O presidente e suas circunstâncias

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General Otávio Rêgo Barros. Foto: Isac nobrega/pr

 

Não há, neste momento, como deixar de fora de uma reflexão honesta. O artigo do ex-porta-voz da Presidência da República general Rêgo Barros, intitulado Memento Mori, publicado na terça-feira, no Correio Braziliense, repercutiu como uma bomba em todo o país. Até porque, mesmo sem citar diretamente o atual presidente, descreve, com precisão, e com a visão privilegiada de quem observa toda a cena do Executivo, de um ângulo interno e, portanto, privilegiado, em que a fumaça e os anteparos que visam filtrar o cotidiano do Palácio do Planalto, que chega ao público, simplesmente não existe.
Fôssemos enxugar em uma linha o que diz o artigo desse oficial, colocado para escanteio em sua função, pela ilusória noção  de que o presidente alimenta e fala diretamente, de sua bolha, com a opinião pública por meio das “lives”, o texto diz que os cidadãos brasileiros elegeram um indivíduo totalmente oposto daquele que ocupa, agora, a Presidência.
Em outras palavras, seria a tão conhecida expressão: “estelionato eleitoral”. Na verdade, o que a nação possui, neste instante, em lugar da lebre que pensou adquirir nas eleições, é uma espécie de felino de sete vidas, que a cada dia vai reforçando mais e mais a tese de que a Presidência da República deveria ser ocupada apenas por brasileiros com respectivo estofo político e administrativo, comprovado em funções anteriores como prefeito e governador, e não por indivíduos bafejados aleatoriamente pelos ventos da sorte.
Experiências recentes e traumáticas têm insistido, ao jogar-nos em sucessivas crises institucionais, da necessidade de um filtro criterioso para se atingir à Presidência. Ou esses critérios são revistos ou continuaremos a alimentar crises infindáveis, já que, em nosso país, a chefia do Executivo, muitas vezes, se confunde com modelos do tipo monárquico, herdados, quem sabe, em época anterior a 1889.
Durante esse tempo em que esteve, literalmente, situado dentro dos fatos, o general pode perceber in loco, e em tempo real, o aumento paulatino do distanciamento entre o chefe do Executivo e o restante do Brasil e mesmo sua inaptidão e indolência para uma função que, em tempos de uma pandemia assustadora, requer uma liderança e uma expertise que o atual presidente vai demonstrando não possuir — nem de longe.
O homem, dizia o ensaísta Ortega y Gasset (1883-1955) in Meditaciones del Quijote, de 1914, é “o homem e a suas circunstâncias e se não salvo a ela, não me salvo a mim”. Com isso, ele quis dizer que o homem, por sua formação, torna-se indissociável do seu meio.
E, ainda que queira se salvar, terá que salvar sua própria circunstância ou seu entorno. Dessa forma, não é difícil entender que o verdadeiro núcleo do Poder Executivo do atual presidente é formado, não por seu gabinete de ministros, mas por seus filhos e, agora, pelo pessoal que compõe o chamado Centrão, de onde o próprio presidente se origina. É essa a realidade que o atual presidente tem à sua volta e é ela que, bem ou mal, molda o seu governo e que acaba gerando as consequências que vamos colhendo por omissão e ação tanto de eleitores quanto de eleitos.
A frase que foi pronunciada:
“Nenhum homem que já ocupou o cargo de presidente daria os parabéns a um amigo por obtê-lo.”
John Adams
John Adams. Imagem: National Gallery of Art, Washington
Mãos à obra
É muito mais inteligente aproveitar uma conquista dos brasilienses como o Defer. As conversas estão andando e Giovani Casilo e Richard Dubois são os nomes nos quais se deposita a esperança de manter o projeto. Mesmo porque, a população está articulando um maciço boicote para o ameaçador Boulevard.
Com o contrato, o consórcio Arena BSB vai administrar o Complexo Esportivo de Brasília durante 35 anos. Foto: Renato Alves / Agência Brasília
Online
Curso on-line de como planejar, implementar e avaliar Programas de Educação para Aposentadoria. Cada integrante receberá um livro e, por e-mail, uma coleção de textos e técnicas. O curso começa 20 de novembro e seguirá até 11 de dezembro, toda sexta à tarde. Será ministrado por Juliana Seidl e Cristineide Leandro-França. Veja a seguir.
Contra a lei
Que a situação do Paranoá está insustentável com relação às drogas, quem mora lá sabe. Na pracinha, pessoal vende maconha como quem vende manga. Até agora, o policiamento tem sido conivente com o crime. Se a polícia vai conseguir resolver essa situação, ninguém sabe, mas a população local acredita que sim.
Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília
Oportunidade
Ainda hoje, dentro da programação do Outubro Rosa, exames de mamografia para pessoas com qualquer tipo de deficiência. Inclusive cadeirantes. As 100 primeiras pessoas a chegar poderão fazer o exame de mamas gratuitamente, no Centro de Radiologia de Taguatinga, no Setor G Norte. Ontem, houve uma palestra com a oncologista Luci Ishii.
Foto: Divulgação/Agência Saúde
História de Brasília
Com isto, pode-se deduzir que a revolução não derrubou o governo por causa do grão de milho no sapato do general, que voltou a seu posto de relações públicas das Cestas de Natal Amaral. (Publicado em 19/01/1962)

Clique aqui – Atenção ao que se ouve e, sobretudo, ao que se fala.

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Charge compartilhada no perfil oficial do deputado federal Kim Kataguiri no Instagram

 

Fôssemos qualificar os homens públicos brasileiros, numa escala de valores que incluíssem, além dos atributos éticos da temperança, o respeito devido a todos os cidadãos, tomando como parâmetro apenas o que dissessem em determinadas oportunidades, o quadro seria desolador, para dizer o mínimo. Frases e outras afirmações, feitas ao acaso, utilizando, para isso, apenas os músculos que movem a língua, sem o uso do cérebro ou de outros mecanismos do juízo, denotam não só a ausência de uma boa formação moral na maioria de nossos homens públicos, mas, sobretudo, de uma tendência que certifica que a nossa classe política tem sido normalmente recrutada entre aqueles brasileiros refratários aos mais elementares princípios éticos.

Esses chamados “deslizes verbais”, tão recorrentes hoje em dia, muito mais do que aparentemente frases lançadas a ermo contra o bom senso, traduzem um jeitinho muito próprio com que esses personagens agem no dia a dia no desempenho de suas funções. Na verdade, essas diatribes, destrambelhadas e repletas de abobrinhas, acabam revelando a verdadeira essência de seus emissores. São o que são e expõem isso, mesmo que não percebam, em suas falas toscas.

A lista contendo essas parvoíces, oficiais ou não, é imensa e daria para preencher bibliotecas volumosas. Fossem esses maldizeres apenas elementos para compor o imenso anedotário da política nacional, ainda assim seria um sinal de que os brasileiros têm sido, por séculos, regidos por mãos erradas, acionadas por cérebros vadios. Ocorre que, por detrás dessa pretensa inocência que deixa escapar frases ao léu, a revelar um conteúdo de poucas letras e de rudeza espiritual, escondem-se as figuras que não passam de maus gestores, alçados ao poder nas muitas encruzilhadas históricas que o Brasil encontra pela frente e que, não raro, infelicitam a nação.

Tomando como exemplo alguns desses deslizes verborrágicos mais recentes, e à guisa de comprovação do que foi dito acima, duas lideranças, uma do passado e outra do presente, ganharam, mais uma vez, nesta semana, as manchetes dos noticiários de todo o país com suas pérolas falsas. Lula, o ex-presidente presidiário, numa eterna luta entre uma língua rápida e um cérebro capenga, afirmou, com todas as letras que: “Ainda bem que a natureza criou o monstro do Coronavírus”. Sobre essa fala, e conhecendo como os brasileiros conhecem seu autor, não vale nem a pena analisar, apenas serve como ilustração de que esse deslize vocal revela bem quem proferiu tamanha sandice.

Outra frase, das muitas que têm sido ditas de modo dissociado entre cérebro e língua pelo atual presidente Jair Bolsonaro, na mais recente, ele voltou a brincar com a coisa séria que é a pandemia, dizendo que o pessoal de direita deve tomar a Cloroquina e o de esquerda, Tubaína. Nesse caso também e dada a recorrência com que frases do tipo “E daí?” são proferidas em momentos de grande agonia mundial.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Muitas vezes, nos arrependemos de ter falado, mas nenhuma de ter calado.”

Simónides de Ceos, foi um poeta grego, o maior autor de epigramas do período arcaico. (556 a.C. — 468 a.C.)

 

Dengue

Aumentam, assustadoramente, os casos em diversas regiões do DF. O governo do Distrito Federal iniciou uma força tarefa e já inspecionou mais de 34 mil imóveis e 72 mil depósitos no combate à dengue. Os agentes retiraram entulhos, verificaram focos e trataram 4.480 imóveis em 8.501.

Foto: agenciabrasilia.df.gov

 

Motos

Moradores do CA no Lago Norte e de outras regiões, com restaurantes com entrega em domicílio, reclamam das motos com escapamento manipulado. O barulho é ensurdecedor e constante. Hora de o Detran agir novamente.

Foto: Divulgação / Detran-DF

 

BRA-SIL separado

Oposição e entidades entram com pedido coletivo de impeachment do presidente Bolsonaro. “O Brasil é o único barco do mundo que enfrenta o maremoto do Coronavírus com os tripulantes brigando entre eles. Não é hora de pensar no que o Brasil pode fazer por você.” Foi mais ou menos isso o que disse o ministro Paulo Guedes, em uma entrevista, com toda propriedade.

Representantes dos partidos entregaram o pedido na Câmara dos Deputados
Foto: Agência Câmara de Notícias

 

Máscaras

Distribuição de máscaras hoje em todos os terminais rodoviários e em todas as estações do Metrô. Ainda, de forma itinerante, nas regiões e proximidades de Ceilândia, Taguatinga, Cruzeiro, Sudoeste, Octogonal, Sobradinho, Fercal, Planaltina, Samambaia, Águas Claras, Vicente Pires, Recanto das Emas, Riacho Fundo I, Riacho Fundo II.

Foto: Semob

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O posto policial nas áreas verdes das superquadras trouxe um mal que vai se agravar na época da poeira: é o trânsito de carros em local não permitido. A W-1 é interrompida, mesmo, de acordo com o Plano da Cidade. (Publicado em 07/01/1962)

Clique aqui – Imagens valem mais que palavras

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Flávio Bolsonaro, Alexandre Campello, Jair Bolsonaro, Rodolfo Landim e o diretor de marketing do Flamengo, Alexsander Santos — Foto: Reprodução (globoesporte.globo.com)

 

Nesses tempos de crises agudas, dentre as diversas e graves questões que vão sendo postas diante dos brasileiros e depois de tudo o que se tem visto até aqui com relação ao desempenho do atual governo, um fato vem chamando a atenção de todos: a incapacidade pessoal do atual ocupante do Palácio do Planalto para exercer tarefa de tão grande relevância, ainda mais em um momento tão delicado para o País.

Nessa altura dos acontecimentos, dado o volume de problemas que se anunciam, pouco ajudaria ao país o encurtamento, por vias constitucionais, do mandato do atual presidente. Nem é papel da imprensa empreender movimentos nesse sentido, ocupando trincheiras da oposição, sobretudo num país onde é notório o niilismo irresponsável da imensa maioria dos oponentes políticos.

Essa incapacidade pessoal de conduzir o governo conforme os requisitos mínimos de postura e de liturgia do cargo, desse e de outros presidentes que o precederam, decorre e expõe, de forma trágica, nosso modelo de democracia, baseado em aspectos culturais que se fincam nos atributos apontados pelo historiador Sérgio Buarque de Holanda, em “Raízes do Brasil”.

De fato, nenhum outro presidente da República exemplificou, de forma tão precisa, o conceito de cordialidade, conforme descrita nessa obra de 1936. À guisa de ilustração, é preciso deixar claro o que se entende por “homem cordial”. De acordo com um dos maiores intelectuais brasileiros, Antônio Cândido (1918-2017), “o homem cordial não pressupõe bondade, mas somente o predomínio dos comportamentos de aparência afetiva, inclusive suas manifestações externas, não necessariamente sinceras nem profundas, que se opõem aos ritualismos da polidez. O homem cordial é visceralmente inadequado às relações impessoais que decorrem da posição e da função do indivíduo, e não da sua marca pessoal e familiar, das afinidades nascidas na intimidade dos grupos primários”. O atual presidente é, quase um século depois dessa análise sociológica, a personificação acabada do homem cordial.

Nesse ponto, é preciso salientar ainda que, dentre as questões que vão sendo postas acerca do desempenho do atual presidente, é preciso notar ainda que a Constituição, apesar de seu conteúdo prolixo, não poderia abrir espaços para discorrer sobre a postura pessoal necessária que seria exigida para o ocupante a cargo tão relevante. Apenas no sentido de apontar algumas tarefas cruciais e necessárias nesse momento de pandemia que caberiam a um governante, que tem ouvidos abertos aos bons conselhos, é preciso destacar que, em primeiro lugar, estaria a disposição de ouvir mais do que expor ideias apressadas. Para tanto, caberia a esse governo, apenas como exemplo, percorrer o país de norte a sul, com um grupo formado de especialistas em várias áreas, para tomar ciência das diversas situações in loco, tomando medidas imediatas e em consonância com a realidade de cada ponto visitado e à vista de todos os envolvidos.

Nada dessas medidas básicas foram adotadas. O presidente, durante todo o desenrolar da crise, ficou retido em seu gabinete, enquanto poderia se postar como chefe da nação, visitando hospitais, vendo a realidade do norte ao sul do país.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“As eleições comunistas são corridas de um cavalo só.”

Clement Attlee, que sucedeu a Winston Churchill como primeiro-ministro, após a derrota dos conservadores para o Partido Trabalhista nas eleições de maio de 1945.

Clement Attlee (wikipedia.org)

  

Parceria

Um pouco de Muitos – Memorizando, de Alencar Furtado, é uma das fontes de frases colhidas com todo o cuidado para os nossos leitores.

Foto: davidarioch.com

 

Bom ministro

Pena que os senadores provavelmente não tenham assistido a entrevista na CNN do ministro Abraham Weintraub, sobre as consequências de adiar a prova do Enem. Há muita coisa por trás desse adiamento e não é preocupação com os pobres. Veja a íntegra da entrevista no blog do Ari Cunha.

 

Utopia?

Essa dinheirama prometida aos estados e municípios só tem um destino seguro: o Portal da Transparência. Assim caberia, à própria população, acompanhar quanto seu estado ou município recebeu e onde foi aplicado o dinheiro. Usar a ferramenta do Portal da Transparência tendo o contribuinte como auditor parece uma ideia infalível.

Hospital de campanha no complexo do Maracanã. Foto: Fábio Motta (oglobo.com)

 

Solução

Tristeza geral a privação da alegria das festas juninas, onde a comunidade se reúne para saborear alimentos caseiros feitos com carinho. Outras regiões administrativas podem adotar a ideia da comunidade do Lago Norte, da igreja comandada pelo padre Norbey. Será uma festa online. Veja mais em Paróquia de Brasília realiza primeira festa junina on-line e adquira seu ingresso no site www.acessoingresso.com.br.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

No emplacamento de 62 esperamos que os taxis só sejam licenciados se possuírem taxímetro. É que está havendo abuso demais dos motoristas de praça na cobrança das corridas. (Publicado em 07/01/1962)

Clique aqui – Conselho do passado

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Charge: Elias / Agência RBS / Agência RBS

 

Embora a devida dimensão de um cargo político nem sempre é assimilada pelos escolhidos, a verdade é que poucos dias antes do término do mandato é que reconhecem o pleno desempenho do ofício. O mesmo fenômeno acontece com governadores e prefeitos, todos só começam a assimilar os segredos e nuances da função quando já é hora de dizer adeus. O instituto da reeleição talvez tenha vindo justamente com o propósito de dar uma segunda chance imediata ao eleito.

Mesmo assim, essa nova oportunidade tem, entre nós, sido utilizada de forma a prolongar erros do passado ou mesmo aumentá-los em gravidade. O problema com as democracias do Ocidente tem sido esse modelo, que faz com que atores de filme B e torneiros semialfabetizados se tornem, de uma hora para outra, chefes da nação. Aos partidos, que controlam todo esse esquema, interessa, tão somente, apoiar indivíduos com visibilidade e chances de vitória, pouco se importando se eles são os elemento certos para determinadas missões.

De todo o jeito, o que interessa aos partidos é ter, nessa posição, um correligionário. Com isso, a legenda ganha espaço e poder e, principalmente, o mapa que leva aos cofres do Tesouro. Obviamente que um esquema dessa natureza está fadado ao fracasso, com o agravante de prejudicar milhões de cidadãos. De toda a forma, era o que melhor se apresentava para se contrapor à volta de uma esquerda pré-histórica, que arrastou o país para a maior crise de toda a sua história.

Para tanto, a primeira lição, já por demais conhecida desde o início da civilização e que ainda é válida, é livrar-se dos bajuladores e dos chamados puxa-sacos. Já repetia o filósofo de Mondubim que quem puxa-saco também é capaz de puxar tapetes. Segunda e também importante lição é colocar parentes problemáticos em seus devidos lugares. Terceira lição é estudar os problemas do país, discuti-los com pessoas experientes no assunto e tomar decisões embasadas, sem se preocupar com o horizonte político.

Todas essas lições básicas não surtirão efeito algum se o mandatário não aprender com as lições do passado, sobretudo aquelas que marcaram os governos de seus predecessores. À guisa de facilitar qualquer mal-entendido posterior, recomenda-se, ao neófito na presidência, que nunca receba políticos, empresários e outros próceres da República em segredo. Grave tudo e disponibilize todas as conversas em tempo real. Segredos e República são antípodas e destroem a democracia. Faça chegar ao povo todo e qualquer movimento das peças no tabuleiro. Por último, não confie em ninguém, nem na própria intuição.

 

 

A frase que foi pronunciada:   

 “Eu não sou teimoso. Teimoso é quem teima comigo.”

Antônio Carlos Magalhães, político brasileiro.

Antonio Carlos Magalhães
Foto: Agência Senado

 

Realidade

Depois de pegar ônibus e metrô, um bom banho seria o adequado, principalmente para trabalhadores domésticos, de condomínios residenciais e comerciais, de restaurantes com entrega em domicílio. A aglomeração nos transportes é uma grande chance de contato com o vírus. A sugestão é do leitor Renato Prestes. Veja a seguir o perigo invisível.

 

Entretenimento

Trata-se de um vídeo de Lysia Condé interpretando Corta Jaca. Mencionando o discurso do senador Rui Barbosa, que condenou veementemente a música de Chiquinha Gonzaga, arrasando a música da brasileira que já fazia sucesso pela Europa. Costumes mais reservados e maneiras mais distintas não eram o que trazia o Corta Jaca de Chiquinha. Veja os dois vídeos no blog do Ari Cunha.

 

Essa não!

Presidente Bolsonaro recebeu líderes do Flamengo e do Vasco com a proposta de trazer a equipe para treinar em Brasília, já que o governo carioca não permite. Esse é um momento impróprio para atender uma demanda que em nada vai contribuir com a população da cidade.

Flávio Bolsonaro, Alexandre Campello, Jair Bolsonaro, Rodolfo Landim e o diretor de marketing do Flamengo, Alexsander Santos. Foto: Reproduçãom (globoesporte.globo.com)

 

História

Coisa que pouca gente sabe é que a Biblioteca Nacional tem uma outra via original do decreto da abolição da escravatura, além do documento exposto pela Biblioteca do Senado. Por falar nisso, a biblioteca do Senado completou 194 anos carregada de história. Confira as informações no perfil oficial da Fundação Biblioteca Nacional no Facebook e no perfil oficial da Biblioteca do Senado no Instagram.

Foto: facebook.com/fundaçãobibliotecanacional

 

Fala sério

Wadih Damous, ex-deputado federal carioca pelo PT, questionou quando os colunistas farão o mea-culpa pelo apoio à saída de Dilma Rousseff, “o que permitiu a ascensão de Bolsonaro”. A matéria foi publicada no Brasil 247 e a palavra que significa mover de baixo para cima está grafada com erro. Essa é uma boa razão para iniciar a lista de razões para manter a opinião de sempre.

Wadih Damous. Foto: camara.leg

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O asfalto da Asa Norte, na pista leste do Eixo Rodoviário sofreu uma depressão muito grande, e está constituindo um sério perigo. É à altura da primeira tesourinha. (Publicado em 12/01/1962)

Clique aqui – “Confidências ao general Mourão”

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Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

 

Sem a sensibilidade das mais altas autoridades, como tem sido largamente apregoado, será impossível superar a grave situação vivida pelo Brasil. Com essas correções pontuais ao texto do vice-presidente da República, Hamilton Mourão, esse espaço humildemente se propõe a colocar numa ordem de coerência, dentro do que está por demais visto, o texto publicado nessa semana sob o título: “Limites e responsabilidades”.

De antemão, já é conhecido o exercício hercúleo que o general vem empreendendo, no espaço que lhe cabe, para recolocar o capitão reincidente e indisciplinado de volta à linha do bom senso e do comedimento. Está claro que a pandemia é um somatório de questões que vai da saúde, por seus efeitos sociais, atinge a área econômica, pela paralisação das atividades, chegando, na visão de Mourão, a alcançar a área da segurança, pelos reflexos que possivelmente trarão no aumento da violência, nas suas mais variadas formas.

Por isso mesmo é sistêmica. Mas ao contrário do que imagina o autor do texto, ela pesa sobretudo a um Poder em especial e, por uma razão até prosaica, nosso modelo de República de viés imperial. Jair Bolsonaro, ou a Constituição em pessoa, como ele se reconhece, confessa essa contradição de nosso federalismo e, por diversos meios, tem feito um exercício frustrado para enquadrar os governadores ao seu modo de governar. Ao contrário do que o senhor, a priori, imagina, a pandemia provocada pela Covid-19 não é, em sua essência, uma crise política. É isso sim uma crise de saúde pública e de gestão restrita à área de saúde. Também não pode ser combatida apenas pela ação do Estado, como tem sido largamente confirmada pela ação beneficente de empresas da iniciativa privada e pelos movimentos sociais de solidariedade existentes em muitas comunidades.

Talvez seja essa ideia de centralismo que tem dificultado uma ação mais coordenada por parte do Estado. O coronavírus encontrou, no Brasil, terreno propício para transmutar-se, evoluindo de organismo patogênico para uma enfermidade política sem precedentes. É fato que parecemos estar indo rumo ao caos por fatores que, diferentemente do que o senhor acredita, tem como sua origem centrada e conhecida por todos. É ainda um fato que o radicalismo desses tempos e sua filha predileta, a polarização extremada, foge das mesas de negociação e dos diálogos.

Por certo, a imprensa, com todo o poder que a comunicação lhe outorga, necessita, até constantemente, rever procedimentos, mas sem nunca abdicar da realidade, dos parâmetros racionais e até científicos, como tem sido o caso em muitos relatos. É também um fato triste a constatação de que vivemos tempos de degradação do conhecimento político, por parte daqueles que deveriam usá-lo de maneira responsável, e isso serve para todos indistintamente, a começar pelo presidente da República, o maestro e, afinal, responsável nesse momento pela grande orquestra desafinada que é o Brasil.

Ninguém pode contestar que, desde a promulgação da Carta de 88, os três Poderes vêm atropelando-se uns aos outros e isso denota, mais uma vez, os modelo tanto eleitoral quanto de indicação para as cortes. No entanto, é preciso ir com calma com relação ao desempenho do Ministério Público, de fato um grande avanço trazido pela Constituição, mas que o modelo centralizador de indicação dos procuradores vem deturpando.

Infelizmente, sob o ponto de vista da história do Brasil, a proclamação da República, como golpe efetuado contra a Monarquia Constitucional, não conseguiu depois de séculos levar o Brasil a um bom porto, o que tem custado muito caro ao País e à sua população. Também o prejuízo à imagem do Brasil no exterior, um fenômeno tão antigo quanto o país, vem sendo, sobremaneira, aumentado pelo desempenho confuso do atual governo.

É bem verdade que os governos passados muito mal fizeram aos brasileiros, sobretudo aqueles de esquerda, capitaneados por Lula e seus postes. Mas eles tiveram ao menos a esperteza de silenciar diante do que acontecia, o que dava a impressão de que faziam alguma coisa. O senhor, melhor do que ninguém, sabe que os efeitos de paralisação da economia, provocados pela pandemia, têm aspectos que vão desde a saúde da população a uma disputa política acirrada entre os diversos personagens em questão. Mas é fato também que o espírito belicoso e irascível do atual presidente, avesso a entendimentos, está na raiz desse problema. Por fim, nessa altura dos acontecimentos, é da concordância geral que fosse o senhor a liderar esse momento especial de crise, os desdobramentos positivos seriam outros e muitos mais necessários ao país.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Nenhuma coisa é mais própria do ofício de rei do que falar pouco e ouvir muito.”

Saavedra Fajardo, diplomata espanhol

Retrato de Diego Saavedra Fajardo, de Fernando Selma.                Imagem: wikipedia.org

 

Arte

Essa pandemia tocou direto na alma dos artistas. Atores, cantores, orquestras, poetas. Veja abaixo como fala a alma da prata da casa Adriana Bernardes. Crônicas e poemas para acalmar o juízo, como falaria o filósofo de Mondubim.

–> Desculpe a hora. Mas eu preciso te contar o que eu quero pra hoje. “…Quero dançar até o dia amanhecer!
Sentir o cheiro quente do perfume que exala do meu corpo misturado ao suor e à exaustão.
Sentar de frente pro mar, fechar meus olhos e esquecer do mundo!”.

Sabe o que mais quero pra hoje? Vem ver: O que eu quero pra hoje?

O blog: reboar.blogspot.com
Instagram: @rebo_ar

 

Iphan

Também ,a seguir, a manifestação recebida e assinada pelo Conselho Deliberativo do ICOMOS/Brasil sobre as recentes nomeações para a direção do IPHAN.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Não é só isto, porque um exemplo para as demais não será tão difícil, mas para fazer da Universidade de Brasília um verdadeiro centro de cultura e desenvolvimento do ensino superior, não é tarefa fácil. (Publicado em 07/01/1962)

Herança perigosa

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@ Reuters / Adriano Machado

 

O seriado transmitido pelas TVs nos anos setenta, intitulado Kung Fu, estrelado pelo ator David Carradine, mostrava, logo durante a abertura, que, dentre os desafios para a preparação de um jovem monge Shaolin, era preciso caminhar com leveza e destreza sobre finíssimas e delicadas folhas de papel de arroz sem danificá-las.

Guardadas as devidas diferenças entre ficção e realidade, essa parece ser também a faculdade principal que terá que ser desenvolvida pelo atual presidente da República, se quiser chegar incólume ao fim do mandato e com alguma chance de vir a disputar o próximo pleito ou fazer, quem sabe, um sucessor.

Pelo muito que se tem visto, lido e ouvido sobre o novo chefe do Executivo, Bolsonaro tem atraído a sua volta uma multiplicidade de forças e ações políticas que diuturnamente conspiram para seu fracasso, oposição ao Brasil sem privilégios. Das oposições dentro do Congresso, passando pelo Ordem dos Advogados do Brasil, UNE, parte do judiciário, universidades, movimentos de proteção ao meio ambiente, movimentos LGBT e outros, todos miram seus canhões contra o presidente, acusando-o, inclusive, pela derrocada nos índices da economia que herdou de outros governos.

Com tanta gente torcendo contra, e devido à fragilidade política do momento atual, com a reorganização das forças de uma contrarreforma, visando a manutenção do antigo status quo, é lícito afirmar que Bolsonaro caminha literalmente sobre finas folhas de papel de arroz. A aumentar ainda mais essa tensão, é sabido que o presidente, por diversas vezes parece colocar a língua na frente do cérebro, falando e afirmando certos desejos, que depois se vê obrigado a corrigi-los ou ajustá-los à realidade.

Num cenário como esse, a situação do atual mandatário pode ainda ser agravada se, por uma dessas tramas do destino, o ex-presidente Lula vier a ser solto. Tendo como demonstrativo uma entrevista dada na prisão que nada reverberou, pode ser que, nesse caso, ele comece a perceber que o tempo petista chegou ao fim. Ou pode acontecer que caia numa depressão, ou mesmo (Deus nos livre!) venha a falecer. Numa situação como essa, que não é nada impossível, dada a idade do ex-presidente e as condições de indivíduo com restrições, isolamento e outras fatores negativos, o caldo pode entornar de vez, com as forças do atraso criando uma nova narrativa de que Lula, doravante transformado em mártir, teria sido vítima dos fascistas ou outra versão qualquer.

O que pode à primeira vista parecer ficção, acaba de acontecer no Egito, agora com o falecimento de Mohamed Morsi, primeiro presidente democraticamente eleito, depois da Primavera Árabe de 2011, e preso dois anos depois. Morsi era um dos líderes da Irmandade Muçulmana, movimento com forte adesão dos clérigos daquele país. Sua morte num tribunal pode, segundo analistas, deflagrar novas ondas de protesto no país.

É necessário salientar que Bolsonaro herdou não só a recessão econômica legada pelos governos petistas. De quebra, herdou também a prisão de seu maior líder, colocado na cadeia por seu atual ministro da justiça. Todo o cuidado nesse caso parece ser pouco, até mesmo lavar as mãos para um fato que parece dizer respeito somente ao judiciário.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Um dia eu fui trotskista e um dia eu rompi com o trotskismo e com o marxismo, por imaginar, ou, por chegar à conclusão de que o marxismo se acredita dono do futuro. E a crença de que você tem a chave da história, de que você sabe o que vai acontecer e o que deve acontecer no futuro é uma crença fundamentalmente totalitária. Porque se você sabe, e os outros não, para onde se dirige a humanidade, então você tem a justificativa pra calar os outros.”

Demétrio Magnoli, jornalista e geógrafo

Foto: gazetadopovo.com.br

 

 

Tormento

Quantas vezes os consumidores brasileiros são surpreendidos pelo toque do celular onde, do outro lado, telemarketing ou mesmo robôs vendem produtos, insistem em novos pacotes. Muito desagradável e as reclamações não surtem efeitos. Isso começa a mudar pelo mundo.

Foto: Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press

 

 

Apoio

Nenhuma agência do governo protege ligações de marketing contra os consumidores. Pelo contrário, o governo dá os passos para que os consumidores se protejam. Desligar o telefone imediatamente, não tocar em nenhum número durante a gravação e compartilhar a experiência com o portal do Escritório de Proteção ao Consumidor, FTC. A gravação do áudio é feita por Kati Daffan e isso acontece nos Estados Unidos.

 

 

A vingança

Mesmo com esse apoio, parece que as empresas de telemarketing ultrapassam todos os limites, inclusive das leis. Está a caminho dos consumidores mundiais um contra robô. Uma nova máquina que responde às insistentes perguntas: Jolly Roger Telephone. Veja a seguir como a máquina faz o atendimento por você, para terror dos atendentes!

Acesso ao canal: Jolly Roger Telephone Co

 

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Como não podia deixar de ser, quem planejou não pensou na extensão da plataforma, e pôs alto falantes somente para os que estavam próximos ao palanque. (Publicado em 23/11/1961)

As agruras do homem cordial

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VISTO, LIDO E OUVIDO Criada por Ari Cunha (In memoriam)

Desde 1960 Com Circe Cunha  e Mamfil

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Foto: abcdoabc.com.br

 

Por sua importância e dada a concentração de poderes, quase uma espécie de monarquia, ocupar o cargo de presidente da República em nosso país não é tarefa das mais fáceis. Pelo contrário, trata-se de uma missão que poucos, ao longo de nossa republicana, deram conta do recado por todo o período legal. As características próprias de nossa República, envoltas num chamado presidencialismo de coalizão, no qual a governabilidade só é possível a partir de certos afagos na base de sustentação política do governo, requer de um presidente eleito uma tão larga experiência política, que o ideal seria que a esse cargo só pudessem se candidatar e concorrer indivíduos que anteriormente tivessem sido governadores de grandes metrópoles, bem avaliados pela população.

Com isso, o número de candidatos plenamente capacitados a exercer a presidência seria reduzido, ao mesmo tempo em que melhoraria a qualidade dos postulantes, diminuindo sensivelmente também os riscos de crises cíclicas. Sem expertise nas intrincadas funções requeridas pelo Poder Executivo, as chances de insucesso e de prejuízos para nação são quase certas. Como o ideal é sempre um horizonte distante e inatingível, prosseguimos entre uma crise e outra, aprendendo, como se diz popularmente, “no tranco”.

O instituto da reeleição foi um desses mecanismos pensados justamente para permitir que um governante pudesse, em seu primeiro mandato de quatro anos, apenas aprender a governar e só num segundo período, de mais quatro anos, exercer plenamente e com sabedoria a administração do país.

Uma análise histórica isenta sobre a atuação de nossos chefes do Executivo desde a fundação da República em 1989, demonstra, de forma clara, que foi a flagrante inexperiência, aliada algumas vezes ao voluntarismo e a má-fé, que geraram todas as crises políticas que experimentamos desde Marechal Deodoro da Fonseca. Com exceção dos governos militares, eleitos de forma indireta pela população, somente Juscelino Kubitschek e talvez Fernando Henrique Cardoso lograram iniciar e concluir seus mandatos sem maiores traumas para o país.

Obviamente que não basta experiência administrativa para administrar um país complexo e continental como o Brasil. Além de conhecer o que é uma folha de pagamento ou questões de balanço, com ativos e passivos financeiros, um presidente deve possuir uma enorme vivência e tino político, para enfrentar com firmeza, poderosos grupos de pressão, que a toda hora batem à porta do governo em busca de vantagens de todo o tipo.

Diante de um cenário dessa natureza, não causa surpresa que o governo de Jair Bolsonaro, que agora se inicia, comece, ele também, a experimentar os primeiros sinais de desgaste interno.

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Escolher o seu tempo é ganhar tempo.”

Francis Bacon, político, filósofo, cientista e ensaísta inglês.

 

Emoção

Entusiasmada como sempre, Giselle Santoro estava pronta para ensaiar as dançarinas na sala do teatro que leva o nome de seu marido. Mas, quando viu que Eldom Soares, regente do Ad Infinitum, estava com os seus cantores ensaiando o Choro Nº 10 de Villa-Lobos, deixou que a turma continuasse ali. Essa foi a primeira peça que Claudio Santoro regeu no Teatro Nacional, que hoje leva seu nome.

Foto: abmusica.org.br

 

Já é hora

Por falar em Teatro Nacional, é uma tristeza ver que até hoje Brasília não teve um governador sensível às artes como merecia ter. Deixar um espaço desses sem uso é encarecer a reforma e distanciar o dia da reinauguração. Mas, para os artistas, otimistas por natureza, a esperança nunca morre.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil

 

SOLidários

Salve a Si é o nome da ONG com um trabalho importante para a cidade. Toda quinta-feira, à noite, no Setor Comercial Sul, dá assistência às pessoas que moram na rua. Além de uma sopa quentinha, são oferecidos cortes de cabelo, local para banho, roupas. O grupo convida corais da cidade a tomar parte da agenda, alegrando essas vidas. Contato com a Janúbia, pelo telefone: (61) 99189-4320.

 

Poeta inquieto

Pavarotti do Sertão. O Sindilegis lembra que foi Ariano Suassuna quem deu esse apelido a Oliveira das Panelas. A seguir, os detalhes da apresentação, franqueada ao público, que será no dia 21 de fevereiro, a partir das 19 horas, na sede do sindicato, na 610 Sul. A 3ª Noite do Cantador trará outros artistas que farão repentes, recitarão poesias e escritores de cordel darão autógrafos. O soldado por traz dessa missão de paz é Nonato Freitas.

Banner: sindilegis.org.br

3ª Noite do Cantador
Local: Salão do Sindilegis, 610 sul, bloco C, módulo 70. Asa Sul – L2.
Data: 21 de fevereiro (quinta-feira).
Horário: 19h às 22h
Entrada gratuita. Classificação: 16 anos

Mais informações em: Considerado o Pavarotti dos sertões, pernambucano Oliveira de Panelas é atração da 3ª Noite do Cantador

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

Dentre a luta classista, há deslealdade. O que todos deviam fazer, seria lutar pela igualdade de condições, e não procurar retirar de uns, as vitórias que conseguiram em benefício da classe… (Publicado em 10.11.1961)