O futebol como arma

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada por Ari Cunha (In memoriam)

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Foto: iStock/Getty Images

 

          Não é de hoje que o futebol, de arte do povo e para o povo, foi transformado, por suas potencialidades, em armas de propaganda. Nas mãos dos marqueteiros, em que tudo é costurado com o tecido das ilusões da propaganda, o futebol virou garoto propaganda de governos, principalmente daqueles cujo horizonte intelectual não vai além da esquina mais próxima.

          Surpreende que, depois de mais de vinte séculos a nos separar do grande Império Romano, o pani et circenses, a fórmula populista ainda faça grande efeito sobre as massas. Não causa espanto que, para esse objetivo, nove entre dez demagogos tenham se empenhado em destruir quaisquer projetos de educação popular, por meio de escolas públicas de qualidade. A ignorância, assim como a cegueira mental, são irmãs siamesas.

          É preciso, pois, fazer dos programas de governo, um projeto nacional de destruição paulatina da educação pública. Nada contra o futebol. Tudo a favor do ensino. Conhecerás um pretendente a ditador do momento ao seguinte sinal: todos eles utilizam de eventos populares, não para o regozijo de sua gente, como quer parecer, mas tão somente para alavancar sua imagem junto ao povo, visando angariar apoio às suas pretensões políticas de cunho populista. Tal é a característica comum a todos eles, sem exceção. O que muda é apenas o tipo de evento popular a ser explorado como marketing político. Nesse caso, pouco importa o tipo de espetáculo. O importante é que reúna o maior número de adeptos. Pode ser ligado ao folclore, às tradições ou ao esporte.

         No país do futebol, a utilização desse esporte, como muleta oportunista desses políticos, é um fato histórico antigo e manjado e pode ser conferido, praticamente, desde que surgiram os clubes devotados ao ludopédio. Só existe um porém nessa estratégia marota: para que a fórmula funcione, é necessário, antes de tudo, que o time escolhido tenha uma grande e apaixonada torcida, capaz de empolgar e incendiar multidões, tornando-as presas fáceis.

          Já quando o marketing político mira a Seleção do país, onde estão representantes de todos os times e jogadores mais destacados, transformando-os em garotos propagandas do governo, essa mistura entre oportunismo populista de cunho nacionalista com a paixão dos torcedores, rende resultados à medida em que esse escrete devolve essa aposta em forma de gols e de vitórias incontestes.

         Em situações assim, o chefe de governo comparece aos estádios e, da tribuna de honra, faz questão de ser visto e aplaudido. Mas para esse ato é preciso ter segurança de que será aplaudido porque, nesse mesmo país do futebol, não é raro os espectadores no local vaiarem até o minuto de silêncio. Numa situação em que o Estado Democrático de Direito usa o seu tempo para cuidar, com denodo, de  questões da mais alta relevância para a nação, não resta espaço e vontade para que o governo interfira em problemas menores relativos ao futebol, já que essa é uma atividade mantida por organizações e empresas privadas e com interesses próprios e diversos.

         Também no Brasil, e por diversas vezes, essa intromissão indevida do governo no mundo do futebol, quase sempre, tem rendido, ao  lado de alguns minutos de popularidade ao chefe do Executivo, elevados custos para os pagadores de impostos, que acabam arcando com a armação desse circo. Caso exemplar pode ser conferido durante o governo petista de Dilma Rousseff, com a construção de enormes e caríssimas arenas de futebol, destinadas à realização da Copa do Mundo, e que hoje, em sua grande maioria, foram transformadas em verdadeiros elefantes brancos sem utilidade alguma, depois de terem sido erguido à base de muita corrupção e sobrepreço.

         Com Dilma e seu governo, ficaram, além desses fantasmas de concreto, as seguidas humilhações impostas pelos diretores da Fifa ao governo, os escândalos nessas construções e os posteriores que redundaram no banimento perpétuo desses dirigentes do futebol, as prisões dos chefões da CBF, as vaias retumbantes no estádio, durante a abertura dos jogos, e a derrota, fragorosa, da seleção para Alemanha por nada menos que 7×1.

          Não foi pouco! Toda essa amarga experiência deveria ser utilizada como um aprendizado para que o governo jamais voltasse a misturar os assuntos de Estado, com os problemas de estádios. Mas não foi o que aconteceu. Os países onde seriam realizados o torneio cuidaram logo de empurrar esse abacaxi para o Brasil. O que se viu, pelo menos até agora, foi o ensaio de revolta dos próprios jogadores e técnicos, possivelmente calados pelo reforço em dinheiro dos prêmios, bem como os escândalos de assédio sexual do presidente da CBF e seu posterior afastamento da instituição. Também tem aumentado o repúdio dos brasileiros, médicos e enfermeiros e de todos os que perderam amigos e familiares nessa pandemia. Falta agora, para completar esse quadro patético, a vaia nos estádios e a derrota da seleção nessa copa do Catar, para, mais uma vez, cair a ficha. Mesmo em caso de vitória, essa é uma situação que em nada vai beneficiar os brasileiros, preocupados em sobreviver o pós-pandemia e a crise econômica e social que se seguiu.

         Passadas as eleições, as atenções dos brasileiros, isso é, se o pós-eleição for digerido com tranquilidade, muitos olhares e ouvidos estarão ligados nos jogos da Copa. Mais uma vez, a mídia irá fazer de tudo para dar grande visibilidade ao evento. Nesse ponto, tudo indica que as eleições já estarão na estação de embarque, rumo à cidade distante do esquecimento.

         Para qualquer governo que chegar, a vitória do Brasil nos jogos do Catar representarão um grande capital para o próximo governo, que tudo fará para atrair essa vitória e seus efeitos deletérios e efêmera para sua gestão, comparando o sucesso dos jogadores ao governo, tudo numa grande encenação como era há mais de dois mil anos.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“A liberdade de eleições permite que você escolha o molho com o qual será devorado.”

Eduardo Galeano

Eduardo Galeano. Foto: Samuel Sánchez.

 

Susto

Aumenta a audácia dos hackers em prejuízo, dessa vez, de correntistas bancários. Imagine consultar sua conta no celular e ver que tudo se foi. Isso passou a acontecer depois que o token eletrônico surgiu. Se continuasse sendo uma chave nas mãos dos clientes, dificultaria a ação dos meliantes. Aliás, a lei branda para esse crime está contribuindo sobremaneira para o aumento das ocorrências.

Foto: Pixabay

 

Cuidado

Ainda sobre o assunto acima, para se defender dos bandidos eletrônicos, os correntistas que já sofreram esse tipo de ação passaram a usar dois celulares. Um apenas para movimentação bancária e outro para as redes sociais. A cada dia que passa está mais perigoso abrir links.

Charge do Thyagão

 

Sociedade

Dia 02 de agosto, às 15h, a Câmara dos Deputados vai debater em audiência pública “A importância da Policia Judicial na proteção de membros e serventuários do Poder Judiciário”. No link A importância da Polícia Judicial, você vai saber como participar.

 

Revolta

Corre pelas redes sociais a reprodução da página do Diário Oficial com a informação do pagamento de dois milhões e meio patrocinando Nando Reis em 2012.

 

Na mira

Prefeitos de diversas cidades foram flagrados cobrando propina de várias formas. Com um celular é possível comprovar o ilícito. Agora, o que é feito com esse material vai depender do delegado, juiz e da população.

Charge publicada em vvale.com

 

História de Brasília

Está na hora de a TCB pedir à Assessoria de Planejamento o desenho para um poste que determine os pontos de ônibus. Escrever no asfalto não é prático nem funcional. (Publicada em 08.03.1962)

Quanta felicidade

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Charge publicada no jornal argentino La Nación

 

          Nem dá para imaginar a alegria com que os cidadãos aguardam o retorno do ex-presidente Lula à Presidência do país, trazendo consigo toda a sua já conhecida e eficiente equipe. O Brasil, por certo, será outro. Ficamos a imaginar a Praça dos Três Poderes toda ocupada por bandeiras vermelhas do Partido dos Trabalhadores, do Movimento Sem-Terra e dos Movimento Estudantis, Sindicatos, todos festejando a volta do ex-presidente. Nessa cerimônia grandiosa, estarão presentes também todos os personagens ilustres, que, nos últimos anos, foram maldosamente desprestigiados como os presidentes dos mais democráticos países da América Latina, como a Venezuela, a Nicarágua, Cuba, Argentina, e outros como o presidente do México e de tantos países governados pela esquerda.

          Por certo, o cidadão de bem, aquele que acorda cedo e vai sacolejando nos transportes públicos e que hoje paga alta taxas de impostos, também estará comemorando o retorno desse que é o pai dos pobres e dos desassistidos, e que foi injustamente perseguido pelo tirânico ex-juiz, Sérgio Moro, num julgamento todo ele incorreto e parcial.

          Do exterior, tem surgido as mais contundentes mensagens de apoio, como do ex-deputado Jean Wyllys, que teve que renunciar ao mandato para não ser morto e que agora anuncia que retornará para ajudar o futuro da nação. Diria o filósofo de Mondubim, “Quantas notícias formidáveis!”.

          Pensar que todo aquele injusto e penoso processo da Lava Jato, do Mensalão e de outros do mesmo gênero, que tantos males causaram a todos os envolvidos, serão revistos e anulados, com a devolução dos bens e do dinheiro confiscado, com juros e correção. Também serão ressarcidos todos aqueles que foram caluniados, principalmente o ex-presidente Lula, acusado por gente sem coração como o ex-procurador Deltan Dellagnol.

           Mal dá para esperar que a Gleisi Hoffmann volte a ocupar a Casa Civil, onde irá cuidar das importantes ações no campo da política. Também é com grande entusiasmo que a população irá receber de volta personagens ilustres como o ex-ministro Guido Mantega ou o ex-ministro Paulo Bernardo, que, juntamente com a Gleisi, foram maldosamente acusados de desviar dinheiro dos aposentados.

         Também estarão em êxtase os funcionários da Caixa, dos Correios, Petrobras e do Banco do Brasil e todos os trabalhadores que terão, finalmente, seus fundos de pensão valorizados e bem distribuídos. Em festa, estarão também os milhares de presos em todo o país, que foram postos nessa condição pela perversidade de uma sociedade indiferente aos problemas sociais. Por certo, no novo governo Lula, estes e outros trabalhadores perseguidos pelas elites serão postos em liberdade e compensados pelas injustiças sofridas.

          Com todo esse entusiasmo, virão também novos componentes para a Suprema Corte, todos eles muito afinados com esse novo Brasil que se anuncia. As universidades finalmente terão a paz que sempre almejaram e vão poder dar prosseguimento ao excelente padrão de educação que sempre fizeram jus. Também as escolas públicas poderão retomar as magníficas diretrizes educacionais, com a volta da escola com partido, do retorno das políticas de gênero e todo um manancial extraordinário de medidas pedagógicas com vistas ao engrandecimento do partido.

         É preciso lembrar que esse retorno só estará completo após a punição exemplar de todos aqueles que ousaram acusar ou apontar o dedo para o grande líder. O brasileiro já nem consegue esconder toda a sua expectativa para esse grande dia, quando parte da imprensa será finalmente regulada, para que aprenda, de uma vez por todas, a não falar mal de seus líderes. Que venha logo esse glorioso dia para que o Brasil, como diz, nosso grande guia, volte a sorrir.

A frase que foi pronunciada:  

“Por mais iludido que você seja, sempre haverá um iludido maior para achar que você não o é.” 

Emprestado de Millôr Fernandes

Millôr Fernandes. Foto: Daniela Dacorso/Bravo (exame.abril.com)

Conhecimento

Vale conferir o webinar mediado por Alexandre Garcia, do Instituto Villas Bôas. Os assuntos sugeridos são: “Mineração na Amazônia e os inimigos invisíveis”, com Antonio Feijão, geólogo, advogado e presidente da Fundação Amazônica de Migrações e Meio Ambiente (Finama) e “A Amazônia que os satélites não conseguem ver: o extrativismo mineral sustentável, um sonho possível”, com Marcelo Norkey, garimpeiro e conselheiro de unidades de conservação no Pará. Disponível no link 4º webinar do Instituto General Villas Boas.

Opinião

Fiquem atentos. Pesquisas que indicam tendências dificilmente apontam, por antecipação, vitoriosos. Ajudam a nortear campanhas. Elas se aproximam de alguns resultados, mas não conseguem captar, no cenário real, os acasos e as incertezas no comportamento humano. Esse é um extrato da análise do professor e jornalista Aylê-Salassié Filgueiras Quintão, sobre as eleições. Leia o artigo completo a seguir.

Foto: camara.leg

“Não haverá nem segundo turno”: Cuidado com a aritmética!

Aylê-Salassié Filgueiras Quintão*
 
– Êta!…Então a eleição está ganha!. Lula tem 42 por cento da preferência  do eleitorado nacional e Bolsonaro 36 por cento, apontam as pesquisas.  Não é bem assim. Pesquisas divulgadas com antecedência tem o mesmo propósito de uma  propaganda explícita.   Pretende   fazer o eleitor acreditar que  aquele  candidato já está eleito. Uma falsa indução. A premissa condutora é a de  “não se vota em candidato previamente derrotado” . O Tribunal Superior Eleitoral  (TSE), por alguma conveniência,  faz de conta que não vê.
Nada mais enganoso que essa aritmética absolutizada, mesmo que   esteja assinada por um grande instituto de pesquisa. Existem mais de 100 no Brasil. Alguns copiando os resultados dos outros, e alguns vendendo opiniões. Assim, foi em eleições anteriores e, nesta próxima, não parece  diferente.
As indicações de resultados prévios entre   Aécio e Dilma,  Bolsonaro e Haddad e em alguns estados marcaram  grandes enganos das pesquisas. O candidato que lidera as pesquisas, na maioria dessas disputas é quase sempre atropelado no final,  embora até o última momento as pesquisas   o indiquem como potencial  vencedor. Em geral, os institutos de pesquisa concentram-se em dois dos candidatos com  melhores resultados, com vistas a um segundo turno ou não. Há pesquisas tendenciosas cujas conclusões  vem acompanhadas da afirmação – verdadeira pregação – de que  “Não haverá nem segundo turno!”. 
 Esquecem-se dos votos dos candidatos pouco citados, dos votos nulos e brancos – já chegaram a 20 %  dos votantes – , dos indecisos que podem mudar o voto na última hora (está ainda em 4 %) e dos ausentes. Somados chegam a milhões de eleitores. Existem  estudos no campo da política eleitoral,  mostrando que, o número de votos perdidos pelo eleitorado  é maior que os       conquistados pelos eleitos: em geral, mais de 50 %. Dir-se-ia que se trata de uma performance democrática.
Fiquem atentos. Pesquisas indicam tendências, dificilmente apontam, por antecipação,  vitoriosos. Ajudam a nortear campanhas.  Elas se aproximam  de alguns resultados, mas não conseguem captar no cenário real os acasos e as incertezas no comportamento humano. Nunca se sabe  tudo da pesquisa, embora, por exigência do TSE, ao serem registradas , as pesquisas  são obrigadas a revelar os métodos  usados , o período e os objetivos a serem alcançados.  
Os maiores interessados  em conhecer resultados prévios das pesquisas eleitorais são os  empresários, atentos ao futuro da economia e, por extensão,  dos seus negócios.  Mal concluída uma eleição, os políticos distribuem os cargos para os cabos eleitorais, e já estão preocupados com a próxima. Os empresários não são assim. Para eles, cada eleição é um drama ou uma solução para os investimentos.  Por isso, financiam pesquisas eleitorais, como álibi, para conhecer as tendências  e fazer projeções sobre  a nova política econômica. Daí aqueles financiamentos de campanha  tentando fortalecer os candidatos que mais compactuam com seus propósitos empresariais ou os que mais tem chance de sair vitoriosos das eleições.
Os empresários não estão nem aí para os partidos. O fulano, sendo eleito, vai abrir a economia à busca do desenvolvimento, conceder estímulos e isenções fiscais;  o outro vai exercer um controle fiscal rigoroso para equilibrar as contas públicas e os empresários e empreendimentos em andamento serão suas vítimas.  A equação é simples. O resto é pantomina. Por isso as mudanças  no Brasil  são lentas: Primeiro o meu, depois o do Abreu.
Após a eleição de Obama nos Estados Unidos, amparada nas redes sociais digitais, houve grandes mudanças na estrutura das campanhas, mas por aqui centenas de candidatos ainda dependem da propaganda analógica e dos Correios para comunicar-se com os eleitores.  Se este for o caso, não confie que terá êxito. As pesquisas tem seus problemas e nos Correios existe  uma militância não expressa que interrompe qualquer processo eleitoral. Ninguém sabe, ninguém viu : o certo e que a correspondência eleitoral – pesquisas, cartas, folders, santinhos e até cartazes costumam não chegar, ou se chegam, os prazos já venceram. Existem regras, manuais operacionais, mas os servidores são distópicos, agem organicamente, quase sempre em sentido contrário, acho que nem  sempre por opção ideológica, mas disposição mesmo para o trabalho. Tem regras e ritmos próprios. 
Na verdade, pesquisas eleitorais são mesmo é um bom negócio, quando não trabalham para candidatos caloteiros. Quase  todos o são . Se perdem a eleição, não pagam as contas. A Rede Globo conseguiu, certa vez, financiamento para  acompanhamento prévio do resultado das eleições presidenciais no Brasil, fazendo  boca de urna (proibida)   nas maiores cidades do País. Usou duas estratégias: selecionou aqueles colégios eleitorais mais representativos  e ouviu o eleitor no momento em que  ele acabava de dar seu voto. Resultado: acertou em cheio, e divulgou  o resultado no mesmo dia, usando inclusive seus comentaristas políticos para dar legitimidade pública. Onde chegamos: o sistema Globo esteve próximo de dirigir o País. Seus proprietários, diretores, repórteres, atores e atrizes ainda são cortejados por aí
Foi o maior vexame para o TSE, que demorava quase uma semana para anunciar os resultados das eleições . Digamos que esses eventos não mais seriam possíveis, e  que as pesquisas que estão sendo divulgadas até agora  são todas duvidosas: Lula tem 42 % dos votos; Bolsonaro, 36%,  Ciro tem 9%, a Tebet ( de um dos maiores partidos do País) 4%  . O Data Folha divulgou recentemente uma nova provocação :  12 %, pelo menos, do eleitorado decide mesmo em quem votar quando está, de fato, em frente  ao desafio de uma  urna. Fiquem espertos . Até aqui a aritmética não bateu.
*Jornalista e professor

História de Brasília

Todos os dias de manhã, um ônibus da Fundação Brasil Central faz uma contra-mão à altura do edíficio da Câmara dos Deputados, virando à direita, no Eixo Monumental, em direção ao Bloco 11. No dia em que houver um desastre, surgirão, então, as explicações, mas aí já será tarde demais. (Publicada em 02.03.1962)

Vaidade é tudo vaidade

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Congresso Nacional. Foto: EBC

 

         Um dos maiores problemas decorrentes da polarização política extremada é que aqueles que se encontram equidistantes desses pontos, e que representam a grande maioria da população, são, justamente, os que mais sofrem com os efeitos dessas radicalizações irracionais. Primeiro, porque, seja quem for o vencedor do pleito, não haverá, por birra política, continuidade de programas e projetos, interrompendo, muitas vezes, projeto vitais e de interesse exclusivo da população.

         Esse tem sido um dos principais motivos pelos desperdícios e pelos prejuízos bilionários acarretados com obras e programas sociais, abandonados ou empurrados para um futuro incerto. Por ouro lado, o que se verifica, como consequências dessas radicalizações de posições é que a prepotência faz com que os novos governantes comecem do zero, como se o Brasil fosse redescoberto, depois de cinco séculos, refazendo o que está feito e desfazendo o que não foi concluído ainda. É nesse vai e vem que o país não sai do lugar.

         Estamos metidos ainda, em pleno século XXI, em disputas ideológicas, enquanto o resto do mundo avança em novas tecnologias, investindo pesado em pesquisas e planejamento para o futuro. No meio da polarização insana e improdutiva das disputas políticas pelo controle da máquina do Estado, o que sobra para a sociedade são as balas e os obuses perdidos, vindos de uma parte e de outra, a atingir, indiscriminadamente, a todos.

         Vaidade das vaidades, tudo é vaidade e aflição de espírito. “Aquilo que é torto não se pode endireitar”, (Eclesiastes 1). É com ensinamento como este, vindo de um passado milenar, que devemos pôr nossos sentidos. Ao longo de toda a história humana, que proveitos tiveram aqueles povos colocados ao meio do caminho, entre disputas bárbaras, senão a destruição?

         É justamente nessa aflição de espírito que vamos ao encontro de outubro, certos de que, depois dessa data, não cessarão as agonias, e por uma razão simples: os extremos nessa disputa estão, cada um, ao seu modo e com seus vícios, de um lado do precipício. Não se enxerga no horizonte nenhum programa consistente de governo. Tudo são xingamentos e acusações. Há, sim, um programa de ódio, armado, como uma bomba que irá detonar na hora certa, sobre a cabeça de todos, sobretudo daqueles que nada têm haver com essas pelejas e que nada esperam delas.

          Uma Justiça Eleitoral, digna do epiteto, capaz de conduzir esse e outros pleitos, dentro do que estabelecem as mais básicas regras do respeito e da ética, seria capaz de colocar ordem na disputa, conduzindo todos para o vale da harmonia, da transparência e do equilíbrio das partes. Talvez, assim essa campanha conseguisse alcançar um nível de racionalidade e utilidade pública que a sociedade almeja e merece.

         Ao invés disso, o que se observa, flagrantemente, é o posicionamento desses árbitros em benefício de uma das partes, emperrando a balança da justiça e da ordem para um lado, numa clara demonstração de que há um tribunal que veio para complicar um pleito que, por si só, já é bastante confuso, improdutivo e belicoso.

A frase que foi pronunciada:

“Nunca se mente tanto como antes das eleições, durante uma guerra e depois de uma caçada.”

Otto von Bismarck

Otto von Bismarck. Foto: wikipedia.org

Pratas da Casa

David Chatelard, da Engenharia Mecatrônica da UnB, representa Brasília e o Brasil com toda a turma de Divisão de Robótica Inteligente em exposições e competições.

Foto do perfil de David Chatelard no linkedin.com

 

Tão simples

Passear a pé pela Asa Norte é diferente de passear no Lago Norte por uma razão. O bem comum. Para os donos de cães do Lago Norte, recolher as fezes do animal é uma cena impossível. Por isso, ao longo das calçadas, os excrementos compõem a paisagem de uma das áreas mais “nobres” de Brasília. Já na Asa Norte, saquinhos para esse fim estão disponíveis para a colaboração como cidadãos.

Imagem: dfaguasclaras.com

 

Brasília

Um fenômeno social acontecendo perto da colina, na L3, residência dos professores da UnB. Uma cena totalmente bizarra. De um lado, barracos de lona ao longo da pista, com crianças descalças brincando na terra vermelha. De outro, uma mesquita luxuosa, de arquitetura refinada. Os barracos que invadem a avenida são a moradia de carroceiros que juntam todo tipo de material reciclável. Mereciam viver em um lugar decente, legalizado, para que exerçam essa importante atividade.

Reprodução do Google Maps

 

Preparação

Poucos no mundo sabem que, na Amazônia, acontece um carnaval genuinamente raiz, onde o folclore amazonense se mistura com a tradição local. É hora de o  ganhar os continentes.

História de Brasília

Já foi iniciado o combate às invasões no Plano Pilôto. A Secretaria do Interior e o DFLO da Prefeitura estão retirando os barracos, e já limparam as superquadras 301, 302 e 303. (Publicada em 01.03.1962)

A mãe do juiz

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Foto: brasilparalelo.com

 

         Entregue nas mãos de um indivíduo, o cetro do poder e, logo, logo, ele irá substituir esse bastão pelo chicote. Ao longo de toda a história da humanidade, tem sido esse o meio mais fácil de conhecer o caráter de alguém.

         No Brasil esse preceito não é diferente e tem sido também o caminho mais curto e eficaz para transformar homens comuns, e até medíocres, em verdadeiras bestas feras a moverem-se pela fantasia da vanglória. Há muito se sabe que o poder, como potência, é a imposição poderosa da vontade de um sobre outros.

         No caso das relações dentro do Estado, o poder se resume ao que é: um jogo de dominação política. Para Bobbio, no entanto, o poder se define como uma rede ou teia de relações entre elementos em diferentes posições dentro da sociedade, o que equivale a dizer, dentro da máquina do Estado. Em democracias pouco desenvolvidas, como no nosso caso particular, o Estado, ao contrário do que ocorre com os cidadãos comuns, é o único a deter, de fato, o poder, exercendo-o de acordo e em consonância com o que determinam as classes políticas dirigentes com assento nas três principais instituições da República.

         Na realidade, no caso brasileiro, o Estado se confunde com esses indivíduos que compõem as altas redes de relações. É o Brasil oficial e caricato, como afirmava Machado de Assis, formado por pessoas, a quem foram delegados poderes e que integram hoje os polos distantes e do que é o Brasil Real.

         Há, como se constata, um Estado rico e poderoso, composto por indivíduos a quase se tornarem também ricos e poderosos e que paira, como ave de rapina, sobre a cabeça dos cidadãos de segunda classe, exercitando o poder de acordo com as perspectivas que almejam para si e para os seus mais próximos.

         Numa estrutura como essa, o que reza a Constituição de 1988, em seu artigo 1º, no qual se lê que: “todo o poder emana do povo”, e que, em tese, deveria ser a única lei da Carta Magna, é letra morta, assassinada, friamente, ainda na flor da idade. Por mais paradoxal que possa parecer, as brechas para que o povo possa, em algum instantes, sentir-se como senhor da razão, só se apresentam nos momentos em que os próprios poderes do Estado passam a não se entenderem e a disputarem hegemonia.

          Vale para os lares, vale para o Estado: em casa que todos mandam e dizem não, ninguém obedece, pois não há ordem, nem união. É o que temos no momento, com a hipertrofia da Justiça, dentro do que se convencionou chamar de ativismo judiciário das altas Cortes.

         O que antes se resumia no esquemático e pouco republicano presidencialismo de coalizão, e que era resolvido com a entrega de parte dos anéis pelo Executivo, ganhou agora um novo e perigoso protagonista na figura dos juízes das altas Cortes, muito bem retratado pelo editorial do jornal O Globo.

          Se antes estavam, no tabuleiro das disputas, representantes dos dois poderes da República, eleitos pela população, todos eles envolvidos no jogo pelo controle do Estado e de seus recursos, agora entrou, nessa peleja, mais um elemento, a desejar os mesmos troféus e a embaralhar esse torneio.

         É como um jogo de futebol com três times em campo. Ao presidente da República, somam-se agora os 513 deputados, os oitenta e um senadores e os onze ministros do Supremo Tribunal Federal, todos disputando a Taça Brasil, jogado num campo de várgea, é verdade, e com a plateia atenta ao vale tudo pelo domínio da pelota. Todos absortos na mais autêntica pelada. Só não vale xingar a mãe do juiz.

A frase que foi pronunciada:

“A Suprema Corte, é claro, tem a responsabilidade de garantir que nosso governo nunca ultrapasse seus limites apropriados ou viole os direitos dos indivíduos. Mas a Corte também deve reconhecer os limites de si mesma e respeitar as escolhas feitas pelo povo americano.”

Elena Kagan

Elena Kagan, 2012.
Steve Petteway/Coleção da Suprema Corte dos Estados Unidos

Alerta

Pesquisa do Ministério da Saúde divulga que 3,1 milhões de crianças brasileiras já estão na faixa de obesos. Alimentos prejudiciais à saúde ocupam as prateleiras de todos os supermercados, o que está fora do controle do cidadão.

Arte: LC Saúde e Bem-Estar

 

Ainda infrutífero

Única parlamentar a ter coragem para enfrentar essa situação foi a ex-senadora Marta Suplicy. Declarou guerra à gordura vegetal hidrogenada em alimentos, proibindo a venda. Isso foi em 2017. O projeto era o 7681. E o que aconteceu? Nada.

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

 

Muda o rol

Se a ANS foi criada para defender o interesse público na assistência suplementar à saúde e tem como meta contribuir com o desenvolvimento das ações de saúde no país, e se o STJ decidiu que o rol de procedimentos definidos pela ANS para planos de saúde é taxativo, ou seja, as operadoras de saúde não estão obrigadas a cobrir tratamentos não previstos na lista, então o rol taxativo da ANS deve ser remodelado e cumprir sua finalidade. Ou o lobby dos Planos de Saúde é mais forte?

Charge do Jarbas

 

História de Brasília

O lado leste do Eixo Rodoviário Sul está tremendamente prejudicado em suas construções. Várias autarquias entregaram seus prédios a firmas que já requereram concordata, e nenhuma providência foi tomada para a substituição dos empreiteiros. (Publicada em 01.03.1962)

Criminoso de guerra

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Sabendo que as guerras são todas elas travadas em nome do dinheiro, não é de se estranhar que, nesses jogos da morte, os ricos, que permanecem na retaguarda, ponham, na frente de batalha, apenas a parcela pobre da população, que irá lutar por uma causa que não lhe diz respeito. É isso, em síntese, o leitmotiv de todas as guerras e que mostra bem quem perde e quem ganha com esses conflitos, não sendo diferente, no caso atual envolvendo a Ucrânia e a Rússia. Esse é, de fato, um conflito sangrento, que deveria ser denominado mais apropriadamente como a Guerra de Putin.

Ele é, diretamente, o principal protagonista desse conflito, sua razão e finalidade, sendo também aquele que, permanecendo em segurança, distante a milhares de quilômetros do front, ordena, sem remorsos e por uma pulsão incontrolável de morte, que jovens, de famílias pobres e sem perspectiva, marchem unidos em direção aos campos de morte.

Desde que chegou ao poder naquele país do Leste Europeu em 1999, tem sido essa a estratégia macabra de Putin, um ex-integrante da tenebrosa KGB, um indivíduo claramente paranoico e perturbado pelos anos de treinamento como espião, capaz de suspeitar da própria sombra. Um personagem que vem fazendo história como o mais novo genocida do século XXI.

Em seu currículo, todo ele escrito com as tintas rubras de sangue, já acumula um rastro de mais de cinco guerras oficiais, em suas fronteiras próximas e longe delas, e um número incontável de outras escaramuças, onde tem deixado rastro de centenas de milhares de mortes, de todas as idades, de todos os credos e culturas.

Para tanto, não hesita em movimentar sua numerosa máquina de guerra, toda ela comandada pelos maiores e mais estrelados carniceiros e assassinos de alta patente da atualidade, cuja missão é destruir tudo e matar, indiscriminadamente, todos pela frente. São verdadeiros açougueiros, treinados para matar, todos eles apresentando o peito cheio de medalhas vazias, que nada mais representam do que os números de cadáveres que colecionam em suas missões.

Para dar prosseguimento livre a um governo tão brutal, Putin persegue e manda prender, envenenar e assassinar todos os opositores, reprimindo e censurando a imprensa interna, controlando o parlamento, a justiça e a economia do país, pondo, à frente das empresas do Estado, pessoas ligadas diretamente a ele, num esquema que vem sendo conhecido agora pelo mundo, com a prisão de muitos oligarcas bilionários ligados ao poder. Enquanto a população empobrece, a olhos vistos, privada de tudo, esses oligarcas e o próprio Putin, juntamente com a indústria de armamentos, de petróleo do país, todos eles mancomunados com o ditador eslavo, já não sabem onde esconder e lavar tanto dinheiro desviado dos cofres públicos.

Trata-se aqui de um autêntico criminoso de guerra, a quem o mundo vai conhecendo e tomando medo e ojeriza. Por isso e não apenas por isso, deveria merecer, por parte das autoridades do Brasil, caso tivéssemos ainda algum traço de dignidade e senso de ética, todo o repúdio e condenação, afastando nosso país de todo e qualquer relacionamento com  aquele Estado, enquanto esse ditador não for devidamente afastado do cargo e julgado por seus crimes contra a humanidade.

Envergonha, aos brasileiros de bem, que o atual presidente da República tenha realizado, junto com sua família, uma visita amistosa a esse tirano, em plena guerra, emprestando-lhe solidariedade em nome do povo.

Não pode haver solidariedade com criminosos e, por certo, os cidadãos de bem não endossam esse apoio a alguém que será julgado com toda a severidade pela história. Há ainda, nesse caso, o olhar cúmplice e sempre de paisagem feito pela diplomacia do Itamaraty, alheio a esses fatos sangrentos e a uma relação que nos afronta e amedronta.

Infelizmente, desde o nascer do século XXI, o Ministério das Relações Exteriores não apenas parece ter perdido o respeito do resto do mundo, como perdeu o próprio rumo, andando às voltas, como cachorro doido que corre atrás do próprio rabo.

 

A frase que foi pronunciada:

“Honrando a memória das vítimas do Holocausto, no qual morreram mais de dois milhões de judeus ucranianos, a Ucrânia pede a Israel que também reconheça o Holodomor como um ato de genocídio contra o povo ucraniano.”

Volodymyr Zelensky

Volodymyr Zelensky. Foto: Getty Images

 

Saúde!

Vamos para o terceiro ano de pandemia e até hoje uma campanha muito tímida em termos de divulgação está no portal do Ministério da Saúde. Prepare-se: espirro só na dobra do braço! Na padaria do Lago Norte, senhora com joias expostas pelo corpo não teve dúvida. Baixou a máscara e espirrou com vontade no ambiente fechado. Veja, a seguir, uma pesquisa feita sobre o alcance dos espirros e a melhor forma de espirrar. Veja também as gotículas alçando voo pelo espaço em câmera lenta.

–> Veja mais clicando aqui!

 

Responde com sinceridade

Se faltam funcionários na Secretaria de Saúde, sugerimos uma solução. Estamos na era da informática. As informações no portal da Secretaria de Saúde do GDF estão defasadas. É preciso contratar apenas uma equipe para manter o portal atualizado, já que não há telefone nas Unidades de Saúde.

Foto: TV Globo/Reprodução

 

História de Brasília

Quando a Novacap quer, mesmo, tomar uma decisão jurídica, entrega o assunto ao dr. Bessa. Esta nota vem a propósito da regularização que está sendo feita junto aos comerciantes que ocupam lojas da Novacap. (Publicada em 01.03.1962)

Pó de mico

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Foto: José Cruz/Agência Brasil

 

         Nesta altura dos acontecimentos, já ficou muito claro, para a parte lúcida da população, que os ministros do Supremo Tribunal Federal atravessaram o rubicão, agindo sistematicamente dentro do que se convencionou chamar de ativismo judiciário, não mais como magistrados, mas como militantes ou simpatizantes de determinadas alas ideológicas e políticas.

         Esse é um problema sério que, embora parte da imprensa tente esconder dos leitores, dando pouco espaço para esse assunto, cedo ou tarde, irá, por suas implicações profundas no ordenamento institucional do país, ganhar a real dimensão que possui.

         Só esperemos que, quando esse momento chegar, ele não encontre a nação conflagrada e em ponto de ebulição. Não se trata aqui de gralhar de aves de mau agouro, mas da constatação do evoluir de declarações inamistosas de parte a parte e mesmo de medidas, que vão num crescendo tal, que podem já não mais serem freadas e que, portanto, poderão adquirir vida própria, levando todos de roldão.

          Há uma crise sendo anunciada e o problema maior é que não existe, no horizonte imediato observável, alguém com a capacidade e credibilidade para chamar todos à razão, apaziguando o país. É, em momentos assim, que a nação necessita de personagens com a capacidade de liderança, guiando todos para o vale da concórdia.

         Se tivermos que aguardar o surgimento de lideranças, estaremos literalmente no sal e entregues à própria sorte. De fato, estamos todos numa espécie de vácuo ou deserto árido de homens e ideias. É preciso, nesse momento, dar o nome aos bois, mostrando a todos quem foram os verdadeiros atores a deflagrar essa crise.

         Olhando pelo retrovisor, é possível constatar, até com certa facilidade, que foram os ministros do Supremo, e não outros protagonistas, que ao tecer, nas entrelinhas das filigranas jurídicas, toda a teia de rabulices, encontraram meios de “descondenar” o ex-presidiário, colocando-o diretamente na disputa eleitoral e, com isso, conflagrando e conspurcando todo o processo.

         Esses ministros não apenas lançaram seu candidato de estimação de uma só penada, como ainda irão comandar, do alto do Tribunal Superior Eleitoral, todo o processo eletivo até outubro.

         Querer que toda essa maquinação jurídica não desembocasse numa crise, como a temos agora, é muita inocência e muita pretensão. Como dizia a marchinha de carnaval Pó de Mico: “Vêm cá, seu guarda, Bota pra fora esse moço, tá no salão brincando, com pó-de-mico no bolso. Foi ele sim, foi ele sim, foi ele que jogou o pó em mim.” Lula está nessa folia, na qual vai se transformando as próximas eleições, brincando com pó de mico no bolso. Foi posto para dentro do salão de Momo das campanhas, pelos árbitros que deveriam cuidar e zelar pela segurança da folia de outubro. Ficou calado? Agora aguente!

A frase que foi pronunciada:   

“Tudo está mudando. A população está levando os comediantes à sério e os políticos, na brincadeira.”

Will Rogers

Will Rogers. Foto: divulgação

 

Urgente

Cobertores, casacos, roupas, qualquer doação, o Instituto Solidário A Vida está em campanha. Há possibilidade de visitação na QR 401, Conj.13, lote 3, em Samambaia Sul. Mais informações pelo WhatsApp: (61) 99194-9060.

Publicação feita na página oficial do instituto no Instagram

 

Palco iluminado

Hugo Mósca surpreendeu Plínio com uma carta ao jornalista Ari Cunha, criador desta coluna em 1962. A carta foi escrita em janeiro de 1996 e falava dos esforços de Plínio para incentivar o público de Brasília a prestigiar as peças de teatro da cidade. O Teatro Dulcina tinha sido fechado. Até hoje, o Teatro Nacional está fechado e a população candanga continua em silêncio.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil

 

Outro lado

Convite do deputado federal José Neto leva Lucia Fatorelli, da Auditoria Cidadã, ao plenário da Câmara dos Deputados. Discussões políticas, técnicas e econômicas. Veja a seguir o discurso e os links sobre vários assuntos de interesse da população.

 

Análise

Na página do Senado Federal, há a oportunidade de o internauta conferir notícias publicadas com o nome da instituição. Se foram desvirtuadas Internet à fora, ou se são verdadeiras. Um destaque para a notícia falsa de que Rodrigo Pacheco tenha acatado o projeto do “voto auditável”. A confusão foi feita depois que uma enquete no portal do Senado viralizou. A pergunta era sobre a adoção do voto impresso como uma ideia legislativa de 2018.

 

História de Brasília

Quando a Novacap quer, mesmo, tomar uma decisão jurídica, entrega o assunto ao dr. Bessa. Esta nota vem a propósito da regularização que está sendo feita junto aos comerciantes que ocupam lojas da Novacap. (Publicada em 01.03.1962)

Um grande passado pela frente

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Reprodução: divulgação

 

          Quem se der ao trabalho de entender o Brasil de hoje terá primeiro que voltar no tempo, para saber como é que chegamos até aqui e, principalmente, buscar pistas que levem a esclarecer em que ponto dessa jornada desviamos do caminho e porque o fizemos.

         De fato, esse não é um país para amadores e, sobretudo, um país para aqueles que aceitam, com naturalidade, que a história possua um desencadear retilíneo, obedecendo sempre os movimentos de causas e efeitos. Todo o período pós-redemocratização necessita ser melhor estudado e repensado, sob pena de cairmos nas armadilhas preparadas pelo destino e que ajudamos a armar com nossas próprias mãos.

          De repente, a explicação pode ser banal e nos leva a conhecer as forças que nos atiraram até esse ponto de nossa história e como podemos agora sair dessa situação de impasse. O que se sabe, ao certo, é que não podemos esperar resultado diferente do que temos, ao menos que modifiquemos cada um dos elementos dessa fórmula. A começar pelo modelo de representação, que é tanto base de toda e qualquer democracia como também base de sua ruína.

         Nesse quesito fundamental, parece que podemos fazer pouco ou quase nada. A razão é simples: demos demasiado poder aos Poderes. E agora eles parecem se voltar contra nós. Talvez, a explicação e a chave para esse ponto do nosso presente, em que notamos, de forma definitiva e trágica, a ruptura entre o Brasil oficial e o Brasil real esteja escondida na simplicidade singela do poema “Quadrilha”, de Carlos Drummond de Andrade.

         Alterando-se o nome dos personagens e substituindo o verbo intransitivo “amar” pelo verbo “eleger”, em sua modulação no pretérito perfeito “elegeu”, teríamos, mais ou menos, esse enredo: Tancredo morto elegeu Sarney, que elegeu Collor, que sofreu impeachment e elegeu Itamar, que elegeu FHC, que se reelegeu. FHC foi para casa, Sarney para o Senado, mas antes ,FHC elegeu Lula, que se reelegeu e ainda elegeu Dilma, que também se reelegeu. Lula foi para a cadeia. Dilma saiu também por impeachment, dando lugar a Temer, que não se reelegeu, mas que elegeu Bolsonaro, que busca agora se reeleger, mas que pode ter que passar a faixa presidencial a Lula, feito ficha limpa, à força, pelo STF, uma Corte que não deveria eleger ninguém. Itamar foi se juntar a Tancredo no além.

         Observe que, no meio desse caminho, toda essa prosa histórica foi ainda floreada pelos escândalos de corrupção que estouraram em cada um dos governos, seguidas das devidas CPIs e das investidas tanto do Ministério Público como da Polícia Federal. Os escândalos, transformados em passivos bilionários, foram debitados na conta da população, sendo seus autores devidamente salvos nas instâncias superiores.

         De repente, o país pode vir a eleger Lula que, pelo peso de seu passado, como o maior meliante que esse país já viu, deverá eleger alguém ainda pior, como fez no passado, quando elegeu Dilma. É nessa sequência de sucessões estranhas que devemos buscar entender o presente. O problema é que, ao olharmos para o futuro próximo, em outubro vindouro, o sentimento é que temos um grande passado pela frente a ser vivido ou sobrevivido.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“O vício inerente do capitalismo é a distribuição desigual de bençãos; a virtude inerente do socialismo, a distribuição das misérias.”

Churchill

Winston Churchill. Foto: wikipedia.org

 

De volta ao respeito

O CEF 01 do Paranoá está com a gestão compartilhada. As aulas são ministradas pelo corpo docente da Secretaria de Educação do DF e a política disciplinar é organizada com a colaboração do Corpo de Bombeiros. Os pais estão satisfeitos com o resultado. O melhor desempenho escolar é visível, o que dá esperança de um futuro melhor para as crianças e adolescentes. Veja a foto do momento cívico a seguir.

 

Honra ao mérito

Recebemos, do poeta Nonato Freitas, a notícia de que Geraldo Amâncio Pereira, violeiro e repentista popular, foi eleito para a Academia Cearense de Letras. Foram quase 130 anos sem um eleito que representasse a cultura popular. Nem mesmo Patativa do Assaré, cuja obra foi estudada na Universidade de Sorbonne, teve seu nome incluído no rol dos imortais da academia, reforça Nonato.

Geraldo Amâncio Pereira. Foto: mais.opovo.com

 

De repente

Nonato Freitas lembra que, no dia 8 de julho, Geraldo Amâncio Pereira fará parte da Bienal Internacional do Livro que, neste ano, acontecerá em São Paulo. Vai cantar seus repentes e estrofes do cordel de autoria do próprio Nonato em homenagem a Rogaciano Leite, em transcorrência do centenário do autor de “Carne e Alma”.

Foto: eventos20.com

 

História de Brasília

Mais adiante, entretanto, na calçada da Novacap, os artigos são expostos à venda no chão, em estado que não condiz com aquele logradouro da cidade. (Publicada em 01.03.1962)

Inácio, um fogo de palha

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Reprodução: divulgação

 

A essa altura dos acontecimentos, já ficou demasiado provado, para o cidadão atento, que Lula está passando dos limites como cidadão brasileiro e ex-presidente. Parece que uma espécie de compulsão o faz ignorar os meios para alcançar os fins, tornando a vida dos que o cercam um show de horrores.

Alçado ao poder então, livre da cadeia, a capacidade de desequilibrar a harmonia entre as pessoas, ganha ainda um imenso potencial, capaz de causar danos irreparáveis e em larga escala. Já se sabe, que as pontes que constroem são para benefício do partido. As outras, prefere dinamitá-las, rompendo laços e acordos de modo abrupto e sem remorsos.

Lula é ainda o mais preparado nas artes da engabelação, conduzindo o interlocutor pelo labiríntico caminho do circunlóquio político e demagógico, com o qual hipnotiza o ouvinte, fazendo-o ouvir melodiosas cantilenas, quando, na verdade, o que está produzindo são estampidos do bater de panelas. Palavras que vêm de um torneiro mecânico admirado pelo que os interlocutores se enxergam nele, e não pelo que realmente Lula é: uma sereia fora de forma a atrair incautos marinheiros de primeira viagem com seus sibilos falsos.

Com isso, toda a atenção deve ser tomada quanto ao que diz e principalmente ao que pretende fazer. E por que isso? Porque, no fazer, o que anseia em segredo é construir abrigo e proteção apenas para si e para os seus. Como prestidigitador nas estripulias políticas, arrasta multidões de cegos, surdos e desesperados por onde passa. A todos e a todo tempo, pode usar dessa expertise marota. Exceto quando se posta diante do próprio subconsciente. O deus onipresente, com seu imenso dedo indicador apontado em sua direção.

Desse protagonista fantasma de nossas vidas, a ninguém é dado o poder de fugir, escondendo-se. É como um cachorro que tenta escapar do próprio rabo, correndo. Portanto, diante desse personagem ou bruxo, que tem transformado nossas vidas em pesadelo, é preciso estar atento às entrelinhas do que afirma. Sobretudo aos atos falhos, porque eles parecem abrir uma ligação momentânea com o subconsciente desse maestro da tapeação.

Dias atrás, em discurso perante o Parlamento Europeu, em Bruxelas, nome esse que significa “aldeia do pântano”, Lula declarou, ipsis litteris: “ O Bolsonaro não entende absolutamente de nada a não ser de falar bobagem, a não ser de fazer fakenews e a não ser de tentar destruir aquilo que nós destruímos.”

No seu íntimo, Lula é presa fácil de seu subconsciente, abarrotado com as ações ilegais e sem ética que tem praticado ao longo de toda sua vida. São muitos containers entulhados de aldrabices, dentro daquele cérebro miúdo. Ele, no caso, o seu subconsciente, sabe o que foi feito e de que modo. Mesmo para a alma mais honesta desse país, verdades inconvenientes sempre vêm à tona.

De fato, muito mais do que poderia o próprio Freud explicar, os atos falhos, comuns em Lula, revelam quem é de fato esse personagem “macunaímico” de nossa vida nacional. Conhecendo mais de perto sua vida privada, se é que político tem vida privada, dá para entender o que por detrás do que explicita em frases soltas por aí, esconde-se um indivíduo que ostenta nas ações o que não revela nas palavras.

A frase que não foi pronunciada:

Pessoal, fica tranquilo. Eu também vou tirar férias da contaminação para comemorar o Natal, Ano Novo e Carnaval”.

SARS-CoV-2 (Covid 19)

Charge do Cazo

OMS

Enquanto o Brasil comemora a quarta semana sem alta no índice de mortalidade por Covid, outros países estão em alerta com o repentino aumento no número de mortes pelo vírus. Segundo a Organização Mundial da Saúde, nos 61 países acompanhados, 31 mostram resultados desanimadores com a volta da alta de óbitos registrados.

Tedros Adhanom. Foto: Reprodução/Twitter – 30 jan 2020.

Capital

Brasília está à frente de muitas cidades da Europa em relação a ciclovias. Desde a década de 80, o velho mundo tem ciclovias, mas geralmente são paralelas às vias de trânsito. Em Brasília, o ciclista pode respirar ar puro em várias vias reservadas às bicicletas.

Vale à pena

Com o apoio do Instituto de Estudos Legislativos e Políticas Públicas, o professor Joelmo Oliveira, PHD em Ciências Políticas com um currículo respeitável, irá ministrar online, pelo zoom, um curso de 12 horas sobre metodologia de pesquisa em ciências sociais. As aulas serão nos dias 22 e 26 de novembro e 29 e 3 de dezembro. Associados do IELP não pagam. Todas as informações estão disponíveis no site do IELP, no link FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO | Minicurso.

História de Brasília

Estão, ainda, os mesmos moradores, pedindo uma linha de ônibus para a praça dos Três Podêres, porque o transporte de diversas repartições não vai para a Asa Norte, e os funcionários são obrigados a fazer baldeação, com perda de tempo e dinheiro. (Publicada em 14/02/1962).

A não ser que…

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Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

 

Atualmente, nada nem ninguém está tão firmemente posicionado ao centro do espectro da política nacional como o ex-juiz Sergio Moro. Mesmo que decida não concorrer ao pleito de 2022, a posição central ocupada hoje por Moro, mais do que um fenômeno natural, devido a sua capacidade de caminhar sempre entre os trilhos da sensatez, é dada por um sintomático movimento de ódio, que move e une tanto as esquerdas, capitaneada por Lula da Silva, quanto a direita, simbolizada por Bolsonaro. Todos odeiam Moro. Basta uma simples menção ao seu nome para uma hipotética corrida ao Planalto, colocado sempre por terceiros, para que as redes sociais fiquem inundadas de posts com críticas, ameaças e todo tipo de impropérios. Ao contrário do que muitos podem pensar, esse é um bom sinal, pronto a capacitar o ex-juiz como um nome firmemente habilitado para ocupar o centro político ou, como alguns preferem, uma terceira via.
O problema dele se resume à falta de experiência para se colocar diante do tenebroso jogo político nacional. Essa inexperiência, diante do que temos, em fartura, no cenário nacional, soa quase como inocência e pureza. De fato, caso venha a concorrer contra os atuais falastrões de uma ponta ou outra da política, o ex-juiz poderia ter pouca chance diante desses prestidigitadores, pelo fato de ser um jogo bruto, em que a ética foi chutada para longe, ganhando sempre quem manipula melhor o nosso mal preparado eleitor.
Não há espaço para a ética quando aqueles que disputam estão entre o ruim e o péssimo. Não há espaço para Moro nessa disputa a não ser que… A não ser que haja um saneamento profundo nas campanhas, capaz de animar a parcela da população que vota com a cabeça, e não com o fígado. A tese ou feitiço de que Lula elegeu Jair e Jair vai eleger Lula não pode ser quebrada nesse momento, a não ser que… A não ser que a jabuticaba, representada pela Justiça Eleitoral, venha a público dizer a que veio em interdite candidaturas flagrantemente fichas-sujas.
De fato, não parece haver espaço para todo e qualquer candidato que exiba currículo limpo e proposta de governo séria e exequível. Sergio Moro, ao contrário do Centrão, com quem tanto Lula quanto Bolsonaro gostam de dividir o poder, é odiado por uma boa parcela que habita tanto essa bancada quanto por alas da esquerda e da direita, porque ele, quando juiz, mandou essa gente toda para detrás das grades, julgando, processando e condenando a maior e mais ladina quadrilha de corruptos que por essas bandas surgiu desde a chegada de Cabral, em 1500.
Quem não gosta de Sérgio Moro e quer vê-lo longe de uma possível disputa à Presidência em 2022 teme pelo futuro e pela volta da Justiça ao Estado. Quem dele quer distância treme só de pensar que, a qualquer momento, de preferência pela manhãzinha, a Polícia Federal seja novamente vista pelo olho mágico da porta de casa, fazendo sua visita matinal e ajudando a limpar o país desses criminosos. Tudo isso seria muito difícil de acontecer novamente, a não ser que … você queira.

A frase que foi pronunciada:

“Não importa quão alto você esteja. A lei, ainda está acima de você.”

Ditado cotado pelo ex-juiz Sérgio Moro ao condenar Lula a nove anos e meio de cadeia.
Imagem: oantagonista.com
Mudanças
É preciso ter certeza de que o consumidor terá garantias em relação à energia livre. Certo é que o mercado livre de energia é tema de projetos parlamentares e de manifestação popular. O que se quer é a negociação do preço, quantidade, prazo e até qual seria a fonte de energia fornecida. Tudo em contrato prévio.
Charge do Cazo
Doenças raras
Hoje começa o Congresso de Doenças Raras, com especialistas brasileiros, de Argentina, Portugal, Estados Unidos, Inglaterra e Paquistão. Veja os detalhes no link 1º Congresso Nacional de Doenças Raras.
Frenético
Matéria de capa da edição dessa terça-feira, do CB, exibe o que parece ser o comportamento padrão de muitos motoristas no trânsito infernal que tomou conta das ruas da capital. O perigo anda de carro e é preciso toda a atenção e calma diante das barbeiragens que ocorrem a cada momento. A recomendação dos especialistas é para as pessoas cederem a vez nos engarrafamentos e fugirem dos bate-bocas inúteis e imprevisíveis.
 
Fim de uma era
Alerta dado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, de que a mudança, com redução no consumo de derivados de petróleo, prevista para as próximas décadas, fará empresas, como a Petrobras, perderem muito de seu valor, por causa de um avanço nas tecnologias, tudo dentro de um processo irreversível de descarbonização do mundo.
Charge do Kleber
História de Brasília
É um vasto prédio, próximo ao Alvoradinha. O equipamento de ar-condicionado está jogado sob os pilotis. Todo o equipamento para funcionamento está abandonado, entulhado nos apartamentos. (Publicada em 13/2/1962)

Falta menos de um ano para as eleições de 22

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Foto: EVARISTO SA/ AFP

 

Faltam pouco menos de 12 meses para as eleições gerais que irão escolher, em 2022, os nomes do presidente da República, dos governadores, das assembleias legislativas dos estados, dos 513 deputados federais, além de um terço dos 81 membros para o Senado. Trata-se de um evento da maior importância para o Brasil e que poderá, dependendo da seriedade dos eleitores, mudar os rumos do país, livrando-o, quem sabe, de uma queda iminente num abismo.

Por certo, o atual governo não fará nenhuma mudança de rumo, nem uma revolução na esfera do Executivo, confiando, talvez, que seus apoiadores irão não só entender os motivos, como irão apoiá-lo até o fim. Diante das circunstâncias, acredita-se que o que o atual chefe do Executivo fará é repetir o modelo de gestão de governos passados, que na reta final das eleições, gastando até o último centavo dos recursos públicos, com políticas populistas, que agradem dos eleitores mais carentes e, com isso, obtendo adesões interesseiras de última hora.

Convenhamos que essa é uma estratégia ao mesmo tempo irresponsável e suicida, uma vez que, na hipótese de vir a ser reeleito, terá que governar com os cofres esvaziados e sob a mira daqueles a quem prometeu mundos e fundos. Até o próximo 2 de outubro de 2022, o governo terá que encontrar um projeto consistente que detenha a escalada da inflação, já posicionada em dois dígitos e considerada uma das mais altas desde o Plano Real.

Sobre o que interessaria de fato a nação que são as reformas, não existem perspectivas à vista. Aliás, essas reformas, tão necessárias e tantas vezes negligenciadas, tanto pelo Executivo como pelo Legislativo, não ocorrerão em ano eleitoral, quando os políticos estão mais preocupados em voltar ao poder e não em discutir mudanças que, em última análise, retirarão direitos já conquistados dos próprios eleitores. Por outro lado, as negociações para a formação de frentes políticas que venham a se estabelecer numa possível terceira via já estão em andamento, o mesmo acontecendo com as costuras, feitas pelo ex-presidente e ex-penitenciário Lula da Silva, que seguem fortes nos bastidores, principalmente na construção de armadilhas e outras tramoias sujas para afastar quaisquer candidatos que venham se colocar no caminho do Partido dos Trabalhadores. Mais do que nunca essa será uma campanha em que o PT emprenhará todas as suas forças, a fim de tentar apagar os muitos crimes cometidos por essa legenda e por seus filiados a partir de 2003.

Eles virão com sangue nos olhos, sabendo que essa pode ser a última oportunidade para voltar ao Planalto, de onde sonham em vingar-se daqueles que descobriram seus malfeitos e crimes. Essa não será uma eleição como as outras porque há muitas explicações a serem feitas aos cidadãos que, na sua grande maioria, já perderam, há muito tempo, a crença nos políticos nacionais.

Com a aproximação das eleições, aumenta também a dança das cadeiras dos candidatos, todos afoitos em apresentar propostas que, sabem, não poderão, nem de longe, cumprir. Criados partidos gigantes que, com o otimismo exagerado, alinham-se ao jogo eleitoral e ajudam a ganhar votos, melhor mesmo é se mostrar positivo e proponente.

Soubessem eles o tamanho do desafio que têm pela frente, com certeza se apresentariam diante dos eleitores com maior parcimônia e mais comedimento na arte de prometer. De todos os desafios que se apresentam na atualidade, nenhum é mais premente do que o fator ambiental. Nesse setor, já repleto de adversidades, o maior e mais urgente problema é justamente o alastramento contínuo do fenômeno da seca por todo o território nacional. Para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a seca é hoje o maior desastre ambiental em processo no país, já afetando praticamente todo o país de Norte a Sul. A falta de chuvas e a estiagem constantes não estão mais restritas, como anteriormente, às regiões Nordeste e ao tradicional Polígono da Seca. Estudo Elaborado agora pelo IBGE, intitulado Perfil dos Municípios Brasileiros (Munic) e Perfil dos Estados Brasileiros (Estadic) 2017, mostra que, entre 2013 e 2017, praticamente metade dos 5.570 municípios (48,6%) vem registrando episódios de seca. Embora a maior parte deles esteja concentrada no Nordeste, a estiagem, ocasionada pela escassez severa de chuvas, já atinge, inclusive, o Sul do Brasil. Trata-se, obviamente, de um problema que, por suas dimensões, nenhum candidato terá condições de resolver, quer por sua abrangência ou mesmo pela exiguidade na duração do mandato em relação à extensão de tempos necessários para empreender um amplo e eficaz programa de combate à seca.

Os avisos sobre a intensificação da seca em todo o país vêm sendo feitos na forma de constantes e repetidas crises hídricas, que ainda hoje têm reflexos no dia a dia da população. Rio de Janeiro e São Paulo, na região Sudeste, também experimentaram prologados e preocupantes períodos de estiagem, que resultaram em penosos racionamentos de água para seus habitantes. Além da seca inclemente, a pesquisa do IBGE listou ainda outros desastres ambientais como deslizamentos, erosão e enchentes, que vêm atingindo diferentes regiões do país, deixando um rastro de prejuízos e de preocupações.

O pior, segundo o IBGE, é que 60% dos municípios brasileiros não possuem nenhum mecanismo especializado e direcionado à prevenção desses desastres naturais.

A frase que foi pronunciada:

Uma das primeiras condições para a felicidade é que o elo entre o homem e a natureza não seja quebrado.”

Leo Tolstoy

Leo Tolstoy. Foto: Reprodução da Internet

História de Brasília

Não sei porque, também, qualquer pessoa paga telegrama, e deputado não paga. O resultado é o abuso que tem sido denunciado seguidas vêzes, de deputados que utilizam o DCT como serviço particular. (Publicada em 10/02/1962)