados à míngua nas imensas filas de desempregados.

Ladeado nesse tour de primeira classe, pela também ex-presidente Dilma, ré em outros processos que correm na justiça, a dupla de corruptos viaja, como não podia deixar de ser, pela Europa capitalista, desfrutando de todas as mordomias do Estado. Obviamente que aqueles países aos quais há suspeitas de que despejaram somas bilionárias dos recursos do erário nacional, como Angola, Cuba, Venezuela e outros, não estão no roteiro, primorosamente preparado por seus “assessores” e asseclas.

A dupla de comunistas de fachada e de bom gosto, hospeda-se nos mais caros hotéis do continente, apreciando os mais requintados acepipes, seguidos das melhores safras de vinhos do velho mundo, tudo, obviamente, às custas dos contribuintes brasileiros, os mesmos aqui deixados aos milhões por seus governos, no desamparo e nas imensas filas do desemprego.

O mais incompreensível em toda essa história, que parece surreal, é que essa dupla de malfeitores segue em sua turnê pela Europa, em comícios fechados, onde pregam contra o Brasil, contra suas instituições, envergonhando a todos aqueles cidadãos de bem, mentindo e apresentando suas narrativas falsas sobre esse triste período da nossa história recente. Além dos muitos crimes que cometeram durante seus governos e que estão devidamente descritos nos anais da justiça e nos enciclopédicos processos judiciais, essa versão tupiniquim e mal-ajambrada de Bonnie e Clyde, presta um enorme desserviço ao Brasil, quando usam a pouca informação e mesmo o desinteresse sobre nosso país, para inventar mentiras que denigrem nossa imagem no exterior e causam grande prejuízo, afugentando investidores e desestimulando futuros projetos de interesse nacional.

Todo esse périplo por países que, até há pouco tempo, acusavam de imperialistas, faz parte de uma agenda ardilosamente elaborada para, a partir do exterior, onde se ocupam da tarefa pateticamente de desestabilizar o Brasil e suas instituições, angariar apoio de parte do mundo Ocidental para um processo de retomada do poder. Com as urnas eleitorais da maneira em que se encontram corremos seriamente esse risco.

Internamente essa possibilidade é, no momento, uma missão impossível de ser empreendida, dado o alto grau de desaprovação e mesmo de hostilidade que a maioria dos brasileiros nutrem por esses personagens e seus partidos. Cumprida essa primeira e tresloucada etapa do plano petista, o passo seguinte vai ser reunir todos os bilhões desviados dos cofres públicos, por mais de uma década e que estão espalhados pelos quatro cantos do planeta, para recomeçar um retorno ao poder de onde foram escorraçados pelos brasileiros.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O cachorro só é o melhor amigo do homem porque não conhece o dinheiro.”

Maine de Biran, filósofo francês (1766-1824)

Imagem: Wikipédia

 

Sem resposta

No cafezinho da Câmara, a dúvida de um grupo de visitantes parou na seguinte pergunta que ficou sem resposta: Qual o entendimento da Previdência Social no caso de aposentadoria de trabalhadores que se desdobram em dois empregos? Recebem mais, mas o leão avança com vontade e além disso é descontado pela Previdência Social nos dois empregos.

Imagem: spbancarios.com.br

 

Solidões

Casos de pais drogados, mães que não conseguem manter os filhos, crianças que ficam sozinhas em casa constantemente. O Programa Família Acolhedora, pouco conhecido da comunidade candanga, será apresentado pelo grupo Aconchego, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social do DF. A prioridade é a convivência familiar. O programa nada tem a ver com adoção. É só aconchego. “Queremos sensibilizar a comunidade para a importância deste tema, esclarecendo as dúvidas e transmitindo mais segurança para as pessoas que queiram aderir ao programa”, explica a psicóloga e coordenadora do programa no Aconchego, Júlia Salvagni.” A palestra será na UNIP 913 Sul, sábado 14 das 9h às 12h. Mais informações 39635049. Entrada livre.

Foto: aconchegodf.org

 

Princípio, meio e fim

Foi-se o tempo em que políticos exibiam broches funcionais para impor respeito. Depois das Mídias Sociais, muitos perdem a paz nas ruas, restaurantes, aviões. Pelas facilidades cibernéticas, a população se deu conta que são pessoas de carne e osso. Com o mesmo princípio e fim que todos teremos. Mas com opções diferentes de meios.

Charge: Ivan Cabral

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Até que enfim, o Nordeste terá um plano de obras para ser executado com a garantia da SUDENE. Deixarão de existir, então, as obras de estradas feitas a mão para fazer favor ao trabalhador atingido pela seca. (Publicado em 16/12/1961)

E as vozes das ruas não serão mais roucas. Viva a mídia social.

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Charge do Duke

 

Boa parte da sociedade está com a memória viva em relação à longa crise social, econômica e política dos últimos anos. As redes sociais tiveram o condão de mudar a percepção de boa parte da sociedade não somente para os problemas do país, mas sobretudo para aumentar o desejo e a atitude de muitos em direção aos valores próprios, fazendo brotar nos brasileiros um sentimento mais individualista e voltado exclusivamente para as necessidades imediatas e a longo prazo das pessoas. Parece resultar da noção de que o Estado pouco ou nada faz pelos brasileiros. Muitos consideram hoje que a melhor estratégia é partir para a luta individual, ao invés de esperar por qualquer amparo do governo.

É preciso salientar que esse individualismo, cada vez mais presente na sociedade, pode inverter a própria lógica do Estado, fazendo com que o governo passe a depender, cada vez mais, da vontade de uma população indiferente e distante, propiciando, inclusive, a considerar a hipótese da desobediência civil.

Dados os efeitos da corrupção sistêmica, conforme implantado pelos governos petistas e que tinham como objetivos diretos o enfraquecimento do Estado paulatinamente ao empoderamento do partido, apesar das investidas da polícia e de toda a revelação da trama, deram frutos diversos; uns bons, outros nem tanto. Ao aumentar a descrença na política, retardou a consolidação plena da democracia. As revelações feitas pela polícia e pelo Ministério Público apresentaram, para o distinto público, uma elite corrupta e disposta a tudo para enriquecer rápido e sem esforço.

Para um país que conta com mais de 700 mil presos, em condições sub-humanas de cárcere, essas revelações serviram muito mais como que um simples incentivo para a ação continuada no mundo do crime. Deu a essa parcela da população a certeza de que a cadeia ainda é lugar para pretos e pobres.

Entender a corrupção como algo moldado pela herança histórica ibérica, onde o patrimonialismo cartorial era a tônica, mostra apenas as raízes ancestrais do problema e que fazia parte inerente do sistema mercantilista e colonialista da época. Se antes a exploração e os desvios tinham origem em vontades vindas do exterior, com o desenvolvimento do capitalismo de compadrio, é muito mais rentável a uma empresa cooptar políticos e agentes públicos buscando negócios fabulosos com o Estado em troca de propinas e outros meios ilícitos. Além das empresas privadas, sempre dispostas a servir aos políticos de forma geral, as estatais cumpriam seu papel de facilitadoras dos negócios nebulosos da elite dirigente.

Transformadas em moedas de troca, dentro do toma lá dá cá generalizado, as nomeações políticas para altos cargos nas estatais tinham um peso crucial na expansão dos casos de corrupção, servindo como ponta de lança dos partidos para se apoderarem dos recursos da nação. Torna-se compreensível o discurso de muitos dirigentes políticos no sentido de o Estado manter controle das estatais.

Obviamente que não se trata de nacionalismos ou protecionismo da economia nacional, mas tão somente de reservar esse nicho de mercado à sanha desmedida dos partidos políticos. Por aí se vê a razão da redução do tamanho do Estado, que incomoda tanta gente. Se por um lado os muitos casos de corrupção do passado revelados serviram para mostrar como é fácil desviar dinheiro público, por outro mostrou que impondo um fim a institutos como o foro privilegiado, a possibilidade de nomeações políticas para cargos técnicos e maior agilidade e presteza nas decisões da justiça trazem a fórmula mágica para reduzir, da noite para o dia, tão imenso volume de caos de malversação dos recursos públicos.

Seis pilhas de um metro quadrado de área por cinco metros de altura cada, contendo notas fictícias de R$ 100, ficaram expostas por um longo período na Boca Maldita, principal rua de Curitiba. O monumento simbolizava o montante de R$ 4 bilhões recuperados pela força tarefa da Lava Jato. É pouquíssimo, se comparado ao volume fantástico de dinheiro desviado por grupos políticos diversos, apenas na última década. É, contudo, muito dinheiro, para os padrões de um país como o Brasil, onde historicamente a impunidade e corrupção sempre foram tratadas de forma parcimoniosa pelas autoridades, sempre constrangidas em punir pessoas e grupos do mesmo estamento social, político e econômico.

Segundo estimativas feitas por técnicos no rastreio de dinheiro de origem suspeita, o Brasil perdeu por ano, em média, R$ 200 bilhões com esquemas de corrupção. Somente com relação à Petrobras, calcula-se que foram desviados, apenas nos governos petistas, entre R$ 30 e R$ 40 bilhões, embora, de forma oficiosa, a estatal tenha divulgado um “prejuízo” de apenas R$ 6 bilhões com desvios de dinheiro dos cofres da empresa. Para se defender de processos no exterior, a estatal tem apresentado sua defesa em cima da tese de que foi vítima da ação dos corruptos, embora a justiça dos Estados Unidos e de diversos outros países, que possuem recursos investidos na empresa, afirmem que há muitos funcionários de carreira da Petrobras envolvidos diretamente nestes esquemas nebulosos.

De toda a forma, o cerco que vai se fechando aqui e no exterior, cedo ou tarde, chegará a um resultado bem próximo da verdade. A última notícia é que um suíço brasileiro foi considerado culpado por cumplicidade em suborno e lavagem de dinheiro. Essa é uma sentença importante porque trata da prova de pagamentos de mais de US$ 35 milhões feitos por sete anos (2007-2014) por meio de mediadores na Suíça e no Brasil a funcionários da Petrobras.

 

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Há o caso de vários operários de uma obra, que pediram as contas e foram para a fila da Novacap. (Publicado em 16/12/1961)